quarta-feira, 16 de maio de 2012

Médicos prometem greve se não houver reajuste de honorários pelos planos de saúde

/05/2012 20:25

 

O movimento dos médicos pelo reajuste dos honorários repassados pelas operadoras dos planos de saúde está longe de acabar. Segundo o secretário de Saúde Suplementar da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Márcio Costa Bichara, novas paralisações não estão descartadas porque não houve avanços nas negociações.
Bichara participou, nesta terça-feira, de audiência da Comissão de Trabalho, que debateu a relação entre os profissionais e as operadoras. De acordo com ele, essas empresas registraram mais de 100% de lucro nos últimos 10 anos, mas os honorários médicos não acompanharam este aumento. Márcio Bichara afirma que o valor médio da consulta atualmente é de R$ 45,00, enquanto o correto seria cerca de R$ 80,00.
O secretário da Fenam avalia que a relação com operadoras é conflituosa porque elas atuam como atravessadores. "Eles têm que abrir mão um pouco do lucro exorbitante que eles estão tendo, não é pequeno o lucro e à custa do honorário médico. A população está sendo penalizada com esta postura das operadoras de planos de saúde, já que o usuário paga a mensalidade todo mês.”
Segundo Bichara, “a assistência está muito a desejar”. Ele diz que o atendimento médico nos hospitais das capitais é precário. “Hoje, a média de atendimento na pediatria de urgência é de seis horas. isso está quase equilibrando com o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS)."
Planos rebatem médicosJá o diretor executivo da Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde), José Cechin, sustentou que uma ou outra empresa bem gerida pode ter apresentado um bom lucro, mas o setor como um todo apresenta apenas 0,3% de resultado.
De acordo com Cechin, as operadoras filiadas à Fenasaúde reajustaram os repasses de honorários médicos em mais de 70%, entre 2005 e 2011. Ele ressaltou ainda que reajustar os repasses representa aumento de custos, o que implica em prejuízo aos usuários.
"Só há um pagador nessa história toda. Os R$ 80 bilhões que o setor recolheu no ano que passou saíram do bolso de cada um dos 63 milhões de brasileiros que pagam seus planos de saúde. Não tem outra fonte”, ressalta Cechin. “Reequacionar significa redistribuir de um para outro. Você tira de quem para dar para quem? Se não houver essa redistribuição, onde cai o ônus? Nós teremos coragem de pedir a esses consumidores que aumentem bastante suas mensalidades?"
ANS sugere saída
De outro lado, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aponta um caminho. Segundo o diretor André Longo Araújo de Melo, a ANS detectou o descumprimento de cláusulas contratuais de reajuste. "Além das multas que são aplicadas às operadoras que não estão cumprindo os contratos, a ANS também está publicando, nos próximos dias, uma instrução normativa para tentar deixar mais claros as formas de reajuste”, informa André Longo. “Ou seja, além da livre negociação entre as partes, que se possa colocar nessa negociação algum índice, caso não haja acordo entre as duas partes, e também deixará mais clara a periodicidade desse reajuste."
No entanto, para os médicos, a solução da questão depende mesmo é da aprovação do projeto (PL 6964/10) do Senado, atualmente em análise na Comissão de Seguridade da Câmara. A proposta prevê regras claras para o contrato de relação de trabalho com as operadoras, além de um índice de reajuste anual e critérios de credenciamento.
O presidente da Comissão de Seguridade, deputado Mandetta (DEM-MS), que também participou da audiência, prometeu incluir o projeto na pauta de votações.
Usuário prejudicado
O deputado Augusto Coutinho (DEM-PE), autor do requerimento para a audiência, disse que a falta de um consenso prejudica quem paga o plano de saúde. "Eu sei porque pesa para mim e para todos os brasileiros. É lamentável porque o governo não dá atendimento público condizente, não regula os planos para que sejam justos com quem paga e não obriga as operadoras a cumprir seu papel."
De acordo com o deputado, a Câmara precisa responder, dando agilidade à tramitação de alguns projetos que estão pendentes. "Precisamos apresentar uma legislação e cobrar, efetivamente, dos planos de saúde o retorno que devem dar."
Reportagem – Idhelene Macedo/Rádio Câmara
Edição – Newton Araújo

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara de Notícias

terça-feira, 15 de maio de 2012

CRIANÇA MORRE NA BARRIGA DA MÃE 15-05-2012

Mulheres acusam médica de erro médico


Essa medica me mandou para um hospital que nao tem uti neonatal sabendo q meu caso era grave e pior ainda o do meu filho
eu tive um descolamento de placenta
meu filho ficou 8 00 hs esperando transferencia para outro hospital
sem respirar d...ireito nem uma agulha de bebe tinha nesse hospital
depois que ela fez o parto simplismente foi embora deixando eu e meu filho
em estado gravissimo e ainda eu vim descobrir no outro dia que ela tinha ligado minhas trompas sem me dar opçao a um tratamento ja que ela falou que meu utero havia sofrido danos.


Veja a reportagem na íntegra no link abaixo:

http://www.facebook.com/photo.php?v=441620679186085

"Hospital é um lugar onde se morre gente"

Causou revolta entre os integrantes da audiência pública na Câmara dos Deputados nesta terça a frieza com que o representante da entidades hospitalares, Emanuel Araújo, tratou as mortes em hospitais privados provocadas por erros médicos ou de procedimentos das instituições de saúde. "As pessoas precisam entender que hospital é um lugar onde morre gente" - disse Araújo.

"Ele deveria completar: e onde se mata gente!" - declara o ex-deputado e presidente da Embratur Flávio Dino, que perdeu um filho de 13 anos em fevereiro, internado de emergência no Hospital Santa Lúcia, em Brasília, em circunstâncias que levam a suspeitar de erro médico. Na audiência pública, a deputada Jandira Feghali (PCdoB/RJ) pediu a interdição do Santa Lúcia.

Nesta quinta-feira, Flávio Dino tem reunião com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ayres Britto, para apresentar proposta de criação de varas e juizados especializados em causas referentes a questões de saúde, inclusive negligencia médica. "São milhares de casos que caem na vala comum e terminam em impunidade" - diz Dino.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

“Temos que eliminar a indústria da morte”,

Já é senso comum a ideia de que a precariedade do sistema público de saúde no Brasil é um dos maiores gargalos do desenvolvimento do País. Filas, falta de médicos e mau atendimento são problemas rotineiros para quem precisa utilizar o SUS (Sistema Único de Saúde).

Em Brasília, a má reputação também se aplica ao sistema privado de saúde, que frequentemente é alvo de críticas e de desconfiança dos pacientes que, quando podem, preferem se tratar em outras cidades. Não por acaso, deputados, senadores e titulares de cargos executivos na capital federal viajam para São Paulo para fazer tratamentos de saúde e até check ups médicos.
Para quem não pode sair de Brasília, os problemas na rede particular são recorrentes. Na quinta-feira (10), um filho denunciou que a mãe morreu após omissão de socorro por parte de um hospital particular de Brasília. Ele alegou que a unidade de saúde só atendeu a paciente após a apresentação de cheque-caução.

Polícia investiga morte por omissão de socorro
Leia mais notícias no R7
Em fevereiro deste ano, um caso de suposto erro médico chamou atenção do Distrito Federal: Marcelo Dino, de 14 anos, morreu no hospital Santa Lúcia, na Asa Sul, após ter sido internado no dia anterior devido a uma crise de asma.
Desde então, o pai do garoto, o presidente da Embratur, Flávio Dino, luta para esclarecer as circunstâncias da morte do filho e ao mesmo tempo usar o episódio como forma de chamar atenção para a necessidade de maior controle externo do padrão de qualidade dos hospitais e clínicas do Brasil.

Nesse contexto, Dino oficializou um pedido ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para a criação de varas especializadas em saúde, como hoje já existe o juizado da criança e do adolescente, bem como as varas especializadas da justiça agrária e do meio ambiente.

Em entrevista ao R7, o presidente da Embratur fala sobre a dor da perda do filho, o “caos” da saúde em Brasília e a necessária mudança de gestão das instituições hospitalares para elevar a qualidade do atendimento.


R7- O brasileiro conhece as deficiências do sistema público de saúde e, por isso, as pessoas têm que recorrer ao sistema privado. E mesmo aqueles que fazem um esforço para pagar um plano de saúde muitas vezes ficam desassitidas. Qual avaliação que o senhor faz desse sistema de saúde privado? Há quanto tempo o senhor tem plano de saúde?
Flávio Dino - Eu tenho plano de saúde desde que entrei na Justiça Federal, em 1994, sempre vinculado ao meu trabalho. E sempre tinha esta avaliação: o SUS é uma grande conquista do Brasil, é uma referência mundial na sua arquitetura. Foi uma grande ideia essa universalização do acesso gratuito, mas é preciso sempre fazer mais, em razão do caos que você descreveu. Todos os dias nós assistimos a filas intermináveis, exames que não são feitos, profissionais de saúde que não cumprem os seus horários, falta de remédios, erros de procedimento. E isso alimentou a ideia de que existe um sistema privado capaz de servir, inclusive, de referência de eficiência. A novidade é que essa suposta referência de qualidade que o sistema privado representaria foi progressivamente se deteriorando. Houve a ampliação do acesso, inclusive pela afirmação da nova classe C, e mais pessoas puderam comprar plano de saúde. Isso é algo positivo, porém fez com que as carências do sistema privado ficassem mais evidentes. Então hoje nós temos quase uma equiparação do sistema público com o privado em ambos os sentidos. Nos dois nós temos instituições de excelência, de referência mundial, que inclusive são orgulho para o povo brasileiro, nós temos profissionais de alta qualidade. E tanto no sistema público, quanto no privado, nós temos instituições que não cumprem seus deveres básicos de garantir que danos não sejam produzidos nos pacientes e que no caso de mortes evitáveis, elas não ocorram.

R7- Como o senhor foi afetado por este problema?
Flávio Dino - O meu filho morreu no dia 14 de fevereiro por uma moléstia absolutamente curável. Ele ficou 20 horas dentro do hospital Santa Lúcia [considerado um dos melhores particulares de Brasília], não recebeu o tratamento devido, nem no momento da internação, tampouco no momento da emergência e, por isso, morreu. Todas as estatísticas mostram que as mortes por asma no Brasil são inferiores a 1%. Então o Santa Lúcia conseguiu, em um caso absolutamente evitável, fazer com que meu filho entrasse, na ótica deles, nessa estatística.
R7- O senhor tem falado em 'indústria da morte', por quê?
Dino -Na minha ótica, meu filho não é estatística e por isso a minha afirmação o tempo todo de valores diferentes dos puramente mercantilistas e desumanos, e da busca da verdade do que aconteceu com o meu filho, porque ele merece isso, é uma atitude de amor a ele. Ao mesmo tempo é uma atitude preventiva de respeito à sociedade de Brasília, que assiste a coisas como caso do filho do cantor Leonardo que está em todos os jornais. Ele se acidentou próximo daqui e estava internado em Goiânia. Uma transferência para Brasília seria muito mais simples, mas ele foi para São Paulo. Então os donos de hospitais em Brasília deveriam se perguntar: por que uma pessoa que está em Goiânia, que vindo para cá correria muito menos riscos, prefere ir para São Paulo? E por que os políticos brasilienses, quando podem, vão para os hospitais de São Paulo e não para os de Brasília?
R7 - O senhor recebeu alguma explicação ou algum retorno do hospital?
Dino- O que aconteceu depois da morte do meu filho, no sentido ético, é tão grave quanto a própria morte dele, porque além do hospital tirar a vida do meu filho, quis tirar a verdade da família, o direito à verdade. O hospital já contou várias versões sobre a morte dele. Na primeira nota que o Santa Lúcia editou, parecia que o meu filho tinha entrado no hospital e morrido. Não é verdade, ele ficou lá numa longa internação. Depois, o hospital disse que a médica, quando se ausentou da UTI, tinha outro médico lá. Não é verdade, pois ficou claro no inquérito que ela se ausentou da UTI e não ficou nenhum médico lá. Na verdade, a UTI pediátrica ficou entregue apenas a uma auxiliar de enfermagem, porque a médica e a enfermeira saíram para fazer um parto, a outra auxiliar de enfermagem saiu porque estava amamentando. Por isso eu digo que o método de gestão do Santa Lúcia fez com que uma UTI ficasse entregue apenas a uma auxiliar de enfermagem que era a única profissional presente na UTI pediátrica quando o meu filho teve a crise.
R7- E o que eles dizem sobre os procedimentos adotados?
Dino- O hospital disse que todos os procedimentos foram adotados, mas não é verdade. Quando a médica finalmente chegou, depois de ter sido chamada duas vezes, ele estava cianótico. O que a literatura médica indica é que ela deveria ter procedido à intubação orotraqueal imediata para garantir a oxigenação dele. A enfermeira que depôs à polícia descreve o quadro. Ele estava em crise respiratória aguda, cianótico, roxo, tinha parado de respirar. A médica estranhamente pede o material para intubação, mas fica esperando o anestesista. Esse anestesista estava sabe Deus onde, ninguém sabe. Ele demorou dez minutos para chegar até o leito do meu filho. Quem é que consegue ficar vivo e saudável em uma crise respiratória por dez minutos? Então esses são exemplos do que eu chamo de conduta antiética posterior do Santa Lúcia, que é a tentativa de negar a verdade.
R7- O senhor estava lá no momento da segunda crise do Marcelo?
Dino- Nós só sabemos de tudo isso por um detalhe que eu chamo de uma infelicidade e de uma felicidade ao mesmo tempo. Eu e a mãe do Marcelo, a Deane, tivemos a infelicidade de assistir à morte do nosso filho, e essa imagem está na nossa cabeça para o resto da vida. O nosso filho tão amado, tão querido – que nós amávamos com tanto carinho todos os dias – na nossa frente sendo asfixiado e não recebendo o cuidado necessário. Imagina que essa é a memória que todos os dias disputa o lugar com as boas lembranças que ele deixou. Mas essa infelicidade ao mesmo tempo foi a nossa felicidade, porque se nós não tivéssemos presenciado, nós não saberíamos o que aconteceu realmente com o nosso filho. Foi exatamente o fato de a gente estar presente lá que permite que nós tivéssemos a certeza de que algo de errado tinha acontecido.
R7- Meses antes, nós tivemos o episódio do senhor Duvanier, que morreu em outro hospital, mas que passou pelo Santa Lúcia e teve o atendimento negado. Por que o senhor recorreu ao Santa Lúcia?
Dino - Esse é outro aspecto bem doloroso porque o Santa Lúcia, além de tudo, traiu a confiança da nossa família, e da sociedade local, ao não prestar o serviço adequado. Essa traição se caracteriza pelo fato de que desde 1999 eu tenho o Hospital Santa Lúcia como referência. A sociedade de Brasília considera que é um dos melhores hospitais. Ou seja, em razão dessa reputação nós tínhamos muita confiança. E o que foi dito a Deane, mãe do Marcelo, e o que está escrito no prontuário é que o Marcelo era um paciente que estava bem. E o próprio prontuário, a avaliação feita inclusive pela médica que deixou de atendê-lo, a Dra. Isaura Costa Rodrigues Emídio, antes do Marcelo dormir, era de um paciente estável, tanto que ela tirou a máscara e colocou um cateter.
Ela diz que o paciente estava em ótimo estado. De fato, ele passou a noite muito bem , sem nenhuma crise, nada. Desde que ele foi internado na UTI, a saturação de oxigênio dele era próximo de 100%, o tempo todo acima de 95%. Ele não teve nenhuma intercorrência durante a internação, dormiu bem à noite, estava dormindo, foi acordado pela auxiliar de enfermagem para tomar o medicamento e 15 minutos depois estava morto. Essa é a realidade do que aconteceu com o nosso filho, ele foi acordado às 6h5 da manhã para receber um remédio com atraso, porque tinha que ter sido dado às 4h da manhã. Sem nenhuma explicação técnica, a auxiliar de enfermagem resolveu dar somente às 6h. Ela acordou o Marcelo que falou com a mãe, brincou, pegou o celular dele para mandar mensagem para o coleguinha dizendo que estava bem, mas que não ia para a escola. Enfim, acordou absolutamente bem, tomou o medicamento e 15 minutos depois já estava inconsciente. Então essa situação representa exatamente o que eu te dizia: o Santa Lúcia não valorizou a confiança que nós tivemos nele como uma instituição hospitalar.

R7- De que maneira a gestão do sistema privado de saúde influencia na qualidade do atendimento?
Dino - Eu acho que os hospitais privados, de Brasília especialmente, são objeto de uma gestão que busca o lucro máximo e essa é a causa do mau atendimento. O proprietário do Santa Lúcia, o senhor José do Patrocínio Leal, é proprietário de outros cinco hospitais e clínicas, praticamente ele exerce um monopólio sobre a saúde de Brasília. O que nós assistimos é que os profissionais que trabalham nesses hospitais têm normalmente seus direitos totalmente negados, a partir de algo que nem pode ser chamado de terceirização, é pior do que terceirização. Nós temos a terceirização normal que já é ilícita por uma súmula do TST, e hoje nós temos também trabalhadores eventuais que chegam ali para fazer um plantão e não há continuidade no tratamento daquele paciente. Então, o método de gestão - da busca do lucro máximo, dessa ganância, dessa desumanização da vida - faz com que aconteça exatamente isso a que nós assistimos: demora no atendimento e quando é atendido, a consulta dura cinco minutos. Por que? Porque aquele profissional está com mais quatro ou cinco vínculos a cumprir. Fui analisar o CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde), que é um cadastro oficial do Ministério da Saúde. O Santa Lúcia declara no seu site que tem 1.200 funcionários, mas se você comparar com o CNES, só vai encontrar 32 nomes. Então para a sociedade, o Santa Lúcia diz que tem 1.200 profissionais, mas você vai ao cadastro oficial e só acha 32 nomes, alguns repetidos. São 23 profissionais se não me falha a memória. Você clica em cima do nome e vai encontrar profissionais que declaram jornada de cem, 120 horas por semana, sendo que a semana inteira tem 168 horas. A pergunta que eu estou fazendo às entidades hospitalares é se é possível alguém trabalhar com qualidade cem horas por semana. Há um profissional cujo cadastro está com 204 horas por semana, mais do que o número de horas da semana inteira. Ele trabalha em seis lugares diferentes. Estão lá, são dados públicos do site do Ministério da Saúde.

R7- Como o senhor tem tentado transformar o sofrimento pessoal em luta para mudar o panorama do sistema de saúde em Brasília?
Dino - Nenhuma morte é estatística, seja do meu filho, seja de outro ser humano. No âmago da nossa luta hoje está exatamente combater essa desumanização da saúde no Brasil, essa mercantilização da saúde. E usando o caso do nosso filho exatamente afirmar uma outra lógica de que os seres humanos merecem ser respeitados. Por isso nós precisamos mudar o modo como essas redes privadas se organizam. Nós estamos tomando medidas que não são em defesa do Marcelo propriamente, mas que são em defesa de outros Marcelos.
R7- E o que o senhor tem feito?

Dino -Ontem [última semana de abril] eu estive no Supremo Tribunal Federal entregando ao presidente do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), um pedido para que sejam criados varas e juizados de saúde, assim como existem varas e juizados de trânsito, ou da mulher, ou do meio ambiente. Nós temos hoje mais de 250 mil processos tramitando na Justiça sobre saúde. Então eu propus ao presidente Ayres Britto que o CNJ lidere uma campanha nos tribunais, para que sejam criadas essas instâncias para que o cidadão tenha a quem recorrer e possa eliminar a orfandade e desamparo que existe tanto em hospitais públicos quanto nos privados. Se você é vítima de um mau atendimento, você vai a onde? Na polícia, não tem outro lugar. Ou você vai ao Procon como se fosse uma mera demanda do consumidor, um celular quebrado, uma geladeira quebrada. Não se trata disso, às vezes são fronteiras entre a vida e a morte, você está ali, precisando de um leito, de um atendimento e não tem a quem recorrer.
R7- Qual foi a sua proposta?

Dino - Eu propus ao ministro que o judiciário tome mais essa iniciativa importante que ao mesmo tempo ajudará a controlar essa deficiência aparentemente invencível do sistema público e do sistema privado de saúde no Brasil. Exatamente porque essas carências não são invencíveis, não são normais. Então nós temos que eliminar essa naturalização da morte, aquilo que eu chamo de indústria da morte, seja no sistema público, seja no privado.

R7- Sua condição de homem público pode ajudar na hora de chamar a atenção para o problema?

Dino-
Encaro estar aqui conversando sobre isso como um direito de pai de mostrar amor ao seu filho e externar a sua dor, dando um sentido a ela. Mas além de direito é um dever, exatamente porque a minha voz pode ser ouvida. É o contrário que às vezes as pessoas dizem: “ah, só porque é filho de um político”, exatamente por isso, porque se eu que posso ser ouvido, dar uma entrevista, não fizer, imagina o filho da Dona Maria. Então eu encaro isso no sentido de missão de estimular canais, meios de o filho da dona Maria, quando for vítima de crime como meu filho foi, o filho da dona Maria quando for vítima de mau atendimento tenha algum jeito de se defender. Meu filho não pode se defender, ele morreu, mesmo eu sendo um político, mesmo eu sendo do governo. Então eu não estou tendo uma atitude egoísta, pelo contrário, minha atitude é exatamente porque isso aconteceu nós precisamos melhorar o sistema. Por isso nós precisamos de varas e juizados da saúde, de uma agência de vigilância dos hospitais que de fato controle a gestão deles. Nós precisamos fiscalizar a jornada dos médicos, porque é um absurdo eles trabalharem cem horas por semana. É impossível alguém trabalhar com qualidade assim, ninguém pode pilotar um avião ou dirigir um ônibus pela estrada durante cem horas. Não é permitido, pois é uma imprudência e há normas sobre isso. Então nós estamos pautando esses problemas, exatamente pensando não no nosso filho, porque infelizmente o drama é irreversível. Nós estamos pensando exatamente nas pessoas que não têm voz, as pessoas que todos os dias sofrem com isso. Houve uma aparente banalização nesse sentido e nós precisamos combater esse sentimento de que não tem jeito, é evidente que tem jeito. Repito: nós somos a sexta economia do mundo, então o sistema público pode funcionar melhor. E o sistema privado que não depende de recursos públicos por que não funciona melhor? Não tem lucro? É lógico que tem, basta olhar a constante ampliação dos prédios, basta olhar a lucratividade dos planos de saúde. Os maiores planos de saúde estão entre as maiores empresas do Brasil. Então não é falta de dinheiro, é falta de gestão e compromisso humanitário, acima de tudo.

Nota de Esclarecimento
O Hospital Santa Lúcia esclarece que toda a documentação relativa ao caso foi encaminhada ao Ministério Público. A instituição não irá se manifestar até que o processo seja concluído. Além disso, entende que os médicos, do ponto de vista de regulamentação trabalhista, são considerados autônomos, ou seja, o mesmo profissional pode trabalhar em mais de um hospital.


Veja a reportagem na íntegra no link abaixo:

http://r7.com/lS_d

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Registros de erros médicos crescem 52% entre os anos de 2010 e 2011

Números saltaram de 261 para 397 entre um ano e outro.
Só em 2012 são 254 processos registrados

O número de denúncias de erros médicos cresceu 52,10% em 2011, em relação ao ano anterior. Os dados são do Superior Tribunal de Justiça (STF). Os registros saltaram de 261 para 397. Mas em 2012 os casos registrados somam 254 processos. E não são apenas médicos que respondem aos inquéritos, enfermeiros e auxiliares também estão elencados.
Aumentam as denúncias por erro médico no Supremo Tribunal Federal (Foto: Reprodução EPTV)Aumentam as denúncias por erro médico no Supremo
Tribunal Federal (Foto: Reprodução EPTV)
Pode ter sido erro médico a causa da morte de uma mulher de 29 anos em Indaiatuba, em abril deste ano. Ela recebeu suplemento alimentar em vez de medicamento pela sonda ligada ao coração da paciente.
A família do agricultor Elizeu Gomes da Luz também sofreu com a possível falta de atenção da equipe médica. A filha dele nasceu prematura e ficou por dois meses na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Em uma das visitas, a mãe percebeu que a ponta de um dos dedos estava roxa. Dias depois, a menina perdeu a ponta do dedo.
“Não foram os médicos que informaram, foi minha esposa que viu. Daí os médicos disseram o que aconteceu”, afirmou o agricultor.
A caixa de lotérica Tailane Gabriela Peixoto Gaio acredita que os médicos erraram no nascimento de seu filho. A criança nasceu pelo parto por fórcipe, em que um instrumento médico é usado para puxar a criança.
Ela disse que pediu parto por cesárea, mas que os médicos não fizeram. Após o nascimento a operadora de caixa alega que ficou com uma consequência. “ Sinto dores na perna se fico muito tempo em pé com a criança no colo”, disse ela.
O bebê ainda ficou com a marca na cabeça do instrumento usado na cirurgia por fórcipes.
Para o professor de ética da Faculdade de Medicina da Unicamp, Flávio César de Sá, a má formação, a rotina atribulada e a falta de estrutura para os profissionais são causas de erros médicos tão absurdos.
“Oitenta e cinco por cento dos processos contra médicos não aconteceriam se tivesse ocorrido uma boa comunicação entre os médicos, pacientes e familiares”, disse o médico.
Segundo ele, em alguns casos, após um procedimento médico o paciente pode ter alguma consequência, e isso não seria um erro médico e deve ser comunicado antes dos procedimentos.
O Conselho de Medicina faz um exame não obrigatório com estudantes de sexto ano. E os resultados preocupam. Quarenta e seis por cento foram reprovados em 2011. Nas respostas erradas, 51% são de saúde pública, obstetrícia 46%, clínica médica, 45,5% e pediatria 41%. Os estudantes apresentaram desconhecimento no diagnóstico e tratamento para infecção de garganta, meningite e sífilis.
Veja a reportagem na íntegra:

http://glo.bo/IXMmpH

.Justiça nega pedido de indenização a cirurgião

se liga nesse processo de erro médico.Justiça nega pedido de indenização a cirurgião bariátricoNotícia publicada em 10/05/2012 17:19
A 14ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio negou um recurso do cirurgião bariátrico Jorge Luiz Monteiro em ação movida contra Ângela Márcia Ramires.Ele alega que vem sendo injuriado e difamado por ela em redes sociais e nos jornais, sendo chamado de “Dr. Morte”..., em razão do falecimento de alguns de seus pacientes.

A ré alegou, em sua defesa, que a indicação da cirurgia para o seu marido foi equivocada, pois ele não tinha índice de massa corpórea – IMC – que a indicasse, o que acabou gerando o seu falecimento 15 dias após o procedimento.

Na decisão de primeira instância, o juiz Mário Cunha Olinto Filho, da 3ª Vara Cível da Barra da Tijuca, negou o pedido de indenização feito pelo médico. Ele também reprovou a conduta profissional do autor que, inclusive, teve sua licença suspensa pelo Cremerj.

“A farta prova documental indica claramente que a conduta profissional do autor, mais do que questionável, é reprovável. Tanto assim é que, apenas para citar alguns fatos, percebe-se que algo de extremamente errado ocorre (ou ocorria, diante do impedimento determinado pelo CRM) com uma freqüência espantosa nas cirurgias que conduzia. Em período relativamente curto, nada menos que 11 pacientes faleceram sob os seus cuidados. O autor agia de forma árdua a convencer os clientes de que deveriam realizar a cirurgia”, destacou o juiz.

Para o desembargador José Carlos Paes, relator do recurso e que manteve a decisão de 1º grau, as documentações contidas no processo não provam que Ângela tenha organizado campanha difamatória, da qual Jorge Luiz diz ter sido vítima.

“A criação de fóruns de discussão e campanhas de alerta visaram o conforto mútuo pelo vazio decorrente da perda dos entes queridos, bem como alertar aqueles que pretendem se submeter a tal procedimento, dos riscos decorrentes da escolha desavisada do médico responsável pela cirurgia. A ré apenas divulgou que a imperícia do autor causou a morte do seu esposo. A expressão da sua irresignação, da sua dor e do seu luto não pode caracterizar ilicitude, conforme afirmado pelo apelante”, concluiu.

Nº do processo: 0013127-14.2007.8.19.0209

terça-feira, 8 de maio de 2012

Abaixo-assinado Opção do paciente do sigilo ou não do prontuário médico

Abaixo-assinado Opção do paciente do sigilo ou não do prontuário médico

Polícia investiga suposto erro médico e retirada de órgãos de bebê morto

A Polícia Civil de São Paulo instaurou inquérito nesta quarta-feira (2) para investigar a denúncia da mãe de um bebê que afirma que seu filho morreu por causa de erro médico e teve os órgãos retirados sem autorização pelo Hospital Dante Pazzanese, na região central da capital paulista. A Secretaria de Estado da Saúde nega as acusações de erro médico e de retirada ilegal de órgãos. De acordo com a assessoria de imprensa, a morte da criança será investigada pela Comissão de Óbitos do Dante Pazzanese.

Segundo a vendedora Josiane Angélica dos Santos, de 33 anos, seu filho, Enzo Gabriel Balbino, de 1 ano e 2 meses, morreu na sexta-feira (27) em decorrência da aplicação errada na entubação da criança durante cirurgia, feita no dia anterior, para corrigir um problema cardíaco.

“Ele tinha uma doença cardíaca e por conta dos problemas nos ossos, a aplicação e retirada do tubo precisava ser feita por um endoscopista. Mas soube que a retirada foi feita por alguém que não era especialista”, disse a mulher ao G1. Ela morava com o único filho em Rancharia, a mais de 500 quilômetros de distância de São Paulo. O pai do garoto é seu namorado.

Além de suspeitar da falha médica, ela disse que foi enganada ao assinar documento que permitiu necropsia do menino. “Eu estava nervosa. Achava que se tratava de um papel para permitir esse exame em um IML [Instituto Médico Legal] e não que ele fosse feito no próprio hospital. Se soubesse que a causa da morte seria feita pelo Dante, eu não deixaria. Afinal de contas, eu acho que meu filho morreu por erro médico. Como eu iria permitir que o hospital também desse a causa da morte?”, questiona.

Por telefone, a mulher contou ainda que, depois de discutir com o membros do hospital, conseguiu que os órgão públicos levassem o corpo de seu filho para necropsia em IML da capital. “Para minha surpresa, os médicos do IML deram duas informações contraditórias. Um perito disse que não poderia informar a causa da morte do Enzo porque todos os órgãos dele foram retirados e havia serragem no lugar deles. Outro perito disse que os órgãos estavam lá, mas haviam sido mexidos e também não era possível dizer do que ele morreu”.

Segundo Josiane, o corpo de Enzo foi enterrado na segunda-feira (30) em um cemitério em Rancharia. Ela disse que a declaração de óbito do Dante Pazzanese informa que o que matou seu filho foi “a doença”. "Por isso, vou procurar um advogado e pedir para que ele consiga na Justiça uma autorização para exumar o corpo do meu filho. Quero saber se os órgãos estão lá e o que o matou mesmo". Ao G1 o hospital negou que a causa da morte seja essa e informou que ela ainda não foi divulgada.

Investigação policialA vendedora registrou dois boletins de ocorrência na capital. Um no 27º Distrito Policial, no Campo Belo, para apurar crime envolvendo “transplante de órgãos” por conta de “remover tecidos órgãos ou parte do corpo de pessoa ou cadáver”. O outro, no 36º DP, Paraíso, para apurar morte suspeita.

De acordo com o delegado seccional Sul, Adalberto Henrique Barbosa, o caso será apurado pelo 36º DP. Procurado, o delegado titular do distrito, Márcio Nilson, afirmou a investigação vai tentar ouvir os depoimentos das partes envolvidas.

“Foi instaurado inquérito para apurar eventual homicídio culposo por imperícia médica. Os policiais também vão apurar se houve remoção de órgãos sem autorização. Somadas, as penas podem chegar a nove anos de reclusão ou um pouco mais”, disse o delegado Márcio Nilson, que pretende ouvir os médicos que atenderam Enzo e os peritos que examinaram o corpo da criança.

De acordo com o delegado, Josiane deverá prestar esclarecimentos por carta precatória numa delegacia de Rancharia.
O G1 também procurou o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) para comentar o assunto, mas o órgão não respondeu o e-mail enviado pela equipe de reportagem.

O que diz o hospitalProcurado para comentar o assunto, o Hospital Dante Pazzanese se manifestou por meio da assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde. Leia íntegra da nota abaixo:

"O Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia esclarece que os pais do menor E.G.B. autorizaram, por meio de documento assinado por ambos e por mais duas testemunhas, também parentes da criança, a realização de uma necropsia a fim de investigar cientificamente a causa do obtido do paciente.

Em qualquer necropsia, órgãos podem ser retirados para investigação científica. O procedimento foi realizado seguindo protocolos médicos internacionais e o material colhido foi o necessário para a realização da análise, com finalidade estritamente científica. O óbito do paciente será investigado pela Comissão de Óbitos do Dante Pazzanese, como sempre ocorre.

O paciente, com 1 ano e 2 meses, foi transferido para o Dante Pazzanese no dia 16 de abril, com quadro de cardiopatia grave, que evoluiu para insuficiência cardíaca. Além disso, apresentava forte quadro de dermatite (inflamação crônica da pele) e outras deformidades congênitas – má formação óssea, hipodesenvolvimento (baixo peso para idade, apenas 5,9kg), entre outros.

Houve a necessidade de, num primeiro momento, controlar a inflamação da pele, situação que inviabilizava a realização da cirurgia cardíaca. Assim que o quadro foi estabilizado, o paciente passou por procedimento cirúrgico, realizada em 26 de abril. O paciente teve evolução satisfatória durante o pós-operatório, mas no dia seguinte evoluiu com arritmia cardíaca e parada cardiorrespiratória. Apesar da realização de diferentes manobras médicas para ressuscitação, o paciente não resistiu e morreu.

Diante da fragilidade do quadro clínico exposto, associada a múltiplas doenças congênitas que cria um cenário de indefinição ao motivo do óbito, o Instituto Dante Pazzanese sugeriu aos pais a realização da necropsia, procedimento esse não obrigatório, porém prontamente aceito pelos pais da criança.

O laudo da necropsia ficará pronto em até 60 dias. O Instituto Dante Pazzanese se coloca à disposição dos familiares e também das autoridades policiais para prestar quaisquer esclarecimentos sobre o caso."


Veja a reportagem na íntegra no link abaixo:
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2012/05/policia-investiga-suposto-erro-medico-e-retirada-de-orgaos-de-bebe-morto.html

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Pais culpam médicos de hospital, em Belford Roxo, por morte de filho de 14 anos


Morar com a mãe e ser jogador de futebol do Flamengo. Um ano separou a realização dos sonhos de Renan de Andrade da sua morte, supostamente por um erro médico. Aos 14 anos, a vida do jovem foi interrompida, após um choque anafilático.
A família culpa os médicos do Hospital Municipal Jorge Julio da Costa Santos, em Belford Roxo, por receitarem um medicamento que causou seu óbito. Segundo o pai de Renan, Jorge Santana de Andrade, além de nunca ter apresentado nenhum tipo de alergia, o menino poucas vezes ficou doente. Dois dias após machucar a perna, começou a tomar o remédio indicado, suposta causa de sua morte.
— Ele começou a reclamar de falta de ar logo depois que tomou a primeira dose. A caminho do hospital, depois de desmaiar, chegou a vomitar. — relembra o pai.
A família registrou a queixa na 54 DP (Belford Roxo). O delegado responsável pelo caso aguarda os laudos do Instituto Médico-Legal (IML). A secretaria de Saúde do município aguarda a avaliação dos prontuários.
Veja como tudo aconteceu:
Quarta-feira: Durante um jogo de futebol, Renan machucou a perna e deu entrada no hospital às 22h. Após um Raios-X, que constatou que não havia fratura, o médico receitou Melocox 75 mg ao jovem.
Quinta-feira:Renan ainda apresentava fortes dores e não conseguia andar. Jorge comprou o remédio indicado, à noite, para começar o tratamento.
Sexta-feira: Renan tomou a primeira dose do comprimido, às 7h. Logo depois, começou a se queixar de falta de ar e tontura. Às 19h, tomou a segunda dose do remédio receitado, mas continou a se queixar.
Sábado: Pouco antes das 7h, Renan pediu ajuda ao pai para ir ao banheiro. Ao chegar no quarto, Jorge encontrou o filho desacordado. Colocou o menino num carro e voltou ao hospital. Com o jovem nos braços, demorou dez minutos para ser atendido. De longe, ouvia o barulho das descargas elétricas para reanimar o filho. Por volta das 7h40m recebeu a notícia de que Renan havia morrido.
Ontem: Às 13h, o corpo de Renan foi enterrado no Cemitério da Solidão, em Belford Roxo.


Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/pais-culpam-medicos-de-hospital-em-belford-roxo-por-morte-de-filho-de-14-anos-4827558.html#ixzz1uE0FKKOb