quinta-feira, 12 de abril de 2018

TJ-RO mantém condenação para prefeitura pagar R$ 102 mil a filhos que viram mãe morrer após erro médico

Prefeitura deverá pagar indenização de R$ 100 mil por danos morais e R$ 2,7 mil por danos materiais. Mulher foi internada com dores e náuseas e recebeu injeção inadequada.

Por Jeferson Carlos, G1 Ariquemes e Vale do Jamari
 
Decisão foi anunciada após votação de desembargadores (Foto: Toni Francis/G1)Decisão foi anunciada após votação de desembargadores (Foto: Toni Francis/G1)
Decisão foi anunciada após votação de desembargadores (Foto: Toni Francis/G1)
O Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO) manteve a condenação da prefeitura de Ariquemes (RO) por causa de um erro médico no Hospital Regional. Em 2013, uma paciente morreu após receber uma injeção errada na unidade. Por causa dessa morte, o poder executivo vai ter que pagar R$ 100 mil de danos morais e mais R$ 2,7 mil por danos materiais aos quatro filhos que viram a mãe morrer.
Conforme o judiciário, a paciente chegou a unidade com dores e náuseas e foi submetida a uma injeção inadequada ao organismo dela, o que a levou à morte. Em nota, a prefeitura diz que o caso ocorreu na gestão antiga e trabalha para que "erros não sejam cometidos" na unidade.
Segundo o TJ-RO, o município recorreu da decisão da 3ª Vara Cível da Comarca de Ariquemes, onde solicitava a anulação da sentença por não haver comprovação da culpa do médico que atuava no Hospital Regional, a comprovação do dano, nem o nexo causal.
Porém o relator da ação decidiu que a condenação foi correta, pois ficou comprovado, durante o processo, que a responsabilidade do município se decorreu em referência ao erro dentro do hospital público, por ato praticado por um profissional médico na medicação injetável de forma indevida, que foi a causa determinante da morte da paciente.
Com a condenação mantida, o município deve indenizar os familiares, pois o falecimento da vítima "retirou de forma repentina o convívio com os filhos, gerando tristezas e abalos psicológicos".
Os desembargadores decidiram, em unanimidade, julgar improcedente o recurso de apelação movido pela prefeitura do município. Desta forma, a indenização a ser paga pelo município será dividida entre os quatro filhos órfãos. A decisão ainda cabe recurso por parte da prefeitura.

Caso

A mãe dos autores do processo começou a sentir dores abdominais e náuseas no dia 18 de junho de 2013 e acionou o Corpo de Bombeiros, que a socorreu até o Hospital Regional de Ariquemes. Na unidade, um médico informou a um dos filhos que a paciente havia sido medicada e que ficaria internada em estado de observação para controlar a pressão alta e o diabetes.
No fim do dia, a paciente disse que não sentia mais dores, mas o médico orientou que ela permanecesse internada e recebendo a medicação. A filha da mulher deixou o hospital e um irmão ficou na companhia da mãe, onde descobriu que genitora havia morrido no fim da noite.
Em juízo, o filho disse que conversava com outra paciente da enfermaria quando uma enfermeira adentrou no local, aplicou uma medicação em uma paciente e em seguida começou a aplicar uma medicação na mãe dele.
Atendimento errado aconteceu em 2013, em hospital de Ariquemes (Foto: Rede Amazônica/Reprodução)Atendimento errado aconteceu em 2013, em hospital de Ariquemes (Foto: Rede Amazônica/Reprodução)
Atendimento errado aconteceu em 2013, em hospital de Ariquemes (Foto: Rede Amazônica/Reprodução)
Entretanto, logo após a aplicação, a paciente passou mal e morreu. Alguns médicos compareceram e chamaram a atenção da enfermeira pelo fato da paciente não ter nenhum medicamento a ser injetado naquele horário, o que caracterizava o erro médico.
Ao serem ouvidos no processo, os profissionais médicos relataram que o prontuário mostrava a aplicação de medicação adequada. Eles ainda informaram que a paciente faleceu após uma crise convulsiva, em virtude de complicações naturais e graves, decorrentes da condição de saúde fragilizada pelo desenvolvimento de hipertensão arterial e diabetes.
Os quatro filhos entraram com a ação requerendo o pagamento de indenização em R$ 100 mil, pelo dano moral e R$ 2.794,16 pelos danos materiais em decorrência com as despesas com o funeral, pagamento da taxa do cemitério e pagamento da taxa da prefeitura.

Outro lado

Procurada pelo G1, a Procuradoria-Geral (PGM) de Ariquemes informou que apesar de o incidente ter ocorrido em uma gestão anterior, a administração atual trabalha para que os erros não sejam cometidos e emitiu uma nota sobre o caso.
“O município de Ariquemes informa que o caso ocorreu em 2013, sendo que, em 2014, a família ingressou com ação judicial, no intuito de auferir indenização em razão do triste infortúnio. Contudo, apenas em fevereiro de 2018, o Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia julgou o caso em 2° grau, condenando o município ao pagamento da indenização pleiteada.
Entendemos que uma ordem judicial deve ser obrigatoriamente cumprida. Ademais, não há indenização suficiente que possa aplacar a dor da família. Estamos trabalhando para garantir a evolução e melhoramento do sistema de saúde municipal, para que episódios como este venham ocorrer novamente”.
Fonte: G1

Médico é condenado por morte de paciente em 2012; pena não deve gerar prisão

Detenção de dois anos deverá ser substituída por punição alternativa. Cirurgião já tem outra condenação e é acusado de outros dois crimes.

Por G1 DF
 
Ataques a equipamentos essenciais podem paralisar atendimentos de emergência, adulterar exames e induzir médicos a erros ou mesmo impedir que pacientes sejam medicados (Foto: Vinicius Marinho/Fiocruz Imagens)Ataques a equipamentos essenciais podem paralisar atendimentos de emergência, adulterar exames e induzir médicos a erros ou mesmo impedir que pacientes sejam medicados (Foto: Vinicius Marinho/Fiocruz Imagens)
Ataques a equipamentos essenciais podem paralisar atendimentos de emergência, adulterar exames e induzir médicos a erros ou mesmo impedir que pacientes sejam medicados (Foto: Vinicius Marinho/Fiocruz Imagens)
A Justiça do Distrito Federal condenou o médico gastroenterologista Sérgio Puttini a dois anos de detenção por homicídio culposo – ou seja, quando não há intenção de matar – da paciente Marlene Pereira de Medeiros. A vítima morreu em 2012, após uma cirurgia de retirada da vesícula biliar com o médico. Os juízes consideraram que Puttini foi negligente no procedimento.
Como a pena é inferior a cinco anos, a reclusão será substituída por duas penas alternativas – multa, serviço comunitário ou restrição de direitos, por exemplo. A forma de cumprimento ainda será definida pela Vara de Execuções Penais.
O Ministério Público do DF já anunciou que irá recorrer da decisão, na tentativa de ampliar a pena. O G1 procurou o advogado de Puttini para saber se a defesa também recorrerá, mas ele não foi localizado até o fechamento desta reportagem.
Esta é a segunda vez que Puttini sofre revés na Justiça. Em dezembro de 2015, ele foi condenado a um ano e quatro meses pela morte de outra paciente após a realização de uma laparotomia (abertura da cavidade abdominal).

Crime

Ministério Público do Distrito Federal (Foto: Raquel Morais/G1)Ministério Público do Distrito Federal (Foto: Raquel Morais/G1)
Ministério Público do Distrito Federal (Foto: Raquel Morais/G1)
O crime ocorreu em novembro de 2012. Segundo a Promotoria de Justiça Criminal de Defesa dos Usuários dos Serviços de Saúde (Pró-vida), o acusado danificou o sistema biliar e arterial hepático da vítima por conta de manipulação cirúrgica indevida, durante a retirada da vesícula.
Segundo familiares da vítima, após a alta, Marlene começou a reclamar de fortes dores. Os parentes entraram em contato com o médico, que disse que os sintomas eram parte do quadro pós-operatório.
Durante vários dias, ela permaneceu sem acompanhamento médico, mesmo apresentando sintomas preocupantes.
A vítima precisou ser internada novamente e passou por outros quatro procedimentos cirúrgicos com o mesmo médico. A família ainda recorreu a outro profissional que fez mais três cirurgias na paciente, mas ela não resistiu à falência múltipla dos órgãos.

Histórico de falhas

Pesquisadores encontraram falhas de segurança em robôs usados para procedimentos cirúrgicos à distância (Foto: SRI International/Wikimedia Commons)Pesquisadores encontraram falhas de segurança em robôs usados para procedimentos cirúrgicos à distância (Foto: SRI International/Wikimedia Commons)
Pesquisadores encontraram falhas de segurança em robôs usados para procedimentos cirúrgicos à distância (Foto: SRI International/Wikimedia Commons)
Especializado em cirurgia do aparelho digestivo, Sérgio Puttini é acusado de causar a morte de quatro pacientes em 2001, 2009, 2011 e 2012. De acordo com laudos médicos apresentado por familiares ao Ministério Público, as vítimas sofreram hemorragias e infecções por causa de uma suposta negligência do médico — que nega o erro.
O registro profisisonal do médico foi cassado pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) em março de 2013. Desde então, ele está proibido de trabalhar.
Veja mais notícias da região no G1 DF.
Fonte:G1





O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) está promovendo a Campanha a favor do Exame Obrigatório para alunos e recém-formados em Medicina. Diversas ações estão sendo realizadas para conquistar a adesão de médicos, autoridades, estudantes, formadores de opinião e a população em geral sobre a importância da prova para a formação dos profissionais de Medicina. 
Uma petição online do Cremesp (exameobrigatorio.com.br) tem como meta alcançar 500 mil assinaturas para serem encaminhadas ao Congresso Nacional, uma vez que já há um Projeto de Lei em tramitação no Senado – para tornar obrigatório o Exame para alunos e recém-formados em Medicina e seja aplicado em todo o país.
A prova atua como uma importante ferramenta para garantir que os estudantes tenham os conhecimentos necessários para exercer a profissão, oferecer parâmetros de desempenho às escolas, bem como assegurar a qualidade na assistência à saúde da população.
Além da intensa divulgação nas mídias digitais e tradicionais (televisão, rádios e revistas), o Cremesp mobiliza a sociedade com o apoio de lideranças da Saúde, formadores de opinião e influenciadores digitais, para assinar a petição. 

Caravana pelo Exame Obrigatório
Durante os meses de março e abril, o Cremesp está com uma ação especial. As Caravanas pelo Exame Obrigatório estão percorrendo cidades do Estado: Franca, Ribeirão Preto, Piracicaba, Sorocaba, Campinas, Bauru, São José do Rio Preto, Santos, São José dos Campos e capital paulista. Durante estas ações, o presidente do Cremesp, Lavínio Nilton Camarim, diretores e conselheiros apresentam e reforçam a proposta sobre a importância do exame.
As caravanas contam com um posto de coleta de assinaturas, materiais informativos e meios para facilitar a adesão da população à Campanha pelo Exame Obrigatório. “Estamos reunindo esforços para que essa mobilização auxilie a nossa luta pela aprovação da Lei que torne o Exame obrigatório, contribuindo para a boa formação dos profissionais de Medicina. A prova ajuda a aprimorar o ensino médico e é fundamental para atingir a excelência na Saúde e melhorar o atendimento aos pacientes. A divulgação massiva entre os meios de comunicação e a sociedade nos ajudará a alcançar nosso objetivo”, enfatiza o presidente.

Iniciativa recebe amplo apoio
A Campanha do Cremesp pelo Exame Obrigatório para alunos e recém-formados em Medicina conta com o apoio de lideranças da Saúde e da comunidade médica. A iniciativa já foi abordada e elogiada por médicos renomados, como o oncologista, Dráuzio Varella; o psiquiatra e escritor, Augusto Cury; o professor da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e cirurgião do Hospital Sírio Libanês, Raul Cutait; o diretor da FMUSP, José Otávio Costa Auler Júnior; o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcos da Costa; o presidente do Conselho Diretor do Instituto de Radiologia do HC (InRad-HCFMUSP), Giovanni Cerri; o presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, Sérgio Daniel Simon; a presidente da Associação Nacional de Medicina do Trabalho, Marcia Bandini; o presidente da Associação Paulista de Homeopatia, Sergio Furuta; o presidente da Associação de Médicos Maçons, Alfredo Roberto Netto; a presidente da Associação Brasileira de Medicina Legal e Perícias Médicas, Ederli Grimaldi; o presidente da Associação Brasileira de Nutrologia, Durval Ribas Filho; e o presidente da Sociedade Paulista de Medicina Desportiva, Bernardino Santi.

Caso Isaac

DESCRIÇÃO DOS PAIS Segunda feira dia 02/01/17, ao sermos comunicados pelo hospital de que o Isaac deveria comparecer para a internação antes das 18:00 horas, que seria dado o início aos preparos para a cirurgia. Então, chegando à recepção fomos encaminhados para a sala de pediatra, a partir dai ele passou a ser assistido pelas enfermeiras que estavam. Acomodaram-no em um leito e logo no início da noite por volta das 19:00horas já foi mandado colocar o acesso venoso em sua mão. Depois uma enfermeira indagou-me se ele tinha alergia a medicamento respondi, que não, Perguntou como ele estava, e eu (Mãe) respondi: ‘’ Meu filho estava resfriado e com o nariz escorrendo’’, não demorou e passou outra enfermeira e perguntou se ele estava com gripe, e também respondi: que continuava com resfriamento, e foi embora dizendo que era bem provável que o médico não faça cirurgia. Passaram-se as horas meu filho começou a ficar triste e pedia para sairmos dali, ele dizia ‘’ mãe vamos embora’’, e eu dizia ‘’meu bebe o médico ainda vem aqui lhe ver e nos vamos pra casa’’. É assim ficamos esperando o parecer do médico, entrou uma enfermeira na sala e informou que ele iria ficar de dieta a partir das 22horas, e eu já estava aflita mais não demonstrava para ele, pois ele já tinha medo dali e estava ligando para o pai pedindo para ele vim busca -lo. Terça-feira dia 03/01/17, pela manhã veio à enfermeira avaliar e viu que ele estava com nariz entupido e me perguntou como ele estava. E eu respondi: que ele de madrugada começou a tossir, ela foi e voltou com uma medicação para aplicar no nariz, regulou o soro fisiológico e verificou a pressão que estava com (Dezoito por Cinco), ela preocupada disse que isso não era normal que estaria muito alterado para a idade dele e mesmo estava de repouso. Retirou e dizia que o médico não faria a cirurgia. Horas depois ele foi chamado era por volta de 12:00horas e outra enfermeira disse para que eu desse nele o último abraço, nunca pensei que aquele seria verdadeiramente o último abraço dado pelo meu filho, meu bebê. em menos de 5 minutos voltou a enfermeira correndo e disse seu filho tossiu e eu aflita disse ele estava chorando diz pro médico que ele esta tossindo ela foi e não voltou. Quando voltaram com ele da cirurgia já passavam das 14:00horas, fui chamada, e colocaram-no em uma sala muito pequena que só cabiam duas marcas e ao lado ainda tinha um bebedouro com uma lixeira em baixo. Então uma das enfermeiras disse para que eu o acordasse, quando eu vi meu filho me doeu muito pois ele estava todo inchado e a outra paciente que estava aguardando na outra maca observou que ele estava descorado, pálido. Permaneci passando a mão no seu rosto e o chamando, e ele demorava em acordar, ai eu chamei uma da enfermeira que participou da cirurgia e que estava mais próxima da sala de reanimação e falei que ele não acorda então ela veio e pegou em seu pé e sacudiu e apertou a sua unha do pé e o chamou em voz alto; foi ai que ele se assustou e acordou, foi ai que ela virou para mim e disse: ele tá bem. E pegaram outra maca pra transferir ele e mandaram leva- lo para o leito que logo seria liberado no mesmo dia. No leito ele continuava dormindo e não acordava, mandaram uma sopa para que eu desse a ele, e com muita sonolência ele tomou um pouquinho e logo voltou a dormir. As 19:00horas o pai já estava na sala de pediatria e ele ainda não havia acordado, retomei para casa e o pai ficou acompanhando. logo ele teve fortes tossi com muita dor. Por volta de 00:00horas do dia 04/01eu (pai) presenciei uma espécie de ataque, pois ele gemia muito e se contorcia as mãos levando ao rosto, corri e chamei a enfermeira e disse que ele não estava bem. E chamei novamente para dizer que ele estava com dificuldade para respirar e que os ataques persistia pela terceira vez, a enfermeira estando preocupada chamou outra enfermeira que disse para mim, ‘’esses ataques seria normal e que seria devido á criança ter acordado no meio da cirurgia e que foi preciso coloca -lo para dormir de novo’’. Perguntei por que não deram a quantidade certa de anestesia? Respondendo ela, ‘’pai o senhor tem que entender que quando o paciente acorda em procedimento cirúrgico nos temos que colocar para dormir de novo, mas a criança vai ficar bem’’ Durante a madrugada teve outro ataque, mais uma vez gritei pela enfermeira, que a mesma estando preocupada chamou um médico que vinha passando no corredor e pediu para ele verificar o que a criança tinha, e esse médico olhou e perguntou o que tinha acontecido com ele, e a enfermeira o informou que ele tinha feito uma cirurgia e não estava bem, ele disse que o cirurgião estava no hospital ele virou e foi chama -lo. Nisso meu filho permanecia com falta de ar e sufocado! Quando o cirurgião chegou e viu o paciente que estava com problema respiratório e com muita tosse mandou colocar oxigênio. E como não tinha cilindro na sala eu (pai) tive que carregar um cilindro grande de outro local e também foi solicitado um raio-X do meu filho, novamente eu e a mãe que tivemos que leva -lo na maca para a sala de raio-X, e quando chegamos na sala não tinha filme para revelar o raio-X. enquanto aguardamos o resultado voltamos com o nosso filho pra coloca -lo no oxigênio pois ele o tempo todo gemia, nessa hora já estávamos desesperado. Pedi para mãe ficar com ele enquanto, eu ia ver o que o médico iria resolver, chegando com o doutor perguntei o que estava acontecendo, e o médico nervoso com a situação olhou para mim e perguntou: Pai por que o senhor não me avisou que a criança estava gripada? que a cirurgia não tinha acontecido! Fiquei chocado com essa pergunta! Mas, eu me controlei e respondi: minha esposa avisou para enfermeira que ele estava resfriado. Retornando para o leito perguntei a minha esposa, na frente do médico. Você avisou que nosso filho estava resfriado? E ela respondeu dizendo que, sim, avisei para as enfermeiras que estava nos atendendo. Então o médico ficou calado. Nosso desespero e tristeza aumentava cada vez vendo o sofrimento do nosso filho que não nos reconhecia quando ele acordava era com muito gemido e assim foi até o amanhecer do dia, passavam das 07:00horas quando vieram colocar uma sonda, e nessa hora meu filho ainda estava sobre efeito de anestesia logo acordou gritando de dor foi tão forte que mediatamente abracei, e disse a essa enfermeira, vocês estão matando meu filho, continuei abraçando pedindo pra ele ficar calmo que daria tudo certo, e ele voltou a dormir Foi como um desmaio. Para piorar meu sofrimento foi saber aquela sonda era de adulto pois a enfermeira disse que não tinha para criança. Logo após o médico nos chamou para informar que ele estava procurando transferi-lo para Manaus. Por volta das 11:00 Horas na ambulância, o enfermeiro percebeu que o cilindro de oxigênio da ambulância não estava funcionando e ele foi buscar outro pra substituir, e mais uma vez eu estava preocupado com meu filho que estava sem oxigênio para respirar e fui ajuda -lo a trocar pois estava difícil de remover e o enfermeiro não conseguia fazer a retirada sozinho. Então nosso filho veio a falecer no dia 07 de Janeiro de 2017 como causa da morte: Choque Septico; Sespse; Pneumonia; Hernia Epigástrica. Tudo o que nós queríamos era somente a saúde de nosso filho, e que o médico avaliasse antes da cirurgia. AGORA TEMOS QUE CONVIVER COM ESSA DOR, QUE É A DOR DA SAÚDADE E SABER QUE NOSSO FILHO FOI TIRADO DE NÓS POR NEGLIGÊNCIA MEDICA.

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terça-feira, 12 de dezembro de 2017

MOBEM -MOVIMENTO BASTA COM ERROS MÉDICOS: Abaixo-assinado Opção do paciente do sigilo ou não...

MOBEM -MOVIMENTO BASTA COM ERROS MÉDICOS: Abaixo-assinado Opção do paciente do sigilo ou não...: A favor de maior transparência no prontuário médico,onde o paciente optaria pelo sigilo do prontuário ou não,sendo que esse prontuário seri...

Levantamento da Anvisa aponta erros médicos que matam e deixam sequelas

A cada hora, pelo menos três pacientes sofrem algum incidente em unidades de saúde do Brasil

Rio -  Em determinados momentos, a impressão é que a coisa menos importante dentro de um hospital é o doente. A cada hora, pelo menos três pacientes sofrem algum incidente em unidades de saúde do Brasil. São vítimas de erros grotescos, verdadeiras trapalhadas, que, muitas vezes, são fatais. Episódios que beiram o absurdo, como o misterioso desaparecimento do corpo de um bebê em um hospital do Méier, fazem parte da série de aberrações. Essas falhas, que poderiam ser evitadas, são classificadas como Eventos Adversos (EA) e Never Events (NE), erros graves que nunca deveriam ocorrer em serviços de saúde. Casos bizarros, como esquecer material hospitalar dentro do paciente após a cirurgia, operar o lado errado do corpo ou até o paciente errado, constam na lista de EA e NE da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Pietro, filho de Crislayne, nasceu com microcefaliaEstefan Radovicz / Agência O Dia

O mais recente levantamento da Anvisa, com base nas notificações feitas pelos 1.372 Núcleos de Segurança do Paciente (NSP) do país, relata 796 NE, com 16 óbitos, em 2015. Os EA atingiram 31.774 casos nos serviços de saúde pública e privada do Brasil. Os números assombrosos da Anvisa estão longe de retratar a realidade, que é muito mais grave, já que a praxe é ocultar os casos.
"Os EA que ocorrem a nível ambulatorial, em relação ao uso inadequado de medicamentos, são raramente notificados, principalmente, quando não há um sistema de saúde integrado (ambulatório e hospitais de referência)", apontou o médico Alfredo Guarischi, membro da Câmara Técnica de Segurança do Paciente do Conselho Federal de Medicina (CFM). Segundo ele, um dos motivos da subnotificação é a possibilidade de judicialização. "Existem situações em que pode ter ocorrido imperícia, imprudência ou negligência, mas há também a 'indústria do erro', com a busca de ganho financeiro diante um EA".

Mãe de Crislayne, Cristiane, mostra fratura da filhaEstefan Radovicz / Agência O Dia

Mesmo com as subnotificações, o número é 278% maior em 2015 do que o comunicado em 2014, quando foram registrados 8.400 incidentes. Por causa dessas 'barbeiragens', 232 pessoas morreram. Apesar de a pesquisa abranger todos as unidades de saúde, é nos hospitais onde ocorrem a grande maioria dos casos: 93%. Os pacientes mais vitimados são os da faixa etária entre 56 e 85 anos, com 46% dos casos. Mas, os bebês também são machucados: 1.531 crianças, entre 29 dias e um ano, sofreram alguma lesão por causa de erros tolos. "Os eventos adversos acontecem todos os dias, desde a recepção até o atendimento médico", garantiu o presidente da Associação de Vítimas de Erros Médicos de São Paulo (Advitem), Luiz Carlos Soares da Silveira, que recebe 15 denúncias por mês. "É muito triste. Quando a pessoa procura o socorro é porque está sofrendo e deposita as esperanças nas mãos dos profissionais de saúde. Mas, acaba sendo punida por confiar", lamentou Silveira.

Em outubro, a estudante Crislayne Scala dos Santos, de 16 anos, alegou ter tido os ossos da bacia fraturados durante o nascimento do filho numa maternidade da Baixada Fluminense. Segundo Guarischi, os mecanismos que levam a um erro sem danos é o mesmo que leva a tragédias. "A imensa maioria decorre de falhas múltiplas, por falta de rotinas e treinamento de toda a equipe. A transparência em discutir o 'por que' e 'como' ocorreu o fato é fundamental para prevenção de futuros eventos", ensinou. Para Jorge Darze, presidente da Federação Nacional dos Médicos, a formação dos profissionais de saúde é um dos ingredientes que contribui para o quadro. "O governo autoriza a proliferação de escolas das mais variadas carreiras de saúde, sem a devida fiscalização. Estamos formando profissionais que nem sempre estão qualificados", disse. Darze apontou ainda outras causas, como a falência da política de recursos humanos, atraso no pagamento de salários e deficiência numérica de profissionais nas unidades de saúde.
Sopa na veia e queda de janela matam pacientes
Um dos casos mais bizarros de falha no serviço de saúde aconteceu em Barra Mansa, Sul do Rio, em 2012. A paciente Ilda Vitor Maciel, de 88 anos, morreu após uma técnica de enfermagem da Santa Casa de Misericórdia, injetar sopa no cateter venoso da idosa ao invés de soro. Em setembro deste ano, um paciente morreu após cair da janela do corredor de circulação do Hospital Getúlio Vargas, na Penha. A família do diarista Jorge Rangel Gonçalves, 66, processou o hospital. "Meu pai foi vítima de negligência. Como um homem dopado de remédios consegue sair do leito, andar pelo hospital, quebrar o vidro da janela e cair sem que nenhum funcionário visse?", questionou, inconformado, o filho do paciente, o vigilante Bruno César Alves Rangel, 30 anos. Gonçalves havia se internado no HGV, três dias antes de morrer, com sintomas de arritmia cardíaca e suspeita de infecção pulmonar. O estranho é que foi o segundo caso de paciente do HGV que morreu ao despencar da janela, em 2017. Em janeiro, Luiz Antonio dos Santos, 53 anos, também caiu misteriosamente do terceiro andar e faleceu. A polícia investiga os dois casos. 

Jorge Rangel caiu da janela no Getúlio VargasDivulgaçãoFonte Jornal o dia