segunda-feira, 29 de julho de 2013

Saúde e CRM vão investigar médico que ignorou mulher desmaiada no DF

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou nesta quinta-feira (25) que já chegou à corregedoria da pasta a denúncia contra o médico filmado ignorando uma paciente desmaiada no Hospital Regional do Gama. A pasta não informou, no entanto, o prazo para conclusão da sindicância ou o tipo de punição prevista caso a suposta negligência seja comprovada. Na sexta-feira (19) o G1 divulgou um vídeo de um médico que foi filmado observando uma mulher desmaiada na porta do consultório sem que ele levantasse da cadeira para atendê-la (veja acima). O G1 tentou entrar em contato com o médico, que é clínico geral no Hospital do Gama, mas a instituição informou que ele entrou de férias na última quarta-feira (17). A mulher acabou sendo carregada no banco para dentro do consultório. saiba mais Secretário nega negligência ou erro médico em morte de bebê no DF Médico ignora mulher desmaiada em hospital do DF; veja vídeo Rede de saúde do DF ignora certidão de recusa de atendimento a pacientes O Conselho Regional de Medicina informou que também já abriu uma sindicância para apurar o caso do médico. Segundo o presidente do CRM, Iran Augusto, o conselho solicitou ao diretor do Hospital do Gama a ficha de atendimento do médico, que deverá ser enviada em até dez dias úteis. “O ofício será então enviado ao médico e ao paciente para poder constar como denunciante, e então se começa a apuração dos fatos”, disse Iran Augusto. “Chegando a isso, vamos fazer um relatório; feito o relatório, ele passa por uma câmara, e essa câmara composta por cinco conselheiros dirá se abre processo ou se arquiva [a denúncia].” Segundo Augusto, se for decidido que o processo deve ser aberto, a paciente e o médico serão chamados para serem ouvidos. “Chama a paciente, chama o denunciante, chama cinco testemunhas de cada lado”, disse. “É o mesmo ritual que tem no jurídico, e aí vai se fazer um relatório para julgamento no plenário do conselho.” Questionado sobre o tipo de punição que o médico pode receber caso fique comprovado que houve negligência no atendimento à paciente, Iran Augusto disse que não é possível fazer “prejulgamento”. “Não posso prejulgar. Cada caso é um caso”, disse. “O conselho pode não fazer nada. Não se pergunta a um juiz que tipo de pena ele vai dar.” O Conselho Federal de Medicina informou, no entanto, que existem cinco tipos de punições previstas por uma lei que regulamenta os conselhos e prevê que eles sejam órgãos supervisores da ética profissional da classe médica. A primeira sanção é uma advertência confidencial; a segunda é uma censura confidencial; a terceira é uma censura pública. Somente em casos mais graves um médico pode ter a suspensão do exercício profissional por até 30 dias e, em último caso, o direito ao exercício profissional cassado. Fonte: G1 Link :http://glo.bo/1aLBk2A

MP investiga quatro mortes em UPAs da Região Metropolitana de BH

O Ministério Público investiga quatro mortes em Unidades de Pronto Atendimento na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O prazo máximo de internação nas UPAs é de 24 horas, mas os repórteres do Bom Dia Brasil encontraram pacientes que estão internados há mais de dez dias. Macas espalhadas pelos corredores, e até as cadeiras servem de leitos improvisados. Salas superlotadas em uma Unidade de Pronto-Atendimento de Belo Horizonte. Os pacientes só podem ficar em UPAs por, no máximo, 24 horas, segundo o Ministério da Saúde. Depois desse prazo, quem precisa de internação tem que ser encaminhado a um hospital. Mas, na prática não é assim. “Meu marido está internado fez 11 dias ontem”, conta a doméstica Irene Raposo. “Meu marido está aqui há quatro dias aguardando”, diz uma mulher. De acordo com o Ministério Público, o problema não está restrito a esta Unidade de Pronto-Atendimento. Os promotores dizem que são, pelo menos, três denúncias diárias de pacientes internados em outras UPAs de Belo Horizonte e também da Região Metropolitana, muitos em estado grave, que não conseguem vagas em leitos de hospitais. “Foram quatro falecimentos em menos de um mês, e isso foram os casos que chegaram até a gente. Com certeza, acredite que teriam mais casos que a gente não teve conhecimento”, diz o promotor de Justiça de Defesa da Saúde de BH Nélio Costa Dutra Júnior Na UPA de Vespasiano, na Região Metropolitana, pacientes em CTIs improvisados. “Não pode ficar esperando muito. Esperar morrer primeiro para transferir?”, reclama a doméstica Vanda Luísa Lopes. Cerca de 12 pessoas esperam transferência, segundo a diretora da unidade. Ela diz que já tentou vaga em 20 hospitais, sete deles particulares. “Eles alegam que não tem vaga, que está superlotado. Às vezes o paciente morre”, conta Daniele Peixoto. A espera do avô de Gabriela Soares Mateus foi longa demais. O aposentado, de 77 anos, morreu depois de doze dias internado na UPA. “A gente foi vendo o meu avô morrendo aos poucos. É muito ruim”, lamenta a corretora. “A gente vê que pode salvar a vida dessa pessoa se houver a continuidade do tratamento em um leito de CTI, que muitas vezes não sai. Aqui, o que a gente pode fazer é limitado”, lamenta o médico Orlando Marcelo de Abreu. A prefeitura de Belo Horizonte responde pela central de leitos de toda a Região Metropolitana. “A norma do ministério é um parâmetro indicativo. Não é uma proibição. Ela depende da condição clínica do cidadão e do funcionamento da rede”, afirma o secretário municipal de Saúde, Marcelo Teixeira. Ainda segundo o secretário de Saúde, seria necessário abrir pelo menos três mil novos leitos na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Fonte: G1 Link:http://glo.bo/13gqRL1

Macas do SAMU são usadas como leitos em hospitais de São Paulo

A falta de estrutura na rede pública de saúde acaba agravando problemas também do lado de fora dos hospitais. Na maior cidade do país, ambulâncias do Samu que chegam com pacientes ficam retidas porque as macas são usadas como leitos. Sem elas, as ambulâncias do Samu não podem sair para fazer novos atendimentos. Uma maca presa no hospital é um paciente que deixa de ser atendido. O Samu - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, tem de 142 equipes na capital paulista. Quase todas enfrentam o mesmo problema. Quando a ambulância do Samu deixa um paciente no hospital, junto com ele vai uma maca. Segundo a prefeitura, o hospital deveria receber o paciente e devolver a maca o mais rápido possível para que a equipe possa fazer outros atendimentos. Mas de acordo com funcionários do Samu isso não vem ocorrendo, e a equipe tem que ficar esperando a devolução da maca. “Você chega com o paciente e eles já alegam que não tem maca pra colocar o paciente, então a nossa maca tem que ficar presa no hospital até o médico resolver dar alta, liberar o paciente, subir o paciente para um quarto, alguma coisa assim”, diz um funcionário do Samu. Enquanto a maca não é devolvida, a ambulância fica parada no estacionamento. É o que acontece no Hospital Municipal do Campo Limpo, na Zona Sul de São Paulo. Com uma câmera escondida o produtor do Bom Dia Brasil fez imagens de cinco ambulâncias no estacionamento do hospital, todas aguardando as macas, de acordo com os funcionários do Samu. “Está cheio de paciente. Quando a maca fica presa que não tem leito para colocar os pacientes, eles ficam internados na maca do Samu”, conta um atendente. No hospital do Campo Limpo, uma ambulância do Samu ficou quatro horas no estacionamento. O motorista confirmou: “A maca fica retida no hospital com paciente”. Uma mulher acompanhava a tia na chegada ao hospital do Campo Limpo. Ela confirma que a paciente foi atendida na maca e que ainda permanecia na mesma maca depois de dar entrada no hospital. “Realmente, ela ficou na maca que foi. Ela continua na maca. Porque está super lotado, eu acho que não tem leito”, diz a mulher. Um funcionário do Samu diz que há macas que ficam no hospital um dia inteiro. “Eu cheguei faz umas duas horas, tem gente que está aqui desde manhã. Às vezes a maca fica 24 horas”, diz. Imagens feitas na Santa Casa de São Paulo mostram que as equipes do Samu foram embora e depois uma ambulância passou para buscar as macas. Produtor: Nossa, moça. Quanta maca. Isso é resgate de maca? Atendente do Samu: É só resgate de maca. Produtor: Por que? Fica tudo preso aí? Atendente do Samu: É. Produtor: Tem que vir buscar? Atendente do Samu: Tem que vir buscar e botar para rodar, senão fica parada. O coordenador municipal das atenções às urgências e emergências admite que quando as macas são retidas pelos hospitais muitas vezes é por falta de leitos, e que essa não é a única explicação. “Tem dois aspectos: existe o aguardar na maca enquanto se conclui uma investigação em relação ao seu diagnóstico e tratamento de urgência, que é isso que leva muitas vezes ao sobreaviso da equipe, e existe ficar na maca em relação a um sintoma de uma carência assistencial que a gente ainda diagnostica na rede, que é carência em relação aos leitos de internação para urgência e emergência”, afirma Marcelo Takano. Por meio de nota, a Santa Casa informou que é comum que pacientes trazidos pelo Samu recebam o primeiro atendimento na maca até a liberação de um leito. A Secretaria Municipal de Saúde, que responde pelo Hospital do Campo Limpo, disse que orienta constantemente seus serviços para que não haja retenção de macas do Samu além do tempo mínimo necessário para avaliar o paciente. Um funcionário do Samu diz que a situação já provocou acidentes dentro dos hospitais. “Ela não é uma maca para leito, é para transporte. Tanto é que pacientes já caíram dessa maca. Já caíram no chão, já se machucaram, foram com um tipo de problema para o hospital e acabaram passando por trauma por terem caído da maca”, conta. Em nota, o Ministério da Saúde diz que tem parceria com estados e municípios e que financiou a abertura de mais de mil novos leitos em São Paulo nos últimos anos. Fonte: G1 Link:http://glo.bo/16tGdue

sábado, 27 de julho de 2013

Morte de criança: Técnica de enfermagem e médico podem ser indiciados

A família de Ana Beatriz Lima, 7 anos, aguarda há quase um ano meio a conclusão do inquérito policial que pode indicar se ela morreu por negligência de uma técnica de enfermagem do Hospital Regional de Eunápolis. Ana Beatriz deu entrada no hospital com uma crise de bronquite asmática e morreu repentinamente na manhã do dia 13 de fevereiro após tomar uma injeção de ampicilina. A mãe da criança, a vendedora Lígia Souza, acusa a técnica de enfermagem Renata Chaves - que aplicou o medicamento, de ter cometido um erro grotesco. Lígia declarou que se ausentou por alguns minutos da enfermaria para ir buscar água para a filha. Segundo ela, foi neste momento que a técnica de enfermagem aplicou a injeção. Quando retornou, Lígia disse que notou que a filha já estava roxa, lhe pedindo ajuda, com falta de ar e com dores no peito. A morte foi imediata. Foto: Arquivo Ana Beatriz tinha 7 anos 'Nesse momento a técnica de enfermagem saiu correndo da sala, trocou de roupa e se escondeu no interior do hospital', denunciou Lígia. Ainda de acordo com a mãe, o médico Darlan Andrade, que estava de plantão e tinha prescrevido o medicamento, chegou para prestar socorro a Ana Beatriz 10 minutos depois. Lígia denunciou a técnica de enfermagem e o Hospital Regional para o Ministério Público. Renata Chaves também foi denunciada ao Conselho Regional de Enfermagem (COREN).
Erro na diluição do medicamento O promotor de justiça de Eunápolis, Dinalmari Mendonça, investigou o caso. Um inquérito também foi aberto na Polícia Civil e está sendo presidido pelo delegado Eridelson Bastos. O delegado informou que as apurações do Ministério Público foram juntadas ao seu inquérito, que está em fase final de conclusão. A técnica de enfermagem, a mãe de Ana Beatriz e outras testemunhas já foram ouvidas. Ainda vão prestar depoimento o médico Darlan Andrade e mais duas pessoas que estavam na enfermaria e teriam presenciado a morte da garota. Foto: RADAR 64 Lígia - mãe da criança, acusa enfermeira de erro Segundo o delegado, perícia do núcleo do Ministério Público em Salvador que apura erros médicos concluiu que a técnica de enfermagem falhou ao diluir a medicação. Eridelson Bastos declarou que o caso está sendo tratado como homicídio culposo - quando não há intenção de matar. Ele investiga se houve imperícia, negligência ou imprudência por parte da técnica de enfermagem.
Além de Renata, o médico também pode ser indiciado por negligência, já que chegou à enfermaria 10 minutos após a morte da menina. No depoimento, a técnica de enfermagem declarou que o seu procedimento foi correto, com base no que aprendeu na escola. A direção do hospital só vai se pronunciar sobre o caso depois que o inquérito for concluído. A reportagem não conseguiu falar com o médico Darlan Andrade. O COREN também investiga a acusação contra Renata. PUBLICIDADE

campanha de divulgação dos projetos

ERRO MÉDICO

Quase 2.000 médicos estrangeiros se candidatam ao 'Mais Médicos'

Brasília, 26 jul (EFE).- Cerca de 2.000 profissionais estrangeiros se inscreveram até agora para o programa 'Mais médicos', a polêmica iniciativa lançada no começo do mês pela presidente Dilma para suprir a falta de médicos, informou nesta sexta-feira o Ministério da Saúde. Dos 18.450 profissionais inscritos para a primeira fase do programa, 1.920 deles são estrangeiros de 61 nacionalidades, e a maioria é de espanhóis, argentinos e portugueses, revelou o Ministério. Não foram fornecidos mais detalhes. Dos quase 5.500 municípios brasileiros, 3.511 aderiram ao programa, e juntos representam uma demanda de 15.460 médicos, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Do total de inscritos, só 3.123 médicos apresentaram toda a documentação necessária. Entre os mais de 15.000 restantes, os brasileiros têm até dia 28 de julho, e os estrangeiros até 8 de agosto, para adequar todas as informações necessárias para a inscrição. Em 1º de agosto vai ser divulgada a lista dos médicos aprovados e os respectivos municípios em que trabalharão. Os profissionais terão dois dias para assinar o contrato de compromisso. Os médicos aprovados serão avaliados por 41 universidades federais. Dos médicos inscritos, 45% apresentaram registros profissionais inválidos, uma situação que foi interpretada por alguns veículos de imprensa como boicote dos profissionais brasileiros que se opõem à contratação de estrangeiros. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, descartou, em primeira instância, que se trate de um boicote e afirmou que os erros dos registros podem ser de médicos recém formados que ainda têm em tramitação o registro profissional definitivo. Dilma lançou o programa como uma das medidas para atender os pedidos da população, de melhora da estrutura e serviço da saúde pública, durante a onda de protestos de junho que começou em São Paulo e se expandiu por todo o país com diferentes reivindicações sociais. Os médicos receberão um salário de RS 10 mil mensais, alguns benefícios e especialização acadêmica durante os três anos de permanência no programa. EFE Fonte:G1 LINK: http://glo.bo/1bX2ff9

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Governo pode rever decisão de aumentar curso de Medicina

Edição do dia 24/07/2013 25/07/2013 11h38 O governo já admite rever o programa ‘Mais Médicos’, que aumentaria em dois anos os cursos de medicina. O estágio obrigatório no SUS passaria a contar como residência médica. Já são três entidades médicas brigando na Justiça contra o programa. Segundo especialistas, a proposta de mudança tem sutilezas que podem fazer diferença. Os dois anos finais teriam já como foco a especialidade escolhida pelo médico ou seriam um treinamento mais geral? Tudo isso será discutido no Congresso, que tem quatro meses para analisar a medida provisória. O governo admitiu transformar os dois anos a mais da graduação em residência médica. O assunto, discutido nesta quarta-feira (24) no Conselho Nacional de Educação, já estava previsto na medida provisória, segundo o ministro da Saúde. "O central é mudarmos a formação médica no nosso país hoje. Aumentar o período que o médico em formação tem contato com o paciente fora do hospital, na rede do SUS, acompanhando o mesmo paciente para que ele aprimore a sua formação, seja um médico cada vez melhor e mais experiente, e oferecer residência médica para todos os profissionais”, declarou o ministro da Saúde Alexandre Padilha. “O médico vai se especializar, por exemplo, em pediatria, mas ele já começa trabalhando dois anos obrigatoriamente no SUS para fazer sua formação na residência. Se ele vai ser clínico geral, ele vai trabalhar a atenção básica, sempre no SUS”, explicou o ministro da Educação Aloizio Mercadante. Pela proposta inicial, que pode ser revista, a partir de 2015 o curso de Medicina passaria de seis para oito anos. Os dois últimos seriam de serviço obrigatório no Sistema Único de Saúde. Outra sugestão, feita por escolas médicas, foi a de aumentar, dentro do currículo atual, o internato, fase em que o estudante tem contato com pacientes. O Conselho Nacional de Educação tem seis meses para definir como será a mudança no curso. O programa ganhou um aliado. O representante da Organização Panamericana da Saúde e da Organização Mundial da Saúde no Brasil, Joaquín Molina, disse que a organização vê com entusiasmo o programa ‘Mais Médicos’. Para a OMS, em longo prazo, os dois anos no Sistema Público de Saúde devem garantir maior equidade no SUS. Não é o que pensam as entidades que representam os médicos. Depois do Conselho Federal e da Federação Nacional dos Médicos, a Associação Médica Brasileira recorreu à Justiça para pedir a suspensão do programa. A AMB, que entrou com ação no Supremo Tribunal Federal, afirma que as medidas não têm urgência e não poderiam ter sido criadas por medida provisória. A associação faz outras críticas: “Não foi discutido com as entidades médicas, com a sociedade civil, com a academia e as universidades. O governo não pode criar dois anos sem discutir com quem forma, que são as universidades, as faculdades de Medicina”, defende Florentino Cardozo, presidente da Associação Médica Brasileira. A Advocacia Geral da União, notificada na quarta pela Justiça Federal, disse que vai prestar os esclarecimentos na sexta-feira (26). Para a AGU, o programa está dentro da lei. “Eu não tenho nenhuma dúvida de que o programa vai ser mantido pelo nosso poder judiciário”; disse o ministro da Advocacia-Geral da União Luís Inácio Adams. Fonte:http://glo.bo/1aKRvgC

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Ambulâncias do Samu de Passos são recolhidas por Saúde Estadual

Quatro ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram recolhidas nesta terça-feira (16), em Passos (MG), por funcionários da Secretaria Estadual de Saúde. O município tinha um prazo para instalar o serviço após a entrega dos veículos, que não foi cumprido na administração anterior. As ambulâncias serão levadas para Belo Horizonte (MG). Os veículos do Samu deveriam entrar em atividade naquele mesmo ano, em 2010. O projeto previa a implantação de um sistema regional do Samu que iria funcionar também em outras cidades da região. O sistema não foi criado e a Prefeitura de Passos alegou que não poderia arcar com todos os custos sozinha. A despesa mensal seria de R$ 600 mil. Antes da devolução dos veículos, outros problemas surgiram. A Secretaria de Administração Municipal instaurou um processo administrativo para apurar o desaparecimento de peças e equipamentos das ambulâncias. Alguns aparelhos para o atendimento de pacientes, como desfibriladores e oxímetros, foram encontrados onde funcionava um centro odontológico na cidade. Outros equipamentos como macas, ferramentas e estepes das ambulâncias continuam desaparecidos. O relatório da comissão será enviado para investigação da Polícia Civil. O ex-prefeito de Passos, José Hernani Silveira, disse que as ambulâncias do Samu faziam parte do processo de instalação do Samu Sul de Minas e para que elas começassem a funcionar, faltava a formalização do procedimento por Varginha (MG), que seria a central do serviço na região. Em relação às peças e equipamentos que desapareceram dos veículos, o ex-prefeito garante que as ambulâncias eram revisadas todo mês e que foram entregues à atual administração em perfeitas condições. Ambulâncias do Samu de Passos são recolhidas por Saúde Estadual (Foto: Reprodução EPTV) Ambulâncias do Samu de Passos são recolhidas por Saúde Estadual (Foto: Reprodução EPTV) Polo no Sul de Minas Em Varginha as ambulâncias do Samu chegaram em 2010. Houve também muita expectativa pelo funcionamento do serviço, que iria reforçar o atendimento à saúde, com 153 municípios que seriam beneficiados pela implantação do serviço. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, falta a adequação do prédio em que funcionará a Central do Samu Sul de Minas e, também, dos outros polos: Pouso Alegre, Alfenas, Passos, Itajubá, Lavras, São Sebastião do Paraíso, Poços de Caldas e São Lourenço. O secretário de saúde de Varginha, José Antônio Valério, disse ainda que, em reunião com representantes do Ministério da Saúde, do consórcio intermunicipal do Samu e com o secretário estadual de saúde, Antônio Jorge de Sousa Marques, ficou definido que acontecerão fases de adequação das cidades polo do Samu para que o serviço comece a funcionar no fim do ano. Nesse período de adequação, haverá também a seleção pública e treinamento de cerca de 650 funcionários que trabalharão com o serviço, como médicos, técnicos em enfermagem, enfermeiros, motoristas e funcionários administrativos. Vinte e seis ambulâncias ainda serão enviadas aos municípios pelo Ministério da Saúde. A previsão é de que toda a rede esteja em funcionamento no dia 1º de dezembro. tópicos: Alfenas, Belo Horizonte, Itajubá, Lavras, Ministério da Saúde, Passos, Pouso Alegre, Poços de Caldas, São Lourenço, São Sebastião do Paraíso, Varginha