terça-feira, 7 de maio de 2013

Família questiona atendimento de menino picado por escorpião


Uma divergência entre prontuários levanta a suspeita de demora na aplicação do soro no hospital de Três Pontas (MG) em um menino de 4 anos de Santana da Vargem (MG), que morreu após ser picado por um escorpião. Segundo os parentes da criança, as informações do prontuário recebido por eles não batem com as do documento apresentado pela direção do pronto atendimento. O caso aconteceu há cerca de 10 dias. O menino Davi Santana Silva estava em casa, na zona rural de Santana da Vargem, quando foi picado por um escorpião. Ele foi levado pelos pais para o pronto atendimento Três Pontas onde passou a noite. Pela manhã, como mostra o prontuário de atendimento apresentado pela família, Davi piorou. Ele só recebeu o soro antiescorpiônico às 13h17, mais de 12h depois de dar entrada no pronto-socorro. “Ele me falou qu achava que tinha entrado um espinho no pé dele. Quando eu olhei vi o escorpião do lado do pé dele. Levei ele no hospital, o quadro dele piorou, ele foi entubado e me falaram que ele teria que ser transferido”, conta a mãe de Davi, Daiane de Santana. Com a piora do estado de saúde, o menino foi transferido para o Hospital Vaz Monteiro, em Lavras (MG), mas não resistiu e morreu no mesmo dia. O coordenador do pronto atendimento de Três Pontas, Cláudio Márcio de Carvalho Silva, nega que tenha havido erro no atendimento. No prontuário apresentado por ele, consta que Davi recebeu o soro poucos minutos depois de chegar ao local, às 22h, como orienta um protocolo para esse tipo de caso. Família de menino questiona atendimento prestado em Três Pontas (Foto: Reprodução EPTV) “Assim que ele chegou foi iniciado o tratamento com a aplicação de duas ampolas do soro. Quando o quadro dele piorou, nós aplicamos mais três ampolas”, afirma. No entanto, os documentos apresentados pela família e pela coordenação do pronto socorro são diferentes. Os horários de entrada não são os mesmos, os nomes e os endereços dos pacientes também não são iguais. O segundo paciente aparece como sendo de Varginha (MG). Ainda segundo o coordenador do pronto socorro, a mãe do garoto chegou ao hospital nervosa e informou de forma errada a data de nascimento dele e que por isso o atendente abriu a ficha com nome de outro menino, também chamado Davi. O médico reafirmou que o garoto tomou a primeira dose do soro no primeiro atendimento e que no dia seguinte foi dada a segunda dose, já com o prontuário com o nome correto. A mãe do menino disse que em momento algum foi informada que Davi havia recebido o soro para o tratamento de picada de escorpião já no início do atendimento. Fonte G1 link http://glo.bo/17KpQLc

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