Alertar para a banalidade de mortes por erros médicos. Não estamos aqui para denegrir a imagem dos profissionais da saúde.Estamos sim valorizando aquele profissional que trabalha por vocação,cuja a dedicação é a valorização do ser humano e da vida.Caso você tenha sido vítima,não se cale!!Divulgue aqui!!Contato:machadosandro729@gmail.com
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
sábado, 15 de dezembro de 2012
Saiba por que a Grã-Bretanha tem um dos melhores sistemas de saúde
Segundo a OMS, enquanto no Brasil apenas 44% dos gastos com a saúde são bancados pelos cofres públicos, na Grã-Bretanha o governo chega a cobrir 83% das despesas médicas e hospitalares.
O Jornal Nacional está apresentando, nesta semana, uma série de reportagens sobre a formação dos médicos no Brasil, mas nesta quinta-feira (13) o assunto é o ensino de medicina na Grã-Bretanha: um país que tem um dos melhores sistemas públicos de saúde do mundo.
O laboratório é a sala de aula. Nenhum aluno se forma em medicina na Grã-Bretanha sem fazer muita, muita pesquisa. Por isso, todas as universidades do país investem pesado em tecnologia de ponta.
O professor Gerome Breen, do laboratório de psiquiatria da universidade King's College, explica que faculdades e hospitais trabalham integrados no local, e o aluno pesquisa e pratica desde o primeiro dia de aula. Assim, segundo ele, quando o estudante termina o curso, é mais do que um simples médico, é um jovem cientista. E o mais importante: já está empregado.
No NHS os salários começam na faixa equivalente a R$ 15 mil por mês. No topo da carreira, por volta dos 40 anos de idade, o médico chega a ganhar R$ 40 mil mensais. Com salários equiparados, muitos até preferem ir para o interior, onde o custo de vida é mais baixo e dá para fazer mais economia.
“Para mim não faz nenhuma diferença trabalhar na capital ou no interior”, diz um estudante. “Longe dos grandes centros pode ser desafiador, uma boa oportunidade para desenvolver algo novo”, conclui.
Professores e estudantes destacam outra característica decisiva do ensino na Grã-Bretanha. No lugar só existem 31 faculdades de medicina para uma população de 60 milhões de habitantes.
“Qualidade não tem nada a ver com quantidade”, garante o professor Breen. Segundo ele, o importante é ter bons e não muitos profissionais, nem sempre à altura do que o cargo exige.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), na Grã-Bretanha tem quase três médicos para cada mil habitantes, e praticamente não há filas nos postos e nem nos hospitais.
Ainda segundo a OMS, enquanto no Brasil apenas 44% dos gastos com a saúde são bancados pelos cofres públicos, na Grã-Bretanha o governo chega a cobrir 83% das despesas médicas e hospitalares.
São poucos os profissionais que arriscam trocar o garantido NHS pelo cada vez mais competitivo sistema privado. Em Londres, os médicos particulares têm endereço nobre, Harley Street. Nessa rua de dois quilômetros, com clínicas dos dois lados, o Jornal Nacional encontrou o Dr. Milton Maltz. Há 33 anos, recém-formado, ele saiu do Rio Grande do Sul para se especializar em cardiologia em uma das melhores universidades de Londres. Graças às notas, foi convidado a ficar. Depois de 20 anos trabalhando para o NHS, arriscou-se na medicina privada. Mas nem por isso tem vida fácil.
''Eu tenho que fazer 50 horas por ano de estudos, tenho que ir para aulas, sou testado todos os anos pela Comunidade Médica de Londres. Você até tem que pegar referência do banco que você tem conta”, detalha ele.
Um sistema de saúde onde todo médico faz questão de trabalhar, e que serve de exemplo para o mundo. Honesto, eficiente, sobretudo, saudável.
fonte G1 Veja a reportagem no link abaixo:
http://glo.bo/UEzsQv
O Jornal Nacional está apresentando, nesta semana, uma série de reportagens sobre a formação dos médicos no Brasil, mas nesta quinta-feira (13) o assunto é o ensino de medicina na Grã-Bretanha: um país que tem um dos melhores sistemas públicos de saúde do mundo.
O laboratório é a sala de aula. Nenhum aluno se forma em medicina na Grã-Bretanha sem fazer muita, muita pesquisa. Por isso, todas as universidades do país investem pesado em tecnologia de ponta.
O professor Gerome Breen, do laboratório de psiquiatria da universidade King's College, explica que faculdades e hospitais trabalham integrados no local, e o aluno pesquisa e pratica desde o primeiro dia de aula. Assim, segundo ele, quando o estudante termina o curso, é mais do que um simples médico, é um jovem cientista. E o mais importante: já está empregado.
saiba mais
Todos os médicos no país, quando deixam a universidade, trabalham para o NHS, sigla inglesa que define o sistema nacional hospitalar, equivalente ao SUS no Brasil. Só que o NHS é considerado o melhor sistema de saúde pública do mundo. Permite que os profissionais continuem estudando, se aprimorando. Paga bem. E o mais importante: é o mesmo salário para quem trabalha na capital, Londres, em uma cidade de porte médio ou em um pequeno município isolado. Assim, há bons médicos espalhados por todo o país.No NHS os salários começam na faixa equivalente a R$ 15 mil por mês. No topo da carreira, por volta dos 40 anos de idade, o médico chega a ganhar R$ 40 mil mensais. Com salários equiparados, muitos até preferem ir para o interior, onde o custo de vida é mais baixo e dá para fazer mais economia.
“Para mim não faz nenhuma diferença trabalhar na capital ou no interior”, diz um estudante. “Longe dos grandes centros pode ser desafiador, uma boa oportunidade para desenvolver algo novo”, conclui.
Professores e estudantes destacam outra característica decisiva do ensino na Grã-Bretanha. No lugar só existem 31 faculdades de medicina para uma população de 60 milhões de habitantes.
“Qualidade não tem nada a ver com quantidade”, garante o professor Breen. Segundo ele, o importante é ter bons e não muitos profissionais, nem sempre à altura do que o cargo exige.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), na Grã-Bretanha tem quase três médicos para cada mil habitantes, e praticamente não há filas nos postos e nem nos hospitais.
Ainda segundo a OMS, enquanto no Brasil apenas 44% dos gastos com a saúde são bancados pelos cofres públicos, na Grã-Bretanha o governo chega a cobrir 83% das despesas médicas e hospitalares.
São poucos os profissionais que arriscam trocar o garantido NHS pelo cada vez mais competitivo sistema privado. Em Londres, os médicos particulares têm endereço nobre, Harley Street. Nessa rua de dois quilômetros, com clínicas dos dois lados, o Jornal Nacional encontrou o Dr. Milton Maltz. Há 33 anos, recém-formado, ele saiu do Rio Grande do Sul para se especializar em cardiologia em uma das melhores universidades de Londres. Graças às notas, foi convidado a ficar. Depois de 20 anos trabalhando para o NHS, arriscou-se na medicina privada. Mas nem por isso tem vida fácil.
''Eu tenho que fazer 50 horas por ano de estudos, tenho que ir para aulas, sou testado todos os anos pela Comunidade Médica de Londres. Você até tem que pegar referência do banco que você tem conta”, detalha ele.
Um sistema de saúde onde todo médico faz questão de trabalhar, e que serve de exemplo para o mundo. Honesto, eficiente, sobretudo, saudável.
fonte G1 Veja a reportagem no link abaixo:
http://glo.bo/UEzsQv
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Bebê sofre queimaduras por erro hospitalar em SP
http://www.band.com.br/jornaldaband/conteudo.asp?ID=100000560592
Fonte:Jornal da band.
Um bebê recém-nascido sofreu queimaduras graves por causa do erro de uma enfermeira em posto de saúde em Mauá, na Grande São Paulo. O medicamento usado para cicatrizar o umbigo se espalhou pelo corpo da criança e provocou ferimentos
Maria Eduarda, de apenas 14 dias, ficou com uma queimadura extensa que vai da barriga até a perna. Quando tinha seis dias de vida, por recomendação médica, uma enfermeira aplicou nitrato de prata em bastão para cauterizar o umbigo da criança.
A mãe acompanhou o procedimento, que deveria se repetir por uma semana. Na segunda aplicação, no entanto, algo deu errado e a menina chegou em casa com a queimadura.
A Secretaria de Saúde do município abriu processo administrativo para apurar o erro. A enfermeira foi afastada até a conclusão da investigação.
Fonte:Jornal da band.
Um bebê recém-nascido sofreu queimaduras graves por causa do erro de uma enfermeira em posto de saúde em Mauá, na Grande São Paulo. O medicamento usado para cicatrizar o umbigo se espalhou pelo corpo da criança e provocou ferimentos
Maria Eduarda, de apenas 14 dias, ficou com uma queimadura extensa que vai da barriga até a perna. Quando tinha seis dias de vida, por recomendação médica, uma enfermeira aplicou nitrato de prata em bastão para cauterizar o umbigo da criança.
A mãe acompanhou o procedimento, que deveria se repetir por uma semana. Na segunda aplicação, no entanto, algo deu errado e a menina chegou em casa com a queimadura.
A Secretaria de Saúde do município abriu processo administrativo para apurar o erro. A enfermeira foi afastada até a conclusão da investigação.
Investimento em tecnologia com professores dedicados diferencia faculdades de medicina
Investimento em tecnologia com professores dedicados diferencia faculdades de medicina.
http://g1.globo.com/jornal-nacional/videos/t/edicoes/v/investimento-em-tecnologia-com-professores-dedicados-diferencia-faculdades-de-medicina/2291272/
http://g1.globo.com/jornal-nacional/videos/t/edicoes/v/investimento-em-tecnologia-com-professores-dedicados-diferencia-faculdades-de-medicina/2291272/
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
Veja como está a situação dos médicos em Rondônia
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Treze mil médicos são diplomados ao ano, mas faltam profissionais
O Jornal Nacional mostrou, na semana passada, que mais da metade dos recém-formados nas faculdades de medicina de São Paulo foi reprovada num exame do conselho regional da categoria. Nesta semana, o Jornal Nacional vai apresentar uma série de reportagens sobre a formação dos médicos no Brasil. Um país em que a maioria dos estados ainda carece de profissionais.
A cada ano no Brasil quase 13 mil alunos se formam em medicina segundo o Ministério da Educação. Mas, às vezes quando mais se precisa de um médico, ele não está lá. Mesmo numa cidade como São Paulo.
Temos no país 371 mil médicos e o problema, segundo a categoria, não é a falta, mas a má distribuição deles.
“Há uma concentração excessiva nas capitais e no litoral. Veja que na Região Sul, Sudeste, nos temos 70, em torno de 70% dos médicos do país. E na região Norte, temos o menor numero de médicos e, assim mesmo, uma grande maioria concentrado nas capitais”, afirmou Roberto D'ávila, presidente do Conselho Federal de Medicina.
O governo discorda, diz que faltam sim médicos no Brasil e critica as entidades de classe.
“Sob o pretexto que não é possível formar com qualidade, não apoiam a formação de novos médicos. Nós temos é que buscar garantir a qualidade, mas faltam médicos no Brasil”, ressaltou Aloizio Mercadante, ministro da Educação.
O ministro mira em países como Portugal e Argentina, que tem mais de três médicos por mil habitantes. Por aqui os números variam, mas temos menos que dois por mil.
Para chegar a 2,5 em 2020, foi criado o Plano Nacional de Educação Médica, lançado em agosto de 2011 durante a inauguração de uma nova faculdade em Garanhuns, Pernambuco.
“O nosso objetivo é aumentar em 4,5 mil o numero de médicos formados ao ano. E também interiorizar os cursos de medicina, mantendo um elevado padrão de qualidade”, disse Dilma Rousseff na ocasião.
Passar numa boa faculdade pública de medicina é um grande desafio. Em Garanhuns, no agreste de Pernambuco, não é diferente. No primeiro vestibular, cada vaga foi disputada por 56 candidatos. Quem passou só não sabia que depois teria que fazer muito mais do que estudar.
Logo de cara, eles fizeram greve para conseguir um laboratório, mas ainda falta de tudo: cadáveres para o estudo de anatomia? Não tem. A biblioteca? Não está completa. É um não atrás do outro. Laboratório de Habilidades? Não tem ainda. Biotério? Pesquisa? Também não. O que deveria ser um hospital-escola. Também não é.
“Esse hospital não tem condições de receber o estudante de medicina devido à falta de profissionais”, disse Carlos Roberto de Fraga, presidente do Centro Acadêmico.
O diretor da faculdade reconhece que a correria não ajudou.
“Nós tivemos 6 meses pra estruturação, vamos dizer assim, dessa parte inicial e aí atrasou o edital do concurso”, afirmou Pedro Falcão, diretor da Faculdade de Medicina de Garanhuns.
Com professores temporários, sem a necessária dedicação exclusiva, os alunos temem pelo futuro do curso, que é uma extensão da universidade estadual.
Há 20 anos o Brasil tinha 83, hoje tem 197 faculdades de medicina. É mais que Estados Unidos, que a China. No mundo só perdemos para a índia que tem 272 escolas médicas.
A expansão foi sentida por faculdades particulares tradicionais como a Gama Filho, do Rio de Janeiro, que alega ter perdido espaço no mercado, a chance de ter mais alunos, diante da proliferação de faculdades privadas mais baratas e de acesso mais fácil.
“Nós tivemos o problema da crise de concorrência no mercado, concorrência predatória. O impacto foi muito violento, foi muito forte”, revelou Gilberto Chaves, pró-reitor de saúde da Universidade Gama Filho.
O impacto foi sentido na Santa Casa, que é o hospital conveniado, onde há mais de 40 anos os alunos da Gama Filho aprendem toda a parte prática do curso. Para cortar gastos, 140 professores da Gama Filho, que eram também médicos da Santa Casa. foram demitidos.
No meio de enfermaria, uma aula reúne alunos de vários períodos. Essa é a união da medicina teórica com a prática. Uma cena que deveria se repetir várias vezes por dia, na Santa Casa do Rio de Janeiro. Mas não é o que acontece
Para que pacientes e alunos não fossem totalmente abandonados, 40 médicos permaneceram dando aula de graça.
http://glo.bo/X25PJ0
FONTE G1:
A cada ano no Brasil quase 13 mil alunos se formam em medicina segundo o Ministério da Educação. Mas, às vezes quando mais se precisa de um médico, ele não está lá. Mesmo numa cidade como São Paulo.
Temos no país 371 mil médicos e o problema, segundo a categoria, não é a falta, mas a má distribuição deles.
“Há uma concentração excessiva nas capitais e no litoral. Veja que na Região Sul, Sudeste, nos temos 70, em torno de 70% dos médicos do país. E na região Norte, temos o menor numero de médicos e, assim mesmo, uma grande maioria concentrado nas capitais”, afirmou Roberto D'ávila, presidente do Conselho Federal de Medicina.
O governo discorda, diz que faltam sim médicos no Brasil e critica as entidades de classe.
“Sob o pretexto que não é possível formar com qualidade, não apoiam a formação de novos médicos. Nós temos é que buscar garantir a qualidade, mas faltam médicos no Brasil”, ressaltou Aloizio Mercadante, ministro da Educação.
O ministro mira em países como Portugal e Argentina, que tem mais de três médicos por mil habitantes. Por aqui os números variam, mas temos menos que dois por mil.
Para chegar a 2,5 em 2020, foi criado o Plano Nacional de Educação Médica, lançado em agosto de 2011 durante a inauguração de uma nova faculdade em Garanhuns, Pernambuco.
“O nosso objetivo é aumentar em 4,5 mil o numero de médicos formados ao ano. E também interiorizar os cursos de medicina, mantendo um elevado padrão de qualidade”, disse Dilma Rousseff na ocasião.
Passar numa boa faculdade pública de medicina é um grande desafio. Em Garanhuns, no agreste de Pernambuco, não é diferente. No primeiro vestibular, cada vaga foi disputada por 56 candidatos. Quem passou só não sabia que depois teria que fazer muito mais do que estudar.
Logo de cara, eles fizeram greve para conseguir um laboratório, mas ainda falta de tudo: cadáveres para o estudo de anatomia? Não tem. A biblioteca? Não está completa. É um não atrás do outro. Laboratório de Habilidades? Não tem ainda. Biotério? Pesquisa? Também não. O que deveria ser um hospital-escola. Também não é.
“Esse hospital não tem condições de receber o estudante de medicina devido à falta de profissionais”, disse Carlos Roberto de Fraga, presidente do Centro Acadêmico.
O diretor da faculdade reconhece que a correria não ajudou.
“Nós tivemos 6 meses pra estruturação, vamos dizer assim, dessa parte inicial e aí atrasou o edital do concurso”, afirmou Pedro Falcão, diretor da Faculdade de Medicina de Garanhuns.
Com professores temporários, sem a necessária dedicação exclusiva, os alunos temem pelo futuro do curso, que é uma extensão da universidade estadual.
Há 20 anos o Brasil tinha 83, hoje tem 197 faculdades de medicina. É mais que Estados Unidos, que a China. No mundo só perdemos para a índia que tem 272 escolas médicas.
A expansão foi sentida por faculdades particulares tradicionais como a Gama Filho, do Rio de Janeiro, que alega ter perdido espaço no mercado, a chance de ter mais alunos, diante da proliferação de faculdades privadas mais baratas e de acesso mais fácil.
“Nós tivemos o problema da crise de concorrência no mercado, concorrência predatória. O impacto foi muito violento, foi muito forte”, revelou Gilberto Chaves, pró-reitor de saúde da Universidade Gama Filho.
O impacto foi sentido na Santa Casa, que é o hospital conveniado, onde há mais de 40 anos os alunos da Gama Filho aprendem toda a parte prática do curso. Para cortar gastos, 140 professores da Gama Filho, que eram também médicos da Santa Casa. foram demitidos.
No meio de enfermaria, uma aula reúne alunos de vários períodos. Essa é a união da medicina teórica com a prática. Uma cena que deveria se repetir várias vezes por dia, na Santa Casa do Rio de Janeiro. Mas não é o que acontece
Para que pacientes e alunos não fossem totalmente abandonados, 40 médicos permaneceram dando aula de graça.
http://glo.bo/X25PJ0
FONTE G1:
domingo, 9 de dezembro de 2012
Direito e Cidadania: Hospitais são acusados de substituir médicos por e...
Direito e Cidadania: Hospitais são acusados de substituir médicos por e...: Autor(es): SAULO ARAÚJO Correio Braziliense - 27/11/2012 ...
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Exame da Cremesp 2012 reprova mais da metade dos recém-formados em Medicina
Exame da Cremesp 2012 reprova mais da metade dos recém-formados em Medicina
Resultados divulgados nesta quinta-feira, 6, mostram que 54,5% dos estudantes avaliados não acertaram mais de 60% das questões. Avaliação foi boicotada por egressos da Unicamp
André Carvalho- iG São Paulo |
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) divulgou nesta quinta-feira, 6, os resultados do exame destinado a estudantes recém-formados em cursos de medicina no Estado de São Paulo. Realizada desde 2005, a prova era opcional até o ano passado e, pela primeira vez, foi realizada de forma obrigatória.
Dos 2.943 estudantes recém-formados inscritos, 71 não compareceram (2,4 %), 347 se formaram em outro Estado (11,7%) e outros 114 (3,8 %) boicotaram a prova, assinalando em todas as questões a letra “b” ou apresentando respostas inconsistentes. Foram considerados válidos, então, 2.411 exames (81,9 % do total). Apesar do caráter obrigatório da prova, o não comparecimento – e o boicote -, não impedem os estudantes de obterem o registro profissional.
O resultado do exame mostra que mais da metade dos estudantes avaliados, ou 54,5%, foram reprovados, ou seja, não acertaram mais do que 60% das questões. A prova continha 120 questões das seguintes áreas de conhecimento: Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Pediatria, Ginecologia, Obstetrícia, Saúde Mental, Epidemiologia, Ciências Básicas e Bioética.
Para Renato Azevedo Jr., presidente do Cremesp, o resultado do exame é preocupante. “Quem não acertou 60% da prova tem graves problemas na formação e terão problemas no atendimento médico”. Bráulio Luna Filho, coordenador do exame, avalia como “lamentável” os resultados.
Áreas consideradas cruciais para a prática da medicina tiveram média geral de acerto abaixo dos 60%, como Clínica Médica (53,1%) e Saúde Pública (46,1%). Outras áreas de conhecimento avaliadas tiveram as seguintes médias de acerto: Saúde Mental (41%), Pediatria (55,5%), Ginecologia (55,4%), Ciências Básicas (61%), Obstetricía (63,1%), Clínica Cirúrgica (66,7%) e Bioética (66,9%). Os estudantes de faculdades públicas tiveram um índice de acerto de 63,74% de acertos, ao passo que os alunos de instituições de ensino privadas alcançaram um índice de 54,38%.
Em 2010:Prova prática para formados em medicina reprova 68% Em 2011:46% dos formandos não passam em teste do Conselho em SP
Os alunos receberão, confidencialmente, os resultados de seus exames e as universidades, os dados gerais de seus estudantes avaliados, sendo preservada a identidade dos alunos. Não haverá um ranqueamento das instituições que participaram da prova. “Vamos às escolas, conversar, para podermos avaliar como melhorar os cursos. Também iremos enviar um relatório ao Ministério da Educação”, afirma Rento Azevedo. Para ele, é função do MEC, acompanhar e avaliar os estudantes, durante a graduação.
Os alunos que faltaram à prova poderão se justificar e realizar o exame no próximo ano. De acordo com Reinaldo Ayer, coordenador do exame, até a presente data, apenas 2 candidatos dos 71 ausentes ainda não apresentaram uma desculpa formal para o não comparecimento. Segundo ele, caso um aluno não se justifique e não compareça ao exame no ano seguinte, há a possibilidade dele não obter o registro. Já os recém-formados que boicotaram o exame obterão o registro, mas apenas no dia 31 de janeiro, após terem analisados cada caso de forma particular.
O presidente do Cremesp afirma que “um médico recém-formado que tem como a primeira atitude boicotar um exame já começa errando”, completando que o baixo índice de estudantes que boicotaram a prova mostra que tal atitude foi um “fracasso”. Ele afirma, ainda, que não existe uma lei no Brasil que permita que uma avalição barre o registro de novos médicos, tal qual acontece com o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) - há um Projeto de Lei do Senado, (PLS) 217/2004, de autoria do senador Tião Viana (PT-AC), que propõe a instituição do Exame Nacional de Proficiência em Medicina como requisito para o exercício da profissão.
Bráulio Luna é mais enfático nas críticas. “Quem boicota a prova faz parte de uma elite que se recusa a ser avaliada”, afirma. “São pessoas egoístas, que não querem colaborar para a melhoria do ensino de medicina no país”.
O outro lado
Presentes na sede do Cremesp para uma audiência com o presidente Renato Azevedo, estudantes da Unicamp reafirmaram a posição de boicotar o exame.
Elaine Vieira, recém-formada pela Unicamp, boicotou a prova, assinalando a letra “B” em todas as questões, mas respondeu, para sua própria avaliação, as questões, acertando 74% delas. Ela afirma que a “avaliação foi mal elaborada” e não testou a instituição e as competências do médico, “balizando o indivíduo”.
Boicote:Estudantes da Unicamp protestam contra Cremesp
Vieira afirma que “é papel do MEC, e não do Cremesp, avaliar os estudantes que se formam em Medicina”, ressaltando que o ideal seria um teste que avaliasse o aluno ao longo do curso, e não apenas ao término dele.
O estudante do 3º ano da mesma universidade, André Palma, concorda com Vieira. “Queremos uma prova semelhante ao teste progresso, que avalie também o corpo docente e a infra-estrutura da universidade”.
Para ele, o atraso na liberação do registro médico é uma clara punição aos estudantes que boicotaram a prova. Ele afirma que a reunião realizada nesta quinta, após a divulgação dos resultados da avaliação, tem por objetivo “agilizar a liberação da papelada”.
fonte:IG SP
Dos 2.943 estudantes recém-formados inscritos, 71 não compareceram (2,4 %), 347 se formaram em outro Estado (11,7%) e outros 114 (3,8 %) boicotaram a prova, assinalando em todas as questões a letra “b” ou apresentando respostas inconsistentes. Foram considerados válidos, então, 2.411 exames (81,9 % do total). Apesar do caráter obrigatório da prova, o não comparecimento – e o boicote -, não impedem os estudantes de obterem o registro profissional.
O resultado do exame mostra que mais da metade dos estudantes avaliados, ou 54,5%, foram reprovados, ou seja, não acertaram mais do que 60% das questões. A prova continha 120 questões das seguintes áreas de conhecimento: Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Pediatria, Ginecologia, Obstetrícia, Saúde Mental, Epidemiologia, Ciências Básicas e Bioética.
Para Renato Azevedo Jr., presidente do Cremesp, o resultado do exame é preocupante. “Quem não acertou 60% da prova tem graves problemas na formação e terão problemas no atendimento médico”. Bráulio Luna Filho, coordenador do exame, avalia como “lamentável” os resultados.
Áreas consideradas cruciais para a prática da medicina tiveram média geral de acerto abaixo dos 60%, como Clínica Médica (53,1%) e Saúde Pública (46,1%). Outras áreas de conhecimento avaliadas tiveram as seguintes médias de acerto: Saúde Mental (41%), Pediatria (55,5%), Ginecologia (55,4%), Ciências Básicas (61%), Obstetricía (63,1%), Clínica Cirúrgica (66,7%) e Bioética (66,9%). Os estudantes de faculdades públicas tiveram um índice de acerto de 63,74% de acertos, ao passo que os alunos de instituições de ensino privadas alcançaram um índice de 54,38%.
Em 2010:Prova prática para formados em medicina reprova 68% Em 2011:46% dos formandos não passam em teste do Conselho em SP
Os alunos receberão, confidencialmente, os resultados de seus exames e as universidades, os dados gerais de seus estudantes avaliados, sendo preservada a identidade dos alunos. Não haverá um ranqueamento das instituições que participaram da prova. “Vamos às escolas, conversar, para podermos avaliar como melhorar os cursos. Também iremos enviar um relatório ao Ministério da Educação”, afirma Rento Azevedo. Para ele, é função do MEC, acompanhar e avaliar os estudantes, durante a graduação.
Os alunos que faltaram à prova poderão se justificar e realizar o exame no próximo ano. De acordo com Reinaldo Ayer, coordenador do exame, até a presente data, apenas 2 candidatos dos 71 ausentes ainda não apresentaram uma desculpa formal para o não comparecimento. Segundo ele, caso um aluno não se justifique e não compareça ao exame no ano seguinte, há a possibilidade dele não obter o registro. Já os recém-formados que boicotaram o exame obterão o registro, mas apenas no dia 31 de janeiro, após terem analisados cada caso de forma particular.
O presidente do Cremesp afirma que “um médico recém-formado que tem como a primeira atitude boicotar um exame já começa errando”, completando que o baixo índice de estudantes que boicotaram a prova mostra que tal atitude foi um “fracasso”. Ele afirma, ainda, que não existe uma lei no Brasil que permita que uma avalição barre o registro de novos médicos, tal qual acontece com o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) - há um Projeto de Lei do Senado, (PLS) 217/2004, de autoria do senador Tião Viana (PT-AC), que propõe a instituição do Exame Nacional de Proficiência em Medicina como requisito para o exercício da profissão.
Bráulio Luna é mais enfático nas críticas. “Quem boicota a prova faz parte de uma elite que se recusa a ser avaliada”, afirma. “São pessoas egoístas, que não querem colaborar para a melhoria do ensino de medicina no país”.
O outro lado
Presentes na sede do Cremesp para uma audiência com o presidente Renato Azevedo, estudantes da Unicamp reafirmaram a posição de boicotar o exame.
Elaine Vieira, recém-formada pela Unicamp, boicotou a prova, assinalando a letra “B” em todas as questões, mas respondeu, para sua própria avaliação, as questões, acertando 74% delas. Ela afirma que a “avaliação foi mal elaborada” e não testou a instituição e as competências do médico, “balizando o indivíduo”.
Boicote:Estudantes da Unicamp protestam contra Cremesp
Vieira afirma que “é papel do MEC, e não do Cremesp, avaliar os estudantes que se formam em Medicina”, ressaltando que o ideal seria um teste que avaliasse o aluno ao longo do curso, e não apenas ao término dele.
O estudante do 3º ano da mesma universidade, André Palma, concorda com Vieira. “Queremos uma prova semelhante ao teste progresso, que avalie também o corpo docente e a infra-estrutura da universidade”.
Para ele, o atraso na liberação do registro médico é uma clara punição aos estudantes que boicotaram a prova. Ele afirma que a reunião realizada nesta quinta, após a divulgação dos resultados da avaliação, tem por objetivo “agilizar a liberação da papelada”.
fonte:IG SP
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