Alertar para a banalidade de mortes por erros médicos.
Não estamos aqui para denegrir a imagem dos profissionais da saúde.Estamos sim valorizando aquele profissional que trabalha por vocação,cuja a dedicação é a valorização do ser humano e da vida.Caso você tenha sido vítima,não se cale!!Divulgue aqui!!Contato:machadosandro729@gmail.com
Escolhido como uma das unidades de referência no atendimento médico durante a Copa do Mundo, o Hospital Federal do Andaraí está longe do “padrão Fifa”. Pelo menos é o que garantem os profissionais da unidade. Nesta quarta-feira, médicos do hospital enviaram um manifesto à direção, advertindo que não há condições de atender a possíveis vítimas durante o evento.
O documento também foi encaminhado ao Ministério Público Federal, ao Sindicato dos Médicos do Estado do Rio (Sinmerj) e ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio (Cremerj). Nele, os profissionais listam os problemas que já enfrentam na unidade, como a falta de insumos básicos (gaze estéril, fraldas e medicamento) e as instalações provisórias da emergência, que já perduram há mais de três anos.
- No último dia 14, soubemos que fomos escolhidos como referência no atendimento durante a Copa. Mas não temos condições de atuar em situações de crise. Você lemba do atentado na Maratona de Boston, no ano passado? Numa situação daquelas, não temos condições de atendimento - afirma um médico da unidade, que não quis se identificar, relembrando o incidente nos EUA, no qual três pessoas morreram e 264 ficaram feridas.
Às 10h desta quinta-feira, médicos do Hospital do Andaraí se reúnem com o diretor da unidade, João Marcelo Ramalho.
- O Andaraí não tem condições de ser uma referência durante a Copa. O hospital é uma imagem do abandono. Não tem uma emergência digna, faltam todas as especialidades, além de ser um hospital desabastecido - criticou Jorge Darze, presidente do Sinmerj.
Em nota, a direção da unidade informou que está passando por obras para “melhorias e readequação de sua infraestrutura” e que o hospital foi reabastecido com insumos básicos e também para cirurgias ortopédicas.
O autônomo Francisco Ferreira de Melo Junior, de 50 anos, teve o pé esquerdo operado quando, na verdade, estava com o dedão do outro pé quebrado. O suposto erro médico aconteceu na Santa Casa de Santos, no litoral de São Paulo.
Segundo Francisco, o problema começou em abril. "Eu acabei quebrando o dedão do pé direito no dia 22. Fui ao pronto-socorro da Zona Noroeste e, logo depois, fui encaminhado para a Santa Casa. No dia 27, fui internado e fiz a operação. Quando acordei, já estava com o pé saudável operado", lembra.
Vítima só fez a segunda cirurgia com a presença da família (Foto: Reprodução/TV Tribuna)
Após a cirurgia, o autônomo diz que ficou com medo. "Eu não sabia o que fazer. Os médicos disseram que me dopariam e arrumariam o erro, mas eu não botava fé. Cheguei a pensar que seria uma 'queima de arquivo' para encobrir o erro. Só aceitei fazer a cirurgia depois de avisar a minha família sobre o ocorrido", explica.
Francisco afirma que o maior problema não foi a operação errada. "O pior de tudo foi o mau tratamento que recebi. Não me deram nenhuma satisfação, não me pediram desculpas. Fui tratado como lixo", destaca.
O paciente prestou queixa na Polícia Civil e fez exame de corpo de delito, no qual foi constatado que havia dois pinos em seu pé esquerdo. Por meio de nota, a Santa Casa de Santos informou que tomou conhecimento sobre o caso e irá apurar os fatos.
Luã Marinatto
Uma decisão unânime da 9ª Câmara Cível, do último dia 16, determina o fim das atividades das chamadas Organizações Sociais de Saúde (OS’s) nos setores de tratamento intensivo de três hospitais da rede estadual. O mandado de segurança — obtido a partir de uma ação movida pelo Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (Sinmed-RJ) contra o secretário de Saúde, Sérgio Cortês — abrange a UTI e a Unidade Semi-Intensiva do Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, e as UTIs dos hospitais Getúlio Vargas e Carlos Chagas (na Penha e em Marechal Hermes, respectivamente).
"(O poder público) não pode, cômoda e simplesmente, retirar-se e deixar que a empresa privada, seja sob que forma for, assuma o controle de atividade típica e primária do Estado", escreveu o desembargador relator Rogerio de Oliveira Souza, em um dos trechos da decisão.
No entender de Jorge Darze, presidente do Sinmed-RJ, a postura da Justiça servirá para criar jurisprudência em outros processos semelhantes movidos pelo sindicato. Isso porque todas as ações seguem uma mesma linha de argumentação:
— As OS’s esbarram no preceito consitucional de que a saúde é direito de todos e dever do Estado. Não pode delegar a terceiros. Além disso, o setor privado só pode atuar em caráter complementar — explicou Darze.
Estado vai recorrer
A Secretaria estadual de Saúde, por sua vez, afirmou que "não existem funcionários para suprir essa demanda, nem entre os servidores, nem entre os concursados pela Fundação Saúde". Já a Procuradoria Geral do Estado (PGE-RJ) não soube confirmar se chegou a ser notificada oficialmente, mas garantiu que recorrerá da decisão da 9ª Câmara Cível.
A justificativa da Secretaria de Saúde, contudo, não é bem aceita pelo sindicato. Segundo Jorge Darze, o Estado poderia contratar novos servidores em caráter emergencial, com contratos de seis meses e possibilidade de renová-los por mais seis:
— Enquanto isso, faz-se um concurso para contratação definitiva. Há dispositivo legal para casos assim.
Fonte:
Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/justica-determina-fim-das-organizacoes-sociais-nas-utis-de-tres-hospitais-estaduais-8246844.html#ixzz318DhmT5o
Num grande monitor de TV, no qual se revezavam propagandas institucionais do governo do estado e slogans como “População mais bem cuidada” e “Rio, estado que se preocupa com a saúde da população”, o tempo de espera para atendimento na UPA da Penha revoltava os que esperavam por uma consulta na sala do contêiner, na noite da última quinta-feira: nove horas e 56 minutos. Eram 19h32m quando a auxiliar de escritório Bianca Gonçalves, de 34 anos, enviou a foto que mostrava a longa espera por meio do WhatsApp do EXTRA. Na tarde de ontem, a situação persistia: cinco horas e 52 minutos, chegou a marcar no monitor.
Na quinta-feira, Bianca havia chegado à unidade às 14h57m, levando a mãe, a dona de casa Leila dos Santos Gonçalves, de 57 anos. Nem mesmo a classificação de “urgência”, recebida após a triagem, foi capaz de agilizar o atendimento da paciente, que chegou à UPA queixando-se de dores no peito e no estômago, 20 dias após ter três stents implantados no coração.
— Minha mãe sentiu uma dor muito forte no peito após o almoço. Mais forte do que quando ela enfartou em 2012. Eu a trouxe correndo para cá. Mas já estamos esperando há cerca de cinco horas e meia — disse Bianca.
A auxiliar de escritório conta que algumas pessoas desistiram de esperar e foram embora sem atendimento. Uma delas foi sua tia, que havia chegado à UPA da Penha às 11h, com dor de cabeça:
— Ela desistiu e voltou para casa.
Por volta das 20h30m, a sala de espera da unidade estava lotada quando o único médico que fazia atendimentos ameaçou ir embora e teve a porta do consultório bloqueada por pacientes.
— Chegou um policial e o médico saiu para atendê-lo. Algumas pessoas reclamaram, e ele disse que ia embora. Nesse momento, várias pessoas que aguardavam há horas foram para a porta do consultório, dizendo que não deixariam ele sair sem antes atendê-las — contou Bianca.
Leila foi atendida às 21h32m, após seis horas e meia sentada, sentindo dor.
Ontem, a espera de Alexandra Rayssa de Almeida Capela, de 16 anos, também durou cerca de seis horas. A menina, que apresentava febre e dor lombar, chorava sentada na cadeira e, após a mobilização de outros pacientes, foi atendida na frente.
— Não aguento mais. Ela chora e eu choro junto. O que mais eu posso fazer? — disse a mãe, a cabeleireira Sandra Márcia de Almeida, de 41 anos.
A coordenação da UPA informou que três médicos faltaram o plantão diurno na quinta-feira, o que provocou demora no atendimento. Em nota, afirmou que todos os pacientes foram acolhidos e submetidos à classificação de risco, com prioridade de atendimento dos casos mais graves. Apesar de pacientes relatarem que apenas um médico fazia atendimento na noite de quinta, a coordenação da UPA afirmou que sete clínicos estavam de plantão. Ontem cinco faziam o plantão diurno.
— Aqui, para ser atendido, o paciente faz plantão de 12 horas junto com o médico — disse o vigilante Jorge Luiz Rocha, de 53 anos.
Confira a nota da Secretaria estadual de Saúde na íntegra:
“A coordenação da Unidade de Pronto Atendimento da Penha informa que quinta-feira atuou com equipe incompleta durante o dia, devido a falta de três profissionais escalados para o plantão. A coordenação tentou captar médicos substitutos, porém sem sucesso. Os plantonistas se revezaram entre o atendimento à população, o acompanhamento de saída de pacientes para a realização de exames em outras unidades de saúde e os cuidados com pacientes em observação na sala de cuidados intensivos, o que provocou demora no atendimento. No entanto, todos pacientes que deram entrada foram acolhidos e submetidos à classificação de risco, com prioridade de atendimento dos casos mais graves para o menos graves. Entre 7h e 19h, foram realizados 319 atendimentos de clínica médica.”
“A coordenação da Unidade de Pronto Atendimento da Penha informa que está operando com cinco clínicos nesta sexta-feira e que a unidade não dispõe de atendimento em pediatria. As crianças que necessitam de atendimento pediátrico são encaminhadas para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, que fica em frente à unidade. Nesta sexta-feira, entre 7h e 18h, foram realizados 330 atendimentos. É importante salientar que todos pacientes que chegam na unidade são acolhidos e submetidos à classificação de risco, com prioridade de atendimento dos casos mais graves para o menos graves. O tempo de espera também pode ser influenciado pela alta demanda. Na noite de quinta-feira, sete clínicos estavam de plantão na UPA da Penha, tendo realizado 238 atendimentos entre as 19h de quinta-feira e as 7h de hoje.”
"Sobre o atendimento à paciente Alexandra Rayssa de Almeida Capela, a coordenação da unidade informa que a mesma deu entrada na UPA com relato de desconforto na região lombar e febre. Alexandra foi examinada pelo médico e realizou exames laboratoriais que identificaram infecção urinária. Após ser medicada, recebeu alta."
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CALAMIDADE NA SAÚDE EM RORAIMA! MUITA PROPAGANDA E FALTA DE RESPEITO COM O SER HUMANO:
Depois do nosso amigo de Guarulhos que se manifestou uma série de imagens como estas estão chegando a todo momento e nós vamos publicar todas! Isso sim que eu chamo de imagens fortes, cenas chocantes de um Brasil apodrecido pela corrupção. Em Roraima, pessoas doentes que deveriam estar recebendo tratamento digno estão feito animais prontos para o abate jogados no chão e nos corredores, sem atendimento e agonizando no Brasil da copa do mundo! São senhoras, senhores e crianças no chão sem receber atendimento, no chão gente olhem essas fotos tiradas agora do principal hospital daquele estado. O Brasil está mal e pode piorar se nós, digo nós homens e mulheres não nos levantarmos do sofá e não formos pedir respeito com nosso povo, estamos sem educação, sem saúde e ainda sendo assaltados e até morrendo nas mãos de bandidos... Será que isso para você NÃO BASTA!
Alison Maia - Repórter Policial Direto de Roraima:
A leitora contou que a paciente não conseguiu atendimento de ortopedista, porque só tinha vaga para daqui a um mês; porém, a perna foi engessada e ela foi acomodada em uma cadeira no corredor. Contudo, ainda com queixas, foi levada pela família para um hospital na cidade de Bezerros, onde soube que não deveria ter passado por este procedimento. "É um erro médico. O gesso foi tirado dela e o pé estava infeccionado. Hoje (25) ela tentou fazer uma cirurgia para resolver o problema, mas não conseguiu", afirmou.
Sobre o corredor cheio, a internauta relatou que havia pacientes jovens, além de duas idosas, de 90 e 82 anos - respectivamente a sentada sobre uma maca e a deitada próxima ao chão, com a bacia quebrada. Enquanto esteve com a parente, ela afirmou que questionou os funcionários sobre corredores cheios e macas deixadas do lado de fora do HRA. "E quando a gente perguntou sobre os quartos que estavam vazios, diziam que eram de outro departamento. A quantidade de pessoas no corredor só diminuiu e os quartos só foram ocupados porque uma mulher ameaçou chamar a imprensa". Ela gravou o vídeo neste momento, quando havia menos pessoas.
Por fim, reclamou ainda da má educação de enfermeiras e seguranças, que não estariam sabendo tratar pessoas naquelas condições.
No corredor, idosa de 82 anos estaria com a bacia quebrada. (Foto: Internauta/ VC no G1)
Nota da Redação: Sobre o possível erro médico e a vaga para ortopedista, a assessoria do Hospital Regional do Agreste (HRA) explicou que "se a internauta pediu anonimato, então não há como investigar o caso e muito menos ver o prontuário dela para saber o que foi prescrito. A internauta falou que só há vaga para daqui a um mês? Vaga para que? O que essa paciente realmente tem? Ela já voltou ao HRA para avaliação? Sem nome, fica difícil". Acerca do relato de maus tratos por funcionários, afirmou: "dispomos de uma ouvidoria que recebe não só denúncias, como também elogios pelos serviços que o HRA presta a pacientes não só de todo o Agreste de Pernambuco, mas do Sertão e até outros Estados. Até o momento, a direção não recebeu nenhuma reclamação de pacientes mal tratados. Salientamos que, a equipe de Enfermagem do HRA preza pela assistência humanizada. Os profissionais sempre passam por capacitações para sempre oferecer qualidade nos serviços prestados aos pacientes. A equipe de segurança trabalha com cautela e, acima de tudo, mantém um bom comportamento para com todos". O número da ouvidoria não foi informado na nota enviada. Por fim, em relação à lotação dos corredores, informou que "não possui enfermarias vazias. Todas são ocupadas e essa ocupação é rotativa, ou seja, um paciente tem alta e outro vem e ocupa o leito. Em hospitais particulares funciona assim também. O corredor poderia estar ocupado por pacientes sim, até porque o HRA é um hospital de portas abertas, ou seja, um hospital que não se recusa a receber o paciente. A não ser que o plantão de alguma especialidade esteja fechado. Se todos os nossos leitos estão ocupados e dispomos de macas, poltronas ou cadeiras, é claro que não iremos deixar o paciente no chão e o acomodaremos em um desses locais. Mas jamais deixaremos um paciente no chão. Se o paciente já chega de ambulância em maca, dependendo do seu estado, nós poderemos trocá-lo de acomodação ou deixá-lo na maca enquanto ele é estabilizado. O HRA não pode ser considerado um hotel, onde as pessoas têm de brigar por um quarto. Nós dispomos de enfermarias e, como já falei, podem estar ocupadas sim, principalmente as de Ortopedia, que é a nossa referência aqui".
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) informou nesta segunda-feira (24) que vai apurar o caso do bebê de 11 meses que teria recebido uma receita médica errada em Rio Claro (SP), na semana passada. O médico pediatra é acusado de ter sugerido como colírio um remédio ácido usado no tratamento de olho de peixe e verrugas. Ele foi procurado novamente durante esta manhã para comentar o assunto, mas não foi localizado. A Fundação Municipal de Saúde também investiga a denúncia.
O caso ocorreu na última segunda-feira (17) quando a filha da babá Lucilene Ribeiro de Souza acordou com uma irritação nos olhos. Preocupada, a mãe levou a criança para o posto de saúde do bairro. “O médico disse que não era conjuntivite. Ele falou que era apenas uma gripe e receitou um medicamento para ela”, contou.
Ao mostrar o receituário, um farmacêutico entregou o remédio Duofilm, mas em casa ela ficou desconfiada. “Quando fui pingar o colírio percebi que o remédio tinha cheiro estranho. Quem usa colírio sabe que o medicamento não tem cheiro. Quando peguei a caixa, li que era um ácido indicado para acabar com verrugas. Minha bebê poderia ter ficado cega”, reclamou.
Ao mostrar o receituário, farmacêutico entregou o remédio Duofilm (Foto: Cesar Fontenelle/EPTV)
Na bula, há uma orientação para que o líquido não entre em contato com os olhos. O remédio é uma composição dos ácidos salicílico e lático, usado para tratar calos e verrugas. Mas, de acordo com a receita, o medicamento deveria ser aplicado exatamente nos olhos da bebê, três vezes ao dia.
Indignada com a situação, a babá decidiu levar a filha em outro posto. Durante a consulta ela mostrou a receita médica para outra pediatra. Mas, segundo a mãe, a médica reagiu de forma inesperada. “Mostrei a receita para ela ver que eu não estava mentindo, que era um remédio errado. Ela disse que o outro pediatra deve ter pensado em um remédio e escrito outro. Então, eu pedi a receita de volta porque queria tentar devolver o medicamento. A pediatra disse que a farmácia não aceitaria de volta e amassou o receituário original na minha frente”, contou. Como ficou sem a receita original, ela conseguiu uma cópia com a farmácia.
A equipe de reportagem da EPTV tentou falar com o primeiro pediatra ainda no final de semana, mas os funcionários não quiseram confirmar se ele estava na unidade. A assessoria de imprensa da Prefeitura afirmou não ter os telefones de contato dos dois médicos. Nos consultórios onde eles trabalham ninguém atendeu.
Boletim de ocorrência Lucilene registrou um boletim de ocorrência contra os dois médicos que atenderam a filha. Ela afirma que foi vítima de erro médico e retenção de documento. Além disso, a babá também registrou o caso na ouvidoria da Fundação Municipal de Saúde. “Tem muitos pediatras, todos se esforçaram para estar onde estão. Vários são excelentes, mas, por causa de alguns, outros acabam levando a culpa. Eu não tenho mais confiança nos médicos”, desabafou.
Oftalmologista Segundo a oftalmologista Simone Milani Brandão, pode ter sido um engano na escrita do pediatra ou na interpretação do farmacêutico. “Existem medicações lubrificantes com nomes parecidos com o Duofilm, que poderiam ser usados tranquilamente na criança, são o Ecofilm ou Lacrifilm. Se o Duofilm tivesse sido aplicado poderia causar queimaduras leves nas córneas e até uma perfuração ocular, mas se tratado em tempo por um oftalmologista seria reversível”, explicou.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) informou nesta segunda-feira (24) que vai apurar o caso do bebê de 11 meses que teria recebido uma receita médica errada em Rio Claro (SP), na semana passada. O médico pediatra é acusado de ter sugerido como colírio um remédio ácido usado no tratamento de olho de peixe e verrugas. Ele foi procurado novamente durante esta manhã para comentar o assunto, mas não foi localizado. A Fundação Municipal de Saúde também investiga a denúncia.
O caso ocorreu na última segunda-feira (17) quando a filha da babá Lucilene Ribeiro de Souza acordou com uma irritação nos olhos. Preocupada, a mãe levou a criança para o posto de saúde do bairro. “O médico disse que não era conjuntivite. Ele falou que era apenas uma gripe e receitou um medicamento para ela”, contou.
Ao mostrar o receituário, um farmacêutico entregou o remédio Duofilm, mas em casa ela ficou desconfiada. “Quando fui pingar o colírio percebi que o remédio tinha cheiro estranho. Quem usa colírio sabe que o medicamento não tem cheiro. Quando peguei a caixa, li que era um ácido indicado para acabar com verrugas. Minha bebê poderia ter ficado cega”, reclamou.
Ao mostrar o receituário, farmacêutico entregou o remédio Duofilm (Foto: Cesar Fontenelle/EPTV)
Na bula, há uma orientação para que o líquido não entre em contato com os olhos. O remédio é uma composição dos ácidos salicílico e lático, usado para tratar calos e verrugas. Mas, de acordo com a receita, o medicamento deveria ser aplicado exatamente nos olhos da bebê, três vezes ao dia.
Indignada com a situação, a babá decidiu levar a filha em outro posto. Durante a consulta ela mostrou a receita médica para outra pediatra. Mas, segundo a mãe, a médica reagiu de forma inesperada. “Mostrei a receita para ela ver que eu não estava mentindo, que era um remédio errado. Ela disse que o outro pediatra deve ter pensado em um remédio e escrito outro. Então, eu pedi a receita de volta porque queria tentar devolver o medicamento. A pediatra disse que a farmácia não aceitaria de volta e amassou o receituário original na minha frente”, contou. Como ficou sem a receita original, ela conseguiu uma cópia com a farmácia.
A equipe de reportagem da EPTV tentou falar com o primeiro pediatra ainda no final de semana, mas os funcionários não quiseram confirmar se ele estava na unidade. A assessoria de imprensa da Prefeitura afirmou não ter os telefones de contato dos dois médicos. Nos consultórios onde eles trabalham ninguém atendeu.
Boletim de ocorrência Lucilene registrou um boletim de ocorrência contra os dois médicos que atenderam a filha. Ela afirma que foi vítima de erro médico e retenção de documento. Além disso, a babá também registrou o caso na ouvidoria da Fundação Municipal de Saúde. “Tem muitos pediatras, todos se esforçaram para estar onde estão. Vários são excelentes, mas, por causa de alguns, outros acabam levando a culpa. Eu não tenho mais confiança nos médicos”, desabafou.
Oftalmologista Segundo a oftalmologista Simone Milani Brandão, pode ter sido um engano na escrita do pediatra ou na interpretação do farmacêutico. “Existem medicações lubrificantes com nomes parecidos com o Duofilm, que poderiam ser usados tranquilamente na criança, são o Ecofilm ou Lacrifilm. Se o Duofilm tivesse sido aplicado poderia causar queimaduras leves nas córneas e até uma perfuração ocular, mas se tratado em tempo por um oftalmologista seria reversível”, explicou.
Uma família de Ouro Fino (MG) suspeita que as mortes de uma mãe e de um bebê logo após o parto possam ter sido causadas por erro médico na Santa Casa da cidade. De acordo com os familiares, Grace Kelly Tavares Bazani, de 33 anos, deveria ter sido submetida a uma cesariana por causa do peso da criança, mas deu à luz em parto natural e ambos morreram horas depois. Além disso, a família acusa a Santa Casa de ter adulterado prontuários e trocado dados e fichas cadastrais.
O bebê nasceu de parto natural com a ajuda do Fórceps - equipamento médico usado em casos de complicação no parto. No entanto, segundo o marido da mulher e pai da criança, Luís Fernando de Almeida Pereira, a indicação seria uma cesariana por causa do peso da criança, que ultrapassava 4kg.
“Ela chegou feliz ao hospital e apesar das dores e contrações, estava animada com a chegada do nosso primeiro filho. O bebê estava saudável no útero, mas era muito grande. Não dava para fazer parto normal e eu acho que forçaram muito, tanto ela como ele. Ela fez muita força e não aguentou”, lamentou o marido de Grace Kelly.
Para a mãe da vítima, o caso precisa ser esclarecido. “Ela era uma jovem saudável, passou bem durante toda a gravidez, fez o acompanhamento e tudo mais. Não entendo como pode acontecer isso, mas quero uma resposta do hospital, de quem quer que seja. Não apenas para mim, mas para toda minha família, para toda sociedade”, disse a mãe da moça, Iolanda Tavares de Oliveira.
Mãe e filho morrem após parto natural na Santa Casa de Ouro Fino (Foto: Reprodução EPTV / Edson de Oliveira)
Para a família, o procedimento utilizado pode ter tido falhas. Eles apontam também uma suposta adulteração no prontuário da paciente e acredita que a ficha de Grace Kelly tenha sido trocada pela de outra gestante hospitalizada na Santa Casa.
No dia do parto, a criança estava com 4,2 kg e media 52 centímetros. Grace Kelly deu entrada na Santa Casa no sábado (22). Segundo a família, o prontuário diz que o médico foi chamado às 23h30, mas, de acordo com eles, o documento foi alterado para as 3h30 da madrugada de domingo (23). O que despertou a atenção dos familiares foi o cartão de gestante entregue a eles pela Santa Casa. No lugar do nome de Grace, estava a ficha de uma paciente da cidade de Jacutinga (MG).
No prontuário médico consta também que Grace Kelly foi atendida pelo clínico geral plantonista José Maria de Melo e que depois teria sido encaminhada para o médico Luiz Carlos Maciel, que diagnosticou dilatação total de parto na paciente. “Se pedimos o prontuário dela e nos entregaram com o cartão de outra paciente, o que não pode ter acontecido dentro do hospital?”, questionou o irmão da vítima, Washington Bazani.
Procurada, a administradora da Santa Casa de Ouro Fino, Dirce Freitas Garcia, disse que todas as suspeitas da família seria investigadas pelo comitê de mortalidade materna e infantil do hospital. Ela informou também que a Santa Casa faz 400 partos por ano e que os médicos que atenderam a gestante são experientes e acostumados com partos de alto risco. Já os médicos, José Maria de Melo e Luiz Carlos Maciel disseram que só poderão se pronunciar com a autorização do hospital.