quarta-feira, 26 de junho de 2013

Jovem engrossa protesto após perder o pai por falta de estrutura em hospitais Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/jovem-engrossa-protesto-apos-perder-pai-por-falta-de-estrutura-em-hospitais-8813577.html#ixzz2XKWh47M0


Geraldo Ribeiro 26/06/13 Rafaela foi à Avenida Presidente Vargas à tarde. De manhã, ela tinha enterrado o pai Foto: Reprodução / No dia em que sepultou o pai, a assistente administrativa Rafaela Ganzenmuller Sampaio, de 29 anos, engrossou o coro dos que pedem saúde no “padrão Fifa”. Ela tornou públicas suas dor e indignação na manifestação que levou 300 mil pessoas à Avenida Presidente Vargas, no Centro, na quinta-feira, exibindo o cartaz com a frase “Por falta de vagas no SUS enterrei meu pai hoje”. Rafaela contou que seu pai, o aposentado Mauro Sampaio, de 57 anos, foi internado no Hospital Municipal São Francisco Xavier, em Itaguaí, onde mora, após passar mal e sofrer uma queda, no domingo. Os médicos teriam informado que ele tinha suspeita de hemorragia e aumento da pressão intracraniana, mas não havia como confirmar o diagnóstico por falta de tomógrafo. A unidade de saúde e a filha do paciente, por conta própria, buscaram vaga para transferência, sem sucesso. Desesperada, Rafaela tentou, no dia seguinte, obter uma liminar judicial junto à Defensoria Pública de Itaguaí para acelerar a internação. O juiz Jansen Amadeu do Carmo Madeira, da 1ª Vara Cível, pediu comprovação da gravidade do caso, alegando não haver informação “clara e precisa” que comprovasse a urgência de transferi-lo. Ao voltar ao hospital para buscar boletim comprovando a gravidade do estado de saúde do pai, a jovem foi informada de que ele já não estava lá. - Depois de muitas informações desencontradas descobri que tinha sido levado para o Hospital (estadual) Getúlio Vargas, onde já o encontrei morto - disse. O corpo foi sepultado na quinta-feira, no Cemitério São João Batista, em Botafogo. Procuradas ontem à noite, a Prefeitura de Itaguaí confirmou que a unidade municipal não tem tomógrafo, e a Secretaria estadual de Saúde informou que só hoje poderá passar informações sobre o caso. - Diante da morte do meu pai, tinha a escolha de ir para casa e chorar ou transformar minha dor em força para outras pessoas que passam por problema semelhante. Preferi a segunda opção, para dar voz a essas pessoas. No hospital de Itaguaí, onde ele esteve primeiro, os médicos fizeram o possível para nos ajudar, mas a burocracia impediu a transferência do meu pai para outra unidade a tempo de salvá-lo. Acredito que, se tivesse sido atendido antes, ele não teria morrido - declarou Rafaela. Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/jovem-engrossa-protesto-apos-perder-pai-por-falta-de-estrutura-em-hospitais-8813577.html#ixzz2XKWlro7k Fonte:Jornal extra on-line

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