segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Médico denunciado por morte de menina é solto pela Justiça, em Goiás

O médico cardiologista Fernando Haddad foi solto nesta sexta-feira (5), após decisão da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), em Goiânia. Ele foi preso há cerca de um mês por formação de quadrilha no caso que levou à morte de uma criança de 5 anos, em 2008, segundo assessoria de imprensa do TJ-GO. O médico foi denunciado pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) pela morte de Eduarda Lia Barbosa Martins. Ele também é investigado pela operação SOS Samu, que apura fraudes no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). saiba mais Justiça manda soltar médico denunciado por morte de menina MP denuncia médicos e atendentes de hospital por morte de menina Esposa de secretário é sócia em empresa suspeita de fraude no Samu MP apura se fraude no Samu causou a morte de pacientes, em Goiânia MP faz ação para combater fraude no Samu para encaminhamento de UTI O MP-GO já havia apurado que a menina foi a óbito em um hospital particular de Goiânia em virtude de uma "sequência de erros de encaminhamento, diagnósticos e terapias médicas adotados pelos denunciados". Ainda conforme o órgão, ela teria sido encaminhada à unidade de saúde por dois atendentes do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) que, sem fazer qualquer tipo de avaliação, "ofereciam" doentes particulares ou com planos de saúde para receber atendimento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Centro de Vida, de propriedade de Rafael e que funcionava no Hospital e Maternidade São Lucas. O advogado de Rafael Haddad, Márcio Cunha, informou ao G1 por meio de nota que o médico “foi detido sem que ao menos houvesse denúncia contra ele, conforme expresso na decisão que determinou sua saída” O Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) informou à TV Anhanguera que os funcionários que foram denunciados no esquema não trabalham mais no hospital, inclusive o médico Rafael Haddad, exonerado em 2011. Caso Segundo as investigações do MP-GO, por cada transferência, cada um dos funcionários ganhava entre R$ 100 e R$ 150. Foi o caso de Eduarda. A garota deu entrada no Hugo no dia 5 de julho de 2008 após sofrer um mal súbito. Diante do quadro grave, os atendentes direcionaram a criança à UTI de Rafael, mesmo sabendo que o local não contava com pediatra naquele momento tampouco tinha aparelhos adequados para o tratamento da paciente. Na unidade, ela foi atendida por uma médica, cuja especialidade é geriatria. A denúncia relata que a médica deixou a UTI no momento de receber a menina, "ignorou por completo a gravidade do quadro clínico da criança e demonstrou descaso com a paciente". Diante da situação, a criança acabou morrendo após ter uma insuficiência respiratória e edema agudo pulmonar menos de duas horas após dar entrada na unidade. O promotor destacou ainda que Rafael, e os atendentes já foram denunciados pelo MP-GO em junho de 2009. O primeiro por oferecer vantagens indevidas a funcionários públicos e os outros dois por receber vantagem indevida infringindo seu dever funcional. Fonte:G1

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