Alertar para a banalidade de mortes por erros médicos. Não estamos aqui para denegrir a imagem dos profissionais da saúde.Estamos sim valorizando aquele profissional que trabalha por vocação,cuja a dedicação é a valorização do ser humano e da vida.Caso você tenha sido vítima,não se cale!!Divulgue aqui!!Contato:machadosandro729@gmail.com
terça-feira, 9 de julho de 2013
Ministério da Saúde investiga mortes pela mesma superbactéria após transplantes no Rio Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/ministerio-da-saude-investiga-mortes-pela-mesma-superbacteria-apos-transplantes-no-rio-8966709.html#ixzz2YY93IM15
O Ministério da Saúde enviou ao Rio equipes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e do Sistema Nacional de Transplantes para acompanhar as investigações dos transplantes feitos em três pacientes que morreram infectados pela mesma superbactéria, que estaria nos órgãos doados.
O resultado da averiguação, entretanto, não vai atenuar o sofrimento da família da professora Márcia Regina Vieira Santos, de 48 anos, uma das vítimas.
- Os médicos tinham que ter testado e retestado se tinha algum problema com o rim. Mas agora vamos fazer o quê? - questiona o viúvo, Fernando César Santos de Moraes, de 44 anos.
Fernando Cezar Santos de Moraes, marido de Márcia, lamenta a perda da mulher Foto: Fabiano Rocha / EXTRA
Márcia foi diagnosticada doente renal crônica aos 20 anos. Em crise aguda, teve que retirar um dos órgãos. Passou a fazer acompanhamento médico e, há cinco anos, inchada e com fortes dores, teve problemas no outro rim. Desde então, vinha fazendo hemodiálise, por quatro horas, três vezes na semana. Não largou o cargo de dirigente de turma na Escola Municipal Alice Couto, mas perdeu antigos prazeres.
- Pouco antes de falecer, ela me ligou comemorando: ‘Mãe, agora eu posso tomar água de coco de novo’ - emociona-se Ayza Vieira Santos, de 75 anos, que perdeu a filha única.
Márcia de Moraes recebeu o rim da doadora do Souza Aguiar no dia 10 de junho e morreu no dia 19 de junho Foto: / Reprodução
Assim como Márcia, a família sonhava com a chegada dela ao início da fila de transplante. Também se cadastrou no sistema de receptores de São Paulo para aumentar as chances. Até que, às 8h do último dia 10, ela recebeu uma ligação do Hospital do Fundão avisando que chegara sua vez.
Infecção estaria controlada
Às 16h30m do mesmo dia, a paciente entrou no centro cirúrgico e, sete horas depois, a operação era considerada um sucesso. Por oito dias, Márcia mostrou-se otimista com a possibilidade de retomar a vida normal. Segundo o viúvo, um médico contou que havia uma infecção, mas estaria controlada. Na véspera da alta, porém, ela morreu.
No atestado de óbito, a causa é desconhecida. Mas, no líquido em que o rim foi transportado até a paciente, foi encontrada a superbactéria Klebsiella pneumoniae (KPC), resistente a quase todos os antibióticos. O Fundão, em nota, afirmou que não recebeu informações que pudessem alertar para a contaminação.
- A ficha não caiu - diz a filha de Márcia, Isabele Santos de Moraes, de 16 anos.
Maria José perdeu o marido, Josinaldo, transplantado no Hospital Federal de Bonsucesso Foto: Fábio Guimarães / EXTRA
Estado diz que enviou documento aos hospitais
O coordenador do Programa Estadual de Transplantes (PET), responsável pela captação de órgãos, Rodrigo Sarlo, afirmou ontem que, ao contrário do que alegam os hospitais Federal de Bonsucesso, do Fundão e Adventista Silvestre - onde os três procedimentos aconteceram -, as unidades transplantadoras receberam o chamado relatório de cavidade dos órgãos doados pela paciente do Souza Aguiar.
O documento citava a existência de “líquido livre na cavidade de aspecto sero purulento”. A presença de pus indicaria infecção por bactéria. O médico que assina o laudo também atua na equipe de transplante hepático do Hospital Silvestre, no Cosme Velho, onde uma mulher de 60 anos morreu no dia 19, nove dias após o procedimento.
O Silvestre respondeu que o fígado foi encaminhado juntamente com “os exames sorológicos e funcionais, nos quais foi aprovado em perfeitas condições”.
O Ministério da Saúde afirmou que a equipe de transplante do Hospital de Bonsucesso, onde o ajudante de caminhão Josinaldo Severino da Silva, de 51 anos, recebeu um dos rins doados no dia 12 de junho, morrendo sete dias depois, não teve acesso ao documento que apontava a presença de pus na doadora.
Josinaldo Severino da Silva recebeu um rim da doadora do Souza Aguiar no dia 12 de junho e morreu sete dias depois, com infecção generalizada Foto: / Álbum de família
A Secretaria municipal de Saúde (SMS) informou que a doadora ficou internada na UTI do Souza Aguiar de 2 a 10 de junho, devido a um acidente de trânsito. Nas UTIs de grandes hospitais, como é o caso do Souza Aguiar, não é raro haver contaminação por superbactérias. Ao afirmar que a paciente não tinha a bactéria KPC, a secretaria apresenta exames que, segundo médicos consultados, são resumidos e não conclusivos.
O exame para rastrear a superbactéria VRE (enterococo resistente à vancomicina) na doadora foi coletado uma semana antes da captação de órgãos. A SMS não apresentou testes para detecção da superbactéria KPC.
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Fonte: jornal extra
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