segunda-feira, 29 de abril de 2013

'Foi um acidente', diz médico sobre erro que levou bebê a morte, em RO


Cinco meses após apresentar denúncia junto ao Conselho Regional de Medicina de Rondônia (Cremero) pela morte da filha, de três meses, decorrente de sucessivos erros médicos, Taiane Barba Brilhante reclama da morosidade na apuração dos fatos por parte do conselho e se diz indignada com as justificativas apresentadas pelos médicos junto ao órgão. A pequena Isabella morreu no dia 31 de agosto de 2012 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica do Hospital de Base Ary Pinheiro, em Porto Velho, após sucessivos erro médicos, segundo a família. Como denunciante, Taiane tem acesso livre às justificativas apresentadas pelos médicos citados no processo. Um deles, segundo a mãe, disse que o que aconteceu com Isabella foi “um acidente que poderia ter acontecido com qualquer profissional”. Ela está indignada com a situação. “E o que mais me revolta é saber que eles [os médicos] continuam atendendo normalmente”, desabafa Taiane. saiba maisMãe diz que sucessivos erros médicos levaram bebê à morte O acidente à que a justificativa se refere ocorreu quando, durante a internação na UTI, a criança estava “ruim de veia” e que por isso precisaria pegar uma veia arterial profunda para que ela pudesse receber o soro corretamente. Foi durante este procedimento que uma veia próximo ao coração acabou sendo perfurada, causando o sangramento e, do lado direito, um novo erro acabou fazendo com que entrasse ar no pulmão de Isabella. Numa entrevista ao G1 no início de março, o vice-corregedor do Cremero, Ivan Gregório Ivankovics, garantiu que a fase apuratória do processo seria concluída até o final do mesmo mês e, em seguida, seria encaminhado para uma Câmara de Sindicância, onde o relatório seria apresentado e votado. Novamente procurado, nenhum representante do conselho foi encontrado para falar sobre o andamento do caso. Entenda o caso Pediatra nega ter receitado medicamento (Foto: Vanessa Vasconcelos/G1) Taiane conta que a filha apresentava uma inflamação no ouvido, sendo prescrito por um médico o medicamento amoxilina. Com a persistência dos sintomas, a mãe retornou ao hospital dias depois, quando a filha foi examinada pela pediatra plantonista, que receitou o medicamento nimesulida, 14 gotas, a cada 12 horas, por cinco dias, e orientou que continuasse com a amoxilina. Após dar o medicamento à filha por cinco dias, Taiane retornou ao hospital da Unimed, sendo atendida por um novo médico, que, ao examinar o bebê, constatou que o ouvido não estava mais inflamado, porém a criança havia perdido peso, estava desidratada e apresentava um quadro de intoxicação por nimesulida, sendo necessário a sua internação com urgência. Ao Cremero, a médica negar ter prescrito o medicamento, segundo Taiane. Em seguida, Isabella foi transferia para UTI do HB, aonde, no dia 31 de agosto, veio a óbito, após duas paradas cardíacas. O laudo médico apresentado pelo hospital diz que a criança morreu após apresentar quadro de disfunção de múltiplos órgãos; choque hipovolêmico; hemorragia pulmonar; hipertensão pulmonar; crise convulsiva e distúrbio eletrolítico.

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