segunda-feira, 30 de abril de 2012

Criança morre por falta de atendimento em hospital de Belém (PA)

A menina, de cinco meses, sofria de uma doença que afeta o coração. E o quadro de saúde piorou na noite deste domingo (29). A família saiu da cidade de Mocajuba, a 200 km de Belém, em busca de atendimento. Quando Rayssa chegou ao pronto socorro, não havia nenhum cardiologista para examinar a menina. A direção informou que a criança foi avaliada pelos médicos de plantão, mas como o quadro de saúde era grave, logo após a entrada no hospital o bebê morreu.

Veja a reportagem no link abaixo:

http://r7.com/JRzZ

UPAs passam o feriadão com número reduzido de profissionais

Veja a reportagem na íntegra no link abaixo:
http://g1.globo.com/videos/rio-de-janeiro/t/bom-dia-rio/v/upas-passam-o-feriadao-com-numero-reduzido-de-profissionais/1925460/

Governo quer desfigurar o Revalida. Melhor seria ampliá-lo

Governo tem plano para flexibilizar exame que avalia médicos formados fora do Brasil. Saiba por que isso é uma ameaça à saúde pública.



As principais entidades ligadas à área da medicina no Brasil assinaram, em abril, uma carta favorável à manutenção do Revalida, prova aplicada pelo governo para autorizar os médicos formados no exterior a atuarem no Brasil. Assinaram o documento entidades como o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), a Associação Paulista de Medicina (APM) e diversas faculdades de medicina, entre elas USP e a Unicamp. A carta foi escrita depois que correntes dentro do Governo Federal, a pedido da presidente Dilma Rousseff, começaram a trabalhar veladamente para flexibilizar a exigência da prova, com a intenção de facilitar a entrada desses profissionais e aumentar o número de médicos no país.
Uma das propostas que está sendo analisada pelos Ministérios da Saúde e da Educação é dispensar o candidato de fazer o exame, desde que ele cumpra dois anos de trabalho no SUS. A ideia, boa em princípio, é uma temeridade. Com a declarada intenção de ajudar regiões com poucos médicos, na prática ela acabaria colocando profissionais sem treinamento adequado para atender a população mais carente. As entidades médicas encaram, com razão, a possibilidade como uma ameaça à saúde pública. "Isso é colocar o povo em risco, deixá-lo sujeito à tragédia do erro médico. Somos favoráveis ao Revalida como é feito hoje", diz Florisval Meinão, presidente da APM.
Antes do Revalida, as provas para revalidação de diploma podiam ser realizadas por qualquer universidade pública, o que causava grandes problemas. Além do fato de algumas faculdades ficarem anos sem fazer as provas, cada instituição adotava critérios diferentes, levando a exames com graus de dificuldade díspares. Desde 2010, o governo unificou todo o processo. Uma única prova é feita anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e aplicada em 37 universidades públicas.

Saiba mais

COMO FUNCIONA O REVALIDA
Realizado anualmente, é constituído por três provas: uma objetiva com 110 questões, uma discursiva com cinco questões e uma prova prática. Para passar para a prática, o aluno precisar somar, no mínimo, 112 pontos no total (soma da nota da objetiva com a discursiva). Cada questão da prova objetiva vale 1 ponto. A prova discursiva toda vale 50 pontos, sendo que cada uma das 5 questões vale 10 pontos.

*Prova objetiva de 2011 e o gabarito
*Prova discursiva de 2011 e o gabarito
No ano passado, o resultado da prova mostrou o quanto o Revalida é necessário: dos 677 inscritos, só 65 foram aprovados. Os outros 612 não apresentaram as condições mínimas para exercer a medicina no Brasil. Em 2010, o resultado foi ainda pior: dos 507 inscritos, apenas dois passaram. "A prova é muito básica. Ela cobra conhecimentos que todo médico precisa ter se quiser atender a população, como reconhecer uma pneumonia ou tratar uma diarreia", diz Renato Azevedo Junior, presidente do Cremesp. Segundo o médico, colocar um desses profissionais reprovados para trabalhar no SUS não vai ajudar a solucionar a crise da saúde pública no Brasil, mas sim provocar mais problemas.
A gaúcha Aline Vidal de Almeida, de 26 anos, se formou em medicina no Instituto Universitario de Ciencias de la Salud Fundación Barceló, na Argentina. Ela prestou o Revalida no ano passado, mas não foi aprovada. Mesmo assim, diz que a prova não foi difícil. "Ela não era impossível como todo mundo fala. Mas eu tive dificuldades nas partes referentes a epidemiologia e saúde pública", afirma. Isso se deve ao fato de que as doenças e os protocolos médicos que mais estudou durante a faculdade estavam voltados para a realidade argentina, e não para a brasileira. "Lá as prioridades são diferentes. É bom que exista essa prova, para que nos atualizemos no que se exige no Brasil."
Pressão política — Grande parte dos inscritos no exame são oriundos de faculdades da América Latina, para onde vão em busca de cursos mais baratos ou que dispensem o vestibular. Dos inscritos no ano passado, 304 se formaram na Bolívia, onde hoje se encontram 25.000 brasileiros em busca de um diploma de medicina, segundo o Cremesp. O país é tão procurado pelos estudantes brasileiros que inúmeros sites na internet oferecem consultoria, em troca de dinheiro, para matriculá-los em faculdades como a Ucebol, em Santa Cruz de la Sierra, e a Upal, em Cochabamba.
Na Bolívia, uma mensalidade no curso de medicina pode custar entre 250 e 500 reais, sem a necessidade de vestibular para ingressar. Já no Brasil, o valor médio do mesmo curso é 4.000 por mês, e o estudante tem de passar por uma prova, em que enfreta forte concorrência. Esse preço tão baixo na Bolívia influencia a qualidade do curso oferecido. "Muitas das faculdades particulares do país são caça-níqueis. Elas têm turmas com mais de 500 alunos, algumas sequer têm um hospital escola", diz Azevedo Junior. Outros 140 inscritos no Revalida estudaram em Cuba, país onde a seleção de quem entra na universidade não se dá por vestibular, mas por indicação política. "Políticos brasileiros de todos os partidos indicam alunos, na maioria militantes partidários, para ir estudar lá", afirma Azevedo Junior.

"Passei no Revalida"

Daniela Lais Schwercz, 36 anos,
Universidad Católica de Cuenca, no Equador

"Fui para o Equador fazer faculdade porque meu marido é equatoriano. Nós nos conhecemos na Rússia e acabamos estudando no país de origem dele. Em 2011, fiz a revalidação pela Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). O processo consistia em uma prova escrita e, na sequência, um estágio de um ano no hospital universitário. Um assunto muito abordado no exame foi saúde pública, protocolos do SUS. Acho que é nesse ponto que os candidatos acabam tendo mais dificuldades, porque cada um aprende o protocolo do país onde estudou. Hoje moro em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, e estou atendendo pela prefeitura em um contrato de um ano. Enquanto isso, estou estudando para as provas de residência."

"Não passei no Revalida"

Aline Vidal de Almeida, 26 anos, Instituto Universitario de Ciencias de la Salud Fundación H. A. Barceló, Argentina

"Acabei indo fazer faculdade na Argentina porque com 17 anos não tinha cabeça para estudar para o vestibular. Minha faculdade era boa, tinha um hospital próprio, mas acho que o curso acabou sendo muito teórico e com pouca prática: só fui para o hospital no quinto ano. Vim para o Brasil em 2010 e prestei o Revalida em 2011. Achei a prova bastante razoável, não foi impossível como todo mundo fala. Se você estuda, dá para passar. Mas eu tive dificuldades nas partes referentes à epidemiologia e saúde pública. Não passei no Revalida nem na prova da Faculdade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na Argentina, as prioridades são diferentes, os protocolos de atendimento são outros. Por isso, acho bom que exista essa prova, para que nos atualizemos sobre o que é exigido no Brasil. É importante que o médico saiba os protocolos corretos que são usados no país."

Concentração — O principal argumento do governo para flexibilizar o Revalida é a suposta falta de médicos no Brasil, principalmente nos rincões do país. No Senado, tramitam dois projetos de lei que discutem mudanças na prova. Um deles, de autoria do senador Roberto Requião (PMDB-PR), propõe que algumas faculdades de indiscutível excelência acadêmica tenham seus diplomas automaticamente reconhecidos no Brasil, sem a necessidade de provas. O projeto é destinado a todos os cursos, e não é voltado exclusivamente à medicina. Outro projeto, de autoria da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB- AM), é dirigido somente aos médicos formados no exterior. A senadora propõe que a validação dos diplomas estrangeiros seja facilitada, mediante o trabalho desses profissionais em regiões carentes do país. Seu principal argumento é a falta de atendimento médico nas zonas mais isoladas do Brasil.
Ideia semelhante já está sendo posta em prática pelo governo de Pernambuco. Como as universidades públicas não foram proibidas de fazer suas próprias provas de revalidação, a Universidade de Pernambuco (UPE) decidiu não aderir ao exame nacional e fazer seu próprio exame a partir deste ano, o Provalida. "O candidato tem de assinar um termo de compromisso dizendo que irá exercer a profissão em um município com poucos médicos", diz Rivaldo Mendes, vice-reitor da UPE. Embora Mendes diga que a prova local não será mais fácil que o Revalida, o sindicato dos médicos do estado já se manifestou contra sua existência, pois a encara como uma alternativa menos rigorosa ao processo seletivo nacional.
Quanto ao argumento de que há poucos médicos no país, as entidades dizem que o que existe, na verdade, é a má distribuição dos profissionais, que se concentram nas regiões de maior renda. "Mais importante do que o número de médicos, é ter políticas públicas para fixá-los nos locais mais necessitados", diz Florisval Meinão. Uma pesquisa feita pelo Cremesp em parceria com o Conselho Federal de Medicina põe em relevo as facetas do problema. Para cada mil usuários do sistema privado de saúde, há 7,6 médicos, enquanto para cada mil do sistema público há somente 1,95. No Rio de Janeiro, existem 3,57 médicos para cada mil habitantes. Já no Maranhão, só existem 0,68. A Organização Mundial da Saúde recomenda pelo menos um médico para cada mil habitantes.
"Na cidade de São Paulo, que tem 4,33 profissionais para cada mil habitantes, nós encontramos dificuldades para levar médicos à periferia, onde se ganha mal, não há perspectiva de carreira, enfrenta-se violência e falta estrutura para trabalhar", afirma o presidente da AMP. Segundo as entidades, se o governo quiser resolver os problemas, não basta colocar médicos mal formados para tratar populações pobres no interior do país. Ele deveria dar início a uma política pública para o médico, que leve em conta carreira, salário, segurança e condições de trabalho. "Assim o governo garantiria sua presença nesses lugares. Fora isso, serão medidas paliativas", diz Azevedo Junior.
Exame nacional — O Revalida hoje constitui um bom filtro para evitar que médicos despreparados vindos do exterior exerçam a clínica no Brasil. Por isso mesmo, deveria ser aplicado inclusive aos futuros médicos formados em território nacional. Existem dúvidas se os profissionais formados aqui dentro seriam capazes de passar na prova. Dos 177 cursos de medicina avaliados no Enade em 2010, 27 apresentaram nota menor que dois. Para ser considerada satisfatória, uma universidade precisa de uma nota maior que três. Pelo menos 16 desses cursos terão vagas cortadas pelo MEC.
Boa parte das entidades defende a ideia de universalizar o Revalida, como uma espécie de exame da OAB voltado aos médicos. "É necessária uma prova de conhecimentos básicos, porque a formação médica nacional está muito ruim. Estão sendo abertas faculdades de medicina sem condições de ensinar, sem hospital-escola, sem garantia de residência", diz Azevedo Junior.
O Cremesp realiza todos os anos uma prova voluntária para avaliar os médicos. Mesmo sendo um exame voluntário, cerca de 60% dos alunos não obtêm aprovação. "A realidade deve ser ainda pior, já que os participantes da prova são aqueles que se sentem mais preparados. Isso é uma tragédia", diz o presidente da entidade.
Nos Estados Unidos (veja abaixo como funciona o processo de revalidação do diploma médico em outros países), qualquer médico que pretenda clinicar no país tem de passar por uma série de provas que testam sua capacidade. Quem se formou fora do país precisa cumprir as mesmas etapas. Se isso for repetido no Brasil quem vai se beneficiar são os pacientes, tanto dos grandes centros urbanos quanto das regiões mais isoladas. Com a aprovação num exame como o Revalida, a população terá certeza que seus médicos, independente de onde ele se formaram, têm capacidade de exercer a profissão.

Como funciona a revalidação do diploma médico em outros países

Estados Unidos — Para praticar a medicina no país, qualquer um precisa passar num teste chamado United States Medical Licensing Examination. Para aqueles que fazem a faculdade nos Estados Unidos, ele é aplicado em três etapas. Duas delas acontecem durante o curso, e uma depois. Já aqueles que estudam fora podem escolher se fazem os exames durante o curso, direto do país onde estão, ou depois, quando se mudarem para os Estados Unidos. Em 2010, 78% dos estudantes formados fora do país que prestaram a terceira etapa da prova foram aprovados.

Alemanha — Desde 2005, a União Europeia (UE) criou um mecanismo que unifica as qualificações necessárias para exercer a medicina em suas fronteiras, reconhecendo os diplomas dos países que fazem parte do grupo. Os médicos formados fora da UE têm de conseguir a autorização com uma das 17 associações médicas do país — existe uma para cada estado. Essa organização irá avaliar se o treinamento e as qualificações pelas quais o estudante passou na faculdade são equivalentes ao treinamento médico básico do país. Se houver dúvidas, ele terá de passar por testes de conhecimento médico, que variam de estado para estado.

Inglaterra — No Reino Unido não existe nenhuma restrição sobre quem pode tratar a saúde de pacientes. A Constituição permite a qualquer um fornecer serviços na área, desde que deixe clara sua formação. A pessoa só estará cometendo crime quando mentir sobre sua qualificação médica. No entanto, somente os profissionais registrados no General Medical Council são considerados aptos para servir em hospitais públicos e particulares, receitar remédios e dar atestados de saúde. Todo mundo que termina a faculdade no país pode se registrar automaticamente. Já aqueles que vêm de fora da União Europeia têm de passar por uma prova chamada Professional and Linguistic Assessment Board Test, que vai testar seus conhecimentos linguísticos e médicos. Numa das etapas da prova, ele irá interagir com um ator, quando serão testadas suas habilidades de diagnóstico e de comunicação com os pacientes.
*Com reportagem de Aretha Yarak

Fonte :Veja

Possível erro médico pode ter deixado criança com paralisia - TVB afiliada Record

Possível erro médico pode ter deixado criança com paralisia - TVB afiliada Record

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Veja flagrantes de descaso

Revoltado com a precariedade no atendimento, o homem gravou com uma câmera escondida o descaso com a saúde pública.

Veja a reportagem na íntegra no link abaixo:

http://r7.com/H1CA

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Mendigo é socorrido após reportagem

Triste, gente! Duas mulheres tentavam conseguir um atendimento médico para um morador de rua de Campo Grande, na zona oeste do Rio, há dois meses, mas nada! O cara já perdeu o dedo do pé e a saúde piora a cada dia. Será que por ser um mendigo ele está fadado a morrer?

Três horas após a nossa equipe de reportagem fazer a matéria, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegou com uma equipe de enfermeiros no local e levou o homem ao Hospital Rocha Faria, no bairro.

Nós sempre elogiamos o trabalho do Samu, mas também vamos cobrar quando for preciso. Os médicos não pdoem deixar uma pessoa sem socorro, meu Deus!

Veja a reportagem na íntegra no link abaixo:

http://noticias.r7.com/blogs/wagner-montes/2012/04/25/reportagem-do-bg-da-fim-a-drama-de-mendigo/

Número de transplantes no Brasil mais que dobrou na última década

O Brasil atingiu a marca de 23.397 transplantes em 2011. Apesar do avanço, 48% das famílias ainda não aceitam a doação de órgãos.

VEJA A REPORTAGEM NA ÍNTEGRA NO LINK ABAIXO:

http://glo.bo/IbayEO

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Idosa morre esfaqueada em São Gonçalo

Maria Correa de Ramos, de 84 anos, levou duas facadas nas costas e uma no peito dentro de um asilo em São Gonçalo. A idosa foi levada ao hospital, mas foi liberada porque, segundo os médicos, os ferimentos tinham sido superficiais. Ela morreu um dia depois de receber alta.

Veja a reportagem na íntergra no link abaixo:

domingo, 22 de abril de 2012

Órgão do doador some durante transplante de rim entre irmãos

O Fantástico mostra uma história de mistério. É o caso de um transplante de rins entre irmãos, que tinha tudo pra dar certo, mas, depois de ser retirado do doador, o órgão sumiu.

“Deram fim, deram algum sumiço. Pode estar em alguém. Esperamos por resposta”, comenta Josevan. “Meu irmão ficou sem um rim e eu continuo precisando”, afirma Jacqueline.

Seis anos atrás, a recepcionista Jacqueline Ferreira descobriu que precisava de um transplante. Ela sofria de insuficiência renal crônica. Os rins funcionavam com apenas 10% da capacidade.

Jacqueline passou a fazer sessões de diálise todos os dias. Ficava seis horas presa a uma máquina, para que os aparelhos fizessem o que os rins não conseguem mais fazer sozinhos. Mas o irmão Josevan fez exames que trouxeram esperança. Com o resultado, os médicos concluíram que ele era doador compatível.

Josevan não pensou duas vezes. “Eu sou mecânico, trabalho com automóveis. Um carro, se eu não substituir a bomba de óleo, com certeza vai trancar o motor. Com rim é a mesma coisa. E a situação estava se agravando”, conta o irmão de Jacqueline.

No dia 1° de agosto de 2006, no Hospital Universitário Presidente Dutra, em São Luís, no Maranhão, o dia e o lugar que era para marcar o fim de um drama, deram início a outro.

Segundo os promotores que investigam o caso, a cirurgia era para ter durado entre 20 e 45 minutos, só que a operação demorou uma hora e seis minutos e não deu certo. O rim de Josevan foi retirado, mas não pôde ser implantado em Jacqueline.

Segundo o Ministério Público, os três médicos que participaram da operação afirmaram que, apesar dos exames feitos nos pacientes, só na hora da cirurgia descobriram que o rim do irmão não servia para resolver o problema da irmã.

Pode parecer estranho os médicos descobrirem, só na hora da cirurgia, que o órgão transplantado não serve. Na verdade, isso acontece com alguma frequência.

“A cada 20 transplantes, um pode complicar no ato cirúrgico e não dar certo. O rim precisa ser retirado”, diz o diretor do Hospital do Rim e Hipertensão, de São Paulo, José Medina Pestana.

Josevan não pôde receber o rim de volta.

“Se o rim foi implantado e foi rejeitado, ou não deu certa a cirurgia, ele não pode ser utilizado em outra pessoa”, explica Pestana.

Apesar das explicações dadas pelos cirurgiões, Jacqueline e Josevan queriam mais exames. O hospital entregou amostras do rim, que foram encaminhadas então ao laboratório da Polícia Técnica da Bahia. E veio a surpresa. De acordo com o laudo, as amostras entregues pelo hospital não era do rim de Josevan.

Uma contraprova foi feita no Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília. Divulgado esta semana, o resultado é o mesmo: as amostras eram de outro rim.

O Ministério Público pediu nesta semana a prisão dos médicos. “Ocorreu um transplante indevido que resultou na perda de um órgão por parte do doador. Nesse caso, a lei prevê que a pena é de reclusão de 4 a 12 anos”, explica o promotor de Justiça do Maranhão Herberth Figueiredo.

A responsável pela equipe de cirurgia do Hospital Universitário Presidente Dutra afirma que não tem responsabilidade sobre o destino do rim, a partir do momento que o órgão saiu do hospital.

“O que aconteceu com esse rim entre a família, a retirada é aqui, e apresentar a Justiça, a gente não tem como responder por isso”, diz a coordenadora do Serviço de Transplante Renal do Hospital Universitário, do Maranhão, Teresa Cristina Ferreira.

“Isso é um absurdo porque um rim não vende em comércio, não vende em supermercado. E onde que eu ia arrumar um rim?“, diz a paciente renal Jacqueline Ferreira.

Procurados pelo Fantástico, os médicos responsáveis pelo transplante, que não deu certo, Erivaldo Souza dos Santos, Maria Inês Gomes Oliveira e Leonildo de Sousa Coelho não retornaram as ligações. Giovana Parada Martins, que na época era coordenadora do setor de transplantes, não quis gravar entrevista, mas, em nota, a médica afirma que todos os exames para a cirurgia foram realizados e que a denúncia contra ela não tem funadamento.

Os irmãos estão processando o hospital e pedem R$ 1.200.000 de indenização.

Jacqueline diz que não tem coragem de voltar para a fila do Cadastro Nacional de Transplantes e continua fazendo diálise. “Como eu vou confiar? Me sinto desamparada, injustiçada, tudo que você possa imaginar de ruim. É como eu me sinto”.

Veja a reportagem no link abaixo:

http://tinyurl.com/7rzwjor

Marcelo Caetano (Erro Médico) Gabriela Sou da Paz - Diga não à impunidade

Marcelo Caetano (Erro Médico) Gabriela Sou da Paz - Diga não à impunidade

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Hospital ouve pais de paciente morta por suposto erro em Indaiatuba, SP

A sindicância do Hospital Augusto de Oliveira Camargo em Indaiatuba (SP), que investiga a morte de Ana Lúcia Couto dos Santos, de 29 anos, provocada por um suposto erro envolvendo a equipe de enfermagem e auxiliares, ouviu neta quinta-feira (19) os pais da vítima.
O Conselho Regional de Enfermagem (Conren) de São Paulo também abriu um processo para apurar as responsabilidades dos profissionais que trabalhavam no plantão do hospital no sábado (14), quando ocorreu a morte da jovem.
A família de Ana afirma que ocorreu um erro na injeção de suplemento alimentar. No entanto, segundo o hospital a informação é divergente do que foi apresentado pelas seis pessoas ouvidas desde a abertura do processo administrativo do hospital, aberto nesta segunda-feira (16). Segundo a assessoria de imprensa do hospital, a partir desta sexta (20) será analisada a possibilidade de uma acareação entre os funcionários e os pais da jovem.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) acompanha o caso e analisa a conduta dos médicos que atenderam a jovem.
O atestado de óbito cita que ouve insuficiência respiratória, mas a causa será determinada após resultado de exames. A sindicância encerrará os trabalhos com a conclusão do laudo do serviço de verificação de óbito que deve sair em 30 dias. O caso foi registrado no 1° Distrito Policial da cidade.
Sebastiana Maria Couto, mãe de Ana, afirma que as complicações ocorreram após a alimentação (Foto: Reprodução EPTV)Mãe de Ana afirma que as complicações ocorreram
após a alimentação (Foto: Reprodução EPTV)
O caso
A jovem foi vítima de acidente vascular cerebral (AVC) há dois anos e conseguia se movimentar com apoio nas pernas e no braço. Com dificuldades para respirar, ela foi internada no dia 6 de abril, apresentando um quadro de pneumonia e morreu no sábado (14).

Segundo a mãe de Ana, Sebastiana Maria Couto, antes das complicações que agravaram o estado da filha, ela chegou a ouvir de um médico que a filha receberia alta no dia seguinte. No entanto, Ana começou a passar mal assim que recebeu a alimentação de uma auxiliar de enfermagem. “Em vez dela [auxiliar de enfermagem] colocar na sonda, ela colocou no cateter no peito, depois ela abriu, e não se abre comida, ela deveria colocar pingando e ela desceu de uma vez, foi aonde que desceu de uma vez e desceu no coração da minha filha”, afirma Sebastiana.

De acordo com o diretor administrativo hospital, Marco Antônio Barroca, as informações repassadas pela família são divergentes em relação do que foi apresentado pelos funcionários. "A própria mãe naquele dia pegou a dieta no postinho da enfermagem e no leito teria tirado o cateter para dar uma volta com a paciente dentro do hospital. As quatro técnicas de enfermagem que estavam na ala não foram elas que reconectaram", afirma.
“Tem que ser investigado, a gente está falando a verdade, a parte que eu vi foi isso, da minha mulher que é testemunha, não quero dinheiro, não quero nada, quero que seja corrigido, quero que tenha funcionário competente no hospital", afirma o pai de Ana, Ary Alves dos Santos, ajudante geral.

Fonte:http://glo.bo/JbCxSg

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Aposentada morre esperando por vaga em UTI de hospital de Petrópolis

Click no link abaixo para assistir a reportagem na íntegra:

Emergências superlotadas viram rotina nos grandes hospitais de Porto Alegre

Pacientes sofrem com problemas no atendimento do Hospital Rocha Faria

Pacientes são atendidos em corredores

Veja a reportagem na íntegra no link abaixo:

http://r7.com/uXKL

Mulher luta para cuidar de filho com paralisia e acusa hospital de erro no Rio

O Balanço Geral acompanhou o drama de uma mãe que luta para cuidar de um filho de sete anos com paralisia, após complicações no parto. A mulher entrou na Justiça contra a maternidade.


Veja a reportagem na íntegra no link abaixo:

http://r7.com/hyqd

Médico opera joelho errado e paciente

Veja a reportagem na íntegra no link abaixo:

http://r7.com/QUaM

Hospital de Saracuruna (RJ) rebate acusações de erro em morte de bebê

Os pais alegam que a criança, de quatro meses, passou mal e morreu depois de receber medicamentos errados dos médicos do hospital de Saracuruna. A unidade, no entanto, se defende dizendo que o bebê passou por outros hospitais e que ninguém conseguiu curá-lo.

Veja a reporagem na íntegra no clicando no link abaixo:
http://r7.com/9K7t

Em 43 dias, 3 bebês são vítimas de erro médico em BH

O Hospital da Baleia, em Belo Horizonte, abriu procedimento para apurar erro médico que teria causado duas arritmias cardíacas em um bebê de quatro meses. Davi Emanuel Souza Lopes, que está internado há cerca de uma semana para tratamento de pneumonia, teria recebido leite na veia em vez de soro e terá de se recuperar no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) da unidade. Este é o terceiro erro médico com crianças em hospitais da região metropolitana da capital mineira em pouco mais de um mês.
De acordo com a direção do hospital, uma técnica de enfermagem teria trocado um soro que deveria ser ministrado na veia do bebê por leite e horas depois a criança começou a passar mal e sofreu duas bradicardias (redução na frequência cardíaca). Segundo o hospital, ela recebeu atendimento e não corre risco de morrer.
Ao contrário do que ocorreu com Artur Felipe Alves de Oliveira, de um mês, que não resistiu ao receber leite na veia em vez de soro. A morte ocorreu em 2 de março, no Hospital Municipal de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. A técnica de enfermagem responsável pela troca foi afastada e a Secretaria Municipal de Saúde instaurou sindicância para apurar o caso.
Já na semana passada Alan Breno Castro, de dois anos, teve de ser submetido a uma cirurgia para colocação de uma sonda após ingerir ácido tricloroacético, usado para cauterização de verrugas. Ele foi levado ao Hospital Infantil São Camilo no domingo passado para fazer uma tomografia depois de levar uma queda mas, em vez de sedativo, uma enfermeira deu o ácido ao garoto, que continua internado e tem risco de sofrer sequelas.

Fonte:

http://www.dgabc.com.br/News/5952429/em-43-dias-3-bebes-sao-vitimas-de-erro-medico-em-bh.aspx

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Bebê recebe leite na veia e quase morre no RS

Técnica em enfermagem se enganou e colocou o leite no lugar do medicamento. Bebê prematuro foi levado para a UTI pediátrica, pois corria o risco de o leite se misturar ao sangue. A direção do hospital classificou o episódio como um erro acidental. Funcionária está afastada das atividades. Criança está fora de perigo, mas precisa seguir rotina de exames.

Veja a reportagem na íntegra no link abaixo:

http://noticias.r7.com/videos/bebe-recebe-leite-na-veia-e-quase-morre-no-rs/idmedia/0a41765aab3d1e15e6e197f2bd18dab3.html

sábado, 14 de abril de 2012

Documentário: Pacientes sofrem com erros médicos

Alexandre Garcia defente 'protocolo rigoroso' contra erros médicos

Desde que a cantora Clara Nunes morreu em 1983 por administração errada de óxido nitroso, aumentaram os cuidados para se evitar trocas, mas eles não são suficientes.
Sobre a morte de 13 pacientes que ocuparam o mesmo leito em um hospital de Brasília, Alexandre Garcia lembra que as mortes foram causadas pela gravidade das enfermidades e pela falta de oxigênio. “O ar que respiramos tem cerca de 20% de oxigênio. Em doenças pulmonares, quando o processamento de oxigênio está em crise, administra-se mais oxigênio, aumentando a mistura sobre o ar para 30%, 50% ou até mais. No caso do leito do hospital de Santa Maria, entrava pela torneira verde de oxigênio, o ar. Provavelmente foi um erro na instalação dos tubos, uma vez que o encaixe verde do oxigênio é diferente do encaixe amarelo de ar comprimido e desidratado”, explica o comentarista do “Bom Dia Brasil”.

Já na sala de cirurgia, há uma terceira torneira, de óxido nitroso, usado em anestesia. “Desde que a cantora Clara Nunes morreu em 1983 por administração errada de óxido nitroso, aumentaram os cuidados para evitar trocas, mas eles não são suficientes. É preciso haver um protocolo rigoroso para evitar que se ponha na veia de uma menina vaselina em lugar de soro, como aconteceu há pouco mais de um ano em São Paulo, ou ácido em um lugar de sedativo, como acaba de acontecer em Belo Horizonte”, conclui Alexandre Garcia.

Veja a reportagem na íntegra no link abaixo:

http://glo.bo/IDlR5L

Denúncias de erros médicos aumentam mais de 30% no país

O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal vai investigar a morte de treze pacientes que receberam ar comprimido, no lugar de oxigênio. Em todo o Brasil, as denúncias de erros médicos aumentaram mais de 30%, no período de um ano.



http://noticias.uol.com.br/videos/assistir.htm?video=denuncias-de-erros-medicos-aumentam-mais-de-30-no-pais-04020E183768DCB12326

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Filha de cineasta morto no Souza Aguiar diz que está montando dossiê sobre atendimento

Taís Mendes Com G1 - O Globo
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RIO - A filha do cineasta húngaro Andreas Palluch, que morreu no Hospital Souza Aguiar, disse ao site G1, nesta quinta-feira, que está montando um dossiê, com todos os documentos sobre o atendimento recebido por seu pai na unidade para entregar à Defensoria Pública ou ao Ministério Público. Uma reportagem exibida na noite desta quarta-feira no "Jornal das Dez", da GloboNews, revelou uma troca de mensagens entre médicos do hospital em que o responsável pelo CTI diz que a família do paciente tem se mostrado muito problemática. Na mensagem, postada em 16 de março, o médico ainda revela que a cirurgia de Palluch, agendada para o dia anterior, precisou ser remarcada para cinco dias depois devido a um erro do fornecedor na entrega do material que seria usado para a sustentar a coluna do paciente.
- A primeira questão é a Justiça. Depois, vou lutar para que isso não aconteça com outros brasileiros. Meu pai estava no Brasil há 60 anos e amava isso aqui. Foi muito angustiante, foi sofrido demais acompanhar tudo o que aconteceu com ele. Ter que ver meu pai padecendo daquela forma - afirmou Andrea.
Sobre uma possível medida ação na Justiça contra a prefeitura ou contra o hospital, Andrea Palluch contou que vai ter um encontro na segunda-feira com a Associação de Vítimas de Erros Médicos para decidir que medidas devem ser adotadas. De acordo com Andrea, logo depois que o pai chegou ao hospital, médicos da neurocirurgia teriam dito que ele precisava ser operado em, no máximo, 48 horas. No entanto, Andreas só passou por uma cirurgia em 20 de março, quase um mês após a internação. Por acreditar que as informações sobre o estado de saúde do pai não eram repassadas à família de forma adequada, Andrea resolveu acionar a Defensoria Pública para garantir o acesso ao prontuário do pai.
- Na capa do prontuário que eu tenho, o próprio hospital menciona que está entregando o documento conforme determinado pela Defensoria.
A filha do fotógrafo também afirma que, em vários momentos durante a internação, observou procedimentos inadequados com relação ao paciente. De acordo com Andrea, no dia em que o pai sofreu uma parada respiratória e precisou ser encaminhado na enfermaria para o CTI do Souza Aguiar teve que esperar muito e só teria conseguido após acionar amigos.
- Meu pai teve uma parada respiratória, em função da pneumonia que ele adquiriu no hospital, às15h e só às 23h que ele foi levado para o CTI. E isso só aconteceu porque mobilizei amigos que conhecem pessoas lá - lamenta Andrea.
Cremerj abre sindicância
A presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), Márcia Rosa de Araujo, afirmou, nesta quinta-feira, que a família do cineasta será convidada para conversar com os representantes do conselho. Ela disse que vai abrir uma sindicância para apurar as denúncias de irregularidades constatadas na troca de e-mails entre os médicos que revelou, além das mazelas enfrentadas pelos profissionais, como a falta de material e de pessoal, os erros ocorridos durante cirurgias, a reserva de leitos e até a recusa de pacientes em estado grave oriundos das Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs). Segundo a presidente do Cremerj, os médicos serão chamados para prestar esclarecimentos.



A reportagem exibida na noite da quarta-feira no "Jornal das Dez" foi feita pelos repórteres Rafael Coimbra e Antônia Martinho. Eles chegaram aos e-mails quando faziam uma reportagem do caso do cineasta, que levou uma gravata durante uma assalto, na Lapa, na sexta-feira de carnaval, 17 de fevereiro, e morreu 47 dias depois no Souza Aguiar. Andrea Palluch disse que o pai foi levado para o hospital por um policial, mas não foi feito um boletim de ocorrência. Ele teria chegado lúcido e andando normalmente.
O fórum de discussão pela internet foi criado em fevereiro de 2010 para tratar assuntos do CTI. As conversas, no entanto, deveriam ficar restrita ao grupo — que tinha 32 participantes —, mas por um erro estava disponível na internet até segunda-feira. Na terça-feira, o material já tinha sido removido.
Em outra troca de mensagens, o responsável pelo CTI pede aos médicos que sejam criteriosos na escolha do paciente a ser internado. O médico, que não quis gravar entrevista, diz no e-mail que a recomendação é para que as vagas sejam preenchidas rapidamente para evitar transferências externas, na maioria dos casos de pacientes em estado grave e moribundos removidos das UPAs.
Casos de imperícia também são relatados. Num deles, um médico fala da falta de enfermeiros e informa que tem uma doença infecciosa, mas o isolamento não é feito da forma adequado, com risco de disseminação. Em outro, o profissional chama a atenção para um objeto metálico esquecido dentro do corpo de um paciente. Ele ressalta que, felizmente, nas palavras dele, o descuido tinha sido descoberto antes de o corpo seguir para o IML, evitando que o Souza Aguiar fosse questionado.


Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/filha-de-cineasta-morto-no-souza-aguiar-diz-que-esta-montando-dossie-sobre-atendimento-4626742.html#ixzz1rxk22f6t

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Treze pacientes do mesmo leito de um hospital morrem no DF

g1.globo.com
Segundo médicos e enfermeiros, internados no leito 19 apresentavam sempre mais dificuldade de recuperação. Um relatório do próprio hospital mostrou que a tubulação de oxigênio do leito 19 foi invertida, causando a dificuldade.
 
Veja a reportagem na íntegra no link abaixo:
 
 

O fotógrafo húngaro Andreas Palluch morreu depois de passar um mês internado no Hospital Souza Aguiar esperando para fazer uma cirurgia. A Globo News descobriu um fórum de discussão do CTI da unidade onde foram revelados problemas diversos no caso.

 
 
O fotógrafo húngaro Andreas Palluch morreu depois de passar um mês internado no Hospital Souza Aguiar esperando para fazer uma cirurgia. A Globo News descobriu um fórum de discussão do CTI da unidade onde foram revelados problemas diversos no caso.
 
Veja a reportagem na íntegra no link abaixo:
 

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Criança recebe ácido em vez de sedativo em BH, diz hospital

Está internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte, uma criança que foi medicada com ácido no Hospital São Camilo, também na capital. A direção do São Camilo informou nesta terça-feira (10) que reconhece e lamenta o erro ocorrido. O hospital também disse que a técnica de enfermagem responsável pela troca de medicação foi afastada temporariamente.

De acordo com o diretor do São Camilo, o médico José Guerra, a criança deu entrada na unidade na noite de domingo (8) porque teria batido a cabeça em casa. A equipe que atendeu o garoto indicou que fosse feita uma tomografia. Segundo Guerra, para que o exame seja realizado é necessário que o paciente tome um sedativo. Entretanto, no lugar deste medicamento, a técnica de enfermagem teria dado um ácido para a criança.

O diretor do Hospital São Camilo também informou que a criança sofreu queimadura na boca, o que provoca dificuldades na alimentação. Segundo o médico, ela foi transferida para que recebesse um tratamento mais especializado. Até as 21h30, o Hospital Felício Rocho não havia informado o estado de saúde.

A Polícia Civil vai investigar o caso.

CFM pede ajuda do MPF para apurar fraudes

O CFM (Conselho Federal de Medicina) acionará o MPF (Ministério Público Federal) a fim de que sejam tomadas as medidas administrativas e judiciais cabíveis voltadas à apuração de suposta fraude na EMC (Escola de Medicina e Cirurgia) da Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro). As denúncias foram feitas pela imprensa em 9 de abril, e apontam que cinco alunos usariam irregularmente números de matrículas canceladas para ingressar no curso.

“Um aluno que entra na faculdade desta forma demonstra falta de caráter e assim não poderá ser um bom médico. Temos que evitar este tipo de horror moral que vem acontecendo na sociedade brasileira”, apontou o presidente do CFM, Roberto Luiz d’Avila.

A entidade está preocupada com fraudes em vestibulares nas escolas de Medicina do país. O CFM também se colocará à disposição do MEC (Ministério da Educação) para esclarecer se as mesmas irregularidades ocorrem em outras escolas. “Nossa preocupação que fraudes como esta esteja acontecendo em outras das 185 escolas de medicina do país”, justificou d’Avila.

Alunos da Unirio suspeitos de fraude faltam à sindicância

Cinco jovens foram convocados por comissão da universidade.
Quatro alunos novos começaram a assistir aula nesta terça.

Veja a reportagem na íntegra no link abaixo:

http://glo.bo/HvyDHd

Família de homem morto a 100 metros de hospital reclama de negligência - Rio - Extra Online

Família de homem morto a 100 metros de hospital reclama de negligência - Rio - Extra Online

segunda-feira, 9 de abril de 2012



 



 






                                                                                                                                                               MOBEM-RJ

domingo, 8 de abril de 2012

Polícia identifica mulher que ajudava enfermeira a aplicar silicone no RJ

A polícia já identificou a auxiliar de enfermagem que ajudava uma enfermeira a fazer aplicações de silicone líquido em pacientes na Baixada Fluminense, conforme mostrou o Bom Dia Rio. Pelo menos três mulheres estão internadas com lesões graves provocadas pela aplicação do produto.

A auxiliar de enfermagem ainda não foi ouvida pela polícia, mas outros depoimentos já estão marcados para esta quarta-feira (4). Já a enfermeira vai responder por lesão corporal gravíssima e exercício ilegal da profissão, pois o procedimento que ela fez em várias mulheres só pode ser realizado por médicos.

A polícia investiga se a enfermeira, que chegou a ser presa na sexta-feira (30), mas foi liberada em menos de 24 horas, usava silicone industrial, que é fabricado para carros e até para limpeza de aviões, no lugar do material que é produzido especificamente para tratamentos estéticos.

Imagens gravadas pelo marido de uma das vítimas mostram a técnica e a auxiliar de enfermagem realizando a aplicação na paciente. Ela é uma das três mulheres atendidas que tiveram lesões graves provocadas por infecção. Duas foram internadas em estado grave no Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste, e a terceira no hospital da Polícia Militar, no Estácio, Zona Norte. As três mulheres continuam internadas, com quadro de saúde estável.

Veja a reportagem na íntegra no link abaixo:

http://glo.bo/H8ikfx

Jovem morre esperando cirurgia


Internado havia mais de um mês, Maicon Aparecido Soares não resistiu à espera depois que hospital Leal Jr. devolveu equipamento. Caso foi mostrado por O ITABORAÍ
Por Paula Brito – Foi em clima de muita revolta que Maicon Aparecido Soares, de 22 anos, foi sepultado na tarde de ontem. Depois de ficar um mês internado no Hospital Municipal Desembargador Leal Junior a espera de uma cirurgia de reconstituição facial que não aconteceu, o jovem faleceu na manhã de terça-feira depois de uma parada cardíaca. O caso foi denunciado por O Itaboraí no dia 27 de março

O caso vinha revoltando os familiares desde o dia 3 de março, quando o rapaz sofreu um acidente e foi levado ao hospital, com fratura múltipla dos ossos do rosto. O problema teve início quando o secretário de saúde se recusou a pagar a cirurgia. De acordo com a prefeitura, a operação de Maicon não era de caráter de urgência. “Agora realmente não existe mais urgência nenhuma, meu irmão morreu e nada foi resolvido”, disse uma irmã da vítima, que preferiu não se identificar.
Durante o sepultamento, familiares e amigos usavam uma blusa com a foto do rapaz e a frase: “A felicidade foi embora, mas a saudade no nosso peito ainda mora”. Cerca de 150 pessoas estiveram no Cemitério Municipal de Itambi, onde o corpo foi sepultado às 15 horas em meio de muito choro e revolta. Os moradores afirmavam que a culpa era do prefeito e que essa era mais uma vítima de negligência do Hospital Municipal. “Está satisfeito agora senhor prefeito? Esse é mais um inocente que morre por sua culpa!”, gritavam.
Prontuário - O hospital não liberou o laudo médico nem o prontuário do paciente, mas informou aos familiares que Maicon não foi operado porque era diabético e hipertenso. Mas de acordo com os parentes, o rapaz era saudável e todas as doenças informadas foram adquiridas dentro da unidade municipal. A prima Priscila Knupp, de 22 anos, criticou a posição do hospital e classificou a justificativa como mentirosa.
“É um descaso muito grande, Maicon sempre foi um menino saudável e eles estão dizendo que ele tinha diabetes e hipertensão, não é verdade! Ele teve três paradas cardíacas e infecção pulmonar devido à traqueostomia, trombose na perna esquerda e infecção generalizada e eles só descobriram que ele era diabético e hipertenso agora? Isso é um absurdo, qualquer exame de sangue mostraria isso quando ele foi internado. É tudo mentira! No sábado quando fui visitá-lo, ele estava completamente sedado, ele piorou muito lá dentro. Meu primo só sofreu um acidente e foi levado imediatamente para o Leal Jr, toda doença que eles alegarem, foi adquirida lá dentro. Até hoje não liberaram o prontuário, nós vamos ter que entrar na justiça para que isso seja esclarecido”, afirmou.
De acordo com o laudo do IML, Maicon teve septicemia (infecção generalizada) com evolução para estado mórbido. Um dos principais questionamentos da família foi a respeito da demora na liberação do corpo. “Ele morreu às 11 horas de terça-feira e o corpo dele só foi liberado ao meio dia de quarta”, contou o pai, Romeu José Soares, de 48 anos.
Secretaria abandonada
Casos como esse são corriqueiros no município de Itaboraí. Uma das principais justificativas para o caos na saúde pública do município pode ser a troca constante de secretários. Desde a posse de Sérgio Soares, a Secretaria Municipal de Saúde já passou pelas mãos de 13 pessoas diferentes. As reclamações são inúmeras, não é de hoje que O Itaboraí vem mostrando o descaso com os munícipes - que vão de falta de remédio em postos de saúde, à mortes por negligência médica.
“Até quando as pessoas serão tratadas dessa forma? Precisamos equipar melhor os hospitais e secretarias, essa cidade está abandonada. O Maicon não vai voltar, mas podemos salvar outras vidas. No sábado, cinco pacientes morreram por infecção e nós ficamos desesperados. Eles viam a situação e não faziam nada pra ajudar”, disse Priscila.
O atual secretário, que já foi diretor do hospital Leal Jr, até hoje não se pronunciou sobre o caso. Até o fechamento dessa edição nem a Prefeitura nem a Secretaria de Saúde se pronunciaram a respeito da morte de Maicon.
Polícia – O delegado titular da 71ª DP (Itaboraí), Wellington Vieira, já convidou a mãe e parentes de Maicon para comparecerem à delegacia e ajudarem na investigação do caso. Segundo ele, o diretor-médico Abel Martinês e o secretário de Saúde, Luiz Cezar Faria Alonso, serão intimados para dar explicações a respeito do caso. Ainda segundo ele, um inquérito já foi instaurado a situação já está sendo investigada.
“Mais uma vez, tivemos conhecimento do caso através da imprensa e a delegacia já está investigando sinais de negligencia no hospital. Espero os familiares aqui para que possamos descobrir o que aconteceu com o rapaz”, contou.
“Estava tudo pronto, mas não operaram ele”, disse a mãe em entrevista
No dia 27 de março, a reportagem de O Itaboraí esteve no hospital para conversar com a mãe de Maicon, Gislaina Aparecida Knupp Soares. Durante a entrevista a dona de casa de 46 anos contou que o filho não foi operado porque o secretário de Saúde, Luiz Cezar Faria Alonso, não liberou a verba necessária para pagar o material.
Ainda segundo ela, um médico não residente do hospital teria ido até a cidade para tratar do caso. O cirurgião buço-maxilo-facial afirmou que o paciente poderia ser operado, só era necessário o material para a operação. Na época, Gislaina alertou que o caso do filho piorava a cada dia.
“Eles já haviam confirmado tudo, e aí disseram que não poderia operar porque o material não estava disponível por falta de pagamento. Nós precisamos de ajuda urgente, porque a cada dia que passa ele piora. Até agora ninguém me deu uma resposta. O quadro do meu filho se agrava a cada dia que passa”, disse ela na ocasião.
No mesmo dia, a prefeitura informou que o rapaz seria operado na semana seguinte, e que estava recebendo todos os cuidados médicos necessários. Em nota, informaram que “de acordo com o diretor médico do hospital, o caso de Maicon foi enquadrado como cirurgia complementar eletiva (quando o caso não é de urgência ou emergência, ou seja, quando ele não está sob o risco de vida imediato ou sofrimento intenso, podendo ser efetuada em data uma escolhida pelo médico)”. A nota dizia ainda que os familiares não têm acesso a informações do setor administrativo.
“Eles disseram que a família não tem acesso às compras e licitações de remédios, mas isso é mentira. Nós estávamos lá quando o médico bateu na mesa do Dr. Abel e criticou o retorno do material, ele disse que o Maicon já estava pronto para a operação, mas que sem aquele material não haveria condições. Na semana passada eles fizeram outro pedido, mas a empresa terceirizada não quis compactuar com aquela palhaçada”, disse o cunhado, Rafael Silva de Oliveira.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Avaliação de médicos em SP tem abstenção de 84%

KARINA TOLEDO - O Estado de S.Paulo
A participação dos estudantes de Medicina no Exame do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) - que avalia o conhecimento dos formandos na área - caiu 70% nos últimos sete anos. Na prova deste ano, apenas 16% dos alunos compareceram e 46% foram reprovados, o que faz a entidade repensar o modelo de avaliação.

A participação no exame do Cremesp não é obrigatória nem requisito para o exercício da medicina. É, no entanto, um importante indicativo da qualidade da formação médica no Estado. Quando a prova foi criada, em 2005, 998 do 1,9 mil estudantes de Medicina do Estado participaram - 52%. Neste ano, apenas 418 estudantes, de um total de 2,5 mil, compareceram.
Para Renato Azevedo, presidente do Cremesp, a queda nas inscrições pode ser explicada em parte pelo boicote de algumas universidades. "Não tivemos nenhum aluno da USP, por exemplo, que é considerada a melhor faculdade de Medicina do País." Ainda assim, diz, o resultado é significativo e aponta uma grave falha na qualidade do ensino médico.
Mau desempenho. O índice de 46% de reprovados entre os inscritos deste ano está dentro da média verificada nos sete anos de existência do exame. "Acreditamos que se inscrevem para a prova aqueles que se julgam mais bem preparados. A situação real, portanto, pode ser ainda pior. O que estamos fazendo é uma denúncia sobre a precariedade do ensino de Medicina no País", ressalta.
Segundo Azevedo, 40 novas escolas foram abertas nos últimos oito anos, muitas sem hospital-escola. "Nem há professor para atender a essa demanda. A consequência disso é que estão sendo formados médicos sem condições de atender a população."
Problemas. Os resultados deste ano mostram dificuldade até em áreas essenciais da medicina, como clínica médica (43,5% de erro), obstetrícia (45,9%) e pediatria (40,7%). Mais de 60% dos candidatos não souberam apontar que febre alta e persistente é indicativo de infecção bacteriana grave em recém-nascido. E 66% não souberam dizer quais medicamentos não são indicados para tratar infecção na garganta.
Mas o Cremesp admite que, se a tendência de queda na participação se mantiver, a realização do exame se tornará inviável. "Por isso defendemos que o exame se torne nacional e obrigatório", afirma Azevedo. Isso, no entanto, não poderia ser feito sem uma mudança na legislação.
Para o coordenador do exame no Cremesp, Reinaldo Ayer, uma alternativa seria a entidade se aproximar das faculdades e aplicar em parceria uma avaliação ao longo do curso. "Algumas universidades já estão aplicando sua própria avaliação ao final do segundo, do quarto e do sexto ano. Isso é positivo, pois permite que se identifiquem os problemas quando há tempo de corrigir. Mas é necessário que também exista uma avaliação externa", afirma.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Cremerj vai fazer fiscalização no Hospital Salgado Filho

Vera Araujo - O Globo
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RIO - O Conselho Regional de Medicina (Cremerj) fará uma fiscalização no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, na próxima semana, para investigar a situação da emergência e do CTI da unidade, alvos de inquérito civil instaurado pelo Ministério Público estadual. Segundo a presidente do conselho, Márcia Rosa de Araújo, a entidade vai apurar com os médicos o que vem acontecendo no local, principalmente se aparelhos estão funcionando e se os profissionais vêm notificando irregularidades à direção do hospital.
No último domingo, O GLOBO revelou que quase a metade (363) dos 854 pacientes internados por mais de 24 horas na emergência do Salgado Filho em 2010 morreu por infecção hospitalar. Já no CTI, 30% dos 289 internados também morreram pelo mesmo motivo. Os dados constam de um relatório entregue ao MP, há dez meses, que aponta a falta de manutenção na rede de gases (que provocaria risco de contaminação) e problemas nos respiradores modelo Inter-5, da Intermed, como causas das mortes. De acordo com o dossiê, os aparelhos apresentavam erros de leitura.
Presidente de entidade diz que falta regulação de leitos
A presidente do Cremerj informou que a entidade esteve no hospital no ano passado, para apurar as queixas de superlotação na unidade:
— Boa parte dos pacientes transferidos de UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) era levada para o Salgado Filho, quando, muitas vezes, havia hospitais da rede estadual mais próximos com leitos livres. Constatamos uma falta de regulação da rede do SUS.
Segundo ela, nos últimos dois anos, o Cremerj fez três fiscalizações no Salgado Filho: nas área de ortopedia, neurocirurgia e, por último, no CTI.
— Na realidade, não temos a atribuição de fiscalizar a rede de ar comprimido, se está contaminada ou não. Isso é com a Anvisa, que tem técnicos especializados para detectar defeitos nos aparelhos. A nossa função é saber se esse quadro existe e se os médicos pediram o conserto dos aparelhos, além de notificarem o responsável técnico para tomar as medidas administrativas pertinentes


Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/cremerj-vai-fazer-fiscalizacao-no-hospital-salgado-filho-4488437.html#ixzz1r7naRFSt


OBS;FISCALIZAR POR FISCALIZAR NÃO ADIANTA!!!TEM QUE TER MUDANÇAS JÁ!!!!

03/04/2012 - PR: hospital cobra por exames oferecidos pelo SUS

Um hospital público do interior do Paraná cobra dos pacientes por exames oferecidos pelo SUS. Muitos moradores da cidade de Dois Vizinhos deixam de ser atendidos porque não têm dinheiro para pagar por procedimentos pedidos pelos médicos.

http://www.band.com.br/jornaldaband/videos.asp?v=f7376e96eb3c04a5248f5f22b7cb5d17

segunda-feira, 2 de abril de 2012

STJ reafirma responsabilidade de plano por erro

A operadora do plano de saúde, na condição de fornecedora de serviço, deve responder perante o consumidor pelos defeitos em sua prestação. Isso inclui erros em procedimentos médicos, quando a operadora passará a responder solidariamente pelo que aconteceu com o beneficiário do plano. A decisão é da 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça que, por unanimidade, confirmou a responsabilidade objetiva e solidária dos planos de saúde em caso de erro médico.
“No seguro-saúde há, em regra, livre escolha pelo segurado dos médicos e hospitais e reembolso pela seguradora dos preços dos serviços prestados por terceiros”, explicou o relator do recurso, ministro Raul Araújo. “Nos planos de saúde, a própria operadora assume, por meio dos profissionais e dos recursos hospitalares e laboratoriais próprios ou credenciados, a obrigação de prestar os serviços”, diferenciou.
O ministro lembrou que médico, hospital e operadora do plano respondem nos limites da sua culpa. “Cabe, inclusive, ação regressiva da operadora contra o médico ou hospital que, por culpa, for o causador do evento danoso”, afirmou.
No caso concreto, o STJ deu provimento a recurso especial para reconhecer a responsabilidade da Unimed Porto Alegre Cooperativa de Trabalho Médico e aumentar de R$ 6 mil para R$ 15 mil o valor da indenização por danos morais para uma cliente que teve vários problemas após cirurgia de retirada de cistos no ovário.
De acordo com os autos, a segurada foi à Justiça pedir reparação por danos moral e estético, em ação contra a médica, o hospital e a Unimed, em virtude de erro médico. Em primeira instância, a ação foi julgada improcedente. O juiz considerou as provas periciais inconclusivas.
A mulher recorreu. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul decidiu que o hospital e a Unimed não poderiam ser responsabilizados pelo erro cometido pela médica. Segundo o TJ gaúcho, a médica não era empregada do hospital e não foi indicada à paciente pela operadora do plano de saúde, embora fosse credenciada como cooperada. Os desembargadores condenaram apenas a médica, concluindo que estava caracterizada sua culpa, devendo pagar à paciente R$ 6 mil por danos morais.
No recurso para o STJ, a paciente não contestou a exclusão do hospital. Apenas sustentou a responsabilidade da Unimed e pediu aumento do valor da indenização fixado pela primeira instância. A médica também recorreu. Seu recurso não foi admitido.
Além de reconhecer a solidariedade entre a Unimed e a médica para a indenização, a 4ª Turma votou pelo aumento do valor da indenização para R$ 15 mil, mais correção monetária, a partir da data do julgamento no STJ, e juros moratórios de 0,5% ao mês até a entrada em vigor do Código Civil de 2002, e de 1% a partir de então, computados desde a citação.
A decisão determinou ainda que a médica e a Unimed paguem custas e honorários advocatícios de 12% sobre o valor da condenação. A paciente, que conseguiu Justiça gratuita, mas não recorreu sobre a exclusão da responsabilidade do hospital, pagará custas processuais em relação a ele, além de R$ 600 reais de honorários advocatícios. Com informações da Assessoria de Imprensa do STJ.
REsp 866.371

http://www.conjur.com.br/
fonte:
Revista Consultor Jurídico, 2 de abril de 2012