segunda-feira, 3 de junho de 2013

'Tive certeza quando ocorreu 2º episódio', diz paciente sobre suposto abuso


A cada dia, são 109 novas denúncias de estupro no país. Uma das últimas vítimas é uma mulher que diz ter sido abusada sexualmente por um técnico de enfermagem, dentro do CTI de um grande hospital carioca. “Eu me sentia extremamente vulnerável, incompetente, e eu tava apavorada com o que ele poderia fazer quando eu tivesse dormindo, quando não tivesse ninguém olhando”, diz a paciente. Uma mulher de 36 anos conta ter passado por momentos de desespero. O cenário foi um hospital particular no Rio de Janeiro, o Quinta D'or, um dos maiores da cidade. No dia 9 de maio, ela sofreu uma cirurgia no fígado. Depois de oito horas de operação, ela foi encaminhada ao centro de Terapia Intensiva do hospital. Fantástico: Quando você acordou da cirurgia, o que você se lembra? Paciente: Eu estava impossibilitada de mover, não conseguia virar para os lados. Não conseguia levantar a voz, não conseguia respirar direito sem sentir dor. Foi nesse cenário que eu sofri o primeiro abuso. Eu tava deitada, eu to mais inconsciente do que consciente, e tem uma pessoa se esfregando em mim sexualmente. A paciente conta que isso aconteceu na madrugada do dia 10 para o dia 11 de maio, quando ela estava no leito do CTI. O Fantástico teve acesso às imagens da câmera de segurança do corredor. Pela denúncia da paciente, as imagens mostram quem é o técnico de enfermagem que teria abusado dela sexualmente. Brivaldo Xavier prestou depoimento à polícia esta semana e negou tudo. Nas imagens captadas pelas câmeras de segurança do hospital, a polícia encontrou vários momentos que chamaram a atenção. “Ele faz um atendimento à paciente. Ele tá com o equipamento de proteção. Luva, avental e a máscara. Portanto, é a forma ideal de atender uma paciente que está em isolamento porque submeteu-se a uma cirurgia de grande porte”, explica o delegado Maurício Luciano de Almeida. Fantástico: Esse foi o único momento em que ele apareceu assim? Delegado: Foi o único momento. Mas, para polícia, Brivaldo disse que usou luva e capote, uma espécie de avental, em todos os contatos com a paciente. “Nós verificamos que num plantão de 12 horas ele ingressou no leito dela 20 vezes, embora ele não fosse responsável por aquela paciente”, diz o delegado. A imagem reforça a suspeita do delegado: “Uma outra funcionária entra no quarto da vítima. Primeira coisa que faz é acender a luz e a cortina está aberta. Ele aparece na entrada do quarto, fica olhando o procedimento dela. Quando ela sai e apaga a luz, ele entra,não acende a luz e ali permanece mais uma vez. Então vê a diferença entre um procedimento e outro”. Em um outro momento, as imagens mostram que ele chegou a ficar quase 30 minutos no leito. O técnico de enfermagem disse à polícia que foi diversas vezes ao leito porque um monitor estava apitando e incomodando a paciente. Mas isso não consta no prontuário médico dela. Fantástico: No início, você achou que poderia ser uma alucinação por causa da medicação? Paciente: Da medicação, achei. Naquele primeiro momento, eu não sabia se a coisa tinha ocorrido ou não. Fantástico: Quando você teve certeza? Paciente: Eu tive certeza absoluta que aquilo tinha ocorrido quando ocorreu o segundo episódio. Na manhã do dia 12 de maio, a paciente já tinha saído do leito para um quarto do CTI. Paciente: Algum tempo depois de eu acordar, que foi no horário do banho, entra uma menina e ele. Fantástico: E o que você sentiu na hora, se assustou? Paciente: Gelei. Porque ele tava de volta. O banho foi dado na cama, com panos e esponjas. Paciente: Depois que eu estava nua no leito, ele vira para menina e pede para ela sair, ir lá checar no prontuário alguma coisa. Sozinha com ele, a paciente conta que foi tocada de forma inadequada. Fantástico: E ele dizendo que só estava... Paciente: Só tava dando banho. Eu falei não, não tava dando banho nada. Isso não faz parte do procedimento de banho. No depoimento que prestou à sindicância interna do hospital, o técnico disse que pediu para a auxiliar para sair do quarto e checar no prontuário médico se a paciente precisava de mais soro. Como era seu primeiro dia naquele setor, achou melhor atender o pedido do colega. Há outras contradições nos depoimentos do acusado e da auxiliar. Brivaldo disse que a auxiliar ajudou na higiene íntima da paciente. Em depoimento, ela nega. No dia seguinte, a paciente contou tudo para o namorado. Fantástico: E eu fiquei com aquilo na cabeça. Isso vai acontecer de novo se eu não fizer nada a respeito. O hospital Quinta D'or abriu uma sindicância interna e demitiu o técnico de enfermagem por quebra de protocolo. Em nota, diz que na hora do banho, é exigida a presença de dois funcionários. Brivaldo Xavier foi indiciado pela polícia por estupro de vulnerável, quando a pessoa não tem condições de se defender. “Segunda-feira vamos encaminhar o inquérito devidamente relatado para Justiça”, diz o delegado. A pena prevista para este crime é de oito a quinze anos de prisão. Fantástico: Ele pode ser condenado sem provas físicas, sem a paciente ter feito exame corpo de delito? Delegado: Sem dúvida nenhuma. Com base apenas na palavra da vítima, se ela for coerente, corroborada por outros elementos indiciários, pode ser suficiente inclusive para uma condenação. As cenas gravadas pelas câmeras de segurança do hospital foram fundamentais para embasar as acusações da paciente e as suspeitas da polícia. O Fantástico não encontrou o técnico de enfermagem no endereço que ele deu ao hospital e nem no endereço informado à polícia. Também tentamos contato por telefone, mas Brivaldo não atendeu às ligações. Paciente: Eu quero que esse cara vá pra cadeia. O que aconteceu comigo pode ter acontecido com outras pessoas. Sabe-se lá se ele não fez isso antes ou se, porque ele conseguiu comigo a primeira vez, não vai fazer isso com outras. Fonte G1

sábado, 1 de junho de 2013

'Erros médicos são comuns na rede pública particular', diz especialista


Nesta sexta-feira (31), fez duas semanas da morte da menina Luana Mesquita, 8 anos, que morreu no último dia 17 no Hospital do Satélite, Zona Leste de Teresina, após receber soro glicosado na veia. A direção do hospital afirmou que o médico não tinha como saber que a criança tinha diabetes e por isso não errou. Mas casos de erros médicos são comuns tanto na rede pública quanto na particular. Há quatro anos, o militar Francisco Wellington foi vítima de erro médico. Tudo aconteceu quando ele foi submetido a um exame delicado conhecido como vídeo colonoscopia, em poucos dias apresentou um quadro de infecção e, o sofrimento durou cerca de três meses. Por conta do erro ele foi submetido à outra cirurgia para colocação de uma bolsa na alça intestinal. “Foram dias de sufoco e agonia. O normal seria não acontecer o erro, porque afinal de contas os médicos estão cuidando de vidas. Quando a pessoa não morre. Por trás de um erro médico, há sempre uma dor irreparável e uma longa espera por respostas”, disse. Socorro Mesquita, mãe de Luana, contou que somente após o óbito da filha é que os médicos fizeram um exame de sangue para investigar a suspeita, foi aí que eles chegaram a conclusão de que a menina tinha diabetes. “Quando colocaram o primeiro soro, ela começou a passar mal, falamos com uma funcionária que simplesmente disse que era normal”, relatou. Há anos o advogado Fábio Holanda, estuda casos sobre erros médicos, ele acredita que uma série de fatores contribui para que essa situação aconteça. “Falha humana, falta de estrutura e a conscientização por parte da própria população”, explicou. O advogado afirmou que muitos pacientes ainda resistem em procurar seus direitos. “Por falta de conhecimento e ainda aquela concepção que o médico é incapaz de errar”, alertou Holanda. Para quem foi vítima e sofreu na pele os efeitos de um erro médico não se conforma com a situação. “Está faltando mais compromisso, pois quando os médicos se formam fazem um juramento para preservar a vida independente da situação financeira de cada um”, reclamou o militar. Já para a mãe de Luana, que perdeu a única filha por um descuido banal é difícil aceitar a perda. “A minha vida agora vai ser sonhar com ela todos os dias e imaginar que um dia irei reencontra-la”, finalizou Socorro. O presidente da Fundação Hospitalar de Teresina, Aderivaldo Andrade, disse que abriu processo administrativo para apurar se houve falha por parte dos médicos e do hospital. De acordo com a assessoria de comunicação do Conselho Regional de Medicina do Piauí, até o momento a família não procurou a entidade e que este ano nenhum médico foi afastado ou teve o registro cassado, mas o conselho apura todas as denúncias. Fonte :G1 http://glo.bo/16xdVUk

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Família acusa hospital de negligência em morte de menina no RS

30/5/2013 às 13h06 (Atualizado em 30/5/2013 às 13h36)

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Erros médicos preocupam pacientes da região noroeste paulista


Dados do Conselho de Medicina mostram que os erros médicos são cada vez mais comuns no Estado. Para tentar diminuir falhas em procedimentos, a Cremesp avalia estudantes que vão se tornar médicos no futuro. Mesmo assim, os casos continuam acontecendo e os erros e têm custado vidas. Por trás de um erro médico, há sempre uma dor irreparável e uma longa espera por respostas. Miryã, de apenas 2 anos morreu depois de passar por um exame simples em Cosmorama (SP). “Como ela não estava defecando, a mãe levou para um exame. O médico fez um toque retal. 20 minutos depois, ela estava com náusea, dor de barriga e sangue. Algo errado deve ter acontecido”. Casos de possíveis erros médicos são cada vez mais comuns na região. A dona de casa de São José do Rio Preto (SP) Maria José Invernize ficou dez meses com uma gaze na barriga. O material foi esquecido pelo médico durante uma cirurgia de retirada do útero. Ela procurou socorro por várias vezes no mesmo hospital e o médico que fez a operação tratou o caso como uma infecção simples. “Ele falou que não precisava me preocupar que eu não ia morrer disso”, comenta a dona de casa. O erro foi diagnosticado no posto de saúde perto da casa dela. A paciente tirou fotos para recorrer à Justiça. “Foi muita dor, febre, fazendo curativos. Foram 10 meses de sofrimento”, conta Maria. Procedimentos irregulares deixam sequelas, ou levam pessoas à morte. Um dos casos de erro médico que chocaram a região foi o da jovem Luana Neves Ribeiro em 2011. Na época, ela tinha 21 anos de idade e morreu depois de uma série de falhas, em procedimento que preparava a paciente para um transplante de medula. Em 2012, só no estado de São Paulo, foram registradas 200 suspeitas de erro médico e há 3.500 processos em andamento que investigam procedimentos médicos mal sucedidos. O Conselho Regional de medicina em São José do Rio Preto não possui levantamento sobre o número de denúncias na região. Segundo o CRM, pelo menos 33 diplomas foram cassados em 2012 no Estado. Para diminuir o volume de queixas contra os profissionais, o Conselho Regional de Medicina do Estado instituiu uma prova que avalia a capacidade dos alunos. O exame se tornou obrigatórios desde o ano passado e mais da metade dos estudantes testados, foram reprovados. O paciente que quiser saber mais sobre o médico com quem vai consultar pode procurar informações detalhadas na internet. Cada especialidade tem uma sociedade com a relação dos médicos e o histórico profissional. Por exemplo, se a pessoa for fazer uma cirurgia plástica, ela pode buscar informações no endereço eletrônico da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Médico 'esqueceu' gaze dentro de paciente em Rio Preto (Foto: Reprodução / TV Tem) Fonte G1 link http://glo.bo/13m0KQ6

Criança morre em hospital após receber soro glicosado em Teresina


Luana Mesquita, 8 anos, morreu no último dia 17 no Hospital do Satélite, Zona Leste de Teresina, após receber soro glicosado na veia. A família da menina diz que não sabia que Luana era diabética e culpa a direção do hospital pelo falecimento. A garota deu entrada no hospital às 15h12, com um quadro de desidratação e vômitos, e faleceu por volta das 20 horas. De acordo com Socorro Soares, mãe da criança, a filha nunca apresentou sintomas da doença e aponta erros no atendimento à filha. “Ninguém da família tinha conhecimento. A gente achou que foi alguma coisa que ela comeu que fez mal. Colocaram soro com glicose aplicado por uma médica e os exames só começaram a ser feitos depois de 5 horas da entrada no hospital”, afirmou. Segundo ela, o exame de glicemia só foi feito depois que Luana já havia recebido o soro glicosado. A mãe disse ainda que durante o atendimento, o hospital estava sem energia e o procedimento foi realizado á luz de velas. Ela conta que um algodão chegou a pegar fogo perto de Luana. “Estava calor, foi tudo feito às escuras”, destacou. A mãe de Luana lamenta a perda da única filha e pede que o suposto erro não se repita. De acordo com a Fundação Hospitalar de Teresina (FHT), a menina Luana deu entrada no hospital no último dia 17 deste mês com um quadro grave de vômito e desidratação. O presidente da Fundação, Aderivaldo Andrade, diz que, como a família não informou nada sobre a menina ser diabética ou não, o médico não tinha como saber a princípio. Aderivaldo disse ainda que a causa da morte de Luana teria sido cetoacidose diabética, ou seja, uma complicação aguda da doença. O prontuário ainda está sendo aguardado. Em nota, a FHT diz que foi iniciado ontem processo investigatório para apurar se houve falhas por parte dos médicos e do hospital. Confira a nota da Fundação Hospitalar de Teresina A Fundação Hospitalar de Teresina, por meio do seu presidente Aderivaldo Andrade, vem prestar esclarecimentos a respeito do falecimento da paciente Luana Mesquita, de 8 anos, no dia 17 de maio de 2013, por volta das 20h, nas dependências do Hospital do Satélite. Inicialmente, lamentamos o falecimento da criança e somos solidários na dor com seus familiares. A paciente foi admitida às 15h12 minutos, levada pela avó, com relato de vômitos. O pediatra que deu atendimento inicial caracterizou o diagnóstico como desidratação, tendo iniciado a reidratação com soro glico-fisiológico (contém água, glicose e sal), este é o soro padrão, segundo o pediatra, utilizado nos casos de desidratação. Foi utilizado ainda medicamento para vômito. Após o fim da primeira etapa do soro foi iniciada uma segunda etapa do mesmo soro. Como a paciente não apresentava melhora, os dois pediatras de plantão levaram a criança para a sala de reanimação para tentar salvá-la. Durante o período de 18h30min e 20h foram realizados vários esforços pelos pediatras e clínicos para melhor reanimar a criança, entretanto, não obtiveram sucesso, e a paciente foi a óbito. A partir desse momento, o diretor clínico do Hospital do Satélite, informado sobre a rapidez trágica do quadro apresentado pela paciente, tentou obter, junto à família, informações sobre doenças prévias que pudessem ter ajudado a agravar o quadro, informando aos familiares que um exame de glicemia tinha revelado níveis elevados de glicose no sangue. Diante da negativa de doenças, o diretor clínico sugeriu a realização de autópsia com a finalidade de obter mais informações, mas a família não concordou com o procedimento. Desde ontem, 28, foi iniciado processo investigatório a fim de esclarecer possíveis responsabilidades dos médicos e do hospital que possam de alguma forma ter contribuído para esse desenlace trágico. Fonte G1 lINK http://glo.bo/13jWNLO

quarta-feira, 29 de maio de 2013

MARCOS OLIVEIRA: ANA CANDIDA ALVES LIMA SILVEIRA - VÍTIMA FATAL DE ...

MARCOS OLIVEIRA: ANA CANDIDA ALVES LIMA SILVEIRA - VÍTIMA FATAL DE ...: A SRA. ANA, TEVE UMA DOR MUITO FORTE NO PEITO, DENTRO DE UM SUPERMERCADO DA CIDADE, COMO A FILHA DA SRA. ANA, ESTAVA , TRABALHANDO, ...

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Falta de leitos em UTIs do país afeta brasileiros de forma dramática


O Profissão Repórter desta terça-feira (28/05) mostra a situação dramática provocada pela falta de leitos de UTI em vários estados. Eliane Scardovelli entrou em contato com promotores de dezessete estados. Todos relataram a falta de vagas em UTIs de hospitais públicos. As situações mais dramáticas foram encontradas em Maceió, no estado de Alagoas. Na Maternidade Escola Santa Mônica , a única preparada para receber pacientes de alta complexidade na cidade, havia mulheres que acabaram de dar a luz amamentando no chão. A UTI está sempre lotada. Alagoas deveria ter 105 vagas de UTI, mas conta apenas com 55. No Pronto Socorro de Cuiabá, a UTI pediátrica foi fechada. A reportagem encontrou crianças em estado gravíssimo que precisavam estar na UTI e estavam na enfermaria. O repórter Caco Barcellos acompanhou o trabalho de Defensoria Pública do Distrito Federal. Como faltam vagas, os pacientes são obrigados a recorrer à justiça e mesmo assim, nem sempre conseguem o atendimento. Victor Ferreira foi ao Hospital Evangélico de Curitiba. Em fevereiro 47 funcionários da UTI foram afastados. A acusação: antecipar a morte de pacientes para liberar leitos. A reportagem mostra como está a UTI hoje e faz um perfil do médico que coordena a UTI hoje. Curitiba tem 296 leitos à disposição do SUS. A Organização Mundial de Saúde recomenda o dobro. PUBLICIDADE. Fonte:G1
 link para ver a reportagem
http://glo.bo/18sk1F2

terça-feira, 28 de maio de 2013

Justiça aceita denúncia do MP contra sete por mortes após ressonância


A juíza Patrícia Suárez Pae Kim, da 1ª Vara Criminal de Campinas (SP), aceitou, na tarde desta terça-feira, a denúncia do Ministério Público (MP) contra sete pessoas acusadas de envolvimento nas três mortes após exames de ressonâncias magnéticas no Hospital Vera Cruz, em janeiro. A clínica RMC é responsável pelo procedimento na unidade médica. Não há informação sobre o início do julgamento. O MP fez a denúncia no dia 24 deste mês. Para o promotor Carlos Eduardo Ayres de Farias, os responsáveis pelas mortes foram os quatro médicos e sócios da Ressonância Magnética Campinas (RMC), além de três funcionários da clínica. Todos vão responder por homicídio culposo - quando não há intenção de matar. Os sócios da RMC e a enfermeira também são acusados por fraude processual. Estão entre os denunciados os médicos e sócios da clínica José Luiz Cury Marins, Adilson Prando, Patrícia Prando Cardia e Marcos Marins; além de uma enfermeira e dois auxiliares de enfermagem. O indiciamento da Polícia Civil foi por homicídio com dolo eventual - quando o risco é assumido -, e a promotoria alterou a tipificação antes de enviar à Justiça. saiba mais Sócios de empresa de ressonância são indiciados por homicídio doloso Anvisa emite alerta nacional sobre mortes em ressonância no Vera Cruz Treinamento falho colaborou para mortes em ressonância, diz Vigilância Advogada diz que auxiliar que trocou produto em ressonância está abalada O advogado que representa os quatro sócios da RMC, Ralph Tórtima Stettinger, disse que já esperava essa decisão e que agora vai trabalhar na defesa dos clientes. A defesa dos três funcionários não foi localizada. Conclusão da polícia A Polícia Civil concluiu que os pacientes tiveram uma substância chamada perfluorocarbono aplicada na veia, ao invés de soro. Segundo os delegados do caso, uma auxiliar de enfermagem, de 20 anos, foi induzida ao erro e preparou a solução com o produto que causou as mortes. As vítimas tiveram embolia pulmonar. Os produtos têm aspectos semelhantes e a RMC reutilizava bolsas de soro para guardar o perfluorcarbono. Os materiais ficavam em gavetas diferentes e sem identificação, de acordo com o titular do 1º Distrito Policial de Campinas, José Carlos Fernandes. A auxiliar que preparou a solução com o produto errado não está entre os denunciados pelo MP. De acordo com a promotoria, ela não agiu culposamente, porque não podia imaginar que no interior da bolsa de soro fisiológico havia material químico letal. Vítimas A administradora de empresa Mayra Cristina Augusto Monteiro, de 25 anos, foi uma das vítimas e deixou uma filha de 4 anos. Também morreu um paciente de Santa Rita de Cássia, o zelador Manuel Pereira de Souza, de 39 anos, casado e pai de uma filha de 6 anos. O terceiro paciente era Pedro José Ribeiro Porto Filho, de 36 anos. Fonte G1 http://glo.bo/18xu21v