Jaqueline Falcão (jaquefalcao@sp.oglobo.com.br) Tamanho do texto A A A SÃO PAULO - Uma técnica de enfermagem de 31 anos morreu, nesta quinta-feira, por complicações de um implante de silicone nas nádegas, no Ceará. A polícia apura se a cirurgia ocorreu em uma clínica clandestina. Odiléia de Sousa Viana saiu de casa na quarta-feira e disse à família que faria um tratamento contra as varizes. Ninguém sabia o endereço.
À noite, segundo o irmão da vítima, Jonantan de Sousa Viana, ele recebeu uma ligação de uma amiga, identificada como Neide, informando que Odiléia estava "muito mal" no hospital Instituto Dr. José Frota (IJF).
- Uma amiga da minha irmã recebeu uma ligação, que ainda não sabemos de quem, avisando que ela estava hospitalizada. Quando cheguei no hospital, ela havia dado entrada como desconhecida. Minha irmã estava na UTI. De madrugada, o hospital ligou e disseram que ela havia falecido depois de uma parada cardíaca - conta o irmão da vítima.
Odileia teria passado mal após a cirurgia. Segundo informações do hospital, a mulher deu entrada já em estado de coma e foi encaminhada ao setor de reanimação. Segundo laudo médico, houve aplicação indevida de silicone nas nádegas. A vítima apresentava um corte cirúrgico na região, que havia sido colado com cola tipo "super bonder", segundo funcionários do hospital, que preferem não se identificar.
A polícia registrou o caso como morte suspeita. O laudo do Instituto Médico Legal, que vai apontar a causa da morte, deve ficar pronto em 30 dias.
Odileia tinha duas filhas gêmeas, de 1 ano e 9 meses. Segundo o irmão, ela era uma pessoa de gostos simples, mas gostava de se sentir bem.
- Esperamos descobrir o que aconteceu com a minha irmã - diz ele
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