terça-feira, 25 de setembro de 2012

Família acusa hospital particular de Niterói por morte de jovem de 14 anos

Na terça-feira passada (18), a estudante Anna Carolina Veiga Martins chegou ao Hospital Icaraí, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, acompanhada do pai e da mãe, para fazer uma cirurgia de retirada de um cisto no ovário. Anna, de 14 anos, estava saudável e “cheia de vida”, como conta a mãe dela, a promotora de vendas Patrícia Aparecida Veiga dos Santos Martins, de 33 anos. A jovem, no entanto, morreu na manhã de quarta-feira (19). Anna era a filha única de Patrícia e do taxista Antônio Carlos Martins, de 41 anos. Desesperada, a mãe de Anna publicou um protesto no Facebook: “Minha filha chegou ao Hospital Icaraí viva, bem e cheia de saúde. Saiu de lá morta, direto para o IML [Instituto Médico Legal], por negligência médica. Sei que não terei meu bem mais precioso de volta, mas clamo por justiça!” Até esta segunda-feira (24), segundo a família, o hospital ainda não havia fornecido o laudo da causa da morte de Anna Carolina. No fim da tarde, o pai da estudante foi até a delegacia para registrar um boletim de ocorrência. “Minha filha entrou na sala de cirurgia feliz e alegre, me dando tchau”, contou Patrícia no Facebook. “Entrou para fazer uma cirurgia simples, e saiu cuspindo sangue”, complementou a mãe da menina, em entrevista ao G1. 'Sei que não terei meu bem mais precioso de volta, mas clamo por justiça', disse mãe (Foto: Arquivo pessoal) O pai de Anna conta que, logo após a cirurgia, a jovem foi transferida para um quarto. “Ela disse que queria voltar para casa. Estava tudo bem: ela estava sorrindo e chegamos a tirar fotos”, conta Antônio. “O que eu quero é justiça. Só quero resolver isso. Passei o dia todo tentando conseguir um documento no hospital e nem isso consegui”, esbravejou o pai. De acordo com Patrícia, no atestado de óbito fornecido pelo Hospital Icaraí, está escrito: “Causa da Morte: aguardando informações hospitalares e exames laboratoriais.” O G1 entrou em contato com o Hospital Icaraí na tarde desta segunda-feira. Uma atendente do setor de Internação Eletiva, que se identificou apenas como Lilian, perguntou: “É sobre a morte da loirinha?” Em seguida, disse que a responsável pelo setor não poderia atender, pois estava em uma reunião. Mãe conta que nenhuma enfermeira chamou médicos Patrícia conta que, logo antes da cirurgia, já ficou um pouco incomodada ao ser informada de que a anestesia administrada à filha seria geral, em vez de peridural ou raquidiana. “Era uma cirurgia feita por vídeo. Mas ela chegou a ser entubada”, contou a mãe. “A Anna saiu da sala de cirurgia por volta de umas 19h. Estava dizendo que a garganta estava doendo muito”, recorda a mãe. “As 20h30, o médico que a examinou perguntou: ‘Anna, você está bem?’ Ela respondeu: ‘Estou, mas a garganta dói.’ Em seguida o médico disse: ‘Amanhã de manhã venho aqui para dar alta a ela’”, complementou. Mas, segundo a mãe, a filha continuou reclamando de dores da garganta. “Quando a enfermeira entrou no quarto, umas 21h, a Anna falou assim: ‘Se for para dormir, não me dá medicamento, porque eu quero ficar acordada.’ Parecia que ela já previa algo”, conta Patrícia. Segundo a mãe, a enfermeira explicou que iria apenas aplicar dipirona, para aliviar as dores. “Então, fiquei despreocupada porque a Anna tomava Novalgina (que contém a substância dipirona). Quando a enfermeira injetou a dipirona, a Anna apagou. Ela desmaiou”, lembra. Daí em diante, a mãe conta que a filha foi piorando, com a respiração cada vez mais ofegante e soltando uma espuma branca pela boca. “Teve uma hora que peguei a mão da enfermeira e botei no peito da Anna, perto do coração. Perguntei: ‘Isso é normal?’ Era um barulho estranho, como se fosse uma torneira. A enfermeira me disse: ‘Deve ser a secreção. Isso é normal, por causa da anestesia,’”, conta Patrícia, ressaltando que em nenhum momento as enfermeiras cogitaram chamar um médico. “Às 2h, a enfermeira deu outro medicamento, aplicado no soro, que eu não sei qual era”, acrescenta a mãe. Mas a menina só piorava. “Quando deu 5h, pedi: ‘Chama o médico pelo amor de Deus!’”, lembra a mãe. Só neste momento ela foi atendida pela enfermeira. “Quando chegou, a própria médica falou: ‘Isso não é normal! Por que não me chamaram antes?’”, recorda Patrícia. A mãe conta que chegaram a tentar reanimar a filha dela, que foi levada para uma unidade de tratamento intensivo (UTI), onde teve a segunda e fatal parada cardiorrespiratória. “Um médico que chegou depois, chorou. Depois, ele voltou para me perguntar o que aconteceu a noite toda”, conta Patrícia. "Tiraram cerca de 500 mililitros de sangue do pulmão dela. Eu só estudei até o segundo grau e nunca passei por isso. Eu não entendo. Não sei o que aconteceu”, finalizou a mãe. Fonte: G1

Família acusa hospital do Rio de negligência

domingo, 16 de setembro de 2012

Pais acusam erro médico

eu estava gravida fazendo o pré- natal com a doutora obstetra clara paula galati em seu consultório sendo todo pré-natal e exames sendo pagamento a dinheiro inclusive a cesariana e o hospital a onde deferida doutora aluga a sala cirúrgica ( hospital URMED bairro vila valqueire) pois bem, acontece que estando eu de oito meses de gestação acordo por volta de 9:30 hs da manhã sento no sofá da minha casa ao lado do meu esposo percebo na hora , que ocorria um sangramento vaginal , percebendo a gravidade ligo imediatamente para minha doutora , relatando que estava havendo , foi quando a doutora perguntou qual a cor do sangue que saia da minha vagina , perguntou se era sangue vivo ou escuro, e se era muito ou pouco sangue, quando respondi que o sangramento era de cor viva e muito a doutora mandou que eu e meu esposo nos dirigirmos ao hospital URMED localizado em vila valqueire ) fomos de carro chegamos lá em menos de 8 minutos, foi de se estranhar que ao telefone a doutora não deu nenhuma explicação de que poderia estar ocorrendo, sendo mais ou menos de 8 a 10 minutos , me encontrava com meu companheiro no hospital encontrando a deferida doutora obstetra , foi quando nós observamos que a mesma não se encontrava com a sua equipe , fui condizida mesmo assim ao centro cirurgico onde eu tive o conhecimento de que o meu caso tratava-se de deslocamento de placenta , e foi quando eu percebi a gravidade da minha cituação, principalmente a do meu bebe , pois dizendo mais uma vez a referida doutora obstetra não se encontrava no momento com sua equipe medica , e sabendo que o hospital URMED não tinha estrutura ( UTI NEONATAL) e pessoas especializadas, a gravidade do quadro que eu e meu bebe nos encontrava-mos ficando eu nesse aguardo mais ou menos duas horas , quando finalmente realizaram a cesariana,o bebe já tinha sofrido graves consequencias , haja vista da demora da equipe da doutora obstetra e da precariedade do hospital URMED , pois repito mais uma vez o mesmo não possui UTI NEONATAL , quando meu filho nasceu precisava urgente de uma UTI NEONATAL , e outros procedimentos relativos a gravidade dos fatos , tendo meu filho o quadro se agravando de mais ou menos de meio dia as 20:00 hs quando se conseguiu uma UTI NEONATAL MÓVEL do corpo de bombeiros já estando seu estado gravissimo vale resaltar que após a cesariana todos os membros da equipe da doutora obstetra CLARA PAULA GALATI se retiraram ficando desesperadamente a pediatra , QUE VEIO EM APOIO A equipe da obstetra , haja vista , que o pediatra titular da equipe não pode comparecer, o mais imprecionante foi quando a referida pediatra substituta ficou avisando todo o tempo ao meu companheiro , pois foi a unica que não se retirou do hospital, que era uma loucura fazer esse tipo de cesariana neste hospital , sendo assim depois de varias horas de sofrimento , meu filho foi transferido atraves do bombeiro para o centro de referencia de UTI NEONATAL LLAK , cituado dentro do hospital NOSSA SENHORA DO CARMO do bairro campo grande, ai sim tendo todo a seu dispor de material humano e equipamentos adquados para seu caso sendo avaliados pelas doutoras como caso gravíssimo , pois além de ter sido uma cezariana complicada não recebeu o devido suporte humano e tecnico ocasionando assim a piora do seu estado, e reduzindo as suas chances de sobre vida fato esse que veio ocorrer, 35 hs depois de nascer na unidade neonatal LLAK , denuncio também além do homicídio de meu bebe através de negligencia e erro médico que a obstetra perguntou ao meu esposo antes da cesariana se poderia ou não fazer a ligadura de trompas , tendo meu esposo dado ordem para que não realizasse tal procedimento foi quando a mesma comentou se algo desse errado o casal poderia tentar uma nova gestação o qual foi a surpresa no meu quarto de repouso no hospital URMED quando ela me comunicou um dia após que realizou o procedimento de ligadura sem a nossa permissão dizendo que além do valor da cesariana ( pagamento em dinheiro) , cobrando o valor da ligadura, não tendo eu nem meu esposo assinado nenhum documento referente a esse procedimento ( ligadura de trompas) , nem ao mesmo aceitrado algo ou falado qualquer coisa que abonasse esse tipo de procedimento inescrupuloso contra minha vontade e de meu esposo, quando a mesma foi indagada não quis dar explicação , é fato também ter sabido que se eu tivesse tido uma estrutura hospitalar com todo suporte necessario a esse tipo de gravidade o meu filho poderia com certeza estar VIVO coisa que não ocorreu por causa de uma doutora obstetra que não teve a capacidade de sua profissão de nos orientar a ir para um hospital com os referidos equipamentos e recursos , já que o hospital URMED fica no meio de outras duas grande maternidades ( maternidade rio de janeiro e hospital maternidade alexandre freme ) em vez disso nos mandou para um hospital ( URMED VILA VALQUEIRE) sabendo que ele não ten nenhuma extrutura para essa gravidade , tenho consiência também que o hospital URMED é tão o quão responsável pela morte do meu filho , pois o hospital URMED não poderia aceitar este procedimento em suas dependencias. Vejam os vídeos:

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Falta de leitos na rede estadual é reconhecida por autoridade

A criação de um plantão médico no Tribunal de Justiça, em 2009 — o Núcleo de Assessoria Técnica em Ações de Saúde (NAT) — não evitou que o número de liminares para conseguir remédios, internações e cirurgias aumentasse este ano em relação a 2011. Na Assessoria de Mandados (que só é intimada em ações já deferidas pela Justiça) da Secretaria estadual de Saúde (SES), o volume de intimações recebidas cresceu 11,8% desde o ano passado. Entre janeiro e julho deste ano, foram 2.787, uma média mensal de 399 mandados. Desses, afirma a SES, 80% foram cumpridos. No mesmo período de 2011, o órgão contabilizou 2.492 intimações, com 60% cumpridas. — As liminares com pedidos de medicamentos são as que causam maior impacto financeiro — disse o subsecretário jurídico da SES, Pedro Dimasi. Segundo ele, as liminares para internação em UTI criam duas filas na Central de Regulação de Vagas: — Os médicos reclamam muito porque sabem que nem sempre o paciente que mais precisa será o primeiro a ir para a UTI. O subsecretário, no entanto, não nega que se há fila e liminares é porque faltam leitos de UTI no estado. A Secretaria estadual de Saúde afirma que vem trabalhando para aumentar a oferta de leitos nas unidades da rede pública. Em nota, a secretaria informou que, desde 2007, a oferta de leitos de UTI cresceu 233% no estado. “Em 2006, havia apenas 269 leitos de UTI geridos pela Secretaria de Estado de Saúde. Atualmente, são 897”, diz a nota da secretaria. Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/falta-de-leitos-na-rede-estadual-reconhecida-por-autoridade-5981106.html#ixzz25Y8lzjfo Fonte :Jornal extra

Estado recebe 160 liminares ao mês com pedido de transferência de pacientes

A busca por uma chance de sobrevivência gera uma média de 228 liminares por mês. Setenta porcento dessas decisões de urgência têm endereço certo, a Central Estadual de Regulação, responsável pela fila de pacientes que precisam ser transferidos para uma UTI. De acordo com a Secretaria estadual de Saúde, o setor recebe em média 160 mandados ao mês. No entanto, de acordo com a própria secretaria, de janeiro a julho deste ano, apenas 254 foram cumpridos, uma média de 36 ao mês, 22,5% de todas as decisões. A liminar obtida na madrugada do dia 28 de julho pela família de Oscar Clementino da Silva entrou nesse percentual. Mas tarde demais. Aos 78 anos, o aposentado sofreu seu segundo enfarte, na madrugada do dia 26 de julho, e foi socorrido na UPA da Vila Kennedy. Sedado e entubado, precisava de uma vaga numa Unidade Coronariana. Às 2h30m do dia 28 de julho, a liminar foi concedida. Passaram-se 24 horas, e ela não foi cumprida. A filha do aposentado retornou ao Plantão Judiciário às 6h30m do dia 29, e obteve a segunda liminar, que dava ao Estado prazo de uma hora para a transferência do paciente. — Mas isso só aconteceu no domingo, às 17h30m. Mas 50 minutos depois, no Hospital de Acari, ele morreu. Nos avisaram na segunda, às 7h30m — diz Valéria. Demora Para o aposentado Dario Pacheco, de 73 anos, a demora na transferência também foi um fator que se somou à gravidade do seu estado de saúde. Internado no dia 2 na UPA da Penha após cinco paradas cardiorrespiratórias, ele aguardava, na sala vermelha, a Central de Regulação localizar um leito de UTI. Segundo o laudo dado pelo médico, a causa era uma infecção generalizada, "com provável origem urinária". — Saí do Plantão Judiciário à 1h do domingo, dia 5 de agosto, com a liminar, que dava prazo de 24h para a transferência. Na segunda, por volta das 19h, ele foi levado à UTI do Hospital Alberto Torres, em São Gonçalo. Mas não resistiu e morreu dois dias depois — disse a nora de Dario, Rosângela Pacheco, de 52 anos. Fonte :Jornal extra

domingo, 2 de setembro de 2012

Plantão Judiciário: metade das liminares é para garantir internação

No Plantão Judiciário, que funciona nos fundos do Tribunal de Justiça do Rio, metade das liminares (decisões de urgência) concedidas pelos juízes este ano buscava garantir tratamento ou internação. Com um laudo médico explicitando o risco de morte em mãos, familiares conseguem no plantão uma liminar, e o doente sobe muitas posições na fila de espera por uma vaga na Central de Regulação. Com a canetada do juiz, ele é alçado a uma categoria em que o prazo dado na decisão para a internação conta mais do que a gravidade do doente. Surgem, então, duas categorias de pacientes: os “com liminar” e os “sem liminar”. Ter uma posição melhor na fila, porém, está longe de garantir a solução de todos os problemas. Durante dois plantões noturnos - 27 de julho e 4 de agosto - e um diurno - 4 de agosto - o EXTRA acompanhou 17 casos de pessoas que procuraram o setor porque seus familiares ou clientes necessitavam com urgência de internação, ou que o plano de saúde autorizasse cirurgias ou próteses. Desses, 12 precisavam de UTI. Nesse período, foram concedidas 14 liminares. Dessas, três foram cumpridas em 24 horas, como determinava o juiz, nove foram acatadas depois do prazo, sendo que um paciente morreu 50 minutos após a transferência. Duas liminares não foram cumpridas e os doentes morreram. Cerca de um mês depois, oito não haviam resistido. Os casos acima são apenas uma amostra dos 1.235 pedidos apreciados por mês, em média, no Plantão Judiciário. Desses, 300 se referem a questões de saúde, uma média de dez casos por dia. Todo esse movimento gerou, de janeiro a julho deste ano, 3.190 decisões. Metade delas (1.597) buscava garantir tratamentos ou internações. - Casos que envolvem saúde correspondem a 60% dos atendimentos do Núcleo de Fazenda da Defensoria. Após as 18h, quando apenas casos de risco de morte são apreciados no plantão, quase todos se referem a pedidos de leito em UTI - disse o coordenador do núcleo, Fabrício El-Jaick. O defensor lembra, no entanto, que o problema da falta de UTI não é uma questão de Justiça, mas de administração pública: - O juiz dá a canetada, mas daí ao gestor cumprir é o problema. Há limitação de espaço na UTI. O que fazer? Foi o que se perguntou o caldeireiro de navio Jorge Luiz da Silva, de 53 anos, ao ver a mulher, de 46, vítima de um derrame, con- tinuar internada na sala de estabilização do Hospital Paulino Werneck, na Ilha do Governador, sem ter como realizar uma tomografia, ao fim do prazo de 24 horas dado pelo juiz para a transferência da paciente para a UTI de uma unidade que tivesse tomógrafo. - A ordem do juiz não vale de nada para eles. Os funcionários do Paulino Werneck só diziam que ainda não tinham a vaga e que estavam esperando a resposta para a transferência. A resposta foi que minha esposa está morta. A liminar foi dada às 18h de sábado e ela morreu às 19h de domingo, uma hora depois de o prazo dado pelo juiz ter acabado. Minha mulher não morreu por causa do derrame. Ela morreu devido à falta de um socorro adequado - disse Jorge, com a voz embargada. fonte jornal extra: