segunda-feira, 9 de abril de 2012



 



 






                                                                                                                                                               MOBEM-RJ

domingo, 8 de abril de 2012

Polícia identifica mulher que ajudava enfermeira a aplicar silicone no RJ

A polícia já identificou a auxiliar de enfermagem que ajudava uma enfermeira a fazer aplicações de silicone líquido em pacientes na Baixada Fluminense, conforme mostrou o Bom Dia Rio. Pelo menos três mulheres estão internadas com lesões graves provocadas pela aplicação do produto.

A auxiliar de enfermagem ainda não foi ouvida pela polícia, mas outros depoimentos já estão marcados para esta quarta-feira (4). Já a enfermeira vai responder por lesão corporal gravíssima e exercício ilegal da profissão, pois o procedimento que ela fez em várias mulheres só pode ser realizado por médicos.

A polícia investiga se a enfermeira, que chegou a ser presa na sexta-feira (30), mas foi liberada em menos de 24 horas, usava silicone industrial, que é fabricado para carros e até para limpeza de aviões, no lugar do material que é produzido especificamente para tratamentos estéticos.

Imagens gravadas pelo marido de uma das vítimas mostram a técnica e a auxiliar de enfermagem realizando a aplicação na paciente. Ela é uma das três mulheres atendidas que tiveram lesões graves provocadas por infecção. Duas foram internadas em estado grave no Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste, e a terceira no hospital da Polícia Militar, no Estácio, Zona Norte. As três mulheres continuam internadas, com quadro de saúde estável.

Veja a reportagem na íntegra no link abaixo:

http://glo.bo/H8ikfx

Jovem morre esperando cirurgia


Internado havia mais de um mês, Maicon Aparecido Soares não resistiu à espera depois que hospital Leal Jr. devolveu equipamento. Caso foi mostrado por O ITABORAÍ
Por Paula Brito – Foi em clima de muita revolta que Maicon Aparecido Soares, de 22 anos, foi sepultado na tarde de ontem. Depois de ficar um mês internado no Hospital Municipal Desembargador Leal Junior a espera de uma cirurgia de reconstituição facial que não aconteceu, o jovem faleceu na manhã de terça-feira depois de uma parada cardíaca. O caso foi denunciado por O Itaboraí no dia 27 de março

O caso vinha revoltando os familiares desde o dia 3 de março, quando o rapaz sofreu um acidente e foi levado ao hospital, com fratura múltipla dos ossos do rosto. O problema teve início quando o secretário de saúde se recusou a pagar a cirurgia. De acordo com a prefeitura, a operação de Maicon não era de caráter de urgência. “Agora realmente não existe mais urgência nenhuma, meu irmão morreu e nada foi resolvido”, disse uma irmã da vítima, que preferiu não se identificar.
Durante o sepultamento, familiares e amigos usavam uma blusa com a foto do rapaz e a frase: “A felicidade foi embora, mas a saudade no nosso peito ainda mora”. Cerca de 150 pessoas estiveram no Cemitério Municipal de Itambi, onde o corpo foi sepultado às 15 horas em meio de muito choro e revolta. Os moradores afirmavam que a culpa era do prefeito e que essa era mais uma vítima de negligência do Hospital Municipal. “Está satisfeito agora senhor prefeito? Esse é mais um inocente que morre por sua culpa!”, gritavam.
Prontuário - O hospital não liberou o laudo médico nem o prontuário do paciente, mas informou aos familiares que Maicon não foi operado porque era diabético e hipertenso. Mas de acordo com os parentes, o rapaz era saudável e todas as doenças informadas foram adquiridas dentro da unidade municipal. A prima Priscila Knupp, de 22 anos, criticou a posição do hospital e classificou a justificativa como mentirosa.
“É um descaso muito grande, Maicon sempre foi um menino saudável e eles estão dizendo que ele tinha diabetes e hipertensão, não é verdade! Ele teve três paradas cardíacas e infecção pulmonar devido à traqueostomia, trombose na perna esquerda e infecção generalizada e eles só descobriram que ele era diabético e hipertenso agora? Isso é um absurdo, qualquer exame de sangue mostraria isso quando ele foi internado. É tudo mentira! No sábado quando fui visitá-lo, ele estava completamente sedado, ele piorou muito lá dentro. Meu primo só sofreu um acidente e foi levado imediatamente para o Leal Jr, toda doença que eles alegarem, foi adquirida lá dentro. Até hoje não liberaram o prontuário, nós vamos ter que entrar na justiça para que isso seja esclarecido”, afirmou.
De acordo com o laudo do IML, Maicon teve septicemia (infecção generalizada) com evolução para estado mórbido. Um dos principais questionamentos da família foi a respeito da demora na liberação do corpo. “Ele morreu às 11 horas de terça-feira e o corpo dele só foi liberado ao meio dia de quarta”, contou o pai, Romeu José Soares, de 48 anos.
Secretaria abandonada
Casos como esse são corriqueiros no município de Itaboraí. Uma das principais justificativas para o caos na saúde pública do município pode ser a troca constante de secretários. Desde a posse de Sérgio Soares, a Secretaria Municipal de Saúde já passou pelas mãos de 13 pessoas diferentes. As reclamações são inúmeras, não é de hoje que O Itaboraí vem mostrando o descaso com os munícipes - que vão de falta de remédio em postos de saúde, à mortes por negligência médica.
“Até quando as pessoas serão tratadas dessa forma? Precisamos equipar melhor os hospitais e secretarias, essa cidade está abandonada. O Maicon não vai voltar, mas podemos salvar outras vidas. No sábado, cinco pacientes morreram por infecção e nós ficamos desesperados. Eles viam a situação e não faziam nada pra ajudar”, disse Priscila.
O atual secretário, que já foi diretor do hospital Leal Jr, até hoje não se pronunciou sobre o caso. Até o fechamento dessa edição nem a Prefeitura nem a Secretaria de Saúde se pronunciaram a respeito da morte de Maicon.
Polícia – O delegado titular da 71ª DP (Itaboraí), Wellington Vieira, já convidou a mãe e parentes de Maicon para comparecerem à delegacia e ajudarem na investigação do caso. Segundo ele, o diretor-médico Abel Martinês e o secretário de Saúde, Luiz Cezar Faria Alonso, serão intimados para dar explicações a respeito do caso. Ainda segundo ele, um inquérito já foi instaurado a situação já está sendo investigada.
“Mais uma vez, tivemos conhecimento do caso através da imprensa e a delegacia já está investigando sinais de negligencia no hospital. Espero os familiares aqui para que possamos descobrir o que aconteceu com o rapaz”, contou.
“Estava tudo pronto, mas não operaram ele”, disse a mãe em entrevista
No dia 27 de março, a reportagem de O Itaboraí esteve no hospital para conversar com a mãe de Maicon, Gislaina Aparecida Knupp Soares. Durante a entrevista a dona de casa de 46 anos contou que o filho não foi operado porque o secretário de Saúde, Luiz Cezar Faria Alonso, não liberou a verba necessária para pagar o material.
Ainda segundo ela, um médico não residente do hospital teria ido até a cidade para tratar do caso. O cirurgião buço-maxilo-facial afirmou que o paciente poderia ser operado, só era necessário o material para a operação. Na época, Gislaina alertou que o caso do filho piorava a cada dia.
“Eles já haviam confirmado tudo, e aí disseram que não poderia operar porque o material não estava disponível por falta de pagamento. Nós precisamos de ajuda urgente, porque a cada dia que passa ele piora. Até agora ninguém me deu uma resposta. O quadro do meu filho se agrava a cada dia que passa”, disse ela na ocasião.
No mesmo dia, a prefeitura informou que o rapaz seria operado na semana seguinte, e que estava recebendo todos os cuidados médicos necessários. Em nota, informaram que “de acordo com o diretor médico do hospital, o caso de Maicon foi enquadrado como cirurgia complementar eletiva (quando o caso não é de urgência ou emergência, ou seja, quando ele não está sob o risco de vida imediato ou sofrimento intenso, podendo ser efetuada em data uma escolhida pelo médico)”. A nota dizia ainda que os familiares não têm acesso a informações do setor administrativo.
“Eles disseram que a família não tem acesso às compras e licitações de remédios, mas isso é mentira. Nós estávamos lá quando o médico bateu na mesa do Dr. Abel e criticou o retorno do material, ele disse que o Maicon já estava pronto para a operação, mas que sem aquele material não haveria condições. Na semana passada eles fizeram outro pedido, mas a empresa terceirizada não quis compactuar com aquela palhaçada”, disse o cunhado, Rafael Silva de Oliveira.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Avaliação de médicos em SP tem abstenção de 84%

KARINA TOLEDO - O Estado de S.Paulo
A participação dos estudantes de Medicina no Exame do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) - que avalia o conhecimento dos formandos na área - caiu 70% nos últimos sete anos. Na prova deste ano, apenas 16% dos alunos compareceram e 46% foram reprovados, o que faz a entidade repensar o modelo de avaliação.

A participação no exame do Cremesp não é obrigatória nem requisito para o exercício da medicina. É, no entanto, um importante indicativo da qualidade da formação médica no Estado. Quando a prova foi criada, em 2005, 998 do 1,9 mil estudantes de Medicina do Estado participaram - 52%. Neste ano, apenas 418 estudantes, de um total de 2,5 mil, compareceram.
Para Renato Azevedo, presidente do Cremesp, a queda nas inscrições pode ser explicada em parte pelo boicote de algumas universidades. "Não tivemos nenhum aluno da USP, por exemplo, que é considerada a melhor faculdade de Medicina do País." Ainda assim, diz, o resultado é significativo e aponta uma grave falha na qualidade do ensino médico.
Mau desempenho. O índice de 46% de reprovados entre os inscritos deste ano está dentro da média verificada nos sete anos de existência do exame. "Acreditamos que se inscrevem para a prova aqueles que se julgam mais bem preparados. A situação real, portanto, pode ser ainda pior. O que estamos fazendo é uma denúncia sobre a precariedade do ensino de Medicina no País", ressalta.
Segundo Azevedo, 40 novas escolas foram abertas nos últimos oito anos, muitas sem hospital-escola. "Nem há professor para atender a essa demanda. A consequência disso é que estão sendo formados médicos sem condições de atender a população."
Problemas. Os resultados deste ano mostram dificuldade até em áreas essenciais da medicina, como clínica médica (43,5% de erro), obstetrícia (45,9%) e pediatria (40,7%). Mais de 60% dos candidatos não souberam apontar que febre alta e persistente é indicativo de infecção bacteriana grave em recém-nascido. E 66% não souberam dizer quais medicamentos não são indicados para tratar infecção na garganta.
Mas o Cremesp admite que, se a tendência de queda na participação se mantiver, a realização do exame se tornará inviável. "Por isso defendemos que o exame se torne nacional e obrigatório", afirma Azevedo. Isso, no entanto, não poderia ser feito sem uma mudança na legislação.
Para o coordenador do exame no Cremesp, Reinaldo Ayer, uma alternativa seria a entidade se aproximar das faculdades e aplicar em parceria uma avaliação ao longo do curso. "Algumas universidades já estão aplicando sua própria avaliação ao final do segundo, do quarto e do sexto ano. Isso é positivo, pois permite que se identifiquem os problemas quando há tempo de corrigir. Mas é necessário que também exista uma avaliação externa", afirma.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Cremerj vai fazer fiscalização no Hospital Salgado Filho

Vera Araujo - O Globo
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RIO - O Conselho Regional de Medicina (Cremerj) fará uma fiscalização no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, na próxima semana, para investigar a situação da emergência e do CTI da unidade, alvos de inquérito civil instaurado pelo Ministério Público estadual. Segundo a presidente do conselho, Márcia Rosa de Araújo, a entidade vai apurar com os médicos o que vem acontecendo no local, principalmente se aparelhos estão funcionando e se os profissionais vêm notificando irregularidades à direção do hospital.
No último domingo, O GLOBO revelou que quase a metade (363) dos 854 pacientes internados por mais de 24 horas na emergência do Salgado Filho em 2010 morreu por infecção hospitalar. Já no CTI, 30% dos 289 internados também morreram pelo mesmo motivo. Os dados constam de um relatório entregue ao MP, há dez meses, que aponta a falta de manutenção na rede de gases (que provocaria risco de contaminação) e problemas nos respiradores modelo Inter-5, da Intermed, como causas das mortes. De acordo com o dossiê, os aparelhos apresentavam erros de leitura.
Presidente de entidade diz que falta regulação de leitos
A presidente do Cremerj informou que a entidade esteve no hospital no ano passado, para apurar as queixas de superlotação na unidade:
— Boa parte dos pacientes transferidos de UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) era levada para o Salgado Filho, quando, muitas vezes, havia hospitais da rede estadual mais próximos com leitos livres. Constatamos uma falta de regulação da rede do SUS.
Segundo ela, nos últimos dois anos, o Cremerj fez três fiscalizações no Salgado Filho: nas área de ortopedia, neurocirurgia e, por último, no CTI.
— Na realidade, não temos a atribuição de fiscalizar a rede de ar comprimido, se está contaminada ou não. Isso é com a Anvisa, que tem técnicos especializados para detectar defeitos nos aparelhos. A nossa função é saber se esse quadro existe e se os médicos pediram o conserto dos aparelhos, além de notificarem o responsável técnico para tomar as medidas administrativas pertinentes


Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/cremerj-vai-fazer-fiscalizacao-no-hospital-salgado-filho-4488437.html#ixzz1r7naRFSt


OBS;FISCALIZAR POR FISCALIZAR NÃO ADIANTA!!!TEM QUE TER MUDANÇAS JÁ!!!!

03/04/2012 - PR: hospital cobra por exames oferecidos pelo SUS

Um hospital público do interior do Paraná cobra dos pacientes por exames oferecidos pelo SUS. Muitos moradores da cidade de Dois Vizinhos deixam de ser atendidos porque não têm dinheiro para pagar por procedimentos pedidos pelos médicos.

http://www.band.com.br/jornaldaband/videos.asp?v=f7376e96eb3c04a5248f5f22b7cb5d17

segunda-feira, 2 de abril de 2012

STJ reafirma responsabilidade de plano por erro

A operadora do plano de saúde, na condição de fornecedora de serviço, deve responder perante o consumidor pelos defeitos em sua prestação. Isso inclui erros em procedimentos médicos, quando a operadora passará a responder solidariamente pelo que aconteceu com o beneficiário do plano. A decisão é da 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça que, por unanimidade, confirmou a responsabilidade objetiva e solidária dos planos de saúde em caso de erro médico.
“No seguro-saúde há, em regra, livre escolha pelo segurado dos médicos e hospitais e reembolso pela seguradora dos preços dos serviços prestados por terceiros”, explicou o relator do recurso, ministro Raul Araújo. “Nos planos de saúde, a própria operadora assume, por meio dos profissionais e dos recursos hospitalares e laboratoriais próprios ou credenciados, a obrigação de prestar os serviços”, diferenciou.
O ministro lembrou que médico, hospital e operadora do plano respondem nos limites da sua culpa. “Cabe, inclusive, ação regressiva da operadora contra o médico ou hospital que, por culpa, for o causador do evento danoso”, afirmou.
No caso concreto, o STJ deu provimento a recurso especial para reconhecer a responsabilidade da Unimed Porto Alegre Cooperativa de Trabalho Médico e aumentar de R$ 6 mil para R$ 15 mil o valor da indenização por danos morais para uma cliente que teve vários problemas após cirurgia de retirada de cistos no ovário.
De acordo com os autos, a segurada foi à Justiça pedir reparação por danos moral e estético, em ação contra a médica, o hospital e a Unimed, em virtude de erro médico. Em primeira instância, a ação foi julgada improcedente. O juiz considerou as provas periciais inconclusivas.
A mulher recorreu. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul decidiu que o hospital e a Unimed não poderiam ser responsabilizados pelo erro cometido pela médica. Segundo o TJ gaúcho, a médica não era empregada do hospital e não foi indicada à paciente pela operadora do plano de saúde, embora fosse credenciada como cooperada. Os desembargadores condenaram apenas a médica, concluindo que estava caracterizada sua culpa, devendo pagar à paciente R$ 6 mil por danos morais.
No recurso para o STJ, a paciente não contestou a exclusão do hospital. Apenas sustentou a responsabilidade da Unimed e pediu aumento do valor da indenização fixado pela primeira instância. A médica também recorreu. Seu recurso não foi admitido.
Além de reconhecer a solidariedade entre a Unimed e a médica para a indenização, a 4ª Turma votou pelo aumento do valor da indenização para R$ 15 mil, mais correção monetária, a partir da data do julgamento no STJ, e juros moratórios de 0,5% ao mês até a entrada em vigor do Código Civil de 2002, e de 1% a partir de então, computados desde a citação.
A decisão determinou ainda que a médica e a Unimed paguem custas e honorários advocatícios de 12% sobre o valor da condenação. A paciente, que conseguiu Justiça gratuita, mas não recorreu sobre a exclusão da responsabilidade do hospital, pagará custas processuais em relação a ele, além de R$ 600 reais de honorários advocatícios. Com informações da Assessoria de Imprensa do STJ.
REsp 866.371

http://www.conjur.com.br/
fonte:
Revista Consultor Jurídico, 2 de abril de 2012