sábado, 9 de fevereiro de 2013

No carnaval, Souza Aguiar terá dois plantões com apenas um neurocirurgião. Situação será a mesma durante todo o feriado no Salgado Filho

No sábado de carnaval, quando as ruas do Centro estiverem tomadas de foliões, nos desfiles de blocos tradicionais como o Cordão da Bola Preta, apenas um neurocirurgião estará de plantão durante o dia na emergência do Hospital municipal Souza Aguiar. Na terça-feira, último dia oficial de folia, o quadro será o mesmo no plantão noturno da unidade, a maior emergência da cidade.
A escala de médicos para o feriadão, divulgada nesta sexta-feira pela Secretaria municipal de Saúde, não segue em todos os plantões a recomendação do Conselho Regional de Medicina (Cremerj) de que cada turno, em dias normais, tenha no mínimo dois neurocirurgiões. A secretaria, que escalou dois ou três neurocirurgiões para os demais plantões do Souza Aguiar, afirma que segue a recomendação do Ministério da Saúde, com apenas um especialista no plantão.
No Salgado Filho, no Méier, na Zona Norte, a situação é ainda mais crítica. Nos plantões diurno e noturno de sábado, domingo, segunda e terça-feira de carnaval, apenas um neurocirurgião foi escalado pela Secretaria municipal de Saúde. Um detalhe: no domingo, o mesmo especialista fará os dois plantões daquele dia, ficando 24 horas no hospital. Já o médico escalado para o plantão noturno de segunda-feira fará também o plantão diurno de terça.
Na Quarta-feira de Cinzas, na volta do feriadão, o Salgado Filho terá também apenas um neurocirurgião no plantão diurno.
No Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, não há serviço de neurocirurgia, segundo informa a secretaria.
Na última quarta-feira, a Comissão de Saúde da Câmara dos Vereadores, o Sindicato dos Médicos do Rio e o Cremerj alertaram para a necessidade de se reforçar as equipes das emergências da cidade. Segundo eles, o quadro de médicos dos grandes hospitais públicos não está preparado para grandes eventos.
Em nota, o Cremerj afirmou que cobra da Secretária municipal de Saúde o cumprimento da resolução 100, que diz respeito às normas mínimas para o atendimento de urgências e emergências, e que faça a reposição do número de médicos por plantão nos hospitais do Rio. De acordo com a resolução, deve haver, no mínimo, dois neurocirurgiões por plantão.
Em nota, a Secretaria municipal de Saúde informou que, para a lotação de especialistas nas emergência, segue as diretrizes federais da Política Nacional de Atenção a Urgências - Portaria 2.048 de 2002 do Ministério da Saúde. "As equipes estão plenas para garantir a assistência durante o carnaval", afirma a secretaria, acrescentando que, além das unidades de saúde, 65 médicos estarão trabalhando nos postos do Sambódromo e Terreirão do Samba.


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sábado, 2 de fevereiro de 2013

PM que foi parar na UTI após ressonância magnética no Vale do Paraíba deixa a Unidade de Terapia Intensiva

policial militar que foi parar na UTI após uma ressonância magnética no Vale do Paraíba, no interior de São Paulo, deixou a Unidade de Terapia Intensiva. As investigações continuam em Campinas, onde três pessoas morreram após exames semelhantes.
O PM, de 52 anos, está internado no Hospital Frei Galvão, em Guaratinguetá, cidade do interior de São Paulo. Ele recebeu uma injeção de contraste na veia para um exame de ressonância magnética.
Segundo a Vigilância Sanitária de Guaratinguetá, o medicamento usado no exame veio do mesmo lote do hospital de Campinas em que três pacientes morreram no início desta semana.
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Mortes em Campinas
Três pacientes morreram no Hospital Vera Cruz, em Campinas, cidade do interior de São Paulo. Todos haviam realizado a ressonância magnética e também receberam o contraste. As mortes ocorreram em um espaço de 40 minutos.
A polícia deve ouvir novas testemunhas sobre o caso nos próximos dias. Para o delegado, a hipótese de erro médico foi descartada.
Como a causa das mortes ainda não foi descoberta,a polícia civil marcou uma reconstituição do caso com todos os envolvidos. Os investigadores querem avaliar se os funcionários do hospital tiveram alguma ligação com a morte dos pacientes.
De acordo com os médicos, os exames apontam que a morte dos pacientes foi causada por uma falência dos teciedos, o que pode ter acontecido por causa de uma toxina presente no contraste, de acordo com o Secretário de Saúde de Campinas, Cármino de Souza.
— Existe a possibilidade dos pacientes terem transformação da hemoglobina e não receberem o oxigênio. Isso pode ter acontecido por substâncias químicas.
A possibilidade de contaminação por bactérias está descartada. No entanto, os lotes de soros e dos contrastes ainda não foram liberados. Isso porque os soros devem passar por novas análises e os contrastes por avaliação dos médicos.
O setor de radiologia do hospital continua lacrado. O resultado final dos laudos de necrópsia e toxicologia deve sair entre 15 e 30 dias.
De acordo com os médicos, as três mortes registradas em Campinas são consideradas casos raros na medicina. E não tiveram nenhuma semelhança com o caso do paciente que tomou contraste para realizar um exame de ressonância em Guaratinguetá.

Fonte R7

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Família acusa hospital de negligência por morte de bebê, no ES

Pais de um bebê que nasceu morto no Hospital e Maternidade São José (HMSJ), em Colatina, na região Noroeste do Espírito Santo, acusam a equipe médica de negligência, após um parto prematuro. Segundo a família, a mãe teve grande descolamento de placenta e não recebeu tratamento correto na unidade. O menino nasceu na última quarta-feira (23), com apenas seis meses de gestação. A diretoria do hospital declarou, neste sábado (26), que vai investigar se houve alguma irregularidade no atendimento.
O pai, Gileno dos Santos Junior, contou que a família é moradora de São Mateus, município da região Norte, mas a esposa precisou ser transferida para Colatina pois o outro hospital não tinha estrutura suficiente para atender a gestação de risco.
A mãe acabou recebendo alta no hospital e foi orientada a voltar para a cidade que reside. Para Gileno, foi essa nova transferência que agravou o problema. “Não sabia que a placenta estava com descolamento de 8 centímetros. Minha mulher precisou ser transferida novamente para Colatina depois de um forte sangramento”, disse.
Gileno ainda contou que a esposa acabou tendo o bebê na sala para onde foi levada após uma ultrassom. O menino chegou a ser socorrido, mas a equipe médica não conseguiu reanimá-lo.“Meu filho está agora dentro do necrotério, mas sei que ele é um anjo. Queria ver se fosse o filho de alguma autoridade. Eu não quero que isso aconteça com outras famílias, já basta o meu filho, que vai servir de exemplo para outras mães”, disse o pai, emocionado.
A direção do hospital explicou que todos os procedimentos necessários foi feitos. “Assim que houve o parto, a criança foi prontamente atendida por um pediatra e todas as medidas necessárias para a tentativa de ressuscitação da criança foram realizadas. Apesar disso, abriremos um processo e ouviremos todos os médicos envolvidos na situação. Já disse ao familiar que marcaremos uma reunião para fazermos os esclarecimentos necessários”, explicou o diretor Wallace Aguiar de Medeiros.
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Fonte: G1

Mulher denuncia médico por possível erro médico e cobra justiça

sábado, 26 de janeiro de 2013

Em menos de 24 horas, duas crianças morrem sob suspeita de erro médico

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Corpo de menina vítima de erro médico é enterrado em Goiás | Radioagência Nacional

Corpo de menina vítima de erro médico é enterrado em Goiás | Radioagência Nacional

Grampo mostra que Marca repetiu no Rio o mesmo esquema de Caxias

Guilherme Amado
 
A empresa Associação Marca, acusada de participar de um esquema de fraudes na área de saúde em Duque de Caxias, recebeu R$ 37 milhões da Prefeitura do Rio, durante dois anos, para administrar a UPA de Senador Camará. Em uma ação civil que corre em segredo de Justiça, o Ministério Público do Rio investiga se os recursos destinados à UPA também foram desviados, a exemplo do que ocorreu em Caxias e em Natal, capital do Rio Grande do Norte.
Uma interceptação telefônica feita com autorização judicial pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MP-RN), obtida pelo EXTRA, mostra que a Marca montou no Rio um esquema semelhante ao que lhe permitiu desviar recursos nas outras cidades. A Secretaria de Saúde afirmou que o contrato com a Marca está "em fase de finalização".
Tanto em Natal quanto em Caxias, os promotores descobriram que a Marca, terceirizada pelas prefeituras para administrar unidades de saúde, firmava contratos com outras empresas que pertenciam às mesmas pessoas que, por meio de laranjas, controlam a Marca - Rosimar Bravo de Oliveira, Antônio Carlos de Oliveira e Tufi Soares Meres. Tufi é apontado como o chefe da organização.
Ao subcontratar empresas de que eles mesmos são donos, o objetivo do grupo, segundo os promotores, era apresentar notas falsas e desviar dinheiro público.
"... trata-se de um grupo criminoso, que através da Marca e de outras empresas satélites, desviam dinheiro público, mediante inserção de despesas fictícias nas prestações de contas", escreveram os promotores do Rio Grande do Norte.
Em um dos grampos da investigação, Rose conversa com Ana Schneider, subsecretária de Saúde do Rio, e admite que a empresa Health Solutions é subcontratada pela Marca. De acordo com as investigações, a Health também é controlada por Tufi, por meio de laranjas.
Ontem, por meio de sua assessoria de imprensa, a Marca confirmou ter contratado a Health Solution para operar o software da UPA de Senador Camará.
Sem dizer quais, prefeitura diz saber de ‘falhas’
Segundo a Secretaria de Saúde do Rio, a subsecretária Ana Schneider e a funcionária Aila - embora seja uma funcionária pública, seu sobrenome não foi divulgado - apenas queriam conhecer o programa de computador usado pela Marca na UPA. No grampo, Ana diz que o objetivo seria testá-lo para outras UPAs. A secretaria afirma que a ideia não foi à frente.
"Desde as primeiras denúncias envolvendo a Organização Social Marca, na cidade de Natal, a prefeitura iniciou um processo de apuração sobre a sua atuação, o que resultou no posterior descredenciamento da organização social. (...) Além disso, relatório do Tribunal de Contas, realizado a pedido da própria Prefeitura do Rio, apontou falhas na prestação de contas da Marca na UPA de Senador Camará", disse, em nota, a secretaria, sem especificar o que foi descoberto pelas apurações.
Apesar disso, a Marca afirmou que a prefeitura pediu renovação "por mais 30 dias, até que o novo processo licitatório seja concluído e a nova OS possa assumir a gestão desta UPA". A Secretaria de Saúde não respondeu quando a UPA será reaberta.
UPA fechada por falta de médicos
Quem procurou ontem a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Senador Camará encontrou as portas fechadas. Faltavam médicos.
O motorista Marcelo Cruz, de 35 anos, passou mal no trabalho, e deixou o ônibus na garagem para procurar a UPA de Bangu. Como também não encontrou médico lá, foi a Senador Camará:
- O segurança disse que os médicos tinham faltado. Cheguei por volta das 16h. Mandaram que eu voltasse às 19h para a troca de plantão. Depois me orientaram a ir à UPA de Campo Grande. Decidi voltar mais tarde a Bangu. É lamentável isso.
O comerciante Alex da Costa Melo, de 38 anos, também não conseguiu atendimento para o filho de 2 anos. Ele foi à unidade de Senador Camará com a mulher e os dois filhos, mas só conseguiu atendimento em Realengo:
- Meu filho estava com 39 graus de febre e vômito. Quando disseram que não tinha médico, fiquei indignado. Era garganta inflamada.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o custo mensal de manutenção de cada UPA de Nível 3 é de cerca de R$ 1 milhão mensais.
Igepp: Caxias não pagava integralmente
O Instituto de Gestão em Políticas Públicas, que geria o Hospital Municipal Moacyr Rodrigues do Carmo, em Duque de Caxias, informou em nota que o contrato com o município de Duque de Caxias, iniciado em outubro de 2011, previa o repasse total de R$ 149 milhões até 30 de setembro de 2013, período de vigência do contrato, mas que até janeiro de 2013, recebeu menos de 50%. O instituto informou também que o pagamento mensal, de R$ 6,2 milhões, nunca foi pago integralmente.
Os grampos
O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MP-RN) fez interceptações telefônicas com autorização judicial nos telefones de Rosimar Gomes Bravo e Oliveira, a Rose Bravo, uma das responsáveis pela Associação Marca.

Em 29 de junho de 2011, às 10h24m, Ana Schneider, subsecretária de Saúde da cidade do Rio, liga para Rose e pergunta sobre o programa de computador usado na UPA de Senador Camará.


No mesmo dia, às 12h26m, Aila, funcionária da Secretaria de Saúde do Rio, liga para Rose e pergunta se o sistema já está funcionando na UPA.


Às 14h16, Rose liga para uma funcionária da Marca, chamada Patrícia, e conta o que conversou com Aila e com Ana Schneider.
Colaboraram: Antero Gomes e Cíntia Cruz

Fonte:Jornal extra on-line

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domingo, 20 de janeiro de 2013

Prefeitura decretará estado de emergência para contratar médicos

O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, decretará nesta terça-feira estado de emergência na rede municipal de saúde. Com isso, poderá dispensar licitações para realizar obras em hospitais como o Getúlio Vargas, mais conhecido como Getulinho, no Fonseca, e fazer contratações para sanar o déficit de profissionais na área. De acordo com dados da Fundação Municipal de Saúde (FMS), 455 médicos — quase metade do número de vagas destinadas a especialistas concursados, 922 — que pediram demissão ou se aposentaram nos últimos quatro anos. A situação é semelhante com relação a enfermeiros: 84, de um total de 170, deixaram a rede pública municipal no mesmo período.
O secretário municipal de Saúde, Chico D’Ângelo, revela que inspeções feitas recentemente em instalações médicas comprovaram ainda um grave quadro de desabastecimento de remédios e equipamentos. Relatórios da FMS aos quais O GLOBO-Niterói teve acesso indicam problemas em locais como a Unidade de Urgência Mário Monteiro, em Itaipu, onde respiradores artificiais e aparelhos de raios X não funcionam. Ali também faltam especialistas como pediatras e ortopedistas.
Os relatórios também mostram ser preocupante a situação da Policlínica da Mulher, no Centro, que já foi uma referência entre instituições de tratamento do câncer de mama. Hoje, seus dois mamógrafos estão quebrados. No Hospital Carlos Tortelly, no Bairro de Fátima, outro cenário desolador: os ventiladores mecânicos do setor de emergência não funcionam, assim como os aparelhos de raios X, ultrassom e endoscopia.
— Instituir o estado de emergência é uma forma de dar resposta imediata ao caos. Se a prefeitura não tomar essa atitude, ficará numa situação complicada. Ela precisa de médicos, remédios e equipamentos para cuidar da população e, ao mesmo tempo, tem de cumprir as leis de controle de gastos. Caso não baixe o decreto e faça contratos sem licitação, corre o risco de ser questionada por órgãos como o Tribunal de Contas do Estado — justifica D’Ângelo.
Morte durante apagão
Recém-inaugurada (foi aberta há apenas um mês), a Policlínica do Largo da Batalha já se encontra na lista de problemas da rede municipal. A falta de um gerador de energia comprometeu o atendimento a uma paciente em estado grave, que morreu durante um apagão no dia 1º de janeiro. De acordo com o boletim médico, a mulher, que não tinha identificação, tinha levado um tiro na testa e, ao ser levada para a unidade, não pôde receber os primeiros socorros porque um respirador artificial não funcionava. Ela faleceu no momento em que seria transferida para o Hospital Azevedo Lima, no Fonseca.
Em visita à policlínica, na última quarta-feira, a equipe de reportagem constatou que não havia pediatra no local e viu goteiras e infiltrações no prédio. Uma ambulância em estado muito precário era usada para a remoção de pacientes. O veículo sequer tinha desfibrilador, equipamento fundamental para o atendimento a vítimas de infarto.
A decretação de estado de emergência será fundamental para o prefeito Rodrigo Neves cumprir uma de suas mais importantes promessas de campanha: a reabertura da emergência pediátrica do Getulinho, fechada em novembro de 2011. A reabertura da unidade, que marcou o primeiro ato da nova gestão municipal, aconteceu num hospital de campanha, montado no estacionamento. A estrutura improvisada, no entanto, só pode ser utilizada por 120 dias, período insuficiente para a conclusão da reforma do setor de emergência, que ainda não começou.
— A obra no Getulinho não é o principal motivo, mas é um dos fatores que nos levaram a optar pelo decreto. Precisamos nos livrar da burocracia para fazer a intervenção logo — explica o secretário de Saúde.
A retomada do atendimento no Getulinho também se deu por meio de um decreto, que especificou a grave situação do hospital. Com isso, foram contratados, em parceria com o governo estadual, 120 profissionais, entre médicos e enfermeiros. Até a última sexta-feira, foram feitos 2.345 atendimentos, sendo 81% de moradores de Niterói e 19% de São Gonçalo e Itaboraí.
Além de decidir pelo decreto, a prefeitura vai rever os contratos de 1.800 funcionários da rede por Registro de Profissional Autônomo (RPA), o que pode gerar questionamentos pelo TCE


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