segunda-feira, 16 de julho de 2012

Demora por atendimento é rotina na rede particular de saúde de Campinas

A longa espera por atendimento médico, frequente na rede pública de saúde, também afeta usuários de planos de saúde da rede particular de Campinas. A demora passou a ser uma rotina também no serviço de saúde particular e ter convênio médico hoje em dia não significa ser atendido na hora nem da maneira ideal. O mecânico Jaime Pinto Junior, titular de um plano de saúde, esperou por pelo menos quatro horas na Casa de Saúde de Campinas por atendimento para o filho de 9 anos, que estava com suspeita de pneumonia e precisava de uma radiografia do pulmão. A família do operador de produção Carlos Ferreira esperou por seis horas com os filhos no pronto-socorro lotado até que a mulher fosse atendida. Wagner Martins aguarda cirurgia há mais de 50 dias (Foto: Reprodução EPTV) Os planos de saúde ocupam o segundo lugar no ranking de reclamações do Procon em todo o estado de São Paulo, uma das formas que o paciente tem de cobrar pelo serviço. A advogada Andréia Gomes de Oliveira orienta que o usuário deve denunciar o atendimento de médicos e hospitais para os convênios e, além do Procon, deve recorrer à Agência Nacional de Saúde (ANS). A ANS garantiu que todas as denúncias são apuradas e que cobra medidas dos convênios médicos e que, com o número do protocolo da reclamação é possível ao usuário do convênio acompanhar o andamento da denúncia. As denúncias podem ser feita pelo telefone 0800-701-9656. O plano de saúde Unimed informou que as reclamações devem ser encaminhadas para a ouvidoria, pelo site unimedcampinas.com.br A diretoria da Casa de Saúde, onde pacientes reclamam da demora, admite que tem uma procura maior que a capacidade de atendimento do hospital e explicou não ser possível aumentar o número de médicos já que todo o espaço é usado. Cirurgia O instalador de aquecimento a gás Wagner Roberto Martins precisa de uma cirurgia para resolver um problema na coluna que o impede de ficar em pé por muito tempo. No dia 2 de março, ele foi encaminhado pelo médico para uma cirurgia de urgência, segundo a esposa, a psicóloga Leonice Martins. Ela procurou o convênio e achou que, no máximo em 15 dias, a cirurgia seria feita, mas do início de março até 15 de abril, o que era urgente virou uma batalha com o plano de saúde. O plano de saúde Amil dá cobertura total para o procedimento e encaminhou o pedido de cirurgia para um neurocirurgião no dia 6 de março, dizendo que a cirurgia já estava autorizada. No dia 8 de março, Martins passou pela consulta com um neurologista, mas segundo Leonice, acabou não fazendo a cirurgia. A cirurgia foi novamente remarcada para 10 de abril, mas no dia anterior foi cancelada e remarcada para o dia 12, mas pouco antes, foi novamente adiada. Martins, que junto com a mulher paga R$ 550,00 pelo convênio, diz que tem dificuldade para dormir desde que as dores apareceram, há quase dois meses, período em que também está impedido de trabalhar. A assessoria de imprensa da Amil informou que houve falha de comunicação entre o hospital e o convênio. Veja a reportagem na íntegra no link abaixo: http://glo.bo/ISdH9J

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