domingo, 17 de junho de 2012

Família de paciente faz queixa policial contra hospital público em Goiânia

O irmão de um paciente do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) registrou uma ocorrência no posto policial da unidade se queixando da demora no atendimento aos pacientes e do reduzido número de médicos de plantão. A queixa foi feita pelo movimentador de mercadoria de atacadista, Luciano Costa, de 32 anos. Luciano contou ao G1 que o irmão Elismar Rodrigues da Costa, de 31 anos, é motorista de caminhão e sofreu um acidente em uma ponte na cidade de Goiás, a 141 km de Goiânia, por volta das 4h da manhã deste domingo (17). O homem foi resgatado pelo Serviço Móvel de Urgência (Samu) e levado a um hospital do município. Lá, os médicos teriam dito que a medula foi atingida e que ele deveria ser levado para Goiânia. Segundo Luciano, o paciente chegou ao Hugo por volta das 9h da manhã deste domingo e que até às 13h30 ainda não havia recebido qualquer tipo de atendimento. “Aqui há apenas um médico para fazer 30 cirurgias. Enquanto isso, o meu irmão está deitado em uma maca no corredor, feito um cachorro. Ele está sentindo muita dor, não sente as pernas e não pode fazer a cirurgia. Ele ainda não foi medicado ou mesmo olhado”, denuncia. O movimentador de mercadoria disse ainda que a família foi informada que o paciente deve aguardar até às 18h para ver se poderá ser atendido ou se deverão procurar outro hospital. Uma funcionária da unidade, que pediu para não ser identificada, confirmou a existência de uma fila de atendimento no centro cirúrgico e que há apenas um médico na ocorrência trauma. O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa do hospital, que afirmou que dois médicos, que não estavam de plantão, foram chamados para suprir a demanda deste domingo. Segundo a assessoria, até o início desta tarde, os profissionais do Hugo haviam conseguido liberar 17 leitos para receber os pacientes que passarão por cirurgia e depois deverão ser encaminhados para a enfermaria. O departamento de comunicação do Instituto Gerir, organização social que administra o hospital, afirmou também que dois médicos foram contratados em caráter emergencial para atuar no setor de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e outras áreas. Segundo a assessoria de imprensa, às 13h30 de domingo havia três equipes de cirurgia operando e que havia apenas um paciente aguardando por uma cirurgia de urgência.

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