Alertar para a banalidade de mortes por erros médicos. Não estamos aqui para denegrir a imagem dos profissionais da saúde.Estamos sim valorizando aquele profissional que trabalha por vocação,cuja a dedicação é a valorização do ser humano e da vida.Caso você tenha sido vítima,não se cale!!Divulgue aqui!!Contato:machadosandro729@gmail.com
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
sexta-feira, 19 de setembro de 2014
Familiares suspeitam de erro médico na morte de bebê em Petrolina, PE
Um bebê de 11 meses morreu emPetrolina, no Sertão pernambucano, no Hospital Dom Malan (HDM/IMIP). De acordo com a família, ela estava com diarreia e vomitando e pode ter sido vítima de um erro médico. A morte aconteceu no domingo (14), mas a criança foi hospitalizada na unidade na sexta-feira (5).
A mãe Claudice da Silva que é trabalhadora rural disse que a menina passava mal há alguns dias. “Toda mãe sofre, toda noite sem comer nada. Eu ficava olhando para ela naquela cama e sofrendo dia e noite e eles dando esperança que ela vai voltar”, destaca.
A família acredita que houve erro médico. “O primeiro soro foi tudo bem e no segundo soro, ela começou a piorar. A mãe dela disse que colocaram diazepam dentro do soro da criança, começou a passar mal e entrou em coma”, destaca avó de Larissa, Solange Corrêa.
A tia Claudiana da Silva disse que procurou o Ministério Público para fazer uma reclamação . “Disseram que para dar entrada no processo, o médico tinha que liberar o laudo da menina, o principal, elas deram um papel para retirar todos os documentos, para dar entrada, agendou só, mas dá entrada só dia 20 de setembro”, enfatiza.
Segundo a assessoria do HDM/IMIP, a menina apresentou quadro convulsivo e foi medicada com o diazepam, em uma dose habitualmente recomendada para esses casos. Ainda segundo o hospital, a criança também apresentava um quadro de forte desidratação. Os médicos tentaram reidratá-la, mas a criança não ressistiu e veio a óbito.
Fonte: g1
Investigação do CRM-PI atesta erro de médica cubana ao medicar criança
O Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI) atestou que uma médica cubana errou ao receitar um medicamento para uma criança na cidade de Inhuma, ao Sul de Teresina. De acordo com a denúncia, a médica teria prescrito uma dosagem excessiva de um remédio para infecção pulmonar.
Na receita, a médica recomendou cinco medicamentos, sendo que a comissão avaliou que a substância “Naproxeno, 500 mg” para ser ingerida de oito em oito horas é uma dosagem excessiva.Segundo o CRM, a super dosagem pode provocar perfuração gástrica em uma criança de oito anos.
O Conselho Regional de Medicina informou que já tem todas as provas do erro médico e que vai encaminhar o caso para os Ministérios Públicos Estadual e Federal. A comissão do Programa Mais Médicos no Piauí informou que não recebeu nenhuma notificação do CRM-PI e que os médicos cubanos são todos supervisionados.
sexta-feira, 12 de setembro de 2014
Espera por atendimento nas UPAs chega a sete horas Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/espera-por-atendimento-nas-upas-chega-sete-horas-13887064.html#ixzz3D6TCrqWf
Na entrada da UPA de Realengo, o barbeiro André Tenório, de 32 anos, abre uma marmita e dá comida na boca de seu filho Isac, de 3 anos. Sentado num toco de madeira, o menino, com mais de 40 graus de febre, aguarda por atendimento médico desde as 9h, quando chegou com o pai na unidade.
A cena, flagrada pela equipe do EXTRA às 15h desta terça-feira, não é exclusividade da UPA de Realengo: ainda nesta terça, o EXTRA percorreu dez unidades nas zonas Norte, Oeste, Sul, em São Gonçalo e na Baixada e, durante o percurso, se deparou com problemas como falta de equipamento e de médicos e até salas de espera lotadas, com pacientes aguardando até sete horas pelo atendimento.
— Cheguei com meu filho e minha mulher às 9h. O Isac passou a madrugada acordado, com febre. Até agora não comemos nada e não fomos chamados. Por isso, tive que apelar para a solução da quentinha — desabafa André.
A espera de sete horas não é prevista pela Secretaria estadual de Saúde. Segundo Elson Santos de Oliveira, coordenador de atendimento das UPAs, o tempo máximo de espera para atendimento é de três horas, em casos de menor urgência. Em tese, o atendimento é imediato em casos de maior gravidade.
Rainan Bittencourt, de 17 anos, machucou o pé em um acidente de moto na noite da última segunda-feira e precisava de uma radiografia para diagnosticar a lesão. Pouco depois do meio-dia de ontem, entrou, carregado por sua mãe, na UPA de Magalhães Bastos. Cinco minutos depois, saiu: não havia aparelho de raios-X no local. Pouco depois, na unidade de Realengo, nova decepção: Rainan teve de ir ao Hospital estadual Albert Schweitzer para tirar raios-X.
Na UPA do Alemão, o vigilante Fábio Lívio Dire Feliciano, de 36 anos, teve atendimento negado após desmaiar na rua com dores nos rins. Ele foi socorrido por Marco Antônio do Patrocínio, de 40 anos, que passava no local:
— Ele não aguenta andar. Mesmo assim, mandaram procurar o Hospital Getúlio Vargas — queixou-se.
Outros problemas
Na UPA da Penha, o tempo médio de atendimento era de sete horas, na tarde de terça-feira. Já na unidade de Realengo, pacientes aguardavam mais de seis horas por atendimento. Em Bangu, por volta das 18h, dez pacientes desistiram do atendimento por conta da espera de até quatro horas.
Nas UPAs de Magalhães Bastos e Realengo, pacientes que precisavam de radiografia eram aconselhados a procurar o Hospital Albert Schweitzer. Já na UPA de Senador Camará, pacientes reclamavam da falta de medicamentos.
Situação é melhor na Maré e na unidade de Copacabana
Separadas por cinco anos e três meses, as primeira e última Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) estão entre as melhores das 45 abertas. Na Maré, a primeira UPA, inaugurada em maio de 2007, o tempo médio de atendimento, até o início da tarde de terça, foi de duas horas. Havia dois pediatras e três clínicos no plantão, segundo uma funcionária, mas a quantidade de pacientes aumentou o tempo de atendimento. Com febre e dores, a dona de casa Nadja Vasconcelos, de 48 anos, procurou a unidade pouco antes de meio-dia e só saiu às 13h45m:
— Fui bem atendida e o raio-X ficou pronto rápido, mas demorou porque tinha muita gente. Deram até o antibiótico — comentou.
Com cinco clínicos e três pediatras por plantão de 12 horas, e um dentista e um auxiliar por escala de 24, a UPA de Copacabana, na Zona Sul, inaugurada em setembro do ano passado, tem um tempo de atendimento que varia do imediato até três horas, dependendo da classificação do paciente. Mas há quem reclame da demora. A lentidão foi motivo de queixa para a caixa de supermercado Maria Euzébia Gomes, de 54 anos. Com tendinite no braço direito e até dormência, ela chegou ás 8h53m, mas só foi atendida às 11h26m.
— Além da espera devido à falta de funcionários para atender todo mundo, a enfermeira ainda errou a minha veia, na hora de aplicar a injeção, e teve que furar os dois braços. Um absurdo — desabafou ela.
Segundo Elson Santos de Oliveira, coordenador de atendimento das UPAs do governo estadual, um dos fatores que podem ocasionar a demora no atendimento é o deslocamento de médicos que precisam, eventualmente, acompanhar pacientes graves em exames em outras unidades:
— Uma equipe de monitoramento percorre todas as UPAs para detectar o que está fora do esperado. Se houver falta de algum profissional, por exemplo, eles se comunicam com o coordenador da UPA e com a secretaria, em busca de um profissional para suprir essa necessidade. Isso é feito no mesmo dia — explicou Edson.
Secretarias de saúde contestam
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria estadual de Saúde, a coordenação da UPA informou que a unidade de Realengo trabalhou nesta terça com quadro clínico completo, com cinco clínicos gerais e três pediatras. A coordenação da unidade negou que o equipamento de raios-x não estava funcionando, e afirmou que foram realizados ontem 42 exames com o aparelho.
Ainda segundo a assessoria, a UPA da Colubandê funcionou ontem com quatro clínicos e um pediatra, mas dois profissionais teriam faltado sem aviso prévio. A coordenação informou ainda que a unidade está com dez leitos intensivos e três vermelhos semi-intensivos (que tem os mesmos equipamentos de uma Unidade de Terapia Intensiva) ocupados, o que teria elevado o tempo de atendimento dos pacientes menos graves.
Já segundo a Secretaria municipal de Saúde, a coordenação da UPA Alemão informou que a unidade contou com três médicos, dois dos quais eram pediatras nesta terça. Um clínico do plantão teria pedido demissão. Ainda de acordo com a assessoria, o monitoramento dos serviços prestados pelas unidades é feito por uma comissão de servidores municipais da área técnica.
Veja as notas na íntegra:
Secretaria municipal de Saúde:
“Não houve qualquer mudança recente nos contratos. Todos os profissionais contratados pelas UPAs estão com os pagamentos em dia. O monitoramento dos serviços prestados pelas unidades é feito por uma comissão de servidores municipais da área técnica, com metas específicas a serem alcançadas por este tipo de unidade. O principal problema encontrado hoje é a lotação de profissionais médicos em algumas regiões da cidade. Há uma variação do tempo de espera conforme demanda e quadro clínico do paciente. As UPAs, assim como outras unidades de urgência e emergência, funcionam com política de classificação de risco, em que os casos mais graves têm prioridade de atendimento. Os de menor gravidade são atendidos na sequência, podendo, para esses casos, haver maior tempo de espera. É importante ressaltar que, de 2010 a 2013, as 14 UPAs municipais já realizaram mais de 16 milhões de procedimentos, sendo 1,222 milhão em 2010; 4,267 milhões em 2011; 4,746 milhões em 2012; 6,071 milhões em 2013.”
Secretaria estadual de Saúde:
“UPA PENHA: A coordenação da UPA da Penha informa que não há pediatras na unidade. Desde sua criação, a estratégia de atendimento é que os pacientes infantis são atendidos por pediatras no Hospital Estadual Getúlio Vargas, que fica em frente à unidade. Nesta terça-feira, dia 9 de setembro, a unidade contou com 6 médicos e realizou 404 atendimentos até as 18h.
UPA BANGU: A coordenação da UPA de Bangu informa que a unidade trabalhou hoje com 4 clínicos gerais e 2 pediatras - um pediatra e um clínico faltaram sem aviso prévio e, apesar dos esforços, não foi possível repor os profissionais. Entre os pediatras presentes, um chegou atrasado à unidade, o que prejudicou o atendimento. Foram atendidos nesta terça-feira 245 pacientes. As Unidades de Pronto Atendimentos foram criadas para atender a pacientes de baixa complexidade e, por isso, só contam com clínicos gerais e pediatras.
UPA COLUBANDÊ: A coordenação da UPA informa que a unidade funcionou hoje com 4 clínicos e 2 pediatras - um pediatra e um clínico faltaram sem aviso prévio e, apesar dos esforços, não foi possível repor os profissionais. Foram realizados 354 atendimentos no local. A coordenação informa ainda que a unidade está com 10 leitos intensivos e 3 vermelhos semi-intensivos (que tem os mesmos equipamentos de uma Unidade de Terapia Intensiva) ocupados, o que teria elevado o tempo de atendimento dos pacientes menos graves.
UPA REALENGO: A coordenação da UPA informa que a unidade trabalhou hoje com quadro clínico completo, com 5 clínicos gerais e 3 pediatras. Foram atendidos nesta terça-feira 313 pacientes. Sobre o equipamento de raio-x, a coordenação esclarece que NÃO PROCEDE a informação de que o equipamento não estava funcionando. Ao longo de todo o dia, o aparelho realizou 42 exames”.
Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/espera-por-atendimento-nas-upas-chega-sete-horas-13887064.html#ixzz3D6TLB6XL
Justiça acata denúncia contra dez acusados de erro médico
PUBLICADO EM 11/09/14 - 19h35
DAYSE RESENDE
A 1ª Vara Criminal, por meio do juiz José Romualdo Duarte Mendes, acatou denúncia do Ministério Público contra dez médicos acusados de um suposto erro médico ocorrido no Hospital Regional em 23 de outubro de 2011, provocando a morte de Alda Monteiro Silva, 67.
No dia 28 de abril deste ano, os profissionais foram indiciados por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e inobservância da regra técnica da profissão, o que agrava o crime para homicídio qualificado (quando há intenção de matar), pelo delegado do 3° Distrito Policial, Ernest Rocha.
Na conclusão do inquérito, entregue à promotora de Justiça Giovanna Carone Nucci Ferreira, o delegado defende que, conforme laudo médico feito pela perita médica Daniela do Carmo Mendes, a paciente, “sendo portadora de Hepatite Viral Tipo C, não poderia, em hipótese nenhuma, fazer uso de anticoagulantes, conforme orientações expressas do setor de Hepatites do Hospital das Clínicas”.
Entretanto, apesar dessa informação, que, segundo familiares, teria sido pontuada, várias vezes, por eles à equipe médica, consta que remédios como Heparina e Liquemine (anticoagulantes) teriam sido aplicados por enfermeiras, a pedido de prescrição médica, por várias vezes durante a noite, o que desencadeou na vítima insuficiência renal aguda.
Segundo uma das filhas de Alda, Patrícia Helena Silva, a hipótese de erro foi levantada dois dias após a morte de sua mãe. “No dia em que ela morreu, quem nos ligou foi uma irmã minha que trabalhava dentro da unidade. Quando a vimos enrolada em um lençol, estranhamos o inchaço em seu corpo, e minha mãe, poucos dias antes, havia falado que eles queriam aplicar nela um anticoagulante. Só que, na época, ela ainda estava lúcida e recusou. Foi então que pedimos o prontuário dela à direção do Regional e, diante da negativa, acionamos a Polícia Militar e conseguimos o documento. Com ele, contratamos um advogado, que nos orientou a contratar uma perícia médica”, explica Patrícia.
Em função do resultado do parecer, que saiu em fevereiro de 2012, a família de Alda pediu ao Conselho Regional de Medicina a abertura de uma sindicância para investigar a conduta dos médicos citados no prontuário. Além disso, eles levaram o fato ao conhecimento da Procuradoria Geral de Justiça e entraram com uma representação na 1ª Vara Criminal. “Não queremos que outras pessoas sofram essa experiência dolorosa pela qual nós passamos. A própria perícia concluiu que, se minha mãe não tivesse feito uso desses coagulantes ou recebido manobras de ressuscitação na UTI, quando agonizou por dez minutos até vir a óbito, ela poderia estar viva”, disse Patrícia, ao ressaltar que os médicos continuam atuando no Regional.
Lei
Em função do problema, a família pede que os projetos de lei 650/2007 e 6.867/2010, que preveem a exigência de aprovação em exame de avaliação para o exercício de profissionais ligados à saúde – assim como acontece com advogados –, sejam aprovados pelo Congresso Nacional.
Para Patrícia, que hoje integra a ONG Erro Médico, essa seria uma das formas de exigir que formandos exerçam a função somente depois de aprovados pelo Conselho de Medicina. “Devemos ser tratados por médicos preparados. Por isso, a aprovação dessa lei é tão importante. Quem sabe ela não venha a ter o nome da minha mãe, para que ela não seja só mais um número nas estatísticas”.
Resposta
A prefeitura informou que está acompanhando o processo por meio da Auditoria do SUS e da Sindicância da Procuradoria Jurídica Municipal e que, como ele ainda não foi concluído, não há comprovação que desabone a conduta profissional dos médicos implicados.
A prefeitura informou, ainda, que cabe ao Conselho Regional de Medicina determinar a suspensão ou a continuidade do exercício profissional dos médicos réus no processo.
Família compara caso aos da "Doutora Morte", em Curitiba
Não é só em relação aos anticoagulantes prescritos a Alda Monteiro Silva durante os 14 dias em que ela permaneceu internada no Hospital Regional que familiares pedem explicações. Em recente petição protocolada no MP, Patrícia Helena Silva questiona o fato de sua mãe ter sido medicada, dois dias antes de sua morte, com os anestésicos Fentamil e Dorminid – dez vezes mais poderosos que a morfina.
Conforme Patrícia, esses medicamentos foram os mesmos usados pela doutora Virgínia Soares Souza em pacientes da UTI do Hospital Evangélico de Curitiba. A médica, que ficou conhecida nacionalmente como “Doutora Morte”, é acusada de acelerar a morte de sete pacientes na unidade de saúde. Em um dos casos, a paciente L.A.S, 35, recebeu aplicações de Dormonid (uma ampola de 15 mg), Fentanil (um frasco de 10 ml) e Pavulon (duas ampolas de 2 ml) após complicações durante uma cesariana.
“Dormid e Fentamil são medicamentos usados para sedar pacientes entubados, e esse não era o caso da minha mãe”, defende Patrícia. “A verdade virá à tona em breve. Os suspeitos já foram indiciados, denunciados e respondem judicialmente pelo que fizeram. Só tenho a agradecer às polícias Militar, Civil e ao Ministério Público, pela seriedade com que vêm tratando o caso”, completa.
Fonte:O tempo em Betim
quarta-feira, 10 de setembro de 2014
Fiscal das UPAs é ‘absolvido’ pela Justiça
A Justiça arquivou o processo contra o economista e oficial da Marinha Mercante Bruno Augusto Fonseca Pereira, de 40 anos, detido por PMs dentro da UPA de Madureira, enquanto tirava fotos da escala de serviço. Segundo o juiz Marcelo Pereira da Silva, do 15º Juizado Especial Criminal, Bruno “nada mais fez que velar, como cidadão, pela correta prestação do serviço”.
Após precisar de uma consulta para o filho, mas não conseguir marcá-la por falta de médicos, o economista passou a usar suas folgas para ir duas vezes por dia à UPA e postava as fotos que tirava no Facebook. Em março, no meio de uma “inspeção”, ele foi detido por PMs e autuado por “perturbar alguém no trabalho ou sossego alheio com gritaria ou algazarra”.
Em audiência, Bruno reconheceu “que em uma das oportunidades em que esteve na UPA perdeu a calma com uma funcionária que se apresentou como coordenadora de logística, pois esta lhe chamou de maluco”.
Na decisão, o juiz afirma que “todos os prestadores de serviços públicos devem aceitar e estimular esse tipo de atuação, contanto que seja feito de maneira cordata, posto que nada mais é que o exercício de cidadania”.
Inexperiência e má formação
Uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), para avaliar as UPAs do país, apontou a pouca experiência e falta de treinamento específico dos médicos na área de urgência e emergência como um dos obstáculos que impedem o bom funcionamento das unidades. Como resultado disso, no Rio, por exemplo, a coordenação do Samu relatou, durante o levantamento, que por vezes há necessidade de seus profissionais entrarem nas UPAs para executar procedimentos ou auxiliar médicos.
Ainda segundo relatório da auditoria, divulgado ontem pelo TCU, um dos principais fatores que dificulta a formação dos profissionais é a alta rotatividade dos médicos contratados. Para o levantamento, feito para avaliar os resultados da implantação, construção e ampliação das UPAs, foram ouvidos gestores.
Além da formação dos profissionais, a vistoria apontou outras deficiências, como a falta de articulação com as unidades de atenção primária à saúde e a insuficiência de vagas para os pacientes poderem ser encaminhados para outras unidades, após serem atendidos nas UPAs. Assim, os pacientes acabam ficando mais tempo nas unidades do que seria necessário, esperando vagas. Com base na auditoria, o TCU fez recomendações para que o Ministério da Saúde melhore a gestão das UPAs.
São vínculos frágeis
O médico Pablo Vasquez, membro do Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj), não concorda que os médicos das UPAs sejam mal formados. Para ele, são profissionais inexperientes, e que muitas vezes acabam não tendo contato com outros que já tenham mais conhecimento. Mas Vasquez concorda que é grande a rotatividade.
— São vínculos frágeis de trabalho. Em geral, esses médicos das UPAs estão buscando uma remuneração melhor, então há uma grande troca de local de trabalho, o que prejudica a continuidade da formação. É preciso contratar mais médicos, através de concursos, e estabelecer planos de carreira para reter esses profissionais — opina.
Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/fiscal-das-upas-absolvido-pela-justica-13887107.html#ixzz3CvPaGGZu
Espera por atendimento nas UPAs chega a sete horas Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/espera-por-atendimento-nas-upas-chega-sete-horas-13887064.html#ixzz3CvNisOng
Na entrada da UPA de Realengo, o barbeiro André Tenório, de 32 anos, abre uma marmita e dá comida na boca de seu filho Isac, de 3 anos. Sentado num toco de madeira, o menino, com mais de 40 graus de febre, aguarda por atendimento médico desde as 9h, quando chegou com o pai na unidade.
A cena, flagrada pela equipe do EXTRA às 15h desta terça-feira, não é exclusividade da UPA de Realengo: ainda nesta terça, o EXTRA percorreu dez unidades nas zonas Norte, Oeste, Sul, em São Gonçalo e na Baixada e, durante o percurso, se deparou com problemas como falta de equipamento e de médicos e até salas de espera lotadas, com pacientes aguardando até sete horas pelo atendimento.
— Cheguei com meu filho e minha mulher às 9h. O Isac passou a madrugada acordado, com febre. Até agora não comemos nada e não fomos chamados. Por isso, tive que apelar para a solução da quentinha — desabafa André.
A espera de sete horas não é prevista pela Secretaria estadual de Saúde. Segundo Elson Santos de Oliveira, coordenador de atendimento das UPAs, o tempo máximo de espera para atendimento é de três horas, em casos de menor urgência. Em tese, o atendimento é imediato em casos de maior gravidade.
Rainan Bittencourt, de 17 anos, machucou o pé em um acidente de moto na noite da última segunda-feira e precisava de uma radiografia para diagnosticar a lesão. Pouco depois do meio-dia de ontem, entrou, carregado por sua mãe, na UPA de Magalhães Bastos. Cinco minutos depois, saiu: não havia aparelho de raios-X no local. Pouco depois, na unidade de Realengo, nova decepção: Rainan teve de ir ao Hospital estadual Albert Schweitzer para tirar raios-X.
Na UPA do Alemão, o vigilante Fábio Lívio Dire Feliciano, de 36 anos, teve atendimento negado após desmaiar na rua com dores nos rins. Ele foi socorrido por Marco Antônio do Patrocínio, de 40 anos, que passava no local:
— Ele não aguenta andar. Mesmo assim, mandaram procurar o Hospital Getúlio Vargas — queixou-se.
Outros problemas
Na UPA da Penha, o tempo médio de atendimento era de sete horas, na tarde de terça-feira. Já na unidade de Realengo, pacientes aguardavam mais de seis horas por atendimento. Em Bangu, por volta das 18h, dez pacientes desistiram do atendimento por conta da espera de até quatro horas.
Nas UPAs de Magalhães Bastos e Realengo, pacientes que precisavam de radiografia eram aconselhados a procurar o Hospital Albert Schweitzer. Já na UPA de Senador Camará, pacientes reclamavam da falta de medicamentos.
Situação é melhor na Maré e na unidade de Copacabana
Separadas por cinco anos e três meses, as primeira e última Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) estão entre as melhores das 45 abertas. Na Maré, a primeira UPA, inaugurada em maio de 2007, o tempo médio de atendimento, até o início da tarde de terça, foi de duas horas. Havia dois pediatras e três clínicos no plantão, segundo uma funcionária, mas a quantidade de pacientes aumentou o tempo de atendimento. Com febre e dores, a dona de casa Nadja Vasconcelos, de 48 anos, procurou a unidade pouco antes de meio-dia e só saiu às 13h45m:
— Fui bem atendida e o raio-X ficou pronto rápido, mas demorou porque tinha muita gente. Deram até o antibiótico — comentou.
Com cinco clínicos e três pediatras por plantão de 12 horas, e um dentista e um auxiliar por escala de 24, a UPA de Copacabana, na Zona Sul, inaugurada em setembro do ano passado, tem um tempo de atendimento que varia do imediato até três horas, dependendo da classificação do paciente. Mas há quem reclame da demora. A lentidão foi motivo de queixa para a caixa de supermercado Maria Euzébia Gomes, de 54 anos. Com tendinite no braço direito e até dormência, ela chegou ás 8h53m, mas só foi atendida às 11h26m.
— Além da espera devido à falta de funcionários para atender todo mundo, a enfermeira ainda errou a minha veia, na hora de aplicar a injeção, e teve que furar os dois braços. Um absurdo — desabafou ela.
Segundo Elson Santos de Oliveira, coordenador de atendimento das UPAs do governo estadual, um dos fatores que podem ocasionar a demora no atendimento é o deslocamento de médicos que precisam, eventualmente, acompanhar pacientes graves em exames em outras unidades:
— Uma equipe de monitoramento percorre todas as UPAs para detectar o que está fora do esperado. Se houver falta de algum profissional, por exemplo, eles se comunicam com o coordenador da UPA e com a secretaria, em busca de um profissional para suprir essa necessidade. Isso é feito no mesmo dia — explicou Edson.
Secretarias de saúde contestam
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria estadual de Saúde, a coordenação da UPA informou que a unidade de Realengo trabalhou nesta terça com quadro clínico completo, com cinco clínicos gerais e três pediatras. A coordenação da unidade negou que o equipamento de raios-x não estava funcionando, e afirmou que foram realizados ontem 42 exames com o aparelho.
Ainda segundo a assessoria, a UPA da Colubandê funcionou ontem com quatro clínicos e um pediatra, mas dois profissionais teriam faltado sem aviso prévio. A coordenação informou ainda que a unidade está com dez leitos intensivos e três vermelhos semi-intensivos (que tem os mesmos equipamentos de uma Unidade de Terapia Intensiva) ocupados, o que teria elevado o tempo de atendimento dos pacientes menos graves.
Já segundo a Secretaria municipal de Saúde, a coordenação da UPA Alemão informou que a unidade contou com três médicos, dois dos quais eram pediatras nesta terça. Um clínico do plantão teria pedido demissão. Ainda de acordo com a assessoria, o monitoramento dos serviços prestados pelas unidades é feito por uma comissão de servidores municipais da área técnica.
Veja as notas na íntegra:
Secretaria municipal de Saúde:
“Não houve qualquer mudança recente nos contratos. Todos os profissionais contratados pelas UPAs estão com os pagamentos em dia. O monitoramento dos serviços prestados pelas unidades é feito por uma comissão de servidores municipais da área técnica, com metas específicas a serem alcançadas por este tipo de unidade. O principal problema encontrado hoje é a lotação de profissionais médicos em algumas regiões da cidade. Há uma variação do tempo de espera conforme demanda e quadro clínico do paciente. As UPAs, assim como outras unidades de urgência e emergência, funcionam com política de classificação de risco, em que os casos mais graves têm prioridade de atendimento. Os de menor gravidade são atendidos na sequência, podendo, para esses casos, haver maior tempo de espera. É importante ressaltar que, de 2010 a 2013, as 14 UPAs municipais já realizaram mais de 16 milhões de procedimentos, sendo 1,222 milhão em 2010; 4,267 milhões em 2011; 4,746 milhões em 2012; 6,071 milhões em 2013.”
Secretaria estadual de Saúde:
“UPA PENHA: A coordenação da UPA da Penha informa que não há pediatras na unidade. Desde sua criação, a estratégia de atendimento é que os pacientes infantis são atendidos por pediatras no Hospital Estadual Getúlio Vargas, que fica em frente à unidade. Nesta terça-feira, dia 9 de setembro, a unidade contou com 6 médicos e realizou 404 atendimentos até as 18h.
UPA BANGU: A coordenação da UPA de Bangu informa que a unidade trabalhou hoje com 4 clínicos gerais e 2 pediatras - um pediatra e um clínico faltaram sem aviso prévio e, apesar dos esforços, não foi possível repor os profissionais. Entre os pediatras presentes, um chegou atrasado à unidade, o que prejudicou o atendimento. Foram atendidos nesta terça-feira 245 pacientes. As Unidades de Pronto Atendimentos foram criadas para atender a pacientes de baixa complexidade e, por isso, só contam com clínicos gerais e pediatras.
UPA COLUBANDÊ: A coordenação da UPA informa que a unidade funcionou hoje com 4 clínicos e 2 pediatras - um pediatra e um clínico faltaram sem aviso prévio e, apesar dos esforços, não foi possível repor os profissionais. Foram realizados 354 atendimentos no local. A coordenação informa ainda que a unidade está com 10 leitos intensivos e 3 vermelhos semi-intensivos (que tem os mesmos equipamentos de uma Unidade de Terapia Intensiva) ocupados, o que teria elevado o tempo de atendimento dos pacientes menos graves.
UPA REALENGO: A coordenação da UPA informa que a unidade trabalhou hoje com quadro clínico completo, com 5 clínicos gerais e 3 pediatras. Foram atendidos nesta terça-feira 313 pacientes. Sobre o equipamento de raio-x, a coordenação esclarece que NÃO PROCEDE a informação de que o equipamento não estava funcionando. Ao longo de todo o dia, o aparelho realizou 42 exames”.
Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/espera-por-atendimento-nas-upas-chega-sete-horas-13887064.html#ixzz3CvO9zNph
terça-feira, 9 de setembro de 2014
Família afirma que idoso morto em hospital na zona oeste do Rio foi atendido por falso médico
A Polícia Civil investiga o estudante de medicina Ademir Pereira Ribeiro Junior pela morte de um idoso em Bangu, na zona oeste do Rio. A família de Iclair Marcos de Oliveira, de 62 anos, afirma que o estudante se apresentou como médico do hospital São Mateus e atendeu o idoso no sábado (6). Iclair apresentava fortes dores no abdômen e falta de ar, mas não resistiu à entrada na unidade e faleceu.
Rosicler Faria de Oliveira, filha de Iclair, afirma que o estudante se apresentou com outro nome.
— Ele se apresentou como doutor Tiago, disse que era o médico plantonista do hospital naquela noite e que ia atender meu pai.
Policiais da Delegacia de Bangu (34ª DP) instauraram inquérito policial para apurar os crimes de homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e exercício ilegal da medicina. A família do idoso quer que o hospital São Mateus e Ademir sejam indiciados por homicídio doloso, quando há intenção de matar.
— Houve intenção de matar. Ele saiu de casa sabendo que não era médico. Sabia que poderia chegar um paciente, como meu pai chegou, e ele não teria como atender.
Todas as pessoas envolvidas no caso já foram ouvidas na delegacia. Em depoimento, o estudante afirmou não ser médico formado e negou ter prestado atendimento ao aposentado. Ademir disse ainda que estaria apenas acompanhando o novo médico da emergência, identificado como Tiago Mansur.
O hospital São Mateus informou que não trabalha com acadêmicos, a menos que estes sejam acompanhados de médicos registrados. Segundo a unidade, este teria sido o primeiro contato de Ademir com a unidade.
O Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro) afirmou que abrirá uma sindicância para apurar o caso, "pois um aluno de medicina não pode atender um paciente sem que haja um médico preceptor ao lado".
Assista ao vídeo:
quinta-feira, 4 de setembro de 2014
Recomendação CFM nº 001/2014 - Liberação de prontuário de paciente falecido
Recebemos a informação de Leandro Farias
Recomendação CFM nº 001/2014 - Liberação de prontuário de paciente falecido
RECOMENDAÇÃO CFM Nº 001/2014
Recomendação CFM nº 001/2014 - Liberação de prontuário de paciente falecido
RECOMENDAÇÃO CFM Nº 001/2014
EMENTA: Recomendar aos profissionais médicos e instituições de tratamento médico, clínico, ambulatorial ou hospitalar no sentido de: a) fornecerem, quando solicitados pelo cônjuge/companheiro sobrevivente do paciente morto, e sucessivamente pelos sucessores legítimos do paciente em linha reta, ou colaterais até o quarto grau, os
prontuários médicos do paciente falecido: desde que documentalmente comprovado o vínculo familiar e observada a ordem de vocação hereditária; b) informarem os pacientes acerca da necessidade de manifestação expressa da objeção à divulgação do seu prontuário médico após a sua morte.
prontuários médicos do paciente falecido: desde que documentalmente comprovado o vínculo familiar e observada a ordem de vocação hereditária; b) informarem os pacientes acerca da necessidade de manifestação expressa da objeção à divulgação do seu prontuário médico após a sua morte.
O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, no uso das atribuições conferidas pela Lei nº 3.268, de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo Decreto nº 44.045, de 19 de julho de 1958, alterada pela Lei nº 11.000, de 15 de dezembro de 2004, e pelo Decreto n.º 6821, de 14 de abril de 2009, e
CONSIDERANDO a tutela antecipada concedida nos autos do processo Ação Civil Pública n.º nº 26798-86.2012.4.01.3500, movida pelo MPF, em trâmite na 3ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Goiás;
CONSIDERANDO que a decisão acima citada está sendo atacada por intermédio do recurso Agravo de Instrumento nº 0015632-13.2014.4.01.0000, em trâmite no TRF 1ª Região;
CONSIDERANDO, finalmente, o decidido pelo Plenário em Sessão realizada em de de 2014,
RECOMENDA-SE:
Art. 1º - Que os médicos e instituições de tratamento médico, clínico, ambulatorial ou hospitalar: a) forneçam, quando solicitados pelo cônjuge/companheiro sobrevivente do paciente morto, e sucessivamente pelos sucessores legítimos do paciente em linha reta, ou colaterais até o quarto grau, os prontuários médicos do paciente falecido: desde que documentalmente comprovado o vínculo familiar e observada a ordem de vocação hereditária, e b) informem os pacientes acerca da necessidade de manifestação expressa da objeção à divulgação do seu prontuário médico após a sua morte.
Art. 2º - Esta Recomendação entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília/DF, de março de 2014
ROBERTO LUIZ d´ÀVILA
Presidente do Conselho
Presidente do Conselho
HENRIQUE BATISTA E SILVA
Secretário-Geral
Secretário-Geral
Porém os CRMs não estão cumprindo e querem que a resolução caia!!!
Vamos averiguar!!!Pois essa resolução se deu pela pressão do judiciário de Goiás.
Vamos averiguar!!!Pois essa resolução se deu pela pressão do judiciário de Goiás.
quarta-feira, 3 de setembro de 2014
'Não creio mais em justiça', diz mãe de modelo morta ao colocar silicone
Quase dois anos se passaram da morte da modelo Louanna Adrielle Castro Silva, de 24 anos, e, para a família, a sensação é de impunidade. A jovem faleceu durante um procedimento para colocar próteses de silicone nos seios, em um hospital de Goiânia. A Polícia Civil investigou se houve negligência médica e o inquérito foi concluído há três meses, sem responsabilização dos profissionais. “Não creio mais em justiça. Minha filha morreu e os médicos seguem trabalhando. A minha dor é tão grande que isso acabou até com a minha saúde”, disse ao G1 a mãe da modelo, a cabeleireira Dênia de Castro Silva.
Louanna nasceu e morava em Jataí, no sudoeste de Goiás, e havia sido eleita Miss Jataí Turismo em maio de 2012. A jovem morreu no dia 1º de dezembro do mesmo ano durante o procedimento cirúrgico no Hospital Buriti, no Parque Amazônia, na capital. Dênia diz que a filha já tinha colocado a prótese na mama direita, mas sofreu uma parada cardíaca ao receber a prótese na mama esquerda. Sem Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no hospital, ela teve de ser encaminhada para outra unidade, mas não resistiu.
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Na época, o médico responsável pela cirurgia, Rogério Morale de Oliveira, e a médica anestesista Beatriz Vieira Espíndola, disseram à polícia que a jovem teve reações às medicações que poderiam ser comuns a pessoas que já usaram algum tipo de droga. No entanto, um laudo toxicológico emitido em janeiro de 2013 não apontou qualquer indício de uso de entorpecente. A defesa da equipe médica contestou e um novo exame, feito em Brasília e divulgado em setembro do mesmo ano, apontou presença de cocaína no organismo de Louanna.
Além da investigação policial, o Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) instaurou uma sindicância para apurar o caso. Segundo o órgão, o caso foi arquivado em fevereiro deste ano, pois o laudo criminalístico e o exame toxicológico comprovaram que não houve indício de infração por parte dos profissionais. Durante esse período, os médicos continuaram trabalhando normalmente.
Procurado pelo G1, o advogado de defesa do médico, Carlos Márcio Rissi Macedo, disse que só foi comunicado sobre o arquivamento da sindicância do Cremego na semana passada. “Os laudos mostram que os médicos não tiveram envolvimento na morte, pois a paciente não os informou sobre o uso de entorpecentes e isso causou a reação durante a cirurgia. E foi exatamente essa comprovação e o arquivamento por parte do Cremego que ajudaram na conclusão do inquérito policial”, afirmou.
Louanna chegou a tirar foto antes de cirurgia
em Goiânia (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
em Goiânia (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
O delegado responsável pelo caso, Fernando de Oliveira Fernandes, titular do 13º Distrito Policial de Goiânia, confirmou que não houve provas para responsabilizar o médico e a anestesista pela morte. “Os laudos apontaram que não houve erro profissional ou ético. Sendo assim, o inquérito foi concluído e eles não chegaram a ser indiciados”, explicou.
Sobre a diferença registrada nos dois exames toxicológicos, o delegado explica que a segunda análise foi feita em um laboratório na capital federal, que é mais moderno, capaz de detectar com maior precisão a presença ou não de droga no corpo da vítima.
Cocaína
A mãe de Louanna contesta a informação e diz que não acredita que a filha fazia uso de cocaína. “Ela não tomava nem bebida alcoólica, como é que usaria droga? Não tenho dúvidas de que os médicos forjaram esse exame para se livrar da culpa. Minha filha era uma pessoa de bem, querida por todos, que teve a vida interrompida por uma negligência. Infelizmente, eles têm mais dinheiro do que a gente e nunca conseguiremos provar a culpa deles. Mas lá no fundo eles sabem o que fizeram e vão ter que pagar perante Deus”, afirmou Dênia.
Cocaína
A mãe de Louanna contesta a informação e diz que não acredita que a filha fazia uso de cocaína. “Ela não tomava nem bebida alcoólica, como é que usaria droga? Não tenho dúvidas de que os médicos forjaram esse exame para se livrar da culpa. Minha filha era uma pessoa de bem, querida por todos, que teve a vida interrompida por uma negligência. Infelizmente, eles têm mais dinheiro do que a gente e nunca conseguiremos provar a culpa deles. Mas lá no fundo eles sabem o que fizeram e vão ter que pagar perante Deus”, afirmou Dênia.
Apoiamos a cirurgia pela felicidade dela, mas isso virou o nosso pior pesadelo "
Dênia Silva, mãe de Louanna
Sobre a investigação, ela diz que, desde o começo, não tinha fé sobre qualquer punição aos profissionais. “O inquérito foi concluído e nós nem fomos avisados. Depois do que aconteceu, soube de outros casos de erros médicos do Rogério, mas não posso provar. O que mais me dói é saber que ele continua exercendo a medicina e colocando outras pessoas em risco. Ele nunca me procurou ao menos para se desculpar e isso mostra ainda mais que ele apenas queria se safar de um crime, pois ele matou minha filha. Não tenho dúvidas disso”, ressaltou.
O advogado do médico disse, ainda, que o profissional não quer se pronunciar sobre o caso em respeito à família, mas que sempre esteve consciente de que é inocente.
Louanna era casada e, segundo a mãe, sonhava com a cirurgia. “Minha filha já era linda, cheia de vida, mas queria muito colocar as próteses nos seios. Apoiamos a cirurgia pela felicidade dela, mas isso virou o nosso pior pesadelo”, lamentou Dênia.
Louanna era casada e, segundo a mãe, sonhava com a cirurgia. “Minha filha já era linda, cheia de vida, mas queria muito colocar as próteses nos seios. Apoiamos a cirurgia pela felicidade dela, mas isso virou o nosso pior pesadelo”, lamentou Dênia.
A cabeleireira diz que após a morte da filha entrou em depressão e sofre com fortes dores de cabeça e no peito. “Eu passei 1 ano e 8 meses trancada dentro de casa, sem vontade de ver a luz do dia. É muito difícil aceitar uma perda assim e a dor é maior do que a gente pode suportar. Depois desse tempo, percebi que precisava fazer alguma coisa, me apegar a Deus, pois tenho outro filho e não posso morrer também”, afirmou.
Dênia ressaltou que o que mais a deixa triste é o fato de acusarem Louanne pelo uso de entorpecentes. “Não bastaram assassinar a minha filha, mas também fizeram questão de acabar com a reputação dela, culpá-la pela própria morte. Apesar da minha indignação, não vejo mais como tentar provar a negligência médica. Só entrego na mão de Deus para que isso não volte a acontecer com outra pessoa”, lamenta.
fonte g1
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