sexta-feira, 20 de abril de 2012

Hospital ouve pais de paciente morta por suposto erro em Indaiatuba, SP

A sindicância do Hospital Augusto de Oliveira Camargo em Indaiatuba (SP), que investiga a morte de Ana Lúcia Couto dos Santos, de 29 anos, provocada por um suposto erro envolvendo a equipe de enfermagem e auxiliares, ouviu neta quinta-feira (19) os pais da vítima.
O Conselho Regional de Enfermagem (Conren) de São Paulo também abriu um processo para apurar as responsabilidades dos profissionais que trabalhavam no plantão do hospital no sábado (14), quando ocorreu a morte da jovem.
A família de Ana afirma que ocorreu um erro na injeção de suplemento alimentar. No entanto, segundo o hospital a informação é divergente do que foi apresentado pelas seis pessoas ouvidas desde a abertura do processo administrativo do hospital, aberto nesta segunda-feira (16). Segundo a assessoria de imprensa do hospital, a partir desta sexta (20) será analisada a possibilidade de uma acareação entre os funcionários e os pais da jovem.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) acompanha o caso e analisa a conduta dos médicos que atenderam a jovem.
O atestado de óbito cita que ouve insuficiência respiratória, mas a causa será determinada após resultado de exames. A sindicância encerrará os trabalhos com a conclusão do laudo do serviço de verificação de óbito que deve sair em 30 dias. O caso foi registrado no 1° Distrito Policial da cidade.
Sebastiana Maria Couto, mãe de Ana, afirma que as complicações ocorreram após a alimentação (Foto: Reprodução EPTV)Mãe de Ana afirma que as complicações ocorreram
após a alimentação (Foto: Reprodução EPTV)
O caso
A jovem foi vítima de acidente vascular cerebral (AVC) há dois anos e conseguia se movimentar com apoio nas pernas e no braço. Com dificuldades para respirar, ela foi internada no dia 6 de abril, apresentando um quadro de pneumonia e morreu no sábado (14).

Segundo a mãe de Ana, Sebastiana Maria Couto, antes das complicações que agravaram o estado da filha, ela chegou a ouvir de um médico que a filha receberia alta no dia seguinte. No entanto, Ana começou a passar mal assim que recebeu a alimentação de uma auxiliar de enfermagem. “Em vez dela [auxiliar de enfermagem] colocar na sonda, ela colocou no cateter no peito, depois ela abriu, e não se abre comida, ela deveria colocar pingando e ela desceu de uma vez, foi aonde que desceu de uma vez e desceu no coração da minha filha”, afirma Sebastiana.

De acordo com o diretor administrativo hospital, Marco Antônio Barroca, as informações repassadas pela família são divergentes em relação do que foi apresentado pelos funcionários. "A própria mãe naquele dia pegou a dieta no postinho da enfermagem e no leito teria tirado o cateter para dar uma volta com a paciente dentro do hospital. As quatro técnicas de enfermagem que estavam na ala não foram elas que reconectaram", afirma.
“Tem que ser investigado, a gente está falando a verdade, a parte que eu vi foi isso, da minha mulher que é testemunha, não quero dinheiro, não quero nada, quero que seja corrigido, quero que tenha funcionário competente no hospital", afirma o pai de Ana, Ary Alves dos Santos, ajudante geral.

Fonte:http://glo.bo/JbCxSg

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