segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Padilha adverte CRM de MG sobre omissão de socorro

AÍS ALEGRETTI - Agência Estado
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que repudia e lamenta veementemente a declaração do presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM) de Minas Gerais, João Batista Gomes Soares, que aconselhou médicos brasileiros a não socorrerem erros de profissionais de saúde cubanos. "Não sei em qual juramento ele se baseou para fazer essa declaração. É omissão de socorro e é afronta ao código de ética médica. Nenhum profissional pode se negar a atender ou socorrer qualquer brasileiro ou brasileira", disse o ministro. Mais cedo, Padilha disse que o programa Mais Médicos causa polêmica porque é "ousado e corajoso".
Padilha posa para fotos com médicos estrangeiros em Brasília - Fernando Bizerra Jr./EFE
Fernando Bizerra Jr./EFE
Padilha posa para fotos com médicos estrangeiros em Brasília
Padilha disse confiar nos médicos mineiros. "Eles vão se pautar pelo código que nos rege. Quer fazer crítica? Pode fazer crítica. Mas nenhuma atitude que ameace a saúde da nossa população será admitida. Temos segurança jurídica", afirmou. "Não admitimos qualquer incitação ao preconceito ou à xenofobia. Temos de receber de braços abertos os médicos e médicas que aceitaram convite do governo brasileiro, muitos deles colocando dinheiro em segundo plano", declarou. O ministro voltou a dizer que o governo vai usar todas as estratégias legais "para levar médicos a quem mais precisa".
Alojamentos. Perguntado sobre relatos de situações ruins nos locais onde estão alojados os médicos que chegaram ao Brasil, Padilha disse que são de responsabilidade do Ministério da Defesa e disse que ocorrerão mudanças. "Têm ajustes necessários. Aqui em Brasília estamos programando deslocamento dos profissionais para outras estruturas para ficarem melhor acomodados porque nessas três semanas eles passarão por um processo rigoroso de avaliação, além de reciclagem", disse.
Sobre a possibilidade de conselhos regionais entrarem com ação para não serem obrigados a conceder registro provisório aos profissionais estrangeiros que não fizerem a prova de revalidação do diploma, Padilha disse que a lei deve ser cumprida. "Medida Provisória é lei e lei tem que ser cumprida e será cumprida. Temos segurança jurídica sobre esse programa. A MP estabelece claramente as regras", afirmou. 
Fonte : O estadão

Em PE, médicos estrangeiros têm aula de português e sobre o SUS

Os 115 médicos estrangeiros que desembarcaram no Recife no último fim de semana para atuar como parte do programa Mais Médicos, do Governo Federal, vão participar de um curso de três semanas a partir desta segunda-feira (26) no campus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Vitória de Santo Antão, Região Metropolitana do Recife. Durante esta capacitação, os estrangeiros e brasileiros formados no exterior vão conhecer melhor a língua portuguesa e o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS). As aulas para outros profissionais do programa também começam nesta segunda em  Fortaleza, Salvador, Porto Alegre, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.
Em bom português, o médico italiano Filipo Santini contou que, para ele, o programa é uma oportunidade interessante para continuar os estudos na área. "Fiz parte do meu trabalho de conclusão de curso aqui no Recife, sobre a acessibilidade ao SUS através dos programas de saúde da família. [O Mais Médicos] é uma continuação ideal para mim, como profissional, que sempre achei interessante o trabalho aqui no Brasil", disse.
Vinte e três professores da UFPE e da Universidade de Pernambuco (UPE) estão envolvidos de alguma maneira na formação dos 115 médicos em treinamento no Grande Recife, além de três profissionais de língua portuguesa vindos da Bahia. Ao todo, são 96 médicos cubanos e 19 de outras nacionalidades, que devem atuar nas zonas rurais e periferias das grandes cidades. De acordo com o coordenador pedagógico do programa, Paulo Santana, a aula inaugural é uma das formas de acolher os profissonais. "Eles vão conhecer o SUS, a realidade do povo, o perfil epidemiológico do país e os principais problemas", afirmou ele, antes do início da aula, quando os profissionais receberam calorosamente uma declamação de literatura de cordel, gênero tipicamente nordestino. "Hoje conversei com alguns e eles não tiveram maiores problemas de comunicação", destacou o coordenador.
É uma deficiência nossa, realmente, eu sou médico e pesquisador e não sei o que significam várias expressões como ‘quebranto’, ‘espinhela caída’…”
Rodrigo Cariri, tutor do Mais Médicos na UFPE
O cubano Primintivo Miranda, de 47 anos, está no Brasil pela primeira vez vindo Cuba e disse que veio mesmo por vontade de ajudar. "Eu vim mais pela necessidade que o povo brasileiro tem de atenção médica. Espero que corra tudo bem", afirmou. A conterrânea Lice Domingues concorda com o colega e diz que realmente é um hábito do país. “Estamos acostumados a colaborar com o resto do mundo, sobretudo nações que não tem estes serviços. Além do mais, um dos princípios da revolução cubana é ser internacionalista; ir onde tem necessidade”, disse a médica geral integral, de 38 anos. Sobre o salário de R$ 10 mil, ela não quis saber. “A minha família em Cuba está sendo cuidada pelo governo cubano, não tenho preocupação. Estou aqui voluntariamente”.
Italiano Filipo Santini estudou, no Recife, acessibilidade ao SUS (Foto: Lorena Aquino/G1)Italiano Filipo Santini estudou, no Recife, acessibilidade
ao SUS (Foto: Lorena Aquino/G1)
Durante a manhã, os médicos  assistiram a um filme e discutiram o sistema de saúde brasileiro. À  tarde, por volta das 16h, terá início a primeira aula de português com profissionais especializados. Por enquanto, os médicos estão hospedados em alojamentos militares no Exército, Aeronáutica e Marinha. A moradia definitiva durante todo o tempo do programa é de responsabilidade das prefeituras das cidades onde eles atuarão.
Termos populares
Após a introdução, realizada no auditório do campus Vitória, o grupo será dividido em três turmas de cerca de 40 profissionais cada pelos próximos 20 dias. Em cada sala estará sempre um profissional de medicina ou de saúde pública e um professor de língua portuguesa, para acompanhar nas dificuldades de fala e fazer inserções específicas para explicar particularidades do idioma. Segundo o médico tutor do programa Mais Médicos na UFPE, Rodrigo Cariri,  apesar de a língua portuguesa não ser prioridade, os professores estão preparando um dicionário de termos populares para deixar os estrangeiros alerta. “É uma deficiência nossa, realmente, eu sou médico e pesquisador e não sei o que significam várias expressões como ‘quebranto’, ‘espinhela caída’…”, confessou Cariri, que atua no Recife , citando expressões comuns no interior. Na avaliação do tutor, os profissionais que desembarcaram na capital pernambucana ainda não apresentaram sérias dificuldades de comunicação.
"Estamos acostumados a colaborar", diz Lice Domingues (Foto: Lorena Aquino/G1)"Minha família está sendo cuidada pelo governo cubano", diz
Lice Domingues (Foto: Lorena Aquino/G1)
Na primeira semana de curso, será discutida a realidade brasileira do ponto de vista sociológico e demográfico. “Eles vão aprender como cada um destes aspectos, além da desigualdade social, interferem na saúde pública”, continuou Cariri. Na segunda semana, atores e estudantes vão ajudar no treinamento médico participando de situaçãoes simuladas para ensaiar consultas e discutir protocolo. Os médicos em treinamento também devem realizar visitas a unidades de saúde.
Para a terceira semana, estão programados conhecimentos ético-legais. “Por exemplo, em Cuba, o aborto é legalizado. No Brasil, não”, exemplificou Cariri. “Enquanto aqui no país temos seis consultas pré-natais, lá eles tem pelo menos dezesseis consultas e diversas maneiras de identificar a má-formação fetal. Se uma mulher tiver um pico de hipertensão durante a gravidez, ela é internada. Para eles, é muito trágico perder uma mulher ou uma criança de menos de um ano por problemas na gestação”, disse o médico. Enquanto no Recife morrem 16 crianças para cada mil nascidos vivos, em Cuba morrem 4, de acordo com Cariri.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Patrulha: família de garoto morto em cirurgia não recebe explicações -parte 3

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Patrulha: família busca explicações após morte de garoto em cirurgia simples

Deputados e senadores discutem veto ao ato médico

http://g1.globo.com/jornal-nacional/videos/t/edicoes/v/deputados-e-senadores-discutem-veto-ao-ato-medico/2771345/

Veja o flagrante da tentativa frustrada de socorro em Porto Alegre

A tentativa de ajudar um cidadão de 70 anos que passou mal e caiu na rua, em Porto Alegre, produziu, nesta terça-feira (20), uma situação dramática. A maior dificuldade foi conseguir uma ambulância do Samu.
A cena foi gravada na manhã desta terça-feira (20). Os repórteres Manoel Soares e Valter da Rosa, da RBS, afiliada da Rede Globo, trabalhavam no centro de Porto Alegre quando foram avisados de que um homem estava passando mal próximo a um terminal de ônibus.
O repórter Manoel Soares entrou em contato com o Samu e com a Polícia Militar. E 20 minutos se passaram, sem ninguém aparecer. Algumas pessoas fizeram massagem no peito da vítima. O repórter tentou uma nova ligação para a polícia.
Ao ouvir o caso, a funcionária da Brigada diz que o repórter deve falar com o Samu.
Funcionária: A gente vai deslocar até o local. Já está a caminho do local. Mas, seguinte, a Brigada não pode conduzir este indivíduo porque não tem os meios adequados. O senhor vai ter que continuar insistindo com a Samu. A Brigada vai fazer só o boletim de atendimento.
Repórter: Moça, o senhor está morrendo na rua. É preciso vir alguém pra cá com urgência.
Funcionária: Tá, senhor. A Brigada está se deslocando pro local.
Repórter: Só que há vinte minutos a gente está chamando. Tá bom, moça, eu vou tentar ligar pra Samu, obrigado.
Já tinham sido feitas sete ligações para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - o Samu. Manoel soares tenta mais uma vez. Depois de ouvir a explicação do repórter, a funcionária transfere a ligação para um médico do Samu.
Repórter: Meu mestre, um senhor teve um ataque aqui do lado. Nós estamos há quase 20 minutos ligando pra Samu e ninguém manda uma ambulância para cá.
Médico: Claro, porque não tem. Eu já expliquei. Não tem.
Repórter: Não entendi.
Médico: Não foi a ambulância porque não tem. É isto. Vocês têm que entender isso. Não há ambulância. Pronto, acabou.
Repórter: Só que ele vai morrer, cara.
Médico: O telefone está aqui na tela. Assim que tiver uma ambulância, a gente vai mandar. Agora, se vocês estão com tanta pressa, encaminhem para o HPS, Santa Casa.
Repórter: Mas, meu mestre, a gente não sabe como levar ele, é arriscado.
“Ele desligou o telefone na minha cara”, conta o repórter.
A Polícia Militar chegou ao local e resolveu levar o homem, quase 30 minutos depois do primeiro telefonema. Orlando Francisco Rodrigues da Silva não resistiu e morreu ao dar entrada no hospital.
O corpo foi levado para o Departamento Médico Legal no meio da tarde. A causa da morte constatada pela necropsia foi um tumor na região pélvica. Este câncer teria provocado o mal súbito na vitima.
O secretário municipal de Saúde disse que não viu as imagens. Mas reconheceu que há falta de ambulâncias para atender toda a população.
“Sempre que acontece um ato como este, onde acontece uma reclamação, a falta de ambulância ela até não é impossível de ocorrer. Isso ocorre na França. O sistema ficar completamente congestionado é possível. O que não é possível é uma orientação inadequada. E, aparentemente, a reclamação que eu recebi, além de não ter a ambulância, a forma como o usuário que ligou teria sido tratado”, comentou Carlos Henrique Casartelli, secretário de saúde de Porto Alegre.
O médico que disse ao telefone que não havia ambulância foi afastado.

Fonte G1
http://glo.bo/19HHggp

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Médico flagrado com uniforme em academia tem 7 dias para se justificar

O médico residente que foi flagrado usandojaleco do centro cirúrgico em uma academia de Campinas (SP) foi notificado na manhã desta segunda-feira (19) pelo Hospital Municipal Dr. Mário Gatti para apresentar esclarecimentos da utilização da roupa fora da unidade médica. Ele terá prazo de uma semana para se justificar. A punição para o profissional, caso ocorra, pode variar de advertência verbal até expulsão, mas depende da análise da defesa apresentada pelo médico.
A assessoria de imprensa do Mário Gatti informou que o residente foi notificado por volta das 11h desta segunda-feira. Na próxima semana, com a apresentação dos esclarecimentos do funcionário, será formada uma comissão para discutir a pena aplicada. O grupo que analisará o caso é formado por um representante da residência em urologia, pelo coordenador da área, um representante da direção do hospital e o presidente da Comissão de Residência Médica (Coreme). A equipe terá uma semana para julgar o descumprimento das regras da unidade.
Falha administrativa
O coordenador da residência em urologia do Mário Gatti, Sérgio Bisogni, afirmou que até o momento a conduta do médico foi correta e que não consta no prontuário dele nenhum tipo de advertência. Segundo Bisogni, a falha foi administrativa, por não respeitar uma norma do hospital de não usar a roupa fora do ambiente de trabalho, e não médica, já que o erro não aconteceu dentro das dependências da unidade. Além disso, antes de discutir a punição, a comissão pode chamar algumas testemunhas que estavam na academia para esclarecer a situação.
Sindicância
O diretor técnico do Mário Gatti, Mário Sérgio Zaidan, pediu a abertura de uma sindicância após tomar conhecimento do caso, que foi levado à Comissão de Residência Médica (Coreme). A assessoria do Mário Gatti não confirmou, até a publicação, o nome do médico.
O caso
O médico residente foi flagrado durante um treino de musculação, com roupas próprias de centro cirúrgico. Segundo o empresário de moda Luddy Ferreira, que registrou imagens, o aluno disse que não houve tempo para trocar a roupa e que ainda realizaria uma cirurgia. "Eu pensei que fosse o Fantástico [Vai Fazer O Quê?], que alguém fosse aparecer e tomar uma atitude. Muita gente ficou incomodada, houve falta de respeito não apenas com os alunos, mas também com os pacientes. É um risco de contaminação para todos", ressaltou o empresário, de 46 anos, que flagrou o médico na noite de quinta-feira (8).
O quadro exibido pela TV Globo, aos domingos, mostra atores desconhecidos que vivem situações desconfortáveis, com o objetivo de revelar as reações espontâneas dos observadores. A assessoria da Smart Fit informou, em nota, que o aluno foi advertido pela conduta contrária às normas gerais disponíveis nas unidades e site da rede de academias.
"Vale observar que todos os alunos se comprometem a observar essas normas no momento da matrícula, ao assinar o termo de adesão, justamente para impedir que certas condutas possam causar transtornos aos demais frequentadores e/ou funcionários, prejudicando a harmonia e o objetivo do ambiente. Em caso de reincidência da conduta inadequada, o autor poderá ter o seu plano cancelado”, informa o texto.

sábado, 17 de agosto de 2013

Famílias de pacientes reclamam da falta de infraestrutura no Hospital Geral de Bonsucesso

Famílias de pacientes que estão internados no Hospital Geral de Bonsucesso afirmam que falta material hospitalar e que há dificuldade para conseguir uma transferência.


http://globotv.globo.com/rede-globo/rjtv-1a-edicao/t/edicoes/v/familias-de-pacientes-reclamam-da-falta-de-infraestrutura-no-hospital-geral-de-bonsucesso/2764559/