quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Emergência do Hospital Getúlio Vargas Filho fecha nesta quarta


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Emergência do Hospital Getúlio Vargas Filho fecha nesta quarta

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Maria há 16 minutos

Eu penso que esta é a forma encontrada pelo governo estadual e pelos municípios de acabar ( matar ) uma grande parte da população do Rio de Janeiro discretamente. Este hospital era o único que funcionava com seriedade no tratamento pediátrico, não tem outro e aí acabam com a emergência. Isso é BARBARIDADE, hospital que já salvou vida de tantas crianças agora, por ordem do município fecha as portas, MATAM CRIANÇAS!!!!

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Publicado em 15/11/11 às 19:28 Atualizado em 16/11/11 às 12:36

O Hospital Getulinho, que é referência em atendimento infantil, fecha hoje o serviço de emergência Foto: Marcelo Piu Luiz Gustavo Schmitt - O Globo


O setor de emergência do Hospital Municipal Getúlio Vargas Filho, no Fonseca, deixará de atender demandas espontâneas a partir desta quarta-feira. Segundo a Fundação Municipal de Saúde (FMS), o atendimento dos casos graves será realizado pela Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) 24 horas do bairro. Internações que forem encaminhadas pela UPA ao Getulinho serão atendidas. O setor de ambulatório do hospital permanece com atendimento normal. Ainda de acordo com a FMS, a iniciativa é fruto de parceria com o governo do estado.

O fechamento da emergência da unidade provocou indignação do presidente do Sindicato dos Médicos de Niterói (SinMed), Clóvis Abrahim Cavalcanti.

— O Getulinho é o único hospital exclusivo em atendimento pediátrico da Região Metropolitana II ( que inclui Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá, Tanguá e Silva Jardim). A UPA não tem corpo clínico completo. A unidade tem dois ou três pediatras e só funciona para o primeiro atendimento. Além do mais não faz internações de casos graves. Resultado: as crianças que procurarem atendimento vão correr risco de morte até conseguirem vagas para serem removidas a algum hospital — disse Cavalcanti.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) informa que não tem convênio algum com o hospital e que a decisão de fechar a emergência da unidade é de responsabilidade da prefeitura. O órgão lembra ainda que a UPA do Fonseca passou recentemente para a administração da Secretaria estadual de Saúde a pedido do município. Quando inaugurada, em 2/6/2010, a UPA do Fonseca era gerida pela Secretaria de Saúde de Niterói.
A Secretaria destaca ainda que o fechamento da emergência do Getulinho não foi discutido com o Estado e que a UPA do bairro não substitui o importante atendimento prestado pelo hospital.


Emergência do Hospital Getúlio Vargas Filho fecha nesta quarta



Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/emergencia-do-hospital-getulio-vargas-filho-fecha-nesta-quarta-3245577.html#ixzz0X3aMPV8h

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Alckmin comete crime de lesa-humanidade ao privatizar saúde pública, afirma promotor

Jornal Brasil Atual

A Rádio Brasil Atual contou, nesta quarta-feira, 10, com a participação do promotor Arthur Pinto Filho, que deu detalhes da ação civil pública, movida pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, para impedir que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) coloque em prática a lei aprovada por ele, que transfere 25% dos leitos dos hospitais públicos do SUS, o Sistema Único de Saúde, para particulares e planos de saúde. Em entrevista à jornalista Marilu Cabañas o promotor afirmou que o governo do Estado de São Paulo aplicou R$ 77,8 milhões dos recursos, que deveriam ser investidos em programas de saúde, no mercado financeiro. Além disso, o governo tucano também deixou de investir R$ 2,1 bilhões de saúde. Os movimentos populares de saúde realizam protesto nesta manhã, para protestar contra a privatização da saúde pelo governador Geraldo Alckmin.



ESCUTE A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA,NO LINK ABAIXO
http://www.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fwww.redebrasilatual.com.br%2Fradio%2Fprogramas%2Fjornal-brasil-atual%2Fmp-tenta-impedir-que-leitos-do-sus-passem-para-planos-de-saude&h=HAQEEaGZY

domingo, 13 de novembro de 2011

Posto de Saúde da Família de Sepetiba não tem médico e limita atendimento de pacientes em outras unidades - Rio - Extra Online

Posto de Saúde da Família de Sepetiba não tem médico e limita atendimento de pacientes em outras unidades - Rio - Extra Online


Jussara dos Santos Figueiredo, de 57 anos, mora na Rua Nunes Machado, em Sepetiba, na Zona Oeste do Rio. Mais do que um endereço, a informação acima é uma condenação: Jussara e todos os moradores da região atendida pelo Posto de Saúde da Família (PSF) Alagados — desde setembro, sem equipe médica, apenas de enfermagem — não podem se consultar com médicos em outras unidades públicas do bairro.



De acordo com a Estratégia de Saúde da Família, adotada pela Secretaria municipal de Saúde, os moradores cadastrados ali não podem ser atendidos na segunda Clínica da Família do bairro (CF Valéria Gomes Esteves), que só está autorizada a receber quem mora do outro lado de Sepetiba. A divisão serve para organizar o atendimento — cada equipe de cada uma das unidades fica responsável por cerca de 4.500 pessoas — mas, quando faltam médicos, os moradores ficam sem ter a quem recorrer.



Há ainda o Posto de Saúde Waldemar Berardinelli, que também não atende quem está sob os “cuidados” do PSF Alagados. A ironia, nesse caso, é ainda maior: as duas unidades funcionam no mesmo prédio.



— Nós moramos em Sepetiba, mas parece que estamos isolados em uma ilha. Vejo meu neto e meu bisneto doentes e não consigo pediatra. Enquanto isso, vou cuidando com chazinho, à moda da roça — desabafou Jussara.



Na quinta-feira, o EXTRA acompanhou a dona de casa em uma visita ao PSF Alagados. Jussara buscava atendimento para o bisneto, de 4 meses, que está com uma doença de pele. O pequeno foi consultado por um enfermeiro, que o encaminhou a um pediatra.



— Mas procura em outro lugar porque aqui não tem nem previsão de vir médico — alertou o profissional.



Na recepção ao lado, do PS Waldemar Berardinelli, uma placa registrava a presença de dois pediatras.



— Desse lado tem médico, mas como eu moro na área do Alagados, disseram que não podem atender o menino. Estou desesperada — disse ela.



Sem consulta, nada de remédio



A impossibilidade de atendimento médico também prejudica quem toma remédios de uso contínuo. Sem clínicos gerais tanto no PSF Alagados quanto no Posto de Saúde Waldemar Berardinelli, os moradores não podem renovar suas receitas. Agentes de saúde estão avisando, de casa em casa, que quem já estiver com o medicamento acabando deve tentar a sorte em outros bairros.



— Quase não consigo andar e, para mim, fica impossível ir até Santa Cruz ou Campo Grande. Estou dependendo da ajuda de amigos para comprar meus remédios — reclamou a aposentada Helena Maria Damico, de 56 anos, que concluiu: — Esse lugar aqui virou um depósito de gente. Não temos acesso nem mesmo ao básico.



Questionada sobre a situação em Sepetiba, a Secretaria municipal de Saúde não informou o motivo da falta de médicos nas unidades. Em nota, a secretaria disse apenas que está em fase de contratação de pessoal, sem estabelecer prazo para a regularização do atendimento.



A secretaria informou ainda que está construindo uma UPA na região. A unidade deve ficar pronta até o final do ano.



Quanto à Clínica da Família Valéria Gomes Esteves, a nota explicou que, por fazer parte da Estratégia de Saúde da Família, a unidade continuará sem atender os moradores que não façam parte de sua área de atuação.





Confira a nota com a resposta da Secretaria municipal de Saúde na íntegra:



A Zona Oeste ganhou nos últimos dois anos 24 novas unidades de saúde, sendo 21 e 3 Upas. Somente na área de Santa Cruz, Paciência e Sepetiba foram 11 Clínicas da Família. A região que conta com uma população de 389 mil habitantes, mais que triplicou a cobertura de Saúde da Família, passando de 23%, para 83%. A meta é chegar a 100% de cobertura em 2012. Considerada no passado o grande vazio sanitário da cidade, a área não recebia novas unidades há quase três décadas.



A SMSDC está construindo uma UPA no bairro, que deverá entrar em funcionamento até o final do ano. A unidade oferecerá assistência de urgência e emergência para cerca de 150 mil pessoas, ampliando a rede de saúde da área.



O Posto de Saúde Waldemar Berardinelli, que atende a comunidade do Alagados, foi demolido, pois estava com a estrutura condenada, estando funcionando provisoriamente em imóvel alugado. Uma nova unidade será construída próxima à atual para substituir o imóvel alugado. A SMSDC está em fase de contratação para reforçar o quadro de profissionais do Posto de Saúde.



As clínicas da família trabalham com a Estratégia de Saúde da Família, dentro do conceito de territorialização, com área de abrangência, população definida e atendimento personalizado, com foco na prevenção e promoção da saúde.



Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/posto-de-saude-da-familia-de-sepetiba-nao-tem-medico-limita-atendimento-de-pacientes-em-outras-unidades-3226768.html#ixzz0Wmy27ObA

MT: Ato condena privatização da Saúde em Cuiabá

Manifestantes criticam "estadualização" do Pronto-Socorro da Capital; secretário e prefeito Galindo na mira


Ontem, em ato contra a privatização do Pronto-Socorro de Cuiabá, representantes de sindicatos e centros acadêmicos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), profissionais e estudantes da área da Saúde e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), se mobilizaram em frente à unidade para "abraçar" o hospital.

Gritando palavras de ordem, membros da sociedade civil organizada protestavam contra a intervenção do Estado na gestão do Pronto-Socorro, pois temem uma piora no atendimento à população, caso o Governo estadual contrate uma Organização Social (OS) para gerir a unidade de Saúde.

Essas organizações são responsáveis pelas de hospitais regionais em Mato Grosso, graças a um projeto defendido pelo secretário de Saúde do Estado, Pedro Henry, apesar de a Justiça ter barrado as ações.

Profissionais da Saúde manifestaram preocupação pela qualidade do atendimento oferecido pelas OSS à população, que não seguiria um regime integral, mas sim de metas, e temem que o Pronto-Socorro precise fechar as portas e negar atendimento, caso seja privatizado.

Para o vereador Lúdio Cabral (PT), presente no ato, a possível privatização do Pronto-Socorro, por meio de contratação de OS, fará com que o município viva um retrocesso de quase 20 anos, uma vez que apenas assumiu a gestão do hospital em 1992.

"O município está sendo negligente, assumindo que é incompetente para gerir a Saúde Pública. O que eles (governos municipal e estadual) não entendem é que essa privatização é uma medida imediatista, uma bomba-relógio que tem data marcada para explodir", afirmou o petista.

Lúdio Cabral ressaltou as perdas financeiras que o Município irá sofrer, caso transfira a gestão do PS para o Estado. Segundo o vereador, o orçamento do Governo Municipal para a Saúde, em 2012, é de R$ 352 milhões. Deste montante, R$ 128 milhões são repassados fundo a fundo pelo Ministério da Saúde, para custeio do atendimento de média e alta complexidade.

"Nesse valor já está compreendido uma parcela para atender a demanda do interior do Estado", disse o vereador.

Segundo o petista, o Estado repassa para Cuiabá R$ 50 milhões para custear os atendimentos de urgência e emergência no hospital e, assumindo a gestão do PS, passaria a contar com mais R$ 60 milhões do valor repassado pelo Ministério da Saúde para pagar a OS contratada para gerir a unidade.

"O custo para contratação de uma OS, para atender casos de baixa complexidade, custa três vezes mais do que o necessário para custear atendimentos de média e alta complexidade no Pronto-Socorro. Sem contar que o hospital oferece 600 leitos via SUS, contra 62 leitos via OS", reclamou.

O vereador criticou ainda o valor recebido pelo Hospital Metropolitano, afirmando que a unidade recebe mais recursos do que os hospitais que atendem pelo SUS.

Ele ainda ressaltou que a privatização de unidades públicas de saúde vai contra o que diz a Constituição, citando ainda a determinação dada pelo Ministério Público Federal (MPF) ao Estado para que reassuma a gestão do Metropolitano dentre de três meses, por não estar atingindo as metas prometidas.

"Parece que a Justiça não existe. Impressiona-me o comportamento do governador (Silval Barbosa). A população elegeu um governador que tinha um plano de governo que previa o fortalecimento da saúde pública, o que não está sendo cumprido", afirmou.

Condições de trabalho

Uma das preocupações também levantadas pelos profissionais da saúde é o regime de contratação adotado pelas Organizações Sociais, que dispensam a realização de concursos públicos.

"É um tipo de convênio que obriga os médicos recém-formados a procurarem trabalho no interior do Estado. Servidor público tem que ser contratado via concurso, e as OSS não garantem concurso público", reclamou a presidente do Sindicado dos Médicos (Sindmed), Elza Queiróz.

Elza afirmou ainda que as opiniões dos conselhos e conferências de saúde realizados no Estado não estão sendo respeitadas e que espera que a 7ª Conferência Nacional de Saúde, que será realizada no dia 30 de novembro, possa mudar o quadro da situação no Estado.

"Vamos levar para lá esse caso das OSS de Mato Grossop, para ser discutido", afirmou.

A presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), Dalva Neves, afirmou que a entidade também é contra a contratação de OS para gerir o Pronto-Socorro pelas condições de trabalho e de atendimento que esse tipo de organização oferece.

Ela ainda ressaltou a falta de equipamentos e de estrutura apresentada pela unidade nas diversas visitas de fiscalização realizada pelo CRM.

"A população tem que ter um atendimento com dignidade. Aqui a situação é precária. A UTI Neo-Natal está fechada desde maio para reforma e até agora nada foi feito. Falta investimento. O Pronto-Socorro bem gerido e com recursos fiscalizados, tem solução. Será que todo esse dinheiro (dos repasses para a saúde) estão chegando ao Pronto-Socorro?", questionou a presidente.

População indignada

Internado há quase seis meses no Pronto-Socorro aguardando uma cirurgia, após ter sofrido um acidente de moto, Luiz Monteiro, 58, fez questão de ir, de muletas, até a frente do hospital para falar sobre a situação caótica enfrentada e assistida diariamente na unidade.

"Não tem condições de atender ninguém. Cadê os direitos humanos? Parece que aqui só vai resolver fechando", desabafou. (Lislaine dos Anjos – Midia News)

sábado, 12 de novembro de 2011

SP: Câncer - Falta de medicamentos em Paulínia

Falta de remédios interrompe tratamento de pacientes de câncer


Prefeitura informou que problema foi provocado pelo aumento da demanda

Pacientes que fazem tratamento de câncer em Paulínia ficaram pelo menos 20 dias sem serem submetidos à quimioterapia, devido a falta de medicamento na rede pública. A Secretaria Municipal de Saúde reconhece que, dos 35 medicamentos que o Centro de Oncologia oferece, quatro medicamentos de quimioterapia estão em falta.

A secretaria nega que a falta dos medicamentos seja provocada pela falta de pagamento e a justificativa é que houve aumento de demanda nos últimos 30 dias.

A situação começou a se normalizar nesta quarta-feira (9) e, segundo a secretaria, os pacientes que tiveram o tratamento interrompido desde 18 de outubro, estão sendo chamados para buscar os medicamentos.

No dia 24 de novembro, a prefeitura vai fazer um novo pregão eletrônico para escolha do laboratório que vai fornecer os remédios. (EPTV)

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

SP: Família acusa médico de negligência

Paciente foi atendido e liberado 2 vezes; santa casa vai investigar o caso


A família de um homem de 35 anos, que morreu na manhã desta quarta-feira (9), na Santa Casa de Santa Rita do Passa Quatro, acusa um médico de negligência. O hospital vai investigar o caso.

De acordo com familiares, na terça-feira (8), Randal Claro Silva esteve na santa casa duas vezes reclamando de fortes dores no peito. Nas ocasiões, ele foi atendido e liberado pelo mesmo médico.

Segundo parentes da vítima, Silva fez um eletrocardiograma no primeiro atendimento e recebeu uma aplicação de soro no segundo.

O médico disse que se tratava de uma gastrite, apesar disso o paciente não melhorou. Ele voltou ao local na manhã desta quarta-feira (9), mas não resistiu e morreu minutos depois.

Um boletim de ocorrência por morte suspeita foi registrado.

Em nota, a santa casa informou que realizou os procedimentos necessários e que a conduta médica nos atendimentos será investigada de acordo com as normas do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp).

A reportagem da EPTV tentou contato com o médico que fez o atendimento, mas não conseguiu.

Confira a nota na íntegra:

Comunicado A Respeito do Atendimento ao Sr. Randal Claro Silva

Comunicamos que o paciente Randal Claro Silva foi atendido pela Santa Casa de Santa Rita do Passa Quatro em 8/11/2011 as 12:55h, através do Pronto Atendimento. Foi para casa e retornou as 19:30h. Às 5:52h do dia 09/11/2011 deu entrada novamente com sinais vitais inaudíveis, sendo constatado o óbito as 6:10h. Informamos ainda que esta instituição realizou todos os procedimentos e utilizou todos os recursos disponíveis, através de sua equipe de funcionários administrativos, enfermagem e profissional médico de plantão. Quaisquer dúvidas acerca da conduta médica nos atendimentos, será apurada de acordo com as normas do Cremesp.

Mário Lira Jr - Diretor Administrativo

Santa Casa de Santa Rita do Passa Quatro-SP (EPTV)

SP: Médicos de Sorocaba contra terceirização de UTI

Secretaria de Estado nega e fala que estuda convênio com entidade filantrópica para ampliar leitos


A informação de que o setor da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS) -- do qual o Hospital Regional faz parte -- poderia ser terceirizado, para possibilitar o aumento de leitos do local dos atuais dez para trinta, deixou os médicos do local receosos quanto à manutenção de seus empregos. Com isso, eles procuraram o Sindicato dos Médicos de Sorocaba e região, que, conforme o seu presidente Antônio Sérgio Ismael, se diz contra a determinação e ainda está para decidir qual atitude será tomada. Porém a Secretaria de Estado de Saúde, que administra o CHS, nega esse fato e informa que está estudando a possibilidade de firmar um convênio com uma entidade filantrópica, sem fins lucrativos, para poder dispor de mais profissionais trabalhando naquela área.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos de Sorocaba e região, o próprio interventor e diretor do CHS, Luís Cláudio Azevedo Silva, teria informado aos médicos do Hospital sobre a terceirização da UTI na semana passada. "Por enquanto não tenho mais informações, mas o interventor disse isso", relata Ismael, dizendo ainda que a entidade se declara totalmente contra essa possível decisão. "A princípio achamos que é complicado fazer uma terceirização, pois o hospital já está todo retalhado", alega o presidente do sindicato, se referindo a alguns setores do Regional que já foram terceirizados.

Apesar de ter declarado que o sindicato não admite "qualquer tipo de terceirização", Ismael revela que está esperando uma confirmação dessa informação para poder decidir qual atitude será tomada. Segundo o presidente, os médicos procuraram a entidade, por estarem temendo por seus empregos. "Mas o interventor teria dito que os médicos da UTI seriam transferidos para outros setores", ressalta.

A diretora da regional de Sorocaba do Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (SindSaúde), Maria do Amparo, também foi procurada pela reportagem para comentar a possível terceirização, porém afirmou que não estava sabendo sobre o assunto. "A informação que temos é que a UTI tem poucos leitos para o número de atendimentos que o hospital precisa realizar", diz. Segundo ela, uma reunião com a equipe de funcionários do CHS foi marcada para amanhã -- o horário ainda será definido --, quando os diversos problemas encontrados no hospital serão discutidos.

A Secretaria de Estado da Saúde, por meio de sua assessoria, alega que, para poder ampliar o número de leitos, estaria estudando a possibilidade de firmar um convênio com alguma entidade filantrópica, que ficaria incumbida de enviar os profissionais necessários para realizar os atendimentos, além dos já existentes no hospital. "Estamos precisando de funcionários, por isso estamos estudando essa possibilidade", assegura. Segundo a pasta, se fosse ser realizado um concurso público para a contratação de profissionais, isso demoraria "no mínimo" seis meses, por conta de todos os processos burocráticos que ele acarreta. "A nossa intenção é aumentar o número de vagas para a UTI e ajudar a população o quanto antes", garante a secretaria.

20 leitos a mais

O anúncio de que o Conjunto Hospitalar de Sorocaba teria um aumento de 20 leitos na UTI - passando para 30, em sua totalidade - foi feito pelo interventor e diretor, Luís Cláudio Azevedo Silva, em setembro deste ano. Segundo ele, essa seria uma das ações a serem tomadas, dentro de um plano emergencial, para poder zerar a fila de espera dos pacientes, além de "recuperar a imagem e a credibilidade" da instituição.

De acordo com a assessoria da Secretaria de Estado da Saúde, o espaço para receber esses leitos será o mesmo disposto atualmente no Hospital Regional, que deverá sofrer somente algumas adaptações. O interventor e diretor sinalizou, na época do anúncio, que esse aumento de leitos seria feito até o final deste ano. Porém, a assessoria da Secretaria de Estado da Saúde afirmou ontem que não há uma data definida para isso, já que ainda estuda a possibilidade do convênio com uma entidade ou a realização de um concurso público para a contratação de demais profissionais. (André Moraes - Jornal Cruzeiro do Sul)

MT: Manifestantes reclamam da mudança de gestão

A previsão é de que o hospital seja estadualizado já no início de 2012


A proposta de passar a gestão do Pronto-Socorro de Cuiabá (PSC) para uma organização de social de saúde (OSS) a partir da estadualização da maior unidade hospitalar de urgência e emergência de Mato Grosso, foi alvo de protesto ontem pela manhã. Os manifestantes afirmam que o Estado e o governo municipal estão “passando por cima do controle social”.

“O Conselho Municipal de Saúde não aprovou a cessão de bens, dos equipamentos, do prédio e da gestão do pronto-socorro”, afirmou Maria Ângela Martins, representante da CMS. A previsão é de que o pronto-socorro seja estadualizado já no início de 2012.

Além de lideranças sindicais, estudantes de enfermagem, de medicina, profissionais da área, ex-secretários municipais e estaduais de saúde engrossaram o protesto. Entre eles estava o ex-secretário de Saúde, Luiz Soares, que integra o “movimento em defesa da saúde pública e de qualidade”.

“A Santa Casa, o Santa Helena e o Hospital Geral são contratados pela mesma tabela do SUS. O próprio pronto-socorro recebe pela tabela. Não é justo ou certo pagar quatro vezes para uma OSS. Se tem dinheiro para colocar no privado, então tem dinheiro para investir no que é público e melhorar o pronto-socorro”, argumentou. Soares esteve à frente da pasta por duas vezes, entre os anos de 2001 e 2004 e 2008 a 2009.

No entendimento de Soares, a proposta pode levar ao sucateamento do sistema público. “Quem defende as OSS defende o sucateamento do serviço público para favorecer interesses da iniciativa privada”, disse.

Presidente do Sindicato dos Médicos, Elza Queiroz reforça que a população não foi consultada sobre a mudança. “A proposta não foi debatida e estão passando por cima do controle social”, afirmou.

Já a presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM/MT), Dalva Alves, lembrou que a unidade que atende casos de urgência e emergência funciona sem as condições adequadas, prejudicando o trabalho do profissional da área medica e a assistência aos pacientes.

“O pronto-socorro funciona em condições precárias. Desde maio a UTI neo-natal foi fechada e até hoje não foi reformada; faltam médicos e vários estão pedindo demissão por conta dessa precariedade”, afirmou. Segundo os manifestantes, além de fechar a UTI neo-natal do PS, os equipamentos foram repassados para um hospital conveniado ao SUS.

Internado no pronto-socorro, o autônomo Luiz Monteiro, de 58 anos, fez questão de se aproximar do portão da unidade para conversar com a imprensa que acompanhava a manifestação. “Estou internado há seis meses, cheguei a ser transferido e tive que voltar e até hoje não realizaram a cirurgia que preciso. Não tem médico nem para avaliar”, reclamou, mostrando a perna esquerda que precisa passar pelo procedimento cirúrgico.

A reportagem do Diário tentou falar por telefone com a Secretaria Municipal (SMS) sobre o assunto, mas não conseguiu. A assessoria de imprensa alegou que os responsáveis estavam em reunião e que não foi possível manter contato com o diretor da PS. (JOANICE DE DEUS - Diário de Cuiabá)

SP: Família acusa médico de negligência

Paciente foi atendido e liberado 2 vezes; santa casa vai investigar o caso


A família de um homem de 35 anos, que morreu na manhã desta quarta-feira (9), na Santa Casa de Santa Rita do Passa Quatro, acusa um médico de negligência. O hospital vai investigar o caso.

De acordo com familiares, na terça-feira (8), Randal Claro Silva esteve na santa casa duas vezes reclamando de fortes dores no peito. Nas ocasiões, ele foi atendido e liberado pelo mesmo médico.

Segundo parentes da vítima, Silva fez um eletrocardiograma no primeiro atendimento e recebeu uma aplicação de soro no segundo.

O médico disse que se tratava de uma gastrite, apesar disso o paciente não melhorou. Ele voltou ao local na manhã desta quarta-feira (9), mas não resistiu e morreu minutos depois.

Um boletim de ocorrência por morte suspeita foi registrado.

Em nota, a santa casa informou que realizou os procedimentos necessários e que a conduta médica nos atendimentos será investigada de acordo com as normas do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp).

A reportagem da EPTV tentou contato com o médico que fez o atendimento, mas não conseguiu.

Confira a nota na íntegra:

Comunicado A Respeito do Atendimento ao Sr. Randal Claro Silva

Comunicamos que o paciente Randal Claro Silva foi atendido pela Santa Casa de Santa Rita do Passa Quatro em 8/11/2011 as 12:55h, através do Pronto Atendimento. Foi para casa e retornou as 19:30h. Às 5:52h do dia 09/11/2011 deu entrada novamente com sinais vitais inaudíveis, sendo constatado o óbito as 6:10h. Informamos ainda que esta instituição realizou todos os procedimentos e utilizou todos os recursos disponíveis, através de sua equipe de funcionários administrativos, enfermagem e profissional médico de plantão. Quaisquer dúvidas acerca da conduta médica nos atendimentos, será apurada de acordo com as normas do Cremesp.

Mário Lira Jr - Diretor Administrativo

Santa Casa de Santa Rita do Passa Quatro-SP (EPTV)

Metade dos futuros médicos não sabe avaliar radiografia

Prova do Cremesp mostra que alunos do sexto ano de faculdades no Estado não estão preparados para a profissão


Dos 418 participantes, 191 foram reprovados no teste, que tem 'questões básicas', segundo o conselho

Quase metade dos estudantes do último ano de medicina em São Paulo não sabe interpretar uma radiografia e fazer um diagnóstico após receber as informações dos pacientes.

Metade também indicaria o tratamento errado para infecção na garganta, meningite e sífilis e não é capaz de identificar uma febre alta como fator que eleva o risco de infecção grave em um bebê.

Os dados são parte dos resultados de uma prova aplicada pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina) a alunos do sexto ano de 25 faculdades do Estado. A prova, opcional, mostrou que 46% dos formandos não sabem conteúdos básicos e, por isso, não estão preparados para a profissão.

Participaram 418 alunos. Foram reprovados 191, que acertaram menos do que 60% das 120 questões objetivas. Ninguém acertou todas. "Não é uma prova para especialistas. São questões básicas", diz o presidente do Cremesp, Renato Azevedo Jr.

Para José Bonamigo, da Associação Médica Brasileira, o resultado reflete as más condições de faculdades no país. "É uma prova que visa medir conhecimento básico de doenças frequentes. São questões que, se um médico não vê todo dia, vê toda semana." O exame, aplicado desde 2005, já teve 4.821 participantes: 2.250 foram reprovados. A reprovação se mantém alta -43% em 2010-, mas a participação cai a cada ano.

Nenhum aluno de três universidades, entre elas a USP, participou neste ano. Arthur Danila, 23, que acaba de se formar na USP, recusou o convite por não concordar com a prova. "Não avalia pontos importantes, como o corpo docente e a própria faculdade." (NATÁLIA CANCIAN e REYNALDO TUROLLO JR - Folha de S.Paulo)