quinta-feira, 30 de maio de 2013

Erros médicos preocupam pacientes da região noroeste paulista


Dados do Conselho de Medicina mostram que os erros médicos são cada vez mais comuns no Estado. Para tentar diminuir falhas em procedimentos, a Cremesp avalia estudantes que vão se tornar médicos no futuro. Mesmo assim, os casos continuam acontecendo e os erros e têm custado vidas. Por trás de um erro médico, há sempre uma dor irreparável e uma longa espera por respostas. Miryã, de apenas 2 anos morreu depois de passar por um exame simples em Cosmorama (SP). “Como ela não estava defecando, a mãe levou para um exame. O médico fez um toque retal. 20 minutos depois, ela estava com náusea, dor de barriga e sangue. Algo errado deve ter acontecido”. Casos de possíveis erros médicos são cada vez mais comuns na região. A dona de casa de São José do Rio Preto (SP) Maria José Invernize ficou dez meses com uma gaze na barriga. O material foi esquecido pelo médico durante uma cirurgia de retirada do útero. Ela procurou socorro por várias vezes no mesmo hospital e o médico que fez a operação tratou o caso como uma infecção simples. “Ele falou que não precisava me preocupar que eu não ia morrer disso”, comenta a dona de casa. O erro foi diagnosticado no posto de saúde perto da casa dela. A paciente tirou fotos para recorrer à Justiça. “Foi muita dor, febre, fazendo curativos. Foram 10 meses de sofrimento”, conta Maria. Procedimentos irregulares deixam sequelas, ou levam pessoas à morte. Um dos casos de erro médico que chocaram a região foi o da jovem Luana Neves Ribeiro em 2011. Na época, ela tinha 21 anos de idade e morreu depois de uma série de falhas, em procedimento que preparava a paciente para um transplante de medula. Em 2012, só no estado de São Paulo, foram registradas 200 suspeitas de erro médico e há 3.500 processos em andamento que investigam procedimentos médicos mal sucedidos. O Conselho Regional de medicina em São José do Rio Preto não possui levantamento sobre o número de denúncias na região. Segundo o CRM, pelo menos 33 diplomas foram cassados em 2012 no Estado. Para diminuir o volume de queixas contra os profissionais, o Conselho Regional de Medicina do Estado instituiu uma prova que avalia a capacidade dos alunos. O exame se tornou obrigatórios desde o ano passado e mais da metade dos estudantes testados, foram reprovados. O paciente que quiser saber mais sobre o médico com quem vai consultar pode procurar informações detalhadas na internet. Cada especialidade tem uma sociedade com a relação dos médicos e o histórico profissional. Por exemplo, se a pessoa for fazer uma cirurgia plástica, ela pode buscar informações no endereço eletrônico da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Médico 'esqueceu' gaze dentro de paciente em Rio Preto (Foto: Reprodução / TV Tem) Fonte G1 link http://glo.bo/13m0KQ6

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