A leitora contou que a paciente não conseguiu atendimento de ortopedista, porque só tinha vaga para daqui a um mês; porém, a perna foi engessada e ela foi acomodada em uma cadeira no corredor. Contudo, ainda com queixas, foi levada pela família para um hospital na cidade de Bezerros, onde soube que não deveria ter passado por este procedimento. "É um erro médico. O gesso foi tirado dela e o pé estava infeccionado. Hoje (25) ela tentou fazer uma cirurgia para resolver o problema, mas não conseguiu", afirmou.
Sobre o corredor cheio, a internauta relatou que havia pacientes jovens, além de duas idosas, de 90 e 82 anos - respectivamente a sentada sobre uma maca e a deitada próxima ao chão, com a bacia quebrada. Enquanto esteve com a parente, ela afirmou que questionou os funcionários sobre corredores cheios e macas deixadas do lado de fora do HRA. "E quando a gente perguntou sobre os quartos que estavam vazios, diziam que eram de outro departamento. A quantidade de pessoas no corredor só diminuiu e os quartos só foram ocupados porque uma mulher ameaçou chamar a imprensa". Ela gravou o vídeo neste momento, quando havia menos pessoas.
Por fim, reclamou ainda da má educação de enfermeiras e seguranças, que não estariam sabendo tratar pessoas naquelas condições.
Nota da Redação: Sobre o possível erro médico e a vaga para ortopedista, a assessoria do Hospital Regional do Agreste (HRA) explicou que "se a internauta pediu anonimato, então não há como investigar o caso e muito menos ver o prontuário dela para saber o que foi prescrito. A internauta falou que só há vaga para daqui a um mês? Vaga para que? O que essa paciente realmente tem? Ela já voltou ao HRA para avaliação? Sem nome, fica difícil". Acerca do relato de maus tratos por funcionários, afirmou: "dispomos de uma ouvidoria que recebe não só denúncias, como também elogios pelos serviços que o HRA presta a pacientes não só de todo o Agreste de Pernambuco, mas do Sertão e até outros Estados. Até o momento, a direção não recebeu nenhuma reclamação de pacientes mal tratados. Salientamos que, a equipe de Enfermagem do HRA preza pela assistência humanizada. Os profissionais sempre passam por capacitações para sempre oferecer qualidade nos serviços prestados aos pacientes. A equipe de segurança trabalha com cautela e, acima de tudo, mantém um bom comportamento para com todos". O número da ouvidoria não foi informado na nota enviada. Por fim, em relação à lotação dos corredores, informou que "não possui enfermarias vazias. Todas são ocupadas e essa ocupação é rotativa, ou seja, um paciente tem alta e outro vem e ocupa o leito. Em hospitais particulares funciona assim também. O corredor poderia estar ocupado por pacientes sim, até porque o HRA é um hospital de portas abertas, ou seja, um hospital que não se recusa a receber o paciente. A não ser que o plantão de alguma especialidade esteja fechado. Se todos os nossos leitos estão ocupados e dispomos de macas, poltronas ou cadeiras, é claro que não iremos deixar o paciente no chão e o acomodaremos em um desses locais. Mas jamais deixaremos um paciente no chão. Se o paciente já chega de ambulância em maca, dependendo do seu estado, nós poderemos trocá-lo de acomodação ou deixá-lo na maca enquanto ele é estabilizado. O HRA não pode ser considerado um hotel, onde as pessoas têm de brigar por um quarto. Nós dispomos de enfermarias e, como já falei, podem estar ocupadas sim, principalmente as de Ortopedia, que é a nossa referência aqui".
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