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terça-feira, 30 de outubro de 2012
Exame 2012 -CREMESP
Diretores da Casa apresentam o número oficial de inscritos a representantes de universidades paulistas
Ayer, Renato e Bráulio durante o encontro com escolas médicas do Estado
“A preocupação do Cremesp na criação de um exame de proficiência no Estado está focada exclusivamente na qualidade do ensino médico e na formação de profissionais adequadamente preparados para o exercício da Medicina no país”. Com esta afirmação, Renato Azevedo Júnior, presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), abriu o encontro com representantes de faculdades paulistas de Medicina para apresentar o total de inscritos na capital e no interior. O evento aconteceu na noite de segunda-feira, 29 de outubro, na sede da Casa.
"A busca pela qualidade do ensino médico no país é a principal proposta, embrionária, do Exame do Cremesp", afirmou o presidente do Cremesp
Ao lado do diretor e 1º secretário Bráulio Luna Filho, e do conselheiro Reinaldo Ayer de Oliveira, ambos coordenadores do Exame, Renato, chamou a atenção dos presentes para o fato de que sua implantação obrigatória representa um passo inicial, embrionário, para avaliar o ensino médico no Estado. “A prova será arquivada e o seu resultado mantido em sigilo”, garantiu o presidente da Casa. “Não haverá divulgação de um ranking de escolas com melhor ou pior resultado, e o Conselho se propõe a conversar com cada uma das universidades após a computação dos resultados”, informou Renato.
Representantes de escolas médicas: debate esclareceu dúvidas com relação ao exame obrigatório
Bráulio, ao fazer um breve histórico da aplicação do Exame do Cremesp desde 2003, lembrou que a proposta de sua criação esteve fundamentada na questão: “como o Conselho poderia contribuir para a formação médica de qualidade no país?” Ao citar que ainda não existe um sistema adequado de avaliação das escolas médicas no Brasil, enfatizou que é urgente a criação desse sistema dentro da própria universidade. Para ele, “é preciso que não se permita a formatura de alunos que apresentem comportamento de risco para o exercício da profissão”. Luna Filho salientou que o Conselho não tem autoridade para impedir o funcionamento de escolas que apresentam má qualidade de ensino, “mas pode auxiliar com ideias que melhorem ou estabeleçam critérios para uma avaliação acadêmica permanente, inserida no sistema de ensino brasileiro e suas peculiaridades.”
Para Reinaldo Ayer, como a Comissão Interinstitucional de Avaliação do Ensino Médico (Cinaem) optou por acatar um processo de análise externa das escolas, a iniciativa de uma prova cognitiva entre os acadêmicos, durante ou ao final do curso, não deveria representar surpresa para as universidades. Ao responder às duvidas dos presentes, Ayer frisou que o corpo de conselheiros da Casa não participa ou interfere na elaboração das questões da prova do Exame do Cremesp. Também informou que a escola, após receber a pontuação obtida no exame, deverá decidir se divulga ou não a nota a seus alunos.
Quanto às notícias sobre possível resistência de alguns estudantes em participar da prova, o presidente da Casa afirmou que, se fundamentadas, não há razão para esse tipo de reação: “o exame é gratuito e não irá prejudicar o formando sob nenhuma hipótese”.
Durante o encontro, o vice-presidente do Cremesp, Mauro Aranha, salientou que o exame tem como desafio ser um complemento às outras iniciativas já vigentes e que também avaliam a formação médica com a proposta de melhorar o atendimento da população no sistema público de saúde.
Ao final, Renato, Bráulio e Ayer agradeceram o empenho das faculdades de medicina em estimular seus alunos a participarem do Exame do Cremesp, frisando que sempre foram bem recebidos pelos acadêmicos, com ética e respeito, durante as visitas itinerantes realizadas pelo Conselho para informar e debater sobre a avaliação obrigatória.
Participaram do encontro, representantes das faculdades de Medicina de Jundiaí, Botucatu, Santa Casa de S. Paulo, Marília, Barão de Mauá, Mogi das Cruzes, Taubaté, Castelo Branco, Fernandópolis, Catanduva, PUC-Campinas, Bragança Paulista, São Camilo, ABC, Votuporanga, Morumbi-Anhembi e S. José do Rio Preto, além da Escola Paulista de Medicina.
Pelo Cremesp, estiveram presentes Akira Ishida, Carlos Alberto Bacheschi, Clóvis Francisco Constantino, Marco Tadeu, Nacime Salomão Mansur, Sílvia Mateus e Rui Tanigawa.
Fotos: Osmar Bustos
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