quarta-feira, 5 de junho de 2013

Estudo aponta falhas nos hospitais públicos do Vale e Bragança Paulista


05/06/2013 11h42 - Atualizado em 05/06/2013 15h59 O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) identificou problemas nos quatro hospitais públicos da região avaliados em um estudo sobre a situação dos prontos-socorros no estado. Entre os principais problemas apontados estão antigas reclamações de pacientes, como equipe médica incompleta, falta de materiais para atendimento e superlotação. O mapeamento, divulgado na terça-feira (4), envolve o Hospital Municipal de São José dos Campos, o Hospital Regional de Taubaté, a Santa Casa de Bragança e o Hospital Universitário São Francisco, ambos em Bragança Paulista. Segundo o Cremesp, as falhas identificadas colocam em risco a saúde dos pacientes e não oferecem aos médicos condições adequadas de trabalho. Ao todo, o mapeamento envolve 71 hospitais de São Paulo - sendo 23 na capital e 48 no interior - que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O levantamento aponta que 41 hospitais, mais da metade do grupo de unidades avaliadas, têm doentes nos corredores. O problema foi identificado em dois hospitais da região - o Hospital Municipal de São José e o Hospital São Francisco de Bragança Paulista. No Hospital Muncicipal de São José também foram encontrados outros dois problemas, como a sala de emergência considerada inadequada e a falta de médicos diaristas que, segundo o estudo, são fundamentais para que os pacientes não tenham o acompanhamento interrompido com a troca de plantão. Segundo o estudo, também existem problemas de equipe médica incompleta em 49 prontos-socorros avaliados. O erro foi identificado no Hospital Regional de Taubaté que, segundo o Cremesp, não tem chefia de plantão e médico diarista. Segundo o estudo, a ausência de uma chefia no plantão desorganiza o serviço e sobrecarrega a equipe. A falta de médico diarista também foi constatada na Santa Casa de Bragança (veja tabela abaixo). VEJA OS PROBLEMAS ENCONTRADOS PELO CREMESP NOS HOSPITAIS DA REGIÃO Hospital Municipal de São José dos Campos - pacientes em macas no corredor; - não tem médicos diaristas - a ausência de uma chefia no plantão desorganiza o serviço e sobrecarrega a equipe, diz Cremesp - sala de emergência inadequada - para que a sala de emergência seja adequada tem que apresentar entrada independente, além de dispor de materiais e equipamentos previstos em legislação Hospital Regional de Taubaté: - não tem chefia de plantão; - não foram encontrados médicos diaristas; - falta de pelo menos um material classificado como essencial Santa Casa de Bragança Paulista: - dificuldade para encaminhar pacientes para outros serviços; - não tem médico diarista; - falta de pelo menos um material classificado como essencial Hospital São Francisco de Bragança Paulista: - pacientes em macas no corredor; - dificuldade para encaminhar pacientes para outros serviços; - não havia triagem com classificação de risco Outro lado A Prefeitura de São José dos Campos informou que enviará um ofício à Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), que administra o Hospital Municipal, solicitando informações sobre as denúncias do Cremesp. O superintendente da SPDM no Hospital Municipal, Carlos Maganha, disse ao G1 que a unidade conta com pelo menos cinco médicos diaristas no pronto-socorro, diferente do que foi apontado no levantamento. Sobre a sala de emergência inadequada, ele afirmou que estão previstas obras para ampliação do espaço e criação de uma entrada independente. Já sobre os pacientes ficarem internados em macas, ele afirmou que este é um problema real e difícil de solucionar porque o hospital tem uma demanda muito grande. "Nós acomodamos pacientes em macas, sim, porque temos essa vocação de atender todos os pacientes que chegam aqui porque somos estilo porta aberta. Temos uma demanda alta porque atendemos os casos graves de todos os hospitais públicos da cidade", disse. A Secretaria de Estado da Saúde, que responde pelo Hospital Regional de Taubaté, informou por meio de nota que "o governo tem investido cada vez mais em suas unidades próprias, ampliando e modernizando os serviços oferecidos, e contratando novos médicos para ampliar a assistência à população e que não faltam materiais nos prontos-socorros estaduais". Sobre a falta de médicos diaristas, a secretaria diz que "para atrair novos profissionais médicos, o governo do Estado ampliou, neste ano, em até 71% o valor pago pelos plantões de 12 horas e aprovou uma lei que institui o plano de carreira para os médicos, que prevê salários mensais de até R$ 14,7 mil a esses profissionais". O Hospital Universitário São Francisco de Bragança Paulista foi procurado, mas não comentou o assunto. Já o diretor técnico da Santa Casa de Bragança Paulista, Pedro Paulo Ribas Batistella, disse ao G1 que não iria comentar o assunto porque não recebeu nenhuma notificação do Cremesp. Fonte G1 LINK:http://glo.bo/16JYzMh

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