A quantidade de pacientes em macas nos corredores da emergência dos grandes hospitais públicos de Fortaleza é quase igual ao número de vagas disponíveis em leitos. No início desta semana, havia 230 pessoas aguardando leitos, em macas, no Hospital de Messejana (HM), Instituto José Frota (IJF), Hospital Infantil Albert Sabin (Hias) e Hospital Geral de Fortaleza (HGF). O total de vagas disponíveis na emergência de todas essas unidades é de 248.
No Instituto José Frota, hospital municipal de Fortaleza especializado em casos graves de traumatologia, há 40 vagas, mas o número de pacientes internados na emergência chegou a 100. Já o HGF, hospital estadual, tinha 93 pessoas esperando em macas nos corredores, enquanto a quantidade de leitos, já ocupados, é de 96.
No Hospital de Messejana, estadual, eram 30 as macas nos corredores que aguardavam atendimento nos leitos da emergência. O total de leitos do HM é de 100. O hospital infantil Albert Sabin, também estadual, reunia a menor quantidade de espera da emergência entre as unidades –sete, de um total de 12 leitos.
O motoboy Jorlani de Sousa Cavalcante, 23, aguardava havia três dias a liberação de vaga em uma maca no corredor do Instituto José Frota. Ele foi vítima de um acidente de moto durante o trabalho. “O atendimento aqui seria muito bom se não tivesse tanta gente. Nós acabamos esperando demais por um exame simples.”
São dois os principais problemas do Instituto José Frota, de acordo com seu diretor executivo, Casemiro Dutra. O primeiro é a grande quantidade de pacientes fora do perfil do atendimento. São pessoas com fraturas leves que poderiam buscar socorro em um hospital público especializado.
A segunda questão é a procura de pessoas vindas do interior. Segundo Dutra, atualmente cerca de 60% do atendimento do hospital municipal de Fortaleza é de pessoas de outras cidades. “As pessoas confiam no Instituto José Frota. E não há outro hospital no Ceará para o atendimento traumatológico grave”, informou o diretor.
O problema não seria resolvido com o aumento no número de vagas nas emergências. A afirmação é de Socorro Martins, diretora do Hospital de Messejana, especializado em problemas cardíacos, pulmonares e renais, e leva em consideração que, há pouco menos de um ano, o Hospital de Messejana recebeu 43 novos leitos. Isso significou alívio durante pouco tempo, já que as vagas novamente estavam defasadas logo depois.
“É uma questão difícil, não existe uma solução única. Cada município deveria discutir as responsabilidades”, informou. Martins não soube precisar o período, mas, há pouco tempo, o Hospital de Messejana realizava 30% das cirurgias no Ceará. Hoje, responde por mais de 60% dos casos. “É necessário haver um investimento na rede conveniada, em hospitais privados que atendam pelo SUS”, afirmou
No Instituto José Frota, hospital municipal de Fortaleza especializado em casos graves de traumatologia, há 40 vagas, mas o número de pacientes internados na emergência chegou a 100. Já o HGF, hospital estadual, tinha 93 pessoas esperando em macas nos corredores, enquanto a quantidade de leitos, já ocupados, é de 96.
No Hospital de Messejana, estadual, eram 30 as macas nos corredores que aguardavam atendimento nos leitos da emergência. O total de leitos do HM é de 100. O hospital infantil Albert Sabin, também estadual, reunia a menor quantidade de espera da emergência entre as unidades –sete, de um total de 12 leitos.
O motoboy Jorlani de Sousa Cavalcante, 23, aguardava havia três dias a liberação de vaga em uma maca no corredor do Instituto José Frota. Ele foi vítima de um acidente de moto durante o trabalho. “O atendimento aqui seria muito bom se não tivesse tanta gente. Nós acabamos esperando demais por um exame simples.”
São dois os principais problemas do Instituto José Frota, de acordo com seu diretor executivo, Casemiro Dutra. O primeiro é a grande quantidade de pacientes fora do perfil do atendimento. São pessoas com fraturas leves que poderiam buscar socorro em um hospital público especializado.
A segunda questão é a procura de pessoas vindas do interior. Segundo Dutra, atualmente cerca de 60% do atendimento do hospital municipal de Fortaleza é de pessoas de outras cidades. “As pessoas confiam no Instituto José Frota. E não há outro hospital no Ceará para o atendimento traumatológico grave”, informou o diretor.
O problema não seria resolvido com o aumento no número de vagas nas emergências. A afirmação é de Socorro Martins, diretora do Hospital de Messejana, especializado em problemas cardíacos, pulmonares e renais, e leva em consideração que, há pouco menos de um ano, o Hospital de Messejana recebeu 43 novos leitos. Isso significou alívio durante pouco tempo, já que as vagas novamente estavam defasadas logo depois.
“É uma questão difícil, não existe uma solução única. Cada município deveria discutir as responsabilidades”, informou. Martins não soube precisar o período, mas, há pouco tempo, o Hospital de Messejana realizava 30% das cirurgias no Ceará. Hoje, responde por mais de 60% dos casos. “É necessário haver um investimento na rede conveniada, em hospitais privados que atendam pelo SUS”, afirmou
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