quarta-feira, 14 de março de 2012

Quando os médicos erram


O número de processos aumentou
sete vezes em apenas uma década

Alexandre Mansur

Na sala de cirurgia, o médico Pedro Paulo Monteleone prepara-se para retirar o útero de Rosa Gonçalves Dias. Às 7 horas da manhã, a paciente teve o intestino lavado e os pêlos pubianos raspados. A anestesia peridural, que corta qualquer sensibilidade da cintura para baixo, faz efeito. Como Rosa tivera seus três filhos por meio de cesariana, Monteleone abre 12 centímetros de pele logo acima do púbis, no mesmo local dos cortes anteriores, para evitar uma nova cicatriz. É trabalhoso chegar até o útero. O médico corta uma primeira camada de gordura, abre a aponeurose, um tecido fino que envolve toda a cavidade abdominal, afasta os músculos peritoniais e alcança o intestino. A cada etapa, grampos metálicos são colocados nas bordas das incisões para manter os órgãos afastados. O intestino é empurrado, com uma compressa, em direção ao umbigo. Em meia hora, o médico já enxerga bem o útero da paciente. A fase mais crítica da cirurgia começa agora. Com todo o cuidado, Monteleone corta os ligamentos que unem as trompas ao útero. Quando a paciente está deitada, a bexiga fica apoiada sobre o útero. É preciso afastá-la com uma gaze, lentamente, e ir cortando com uma pequena tesoura os pedaços de tecido que unem as finas paredes dos dois órgãos. É como abrir um envelope, descolando as bordas, sem rasgar o papel. Monteleone sabe que qualquer corte 1 milímetro mais profundo pode perfurar a bexiga. Foi exatamente isso que aconteceu naquela manhã de agosto de 1994. O médico Monteleone furou a bexiga de sua paciente Rosa.

Monteleone, 58 anos, obstetra e ginecologista há 33, é formado em uma das melhores faculdades do país, a Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, onde também foi professor durante três décadas. Naquela manhã, ao perceber que tinha cortado a bexiga de Rosa, parou o que estava fazendo. Pediu fio e agulha apropriados à instrumentadora, costurou o órgão afetado com cinco pontos e só depois prosseguiu na retirada do útero. Duas horas mais tarde, quando a paciente já estava no quarto, ainda levemente sedada, o médico explicou-lhe o que ocorrera durante a operação. Se não fosse pelo rompimento da bexiga, Rosa teria alta do hospital em menos de 24 horas. Em razão do acidente, ela ficou com uma sonda e a internação foi prolongada por uma semana, até a ferida interna cicatrizar. Hoje, acadêmico renomado e profissional de sucesso, Monteleone preside o Conselho Regional de Medicina de São Paulo, Cremesp. Por sua mesa, na sede da entidade, passam quilos de papéis repletos de acusações graves contra seus colegas de profissão. São casos de erro médico. Em uma década, o número de processos por negligência ou imperícia encaminhados anualmente ao Conselho Federal de Medicina, CFM, a última instância por onde passam processos vindos de todo o Brasil, aumentou sete vezes. Ao todo, foram 356 processos (veja gráfico). O número de condenados caiu porque o Conselho diz que não consegue julgar tantos casos. Há 200 na fila de espera.

"Quem diz que nunca cometeu um erro grave na carreira está mentindo."
Pedro Paulo Monteleone, ginecologista e obstetra que furou a bexiga de uma paciente durante cirurgia
Foto: Antonio Milena

Uma novidade é que o comportamento dos médicos em relação aos seus próprios erros está mudando. Até algum tempo atrás, com medo de sofrer processos e ter a reputação manchada por uma acusação de barbeiragem, grande parte deles preferia esconder dos pacientes suas eventuais falhas. Isso só contribuía para complicar a questão. Desinformados a respeito de problemas durante a cirurgia, muitos pacientes só descobriam que tinham sido vítimas de erro mais tarde, em razão de complicações pós-operatórias. Os próprios conselhos regionais de medicina eram usados como escudo para proteger os médicos acusados de erro, o que freqüentemente lhes valeu a pejorativa denominação de "máfia de branco". Hoje, isso ainda acontece, mas há boas notícias na área. Tome-se o caso do erro cometido por Monteleone durante a cirurgia de útero. Depois de ouvir o relato detalhado do que tinha ocorrido, Rosa, sua paciente, nem pensou em processar o cirurgião. "É um alívio saber que existem médicos que contam a verdade, por mais difícil que seja ouvi-la", diz ela. Esse tipo de relacionamento franco entre médico e paciente é uma grande novidade nos consultórios e hospitais brasileiros.

Histórias escabrosas — Para a maioria das pessoas, erro médico é sinônimo de negligência ou irresponsabilidade de maus profissionais. Inúmeras histórias escabrosas que aparecem no noticiário contribuem para reforçar essa visão (veja algumas delas nos quadros que ilustram esta reportagem). Um recém-nascido ficou cego porque esqueceram de colocar algodão para proteger seus olhos na incubadeira. Uma mulher submeteu-se a uma cirurgia no abdome e, cinco anos depois, começou a sentir dores. Ao fazer uma radiografia, foi informada de que tinha uma pinça cirúrgica na barriga, deixada ali pelo médico que a operou. Uma judoca de 14 anos foi internada para operar o menisco da perna direita. Quando acordou, descobriu que tinham mexido no menisco sadio da perna esquerda. A maioria desses casos, mais escandalosos, envolve médicos incompetentes e negligentes. Existe, porém, uma verdade irrefutável na medicina, que torna o problema do erro mais complexo e, ao mesmo tempo, mais assustador: todos os médicos erram. "Quem diz que nunca cometeu um erro grave na carreira está mentindo", afirma, sem constrangimento, o obstetra Monteleone. "Alguns erros, às vezes graves, fazem parte do dia-a-dia da medicina", diz Sérgio Mies, professor e médico da Unidade de Fígado da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. "Mesmo os melhores médicos estão sujeitos a errar."


Pelas estatísticas, percebe-se que o grande desafio da medicina não é punir profissionais negligentes que cometem erros. Isso, bem ou mal, a Justiça e os conselhos regionais já fazem. O verdadeiro desafio é encontrar um modo de evitar que os bons médicos, aqueles profissionais sérios e competentes em que os pacientes confiam cegamente, cometam falhas. Em 1991, a revista New England Journal of Medicine, uma das mais conceituadas do mundo na área, publicou um estudo feito nos hospitais do Estado de Nova York, nos Estados Unidos. A pesquisa, com base em análise de 30.000 prontuários, revelou que dois terços das complicações que resultaram em internação prolongada, incapacidade ou morte foram provocados por erros médicos. Os americanos estimam que 120.000 pacientes morrem a cada ano em conseqüência de algum engano ou descuido no tratamento. Quatro entre dez médicos americanos já foram acusados e processados por erros cometidos em consultórios e hospitais. No Brasil, as associações de vítimas de erros médicos do Rio de Janeiro e de São Paulo têm 3100 processos correndo na Justiça. Os médicos envolvidos nesses processos têm, em média, entre dez e vinte anos de profissão.

Livre-arbítrio — Por que os médicos erram com tanta freqüência? Porque são pessoas. Errar é parte essencial da existência humana. Segundo o psicólogo inglês James Reason, autor do livro Erro Humano, o erro é o preço que os seres humanos pagam pela habilidade de pensar e agir intuitivamente. É a possibilidade de errar, ou acertar, que faz da espécie humana a única dotada de livre-arbítrio, a capacidade de escolher entre idéias, caminhos, soluções e alternativas diferentes. É também esse mecanismo que faz as pessoas melhorarem com o aprendizado e o acúmulo de novas experiências. Sem a perspectiva do erro, seríamos todos exatamente iguais, homens e mulheres aborrecidamente infalíveis e previsíveis.

Existem áreas em que a tecnologia tem conseguido reduzir o erro à condição de uma quase improbabilidade estatística. Na indústria da aviação, a freqüência de erros operacionais é hoje de apenas um a cada 100.000 vôos. Isso é possível porque, na aviação, um homem comanda uma máquina que pode ser ajustada nos mínimos detalhes para reagir corretamente a milhares de situações já bastante estudadas. A indústria de eletrodomésticos General Electric atingiu a meta de tornar os defeitos em produtos tão raros que já não podem ser estatisticamente detectados — estima-se que a proporção seja de um erro por milhão de acertos. Em outras atividades, em que as decisões são tomadas por pessoas cujos procedimentos não podem ser regulados e ajustados, como os dos robôs, a situação é diferente. Os engenheiros erram. Os professores erram. Os advogados erram. Os jornalistas erram — esta sua revista VEJA já errou muitas vezes e, provavelmente, vai errar outras tantas mais. Na medicina, em que gente cuida de gente e lida com situações muitas vezes imprevisíveis, o erro é parte da rotina. O problema é que o médico lida com a vida humana. Isso torna seu erro mais dramático.

"O erro de avaliação acontece. O importante é não abandonar o paciente."
Marcos Vianna, pediatra que diagnosticou otite em um caso de meningite
Fotos: Oscar Cabral

Existe, no entanto, o profissional que erra e procede corretamente depois e o médico que erra e se mantém teimosamente no erro. No primeiro caso estão médicos que falham mas assumem os deslizes e os expõem francamente aos pacientes. No segundo, os que erram por negligência ou falta de humildade para reconhecer que não estão preparados para fazer determinadas cirurgias ou tratamentos. E, pior: procuram esconder os erros com atitudes desonestas em relação aos pacientes. A maior parte das denúncias de erro médico que se avolumam nos conselhos regionais e nos tribunais de Justiça tem uma história de mau relacionamento entre médico e paciente agravando a questão do erro. Muitos processos poderiam ser evitados com um diálogo franco e a continuidade do tratamento. Sabendo disso, o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro criou, no mês passado, uma Comissão de Conciliação. Antes de dar entrada com a denúncia, a comissão coloca o paciente frente a frente com o médico. O profissional é obrigado a explicar, em linguagem didática, o que houve durante determinada cirurgia ou tratamento. Nos casos mais simples, os pacientes contentam-se com um pedido formal de desculpas por parte do médico. Nos outros, mais complicados, é aberto um processo no CRM.


Exemplos semelhantes podem ser encontrados em outros Estados. Em Santa Catarina, o cirurgião Edevard de Araujo abriu um buraco maior que o esperado na bexiga de uma menina durante uma cirurgia para desobstrução de um ureter. Dois dias depois, os pontos da bexiga estouraram e a urina passou a vazar para dentro do abdome. O outro canal do ureter que não tinha sido mexido também piorou. Ao contar aos pais da paciente que teria de fazer outra operação, dessa vez de emergência, foi bem claro: "Foi uma complicação imprevisível". Os pais acreditaram e nem pensaram em processá-lo.

Outro caso exemplar de que uma conversa honesta é o melhor caminho para evitar um processo ocorreu com o pediatra carioca Marcos Vianna, da Escola Nacional de Saúde Pública, no Rio de Janeiro. Em 1989, Vianna atendeu uma mulher cujo filho, de 1 ano e 7 meses, tinha febre e chorava de dor no ouvido. Ao examinar o menino, o médico constatou que o tímpano estava abaulado e opaco. Diagnóstico: otite. Receitou um remédio e mandou a criança para casa. O diagnóstico estava errado. Algumas horas depois, a febre piorou, o choro aumentou e a mãe, aflita, levou o filho para outro hospital, que, dessa vez, fez um exame mais detalhado. Com uma punção, retirou-se líquido da medula espinhal. O diagnóstico foi meningite. As probabilidades de um paciente com meningite morrer ou ficar com seqüelas como paralisias e deficiências cerebrais quando não é medicado em 24 horas são enormes. Felizmente, nesse caso o menino foi socorrido a tempo e hoje leva uma vida normal. Ao saber do que tinha acontecido, o pediatra Vianna reconheceu imediatamente o erro. "O menino poderia ter morrido", afirma. Sua franqueza fez com que a família decidisse manter o menino aos seus cuidados, mesmo depois do episódio. "Qualquer profissional pode cometer erro de diagnóstico", diz o médico. "O importante é não abandonar o paciente."

No Brasil, o que contribui para o erro e a negligência são a má formação dos médicos e as condições de trabalho na maioria dos hospitais. Dos 9.000 profissionais formados todo ano pelas 85 escolas de medicina do país, apenas 60% conseguem vaga para fazer residência. "Mesmo quem se formou na melhor faculdade de medicina do Brasil não está pronto para trabalhar sem dois anos de residência", afirma Júlio Cézar Gomes, secretário do CFM. "Esses 40% que chegam ao mercado de trabalho sem a formação completa são um perigo." Outro problema são as precárias instalações dos postos de atendimento. "Em hospitais muito grandes, a situação força uma banalização da morte", diz o professor Sérgio Mies. "Isso leva à negligência. É essencial que um médico nunca encare a morte como algo banal." Além das más condições de trabalho, a certeza da impunidade é outro fator que favorece os erros. Nos hospitais públicos, quando o médico erra, geralmente o processo corre contra a União, o Estado ou o município. Em raríssimos casos, acusa-se diretamente o profissional que cometeu a falha. Essas entidades públicas, e impessoais, pagam as indenizações, quando são condenadas, mas quase nunca se preocupam em punir os responsáveis pelo erro. "Ninguém fica sabendo nem mesmo quem é o médico envolvido", diz Marcos Vianna. Durante os quatro anos em que ele dirigiu o Instituto Fernandes Figueira, no Rio de Janeiro, maternidade de referência nacional, o hospital pagou quatro indenizações por erros cometidos por médicos que nem trabalhavam mais lá. Várias vezes Marcos Vianna tentou abrir sindicância interna para apurar os erros, mas foi em vão. "Convocamos comissões de médicos especialistas, mas o corporativismo correu solto", queixa-se Vianna. "Ninguém queria ouvir falar em negligência."

O aumento do número de processos contra médicos no Brasil deve-se a uma mudança de comportamento da sociedade. Até alguns anos atrás, os médicos eram vistos como profissionais em quem se devia depositar uma confiança cega, o que os tornava praticamente imunes à acusação de erro. Isso está mudando, graças à consciência dos pacientes de que eles são prestadores de serviços, dos quais se devem cobrar qualidade e respeito, como em qualquer outra área. Há dez anos, a maior parte das denúncias de erro partia da própria classe médica. Hoje, 57% das queixas são feitas pelos pacientes e órgãos de defesa do consumidor. Preocupados com a imagem da classe, os médicos, por meio dos conselhos regionais, estão mais empenhados em punir os maus profissionais. "Precisamos aprimorar nossa credibilidade", diz Roberto D'Ávila, presidente do CRM de Santa Catarina.

Licença cassada — No final do ano passado, um ginecologista de São Paulo teve sua licença de exercício da profissão cassada porque rompeu o ureter e a bexiga de uma garota de 20 anos durante um aborto. No dia seguinte, com fortes dores, a paciente procurou o médico, mas ele se negou a atendê-la. A jovem foi parar em outro hospital e perdeu o útero em virtude das complicações da operação malfeita. O conselho regional considerou mais grave o fato de o médico ter negligenciado a paciente do que ter feito um procedimento ilegal (o aborto) e rompido dois órgãos. "É um indivíduo sem caráter, que não admite que errou nem tem a sensibilidade para ver as conseqüências do erro", avalia Monteleone. "Esse tipo de gente não pode exercer a profissão."

Quando é julgado culpado por um CRM, um médico pode receber uma advertência reservada, uma censura pública, uma suspensão por trinta dias. Nos casos mais graves, tem o registro profissional cassado. Nos processos que chegam à Justiça comum, as vítimas buscam indenizações em dinheiro e, em tese, as chances de o médico ser punido são maiores. A primeira vitória na Justiça comum de uma associação de vítimas de erro médico aconteceu em 1992. "Na época foi um evento sem precedentes", lembra a advogada Célia Destri, presidente da associação fluminense de vítimas de erro médico. Desde então, outros 62 processos foram vencidos pelos pacientes. Em geral, as indenizações determinadas pela Justiça são superiores a 100 salários mínimos. Os médicos brasileiros estão apreensivos com a chance de ter seus procedimentos discutidos em tribunal e começam a pensar numa "medicina defensiva". A Associação Médica do Rio Grande do Sul elaborou um manual para seus sócios se precaverem de processos por erro médico, com orientações que chocaram alguns especialistas no assunto (veja quadro). Também há companhias de seguro oferecendo planos especiais de cobertura para os médicos. Uma delas, a Arias Villanueva, já tem 400 clientes. O segurado paga 158 reais por mês e, se for processado, tem direito a 130.000 reais para pagar indenizações e honorários do advogado.

Nos Estados Unidos, o medo de processos judiciais tornou-se uma autêntica paranóia entre os médicos. Setenta por cento dos ginecologistas e obstetras americanos — área mais visada — já foram processados pelo menos uma vez. Há casos de profissionais que foram condenados a pagar milhões de dólares em indenizações. Essa indústria de processos tornou-se um filão para as seguradoras. Todo médico ou hospital tem seu plano de seguro para se prevenir contra a falência no caso de ser condenado a pagar uma indenização milionária. "Lá, o medo de processos é tão generalizado que ninguém cria nem improvisa nada", afirma o médico mineiro Randas Vilela Batista, que se tornou mundialmente famoso por inventar uma cirurgia que retira um naco do músculo cardíaco para curar determinadas doenças. "Nos Estados Unidos, ninguém teria coragem de fazer uma cirurgia como essa pela primeira vez", conta Randas. "O risco de sofrer um processo, caso algo saísse errado, seria grande demais."

Apesar da paranóia, os Estados Unidos conseguiram reduzir a incidência de erros em determinadas áreas da medicina, como a anestesia. Esse é um caso espetacular de sucesso. No início da década de 80, uma a cada 10000 anestesias feitas nos hospitais americanos tinha algum problema que resultava em morte. O presidente da Sociedade Americana de Anestesiologistas, Ellison Pierce, decidiu lançar uma cruzada para reduzir as chances de erro. Pierce usou um trabalho realizado dez anos antes pelo engenheiro Jeffrey Cooper, contratado pelo Hospital Geral de Massachusetts para estudar as causas dos problemas durante a anestesia. Cooper analisou 359 casos de erros, que incluíam pouco treinamento dos profissionais, deficiência dos equipamentos, má comunicação entre os membros da equipe cirúrgica, cansaço e desatenção. As alterações determinadas por Pierce foram, em geral, fáceis de executar. Reduziram-se as horas de trabalho, os mostradores dos equipamentos foram padronizados, sistemas de alarme passaram a ser acionados automaticamente em situações de risco, trancas de segurança para evitar excesso de gás anestésico foram instaladas. Uma década depois, o índice de mortalidade caiu para uma em mais de 200000 operações, redução de 95%.

Com os resultados obtidos na anestesiologia, fica claro que, apesar das limitações impostas pela condição humana, a medicina ainda pode melhorar muito no combate a seus erros. A busca da perfeição, ainda que inatingível, é a única saída compatível com a ética médica nesses casos. Colocar a culpa nas péssimas condições do sistema de saúde brasileiro, na formação deficiente dos profissionais, no excesso de horas trabalhadas, no baixo salário ou na falta de equipamento adequado é fugir da essência do problema. Em alguns hospitais universitários e poucas clínicas particulares, acontecem reuniões semanais em que médicos, enfermeiras, residentes, psicólogos, fisioterapeutas, todos os envolvidos em cada departamento, discutem os casos complicados. Na unidade de fígado do Hospital das Clínicas de São Paulo, as reuniões têm o nome de "complicações e óbitos". "Discutimos abertamente tudo o que acontece, principalmente os erros. O objetivo é aprender com o insucesso e tentar evitar a repetição", explica o médico e professor Sérgio Mies. Discussões dessa natureza são a melhor notícia que se poderia dar aos pacientes. "Não é razoável exigir que a medicina atinja a perfeição", afirma o médico americano Atul Gawande, autor de um artigo sobre erro médico publicado no mês passado pela revista The New Yorker. "O que é razoável é pedir que a medicina nunca deixe de buscá-la."

Faltou um exame

Foto: Moreira Mariz
Durante uma consulta pré-natal, o médico Marco Túlio Vaintraub, de Belo Horizonte, perguntou à professora de educação física Soraia Magalhães qual era seu tipo de sangue. Ela respondeu Rh positivo. O médico não se preocupou em checar a informação mediante um exame de laboratório. O resultado foi desastroso. Quando Henrique nasceu, na Maternidade Otaviano Neves, apresentou sinais de eritroblastose fetal, uma doença que acomete recém-nascidos cujos pais têm incompatibilidade sanguínea. Soraia tinha Rh negativo, mas a equipe da maternidade levou dois dias para identificar o problema e tomar a atitude indicada: substituir todo o sangue do garoto. Era tarde. A doença já tinha provocado uma lesão no cérebro. Hoje, com 2 anos e meio, Henrique não fala nem anda e tem o desenvolvimento retardado. O obstetra e a maternidade respondem a processos na Justiça. "Foram dois erros grosseiros seguidos", acusa a mãe do garoto. Vaintraub se defende dizendo que a culpa pela informação errada sobre o tipo sanguíneo foi de Soraia. "Não cabia a mim duvidar dela", diz o médico. O hospital afirma que não tomou as providências a tempo porque trabalhava com uma informação errada.



Morte na cirurgia

Foto: Liane Neves
Adelaide Perazzollo Balestreri, de 72 anos, internou-se no Instituto de Cardiologia de Porto Alegre, em setembro do ano passado, para fazer uma operação de ponte de safena com o cardiologista João Ricardo Sant'Anna. Quatro horas depois de iniciada a cirurgia, a família foi avisada de que tudo correra bem. Algumas horas mais tarde, o médico disse aos parentes que Adelaide apresentava uma queimadura nas costas. Só no dia seguinte se descobriu que o caso era muito mais grave que a versão inicial: a paciente tinha queimaduras de terceiro grau nas costas e nádegas e corria risco de vida. "Ela estava em carne viva, inchada, parecia um monstro", lembra Miriam Manfredini (na foto com o retrato da avó). Várias cirurgias de enxerto de pele foram feitas, mas Adelaide não resistiu e morreu. Na necropsia, também foi constatada fratura de duas costelas. O cardiologista afirma que as queimaduras devem ter sido provocadas por um defeito no colchão térmico da sala de cirurgia. "Minha operação foi bem feita, mas houve algum problema com os equipamentos", alega. O caso está na Justiça.



"Uma fatalidade"

A servente escolar Lucia Silva de Carvalho levou seu filho único, Bruno, de 9 anos, ao Hospital da Piedade, no Rio de Janeiro, para extrair o apêndice no dia 29 de setembro de 1993. Por problemas na anestesia, Bruno teve uma parada respiratória. O cérebro ficou sem oxigênio e o menino entrou em coma. Saiu da mesa de cirurgia direto para a UTI. Um dos médicos chamou Lucia em um canto e disse: "Houve uma fatalidade. Ele parou". Durante vários dias, a mãe tentou descobrir o que tinha acontecido, mas os médicos e enfermeiros desconversavam. Três meses mais tarde, Bruno teve alta. Desde então, vive em estado quase vegetativo aos cuidados da mãe: não mexe braços e pernas, não fala, não reage a nada. Para cuidar dele, Lucia parou de trabalhar. Um ano depois, entrou com um processo contra a União, dona do hospital, alegando erro do anestesista. Ganhou em primeira instância e recebe dois salários mínimos como "tutela antecipada", uma indenização provisória até a definição do caso.



"Foi um horror"

Para eliminar um vírus, a técnica em agropecuária Elizabete Maria Barbosa submeteu-se a uma cauterização no útero. Foram quatro sessões de tratamento nas quais a ginecologista Thereza Chrystina Elias Cardoso, do Recife, errou na quantidade de ácido aplicado, provocando dores e queimaduras visíveis na coxa e na virilha. "Ardia, queimava. Foi um horror", conta Elizabete. Os ferimentos causaram estreitamento e colagem do canal vaginal. As tentativas da médica para corrigir o problema foram ainda mais desastrosas. Primeiro procurou abrir a vagina da paciente com as mãos. Não deu certo e ela optou por uma cirurgia, na qual o bisturi elétrico provocou novas queimaduras, de terceiro grau, em Elizabete. Ao receber alta, a técnica foi informada de que nunca mais teria atividade sexual. Acionada pelo Ministério Público, a ginecologista foi condenada a ficar sem trabalhar quatro anos e meio. Recorreu e hoje é médica num hospital e no posto da prefeitura de Olinda.



Pinça na barriga

Em 1992, a aposentada carioca Isaíra Maria Gonçalves submeteu-se a uma operação para retirada de um tumor no útero. Na aparência, a cirurgia, realizada no Hospital Salgado Filho, da rede municipal, foi um sucesso. Isaíra teve alta no dia seguinte e passou a viver normalmente. Até que, no Natal de 1997, começou a sentir uma dor forte e persistente na barriga. A urina estava escura. "Achei que tivesse comido alguma coisa estragada", lembra. Com essa suspeita, no dia 8 de janeiro do ano passado ela foi novamente levada pela família ao Hospital Salgado Filho. Uma radiografia (foto) revelou uma informação espantosa: dentro de seu abdome havia uma pinça cirúrgica de 15 centímetros. O instrumento tinha sido esquecido pela equipe que fez a operação, em 1992. Isaíra foi transferida imediatamente para o centro cirúrgico e operada. "O mais inacreditável é que, durante cinco anos, eu não senti nada", diz. A família de Isaíra está movendo uma ação indenizatória contra o município do Rio de Janeiro por negligência médica.



Um guia para esconder o erro

Associação Médica do Rio Grande do Sul publicou um manual para orientar seus filiados sobre como se prevenir de processos por erro médico. Assinado pelo advogado Marco Antonio Bandeira e pelo médico e advogado Luiz Augusto Pereira, o guia deixa claro seu objetivo já na apresentação: "Neutralizar fatores externos agressivos e preconceituosos em relação a nossa atividade, como associações de vítimas de 'erro médico', autoridades oportunistas, imprensa sensacionalista". A pedido de VEJA, o professor de ética médica Marco Segre, da Universidade de São Paulo, e o advogado paulista José Rubem Macedo Soares leram o manual. "O texto instiga a sonegação fiscal, faz apologia do crime, incita a prática de supressão de documentos, aconselha fraude processual e fere o código de ética dos advogados", afirma Soares. "Do ponto de vista da ética médica, é uma aberração", resume Segre.
Confira alguns itens do manual:
"Quando for decidido pelo médico que deve prestar depoimento perante a autoridade policial ou a promotoria, deve fazê-lo usando a linguagem mais técnica e hermética possível, recusando explicações em termos leigos ou coloquiais. Para dificultar a denúncia."
"É princípio de boa cautela consultar um advogado para ser orientado sobre a forma legal de retirar o patrimônio de nome próprio, para evitar o risco de perdê-lo para o paciente demandante."
"O médico faz hoje parte de uma classe desprotegida. Sem poder político nem união profissional, está acuado por pacientes gananciosos."
"As precárias condições e a falta de equipamentos impõem ao médico decisões que a ele não cabe tomar. Tipo quem vai viver, quem vai morrer, na insuficiência do número necessário de respiradores artificiais. Nesses casos, deve ser observada a rigorosa ordem cronológica de chegada dos pacientes ao local do atendimento. Não importa quem tem maiores chances de sobreviver."
"Evitar pacientes que recusam determinadas terapias por razões éticas ou religiosas."
"Evitar plantões de atendimento público."
"O Conselho Federal de Medicina afirma que o prontuário médico pertence ao paciente. Está equivocado. O paciente tem direito a um relatório médico, elaborado a partir do prontuário."

Com reportagem de Dina Duarte, do Recife, José Edward,
de Belo Horizonte, e Cristine Prestes, de Porto Alegre


As mentiras dos médicos

Pesquisa americana revela que boa parte dos doutores não conta toda a verdade aos pacientes sobre prognósticos e erros

Luciani Gomes

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VÍNCULO
Parte dos profissionais não fala de suas relações com laboratórios
Médicos mentem? Além de competência técnica, espera-se que o profissional de medicina nunca omita ou exagere, para mais ou para menos, o quadro de um paciente. Mas uma pesquisa feita nos Estados Unidos e publicada este mês na revista Health Affairs, voltada ao aprofundamento de políticas de saúde, revela que a honestidade não está sendo levada tão a sério pelos principais profissionais da área de saúde. De cerca de 1,9 mil médicos entrevistados, 55,2% confessaram ter dado um prognóstico mais otimista do que exigia a situação. “O grande problema nesses casos é a omissão de informação necessária para que o paciente tome decisões sobre sua saúde”, disse à ISTOÉ a coordenadora da pesquisa, Lisa Iezzoni, professora da escola de medicina da Universidade de Harvard.

Lisa cita o exemplo de um paciente de câncer que, ao receber o diagnóstico, não compreendeu o avançado estágio da doença. O resultado foi que não conseguiu se preparar – nem preparou a família – para as perdas emocionais e financeiras que sofreriam. “É humano não querer chatear. Mas isso não pode impedir um médico de passar a informação correta”, pondera Lisa. Para o médico Edevard José de Araújo, do Conselho Federal de Medicina (CFM), a verdade deve sempre ser dita, e de maneira muito clara. “Talvez não toda a verdade num primeiro encontro, mas durante dois, três ou mais, se for necessário, para um melhor entendimento”, defende.

O estudo apontou também uma grave omissão em relação aos erros médicos. “Somente 20% disseram ter assumido e relatado ao paciente a ocorrência de erros durante o tratamento ou diagnóstico”, afirma a pesquisadora. “O profissional não pode prometer um resultado 100% satisfatório. Mas, se algo acontecer fora do previsto, ele tem que informar”, orienta Araújo, do CFM.

Porém, 34% dos profissionais revelaram que não concordam completamente com a ideia de que devem reportar aos pacientes os erros médicos significativos cometidos no atendimento.

Outro ponto obscuro na relação médico-paciente é a transparência sobre o envolvimento dos profissionais com a indústria farmacêutica. Trinta e cinco por cento não estão seguros ou discordam da obrigatoriedade de informar ao paciente os seus vínculos com as empresas. “É um relacionamento impossível de não existir por causa do assédio e da força dessa indústria e que leva a um tipo de relação condenada, da qual nem sempre o paciente sabe”, diz Araújo.

E já que a relação médico-paciente nunca é tão clara como parece, a solução é desmistificá-la, conforme a professora Ligia Bahia, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro. “Os médicos são seres humanos e, como tais, sujeitos a diversas influências.” Ela recomenda aos pacientes exercerem sua autonomia, exigindo sempre explicação completa sobre qualquer diagnóstico ou tratamento.
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Família denuncia morte de advogada por erro médico



Familiares de uma advogada denunciaram na tarde de segunda-feira (13) a morte da jovem, que pode ter sido vítima de um erro médico, no HCE (Hospital Central do Exército), no bairro de Benfica, na zona norte do Rio de Janeiro.
Segundo os parentes, a advogada de 32 anos, morreu depois de receber uma medicação errada no HCE. Um médico da unidade teria afirmado que houve reação alérgica ao remédio.

Assista o vídeo no link abaixo:

http://www.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fnoticias.r7.com%2Frio-de-janeiro%2Fnoticias%2Ffamilia-denuncia-morte-de-jovem-por-erro-medico-20120314.html&h=EAQESg3XZAQEVz0YSaWkxmHJZCqe_p3QYXM1h28dVA-ZqiQ

terça-feira, 13 de março de 2012

Homem morre em São Luís por falta de atendimento médico

Um homem morreu por falta de atendimento médico depois de a família telefonar quatro vezes para o Samu, pedindo uma ambulância, em São Luís.
Cristino Sousa tinha 34 anos, era diabético e estava com pneumonia. Nesta segunda-feira (12), a família pediu que a ambulância o levasse até o hospital, depois de uma crise de falta de ar.
Danielle: Moço, é a quarta vez que eu ligo. Ele tinha que vir aqui porque o moço tá passando mal.
Atendente: O médico já confirmou que a ambulância não será encaminhada.
Danielle: O homem tá passando mal desde ontem de noite, está sem respirar. Vocês vão esperar ele morrer mesmo. Não é assim?
Atendente: Tá, obrigado senhora. Bom dia.
Cristino morreu em casa, a menos de três minutos do local de onde partem as ambulâncias do Samu.
O secretário de Saúde de São Luís declarou que pediu uma investigação do caso para tomar providências.

Veja a reportagem na íntegra

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sábado, 10 de março de 2012

Criança passa 17 dias com espeto de madeira no pé em Guarapari, no ES

Uma situação inusitada chamou a atenção em Guarapari, na Grande Vitória. Um menino de 9 anos passou 17 dias com um pedaço de espeto de madeira no pé sem que médicos detectassem o objeto. Segundo os pais da criança, foi preciso ir ao hospital quatro vezes até que percebessem o espeto, enquanto o filho sentia dores. O médico que detectou o objeto pediu desculpas à família pela demora.
A criança disse que o acidente aconteceu enquanto ele jogava futebol na Praia do Morro. "Fui chutar a bola e acabei chutando o espeto que entrou no meu pé. Doía muito e eu caí no chão", disse o menino Isac Rios. O vigilante Reginaldo Rios, pai de Isac, contou que a demora foi grande para encontrarem o problema. "Faltou atenção dos médicos, se não tivessem visto na última consulta ia ter que fazer radiografia ou alguma ressonância", afirmou.
O medico Rogério Zanon, de um hospital particular do município, assumiu o erro. "O que tenho que fazer é pedir desculpas à família. Não fiz o exame antes, mas não detectaria a madeira, porque ela é radiotransparente e não iria aparecer. Infelizmente dei o azar, porque nenhum médico gostaria que isso acontecesse. Mas consegui achar esse corpo estranho depois", explicou o Zanon.

Veja a reportagem na íntegra no link abaixo
http://glo.bo/xfjjaK

Apesar de salários até R$ 14 mil, GDF não preenche vagas para médicos

Mesmo oferecendo salários de até R$ 14,2 mil, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal recebeu menos inscrições do que o total de vagas disponíveis para contratação temporária de médicos. O valor oferecido corresponde ao dobro do pago aos servidores concursados.
A secretaria abriu 228 vagas em quatro especialidades (medicina intensiva, anestesiologia, neonatologia e psiquiatria), mas apenas 148 interessados entregaram currículo, o equivalente a 0,65 candidato por vaga.
As inscrições foram abertas em 16 de janeiro e deveriam ter acabado no dia 27 do mesmo mês, mas, devido à baixa procura, a secretaria chegou a prorrogar as inscrições até 10 de fevereiro.
Segundo a Secretaria de Saúde, a única modalidade a igualar a quantidade de inscrições e a demanda foi medicina intensiva, com 24 candidatos. Anestesiologia, que tinha uma demanda de 130 vagas, recebeu 54 inscrições. Neonatologia oferecia 24 e recebeu 23 e psiquiatria ofertava 50 e teve 47.
Os currículos apresentados serão analisados e, se preencherem os requisitos, aprovados, informou a secretaria. A previsão é que os profissionais comecem a trabalhar até a segunda quinzena de março. O contrato tem validade de seis meses, prorrogáveis por mais seis.
‘Condições ruins’
O presidente do Sindicato dos Médicos, Gutemberg Fialho, disse não se surpreender com a situação. “É a terceira vez que fazem isso e não têm sucesso. A secretaria não está aprendendo com os próprios erros. Mesmo se o salário fosse bom, as condições de trabalho na rede pública são ruins, não é atrativo”, explicou.
De acordo com Fialho, apesar de ser o dobro do que a pasta paga para concursos públicos, os salários continuam baixos. Ele afirmou que um médico na iniciativa privada com contrato de 20 horas semanais recebe cerca de R$ 20 mil, quase o triplo do oferecido na rede pública – R$ 7,1 mil.
As vagas remanescentes serão ofertadas em um novo concurso, que a secretaria disse ainda não ter data para acontecer.
Veja a reportagem na íntegra no link abaixo
http://glo.bo/xSS3xL

Fonte o Globo

Polícia investigará caso de bebê que perdeu parte do dedo em Mogi Guaçu

g1.globo.com
Lesão foi percebida somente durante visita de mãe à criança no hospital. Recém-nascida prematura ficou internada durante cem dias.
Veja a reportagem no link abaixo

sexta-feira, 9 de março de 2012

Suposto erro médico, mata bebê de 1 mês em Contagem, Minas Gerais

A cidade mineira de Contagem, está chocada com a morte de um bebê de apenas um mês de vida. Arthur Felipe Alves de Oliveira deu entrada no Hospital Municipal, na Grande Belo Horizonte, com uma insuficiência cardíaca, mas em quadro estável. A morte pegou os pais de surpresa e a denuncia de um próprio funcionário do hospital gerou um espanto ainda maior, segundo ele, a pessoa que fez o atendimento injetou leite na veia da criança, no lugar de soro.

A mãe, está revoltada em pensar que a morte de seu filho pode ter sido provocada pelo erro de um profissional de saúde. Os familiares aguardam o laudo que irá apontar a causa da morte, que pode demorar 30 dias.

A direção do hospital informou que abriu uma sindicância para apurar o caso e afastou a técnica de enfermagem que atendeu o bebê.

Veja a reportagem no link abaixo
http://www.sbt.com.br/jornalismo/noticias/?c=17038&t=Suposto+erro+medico,+mata+bebe+de+1+mes+em+Contagem,+Minas+Gerais

Falta de atendimento imediato em emergências pode virar crime

Tomando como exemplo uma frase oficial do governo, daria até pra dizer: o Ministério da Saúde adverte: a burocracia em portaria de hospital é prejudicial à saúde. Algumas exigências administrativas podem retardar o atendimento de urgência e levar o paciente à morte.

Em janeiro deste ano, o servidor do ministério do planejamento Duvanier Paiva tentou atendimento em dois hospitais de Brasilia e não conseguiu. Eles exigiam um cheque caução. Como o servidor estava sem o talão, teve que procurar outro hospital. Foi atendido, mas já era tarde. Morreu em decorrência do enfarte.

O caso levou o governo a enviar ao Congresso um projeto de lei que classifica como crime o condicionamento do atendimento de emergência à garantias.

Entre elas:

- Exigência de cheque-caução
- Nota promissória
- E mesmo o preenchimento prévio de formulários.

Hoje, o Cógido Penal considera o caso como omissão. A ideia, com a nova lei, é aumentar as penalizações.

- Prisão de três meses a um ano e multa, que pode ser três vezes maior em caso de morte.

Para Vítor Mendonça Neiva, da subcomissão de saúde da Ordem dos Advogados do Distrito Federal, a ideia é boa, mas pode não ter eficácia. Segundo ele, o ideal seria criar algum tipo de controle dos hospitais. Um órgão que fiscalizasse a qualidade do atendimento.
 
Veja a reportagem no link abaixo

quinta-feira, 8 de março de 2012

Criança morre no Huerb e família acusa hospital de negligência em atendimento

 
Criança morre no Huerb e família acusa hospital de negligência em atendimento
5 de março de 2012 - 9:18:20

Ray Melo,
da redação de ac24horas
raymelo.ac@gmail.com

Uma criança de quatro anos morreu no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (HUERB), no domingo, 04, depois de agonizar por horas à espera de atendimento. Familiares da menor afirmam que houve negligência por parte do hospital..., que de acordo com os parentes da morta, teria se recusado a fazer o primeiro atendimento no Pronto Socorro.

A família alegou que a criança passou diversas vezes em unidades de saúde da capital, num verdadeiro jogo de empurra entre as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e o atendimento do hospital de urgência. Em consulta na última quinta-feira, uma médica de um posto de saúde chegou a afirmar que a criança estaria com verme.

A peregrinação da mãe da criança, Francisca dos Santos, teria começado no sábado, 03, quando procurou atendimento no PS. A menor sofria de fortes dores abdominais, febre e vômito. Chegando ao Huerb, o médico plantonista disse que não seria caso de urgência e orientou a família procurar atendimento na Upa.

Ketlin Martins foi devolvida ao PS, com um pedido de internação de uma médica plantonista da Upa. Ao retorna ao Huerb o médico pediu que fossem realizados exames de sangue e urina. A equipe médica do hospital suspeitava de uma crise de apendicite ou infecção. Uma Ultrasonografia confirmou que se tratava de apendicite.

Foi feita a cirurgia por volta de 23h 30m de sábado, mas o estado de saúde de Ketlin se agravou. A mãe da criança mostra marcas nos braços e dedos da menor, que teria entrado em convulsão e teria se mordido. “Só depois de muito apelo é que a médica foi atender minha filha. Levaram ela para a UTI e aplicaram vários medicamentos”, diz Francisca dos Santos.

Segundo a mãe de Ketlin, a equipe médica plantonista teria diagnosticado que a criança teria morrido de infecção. Francisca dos Santos reclama da demora no atendimento e da morosidade dos médicos em atender seus apelos, quando a criança teria piorado, após a realização da cirurgia.

A direção do Hurb não se pronunciou sobre a morte de Ketlin Martins. Os médicos consideraram a cirurgia bem sucedida.
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Paulo Davim deverá ser o próximo relator do Ato Médico

Mais um passo foi dado na regulamentação da medicina. A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou nesta quarta-feira (09/02), em votação simbólica, o projeto do ato médico (SCD 268/2002), que estabelece atividades privativas dos profissionais. A proposta foi aprovada pela maioria dos senadores que compõem a Comissão. Apenas Demóstenes Torres (DEM-GO) e Aloysio Nunes (SPDB-SP) votaram contra. A proposta segue agora para análise das comissões de Educação (CE) e de Assuntos Sociais (CAS).
Segundo o senador Paulo Davim (PV-RN), ele deverá ser o relator do projeto nas próximas comissões e também no plenário, passo seguinte do PL. O senador informou ainda, que o projeto do Ato Médico deverá permanecer cerca de 30 dias nas comissões de Educação e de Assuntos Sociais, no entanto, ele como relator irá trabalhar para que o processo ocorra de forma ágil. Caso seja aprovado nas duas comissões, o projeto de lei será apreciado em plenário e depois seguirá para sanção presidencial.
Paulo Davim, que é médico, apesar de não ter direito ao voto na plenária de hoje participou ativamente das discussões e proposições, mostrando-se aliado da classe médica.
Vale chamar atenção também, para a mobilização de dezenas de integrantes de entidades representativas dos médicos, estudantes e profissionais de outras categorias da área da saúde, que lotaram a sala da comissão.


Fonte: Agência Senado, Fenam e Sinmed RN

quarta-feira, 7 de março de 2012

Comprar atestado médico é cada vez mais fácil no Brasil

Desempregada passa cinco horas em busca de atendimento médico

RIO - A desempregada Andréa Sá, de 33 anos, moradora de Mesquita, veio buscar atendimento no Rio na manhã de segunda-feira. No seu périplo, passou pela emergência de dois hospitais municipais, mas voltou para casa sem ser examinada por um médico. Com o tornozelo e o pé esquerdos muito inchados, Andréa primeiro foi ao Hospital Salgado Filho, no Méier, onde logo no setor de triagem foi aconselhada a procurar um posto de saúde de seu município. Desesperada de dor, resolveu tentar a sorte no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, onde às 11h encontrou 25 pessoas na porta da emergência.


- No Salgado Filho, disseram que não tinha clínico geral para me avaliar e me aconselharam a procurar um ambulatório. Como estou com muita dor, peguei um ônibus com dificuldade e vim tentar ser atendida no Souza Aguiar, mas aqui me deram um papel me encaminhando para algum posto de saúde de Mesquita. Não me deram nem um remédio. Não vi nenhum médico - reclamou Andréa, que saiu de casa às 8h, de ônibus, e peregrinou por mais de cinco horas.
Segundo parentes e acompanhantes de pacientes, quem precisava de atendimento de oftalmologista na manhã da última segunda-feira era informado pela equipe de triagem do Souza Aguiar que a espera iria até pelo menos as 16h, quando um outro especialista entraria no plantão.
- Disseram que o que estava no plantão estava em cirurgia. Minha filha estava com muita dor de cabeça e amanheceu com o olho muito vermelho e inchado. Vim correndo porque na minha família várias pessoas têm glaucoma. Aqui tiraram a pressão dela e viram que estava 14 por 10. Disseram que o caso dela não era grave e que iria ter que esperar - contou a dona de casa Elsa Gomes Feitosa, de 52 anos, moradora de Realengo, que chegou com a filha, Adriana Gomes Feitosa, de 33 anos, às 10h e acabou sendo atendida às14h30m.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/desempregada-passa-cinco-horas-em-busca-de-atendimento-medico-4235383#ixzz1oRwIjoGz
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Pacientes denunciam falta de médicos e equipamentos em hospitais do Rio

 
g1.globo.com
Segundo parentes, atendimento é feito em corredores e em macas no chão. Secretaria diz que há concurso em adamento para contratar profissionais.


http://www.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fglo.bo%2FAbNGmg&h=xAQFkC1I6AQEuvHRpcEr8dMJtPzooOq-SVSCxxoY84F8_nQ

A vítima foi um menino de 9 anos, morador de Guaratiba, Zona Oeste do Rio. Só este ano, o Rio de Janeiro já registrou 9600 casos da doença. De acordo com a família, no dia da internação no Rocha Faria, não foram feitos exames de sangue na criança.

http://www.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fg1.globo.com%2Fvideos%2Frio-de-janeiro%2Frjtv-1edicao%2Ft%2Fedicoes%2Fv%2Fconfirmada-a-primeira-morte-por-dengue-no-municipio-do-rio%2F1845477%2F&h=zAQGNixXfAQEWDDF2CKxC4i2FVv2u0eOThYQaah5q4EPjCg

Obs:Certamente nesse caso o menino foi neglige
nciado!!!E esse comentarista da globo que é médico,não aponta esse fato!!!!

sexta-feira, 2 de março de 2012

Escândalo anunciado na saúde pública

Escândalo anunciado na saúde pública

É preciso ser muito hipócrita para se espantar com os números ruins sobre o atendimento no SUS. Os recursos para a Saúde pública não deixaram de cair nos últimos anos. A queda maior foi no governo FHC, mas ocorreram reduções, em ritmo menor, no governo Lula.
O resutaldo está aí. Conforme o próprio SUS, apenas 1,9% da população tem acesso a um serviço de saúde que pode ser considerado bom. Isso acontece em 347 municípios, dos quais 345 se encontram nas regiões mais desenvolvidas do país, o Sul e o Sudeste. Em 20,7% das cidades o atendimento foi reprovado. E em 73,1% o atendimento é definido como razoável. Sei o que isso quer dizer, mas imagino como deve ser agradável enfrentar um atendimento razoável diante de um diagnóstico mais sério.
Quer dizer que o risco de morrer é igual ao de sobreviver? Meio a meio?
O uso dessa avaliação pode servir a duas finalidades. Uma delas é reforçar as medidas favoráveis à privatização dos serviços que, como se sabe, costumam apoiar-se numa visão exagerada e até destrutiva do funcionamento do serviço que se quer privatizar.
A comparação entre Estados Unidos e Europa mostra que a saúde pública é mais barata e mais eficiente do que a privada, mas o debate não é assim tão puro nem desinteressado. Estamos falando de ganhos gigantescos, num país de dimensões imensas, como o Brasil, onde a renda média já desperta cobiça de empresas de porte.
Outra possibilidade é demonstrar que a saúde pública precisa receber recursos que vem sendo negados ao longo da história. Quando havia a CPMF, boa parte do dinheiro arrecadado era usado para cobrir outros rombos do governo. Depois que ela foi suprimida, a situação tende, apenas, a agravar-se. Os recursos para proteger vidas humanas passaram a ser disputados na guerra comum de verbas do governo, um vale tudo onde vale tudo mesmo.
Intimidado pelas campanhas da truma do impostômetro, o Planalto recusou-se a comprar uma luta política para criar uma fonte estável e ampla de recursos. A divulgação de uma realidade sombria pode ser uma primeira etapa para mudar essa discussão.

Veja a reportagem  original no link abaixo.

Escândalo anunciado na saúde pública

Notas dadas pelo Ministério da Saúde colocam o Rio entre os piores do Brasil

quinta-feira, 1 de março de 2012

Sindicato faz novas imagens para denunciar

As principais emergências do Rio e da Baixada Fluminense sofrem com a superlotação. Veja novas imagens gravadas por representantes do Sindicato dos Médicos.

Veja a reportagem completa no link abaixo:
http://videos.r7.com/sindicato-faz-novas-imagens-para-denunciar-superlotacao-em-hospitais-do-rio/idmedia/4f4f7c78e4b028320317fb4a.html

Sandra Domingues: 32 anos de Solidão - Mais uma vítima de Erro Médic...

Sandra Domingues: 32 anos de Solidão - Mais uma vítima de Erro Médic...: Clique na imagem para poder ler a matéria na íntegra 32 anos de SOLIDÃO Leiam essa matéria e vejam como é cruel e desumano o ser humano. ...

ITABERABA: SUS encontra irregularidades na gestão da saúde e governo suspende repasse

O despacho do secretário estadual de Saúde Jorge Solla, publicado no Diário Oficial da Bahia do dia 24 de fevereiro, suspende o repasse de verbas para a área de Saúde no município de Itaberaba, na Chapada Diamantina, e pede o ressarcimento aos cofres públicos de mais de R$ 229 mil. A interrupção dos repasses estaduais e federais aconteceu devido ao parecer conclusivo da Auditoria do Sistema Único de Saúde (SUS/Bahia), que apontou irregularidades na gestão dos recursos pela Secretaria Municipal de Saúde. Segundo o presidente do Partido Pátria Livre (PPL) em Itaberaba, o advogado Pablo Picasso, o fato cabe uma ação de improbidade administrativa contra o prefeito João Almeida Mascarenhas Filho (PP). A sociedade cobra um posicionamento da atual secretária de Saúde de Itaberaba, Maria José Novais, já que os munícipes se queixam de sofrerem com a falta de alguns medicamentos básicos e até materiais de curativos. “Se com os recursos as atividades nos postos eram precárias, imagine agora como deve ficar com a suspensão destes recursos?”, questiona o morador, José Antonio Mascarenhas. “Acolho a manifestação da Auditoria SUS/Bahia no seu parecer conclusivo às fls. 895 a 897 do processo nº 0300.110.259.917, que pede o ressarcimento ao Fundo Nacional de Saúde [FNS] no valor de R$ 229.138,40 e utilização indevida de recursos do Piso de Atenção Básica [PAB]”, aponta trecho do despacho. Com isso, a suspensão dos recursos estadual e federal atinge diretamente as Unidades de Saúde da Família (USF) do Centro Lauro Silva, do Jardim das Palmeiras, além das unidades da URBIS I, URBIS II e Barro Vermelho II devido ao não cumprimento da carga horária do profissional médico, conforme determina a Port.648/2006.
Jornal da Chapada
posto1USF da Praça Lauro Silva, no Centro de Itaberaba, outra unidade que não terá recursos do governo

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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012





Vamos ser contra o despreparo dos profissionais da saúde,que em nome de encobrir os erros dizem que a morte foi uma fatalidade!!! Diga não a isso,diga não banalização da morte!!! Diga sim a valorização da vida!!! Meu marido teve o baço perfurado, o que causou hemorragia interna e que o levou a morte!!! Mas lutarei por justiça enquanto eu viver nesta terra!!!!!! Projeto de Lei 6867/2010 - Avaliação dos profissionais da saúde. Ligação gratuita 0800619-619. Apoie essa idéia você também! Faça a sua parte como cidadão!!


http://www.facebook.com/photo.php?fbid=265070183571143&set=a.210748709003291.51572.100002044903905&type=1&ref=nf

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Caos na saúde de Belém-PA

21 de Fevereiro

O caos na saúde pública de Belém novamente nas páginas da imprensa.
A situação do HPSM Dr. Humberto Maradei (Guamá) é o retrato do abandono.
E pensar que a inauguração deste novo hospital de Pronto Socorro, em 2001, o segundo na história de Belém, foi uma das principais realizações do governo que tive a honra de coordenar.
A reportagem a seguir é de O Liberal de hoje (21/02).

sábado, 25 de fevereiro de 2012

TJSP recebe audiência pública para discutir anteprojeto do novo Código Penal

Extraído de: Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo - 24 de Fevereiro de 2012.

O Salão dos Passos Perdidos do Palácio da Justiça, foi palco hoje (24) da audiência pública que discutiu propostas para o capítulo Dos Crimes Contra a Vida do anteprojeto do novo Código Penal. Uma comissão de juristas foi instituída pelo Senado Federal para elaborar a minuta do projeto que reformará o atual código, de 1940.
A audiência, cuja finalidade é ouvir propostas apresentadas por integrantes de organizações e entidades de todos os setores e de membros da sociedade civil a respeito de possíveis alterações ao atual código, teve início com a fala do presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Ivan Sartori. Segundo ele, essa reforma será de suma importância para nossa sociedade, mas não adianta nada se não mudarmos o sistema penitenciário. É uma alegria receber os cidadãos aqui nesta casa.

O senador Pedro Taques, que sugeriu a criação da Comissão de Juristas, falou sobre a importância de ouvir a sociedade na elaboração do anteprojeto. A ideia dessa comissão é ter um código que se adeque à realidade que nós vivemos. Um código não pode proibir tudo, mas também não pode ser brando. Por isso, temos que ouvir o cidadão, pois a lei não pode ser feita só por técnicos, por juristas, completou.

Para o procurador geral de Justiça, Fernando Grella Vieira, o Ministério Público pode contribuir com essa comissão em razão da experiência que possui.

Luiz Flávio Borges D'Urso, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil -Secção São Paulo acredita que os debates servirão para aperfeiçoar a legislação penal brasileira. Vivemos um momento em que o apelo da nossa sociedade é por mais segurança. Que Deus ilumine o nosso trabalho.

Gilson Dipp, ministro do Superior Tribunal de Justiça e presidente da Comissão de Reforma do Código Penal, ponderou sobre as dificuldades a serem enfrentadas. Vamos tratar de temas polêmicos como aborto, eutanásia, ortotanásia. Vamos discutir temas que dizem respeito ao Brasil do presente, projetando o Brasil do futuro. Estamos aqui para ouvi-los.

Em seguida, representantes da sociedade passaram a apresentar suas propostas. Cada pessoa 96 interessados se inscreveram para falar - podia manifestar-se durante aproximadamente três minutos e propor mudanças a respeito dos crimes previstos nos artigos 121 a 128 do atual código que tratam dos crimes de homicídio, suicídio, infanticídio e aborto. As propostas foram gravadas para posterior análise da Comissão de Reforma do Código Penal. O aborto foi o tema mais discutido durante a audiência.

Entre as pessoas que se manifestaram estava a deputada federal Keiko Ota, mãe de Ives Ota, garoto que foi seqüestrado e morto em 1997 e tornou-se símbolo de um movimento que luta por mais paz e Justiça. Não podemos aceitar que a violência mude nosso cotidiano, disse ela. Desde que meu filho foi assassinado, percebi que o problema do vizinho é meu também. Que o problema da violência também é meu problema. Minha proposta é aumentar a pena máxima para 40 anos. Não estamos aqui por vingança, mas por justiça, concluiu.

Para o ministro Gilson Dipp, não haverá restrições para as propostas apresentadas pelos cidadãos. Todas as propostas serão avaliadas e reavaliadas pela comissão. Muitos tipos penais devem ser retirados do código, pois não são mais ofensivos à sociedade. Devemos modernizar a dosimetria da pena, compatibilizar as penas com a realidade brasileira. Vamos privilegiar os crimes contra a vida, a saúde e o patrimônio, falou.

À audiência estiveram presentes também a secretária da Justiça e da Defesa da Cidadania, Eloisa de Sousa Arruda, representando o governador do Estado de São Paulo; o procurador regional da República, Luiz Carlos dos Santos Gonçalves, relator da Comissão de Reforma do Código Penal; os senadores Aloysio Nunes Ferreira e Eduardo Suplicy; o desembargador José Gaspar Gonzaga Franceschini, vice-presidente do TJSP; o desembargador Samuel Alves de Melo Júnior, presidente da Seção de Direito Público do TJSP; o desembargador Antonio Carlos Tristão Ribeiro, presidente da Seção de Direito Criminal do TJSP; o coordenador do Núcleo de 2ª Instância e Tribunais Superiores da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, Pedro Giberti, representando a defensora pública geral; o desembargador Henrique Nelson Calandra, presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros; o desembargador Março Antonio Marques da Silva, presidente da Academia Brasileira de Direito Criminal e secretário geral executivo da Comunidade de Juristas da Língua Portuguesa e membro da Comissão de Reforma do Código Penal; o desembargador Armando Sérgio Prado de Toledo, diretor da Escola Paulista da Magistratura; o juiz Jayme Martins de Oliveira Neto, presidente do Instituto Paulista de Magistrados; o desembargador Edison Aparecido Brandão, diretor-adjunto do Departamento Financeiro da Associação Paulista de Magistrados, representando o presidente; Sérgio Paulo Rios de Abreu, delegado assistente da Delegacia Geral de Polícia do Estado de São Paulo, representando o delegado geral; o procurador de Justiça Eduardo Araújo da Silva, representando o presidente da Associação Paulista do Ministério Público; Leonardo Sica, diretor 1º secretário da Associação de Advogados de São Paulo, representando o presidente; a juíza federal Salise Sanchotene; Eduardo Vera-Cruz Pinto, diretor da Faculdade de Direito de Lisboa e membro do Conselho Superior da Magistratura de Portugal; o juiz de Direito do Tribunal de Justiça Militar, Marcos Fernando Theodoro, representando o presidente; o procurador regional da República, José Ricardo Meirelles, representando a Associação Nacional dos Procuradores da República; o procurador de Justiça, José Carlos Gobbis Pagliuca, vice-presidente do Conselho Penitenciário do Estado, representando o presidente; Irvin Kasai, representando o deputado federal Junji Abe; o vereador Paulo Roberto Peres, presidente da Câmara Municipal de São Manuel; Augusto Rossini, diretor geral do Departamento Penitenciário Nacional; o orientador do cerimonial e relações públicas do TJSP e decano da Academia Paulista de Letras, acadêmico Paulo Bomfim; além de desembargadores, juízes, integrantes do Ministério Público e da Ordem dos Advogados do Brasil, servidores do Judiciário e representantes da sociedade civil.

Proposta do  MOBEM-RJ E MOBEM SP a ser incuídas no novo código penal

 
Erros médicos x crimes hediondos
 
  Propostas do MOBEM Sandro Lima Propostas para Serem Inclusas no Novo Código Penal Em virtude da minha inquietude diante de muito casos de erros dos profissionais da saúde,foi fundado por mim o movimento Basta com Erros Médicos em Junho de 2010,após a morte do meu pai por esse mal.De... lá pra cá estive presente em vários eventos que visam a... divulgar o projeto de lei 6867/2010(avaliação dos profissionais da saúde),esse projeto de lei tem o apoio do CREMESP e também da petição pública,que tem como objetivo de maior transparência do prontuário médico.Inclusive estive presente no lançamento da frente parlamentar presidida pela Deputada Keiko em Brasília. Desde a fundação do movimento até a presente data,recebemos muitas denúncias de erros dos profissionais da saúde.Passamos a acompanhar esses casos e percebemos claramente o proteccionismo que os conselhos de categorias tem com os profissionais,principalmente de medicina,onde na maioria dos casos os profissionais são absorvidos pelos referidos conselhos e as vezes reincindindo em outros erros.mesmo em casos onde foram comdenados pela a justiça criminal .Como pode uma coisa dessas?E quando condenados pela justiça,esses profissionais nunca são presos,onde cumprem somente serviços comunitários,pois sempre são caracterizados como crimes sem intenção intenção de matar( culposo). O por que do Movimento Basta com Erros Médicos apoiar a referida frente parlamentar?O movimento irá apoiar a qualquer ato que vise a proteger o bem mais precioso que temos,que é a vida.E diante dos absurdos casos que chegam até nós.Chegamos a conclusão de que alguns casos deveriam ser caracterizados como crime hediondo!!Tais como o caso da Camille no Rio de Janeiro,onde queimaram a perninha da menina com um bisturi elétrico,que teve por consequência a amputação do membro e por fim a sua morte,o caso da troca do soro por vaselina por uma enfermeira,o caso Allan Barbosa de Belém do Pará,amputação de membros errado e tantos outros casos relatados no blog basta com erros médicos. Errar é humano,a medicina não consegue garantir sucesso em todos os casos,mas o que estamos vendo,são casos grosseiros de falta de preparo,omissão e negligência. A justiça tem que estar amparada em leis mais rígidas,pois só apartir de exemplos com punições severas é que os maus profissionais irão pensar duas vezes antes de cometerem esses crimes. Portanto sugerimos que alguns casos que são caracterizados como erros dos profissionais da saúde,onde o profissional transgrida o seu código de ética, causando a morte do paciente em virtude desse erro quando devidamente constatado e apurado,que sejam caracterizados com crime hediondo,portanto que sejam incluídos no novo código penal.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Uma vida destruida

Paula Regina uma jovem de 23 anos com muita expectativa de vida teve sua vida de...struida por um médico irresponsável (anestesista) que estava fazendo a cirurgia dela e de mais outra pessoa, no dia 13/12/2005 como consta nos autos, Paula foi para o hospital andando saudável e sai de lá semi- morta, em estado vegetativo, se alimenta por que os outros dão, isso é vida?
Ela tem dois filhos lindos ao qual não estão junto da mãe pq a mesma não tem condições fisicas para cuidar deles, pense vc mae ter seus filhos e não poder cuidar deles, não poder fazer um carinho porque suas mãos estão atrofiadas, não poder pegar seus filhos por q um irresponsável te deixou morrendo em uma mesa de cirurgia... Ganancia ou irresponsábilidade... Ele disse que fez tudo para salvar a vida da Paula... Qe vida?? não sei pra voces, mas pra mim paula não tem mais vida... não tem os filhos, por causa de uma irresponsabilidade médica... Eu acompanho o sofrimento da Paula desde o primeiro dia e sei o que é ver ela chorar, por estar presa no próprio corpo, sei o que minha sogra passa com ela e um infeliz diz que fez tudo pra poupar a vida dela, se ele quisesse poupar a vida dela tinha feito uma cirurgia por vez, e estava monitorando ela... isso sim, Quero justiça só isso, e DEUs existe e sei que está olhando por nós...
Nos ajudem compartilhando para que esse texto chegue ao maior numero de pessoas possivel, para que as pessoas nos ajudem a reverter essa situação...

obrigada...

Bárbara Sousa Laboissiere

Morte de idoso: maca de ambulância do Samu estava quebrada - Rio - Extra Online

Morte de idoso: maca de ambulância do Samu estava quebrada - Rio - Extra Online



Um absurdo as declarações do responsável pelo serviço do samu!!Que papelão Governador Sergio Cabral!!!!!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Novas regras proíbem associações médicas de recomendar compra de produtos

Os médicos também estão proibidos de fazer propaganda dando garantia de sucesso para produtos e tratamento. Eles não poderão oferecer assistência médica à distância, por telefone ou internet.

http://www.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fg1.globo.com%2Fbom-dia-brasil%2Fvideos%2Ft%2Fedicoes%2Fv%2Fnovas-regras-proibem-associacoes-medicas-de-recomendar-compra-de-produtos%2F1813336%2F&h=sAQHWmen2AQGYxPaqBBVBEnsxQEcqeYjcuBth6BIhh9W2PQ

Médicos se dedicam a pacientes que estão no limite da vida



A repórter Neide Duarte mostra a relação entre médicos e pacientes em casos extremos. São histórias de dedicação, angústia e esperança.

Veja a reportagem no link abaixo

http://glo.bo/zVeMsm
O MOBEM parabeniza aos médicos citados na reportagem,estes são claramente profissionais por vocação!!A nossa esperança é que tantos outros como estes, estejam espalhados pelo nosso país!!

Família denuncia que aposentado teria morrido por falta de maca em ambulância do Samu

Justiça para Allan Barbosa

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

médicos tem baixo indíce de aprovação no CREMESP


Alunos que estão terminando o sexto e último ano do curso de medicina no Estado de São Paulo têm dificuldades para detectar e indicar tratamentos para doenças simples, como uma infecção de garganta. O diagnóstico é de um exame aplicado pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo) em outubro deste ano e que teve os resultados divulgados nesta quarta-feira (9).




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Uma das questões com maior índice de erro testava a capacidade do aluno de decidir qual medicamento não era a melhor indicação para um paciente com infecção de garganta que fosse fazer o tratamento em casa. 66% dos 418 alunos que fizeram a prova responderam a pergunta errado.


Reinaldo Ayer, conselheiro do Cremesp e responsável pelo exame, disse ao R7 que a situação descrita na questão é “muito frequente” e requer “noções básicas de saúde”.



– Com o diagnóstico e o tratamento corretos, você aliviaria os hospitais, porque não precisaria internar o paciente.



Outra questão com alto índice de erros foi a que cobrava que os estudantes soubessem diagnosticar sepse (infecção generalizada) e meningite em um recém-nascido, algo que, de acordo com Ayer, exige um “raciocínio mais ou menos tranquilo”. 62% dos alunos erraram.



O índice de reprovações no exame foi alto. Apenas 54% dos alunos que fizeram o teste tiveram nota maior que 6, valor considerado de corte. No ano passado, o índice de aprovação foi de 57%, o melhor desde que a prova deixou o estágio experimental, em 2007. Em média, 2.500 médicos se formam por ano no Estado.



Nota baixa todo ano



O índice de aprovações tem se mantido baixo nos últimos anos: se forem levados em conta os exames aplicados entre 2005 e 2011, realizados por 3.135 candidatos ao todo, a reprovação chega a 58,4%.



Nos últimos cinco anos, o índice de aprovação foi sempre menor que 60%, resultado que, de acordo com o conselho, “mantém uma tendência consistente e é considerado insatisfatório e preocupante”.







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...O teste, aplicado em outubro deste ano, foi realizado por 25 dos 30 cursos de medicina do Estado. Duas das escolas ainda não têm classes se formando e alunos de três faculdades - Centro Universitário Barão de Mauá, de Ribeirão Preto, Ufscar (Universidade Federal de São Carlos) e FMUSP (Faculdade de Medicina da USP) - não tiveram qualquer representante.



Esses 418 estudantes representam 16% dos estudantes que cursam o sexto ano de medicina em São Paulo.



Deficiências de ensino



O conselheiro diz que, em parte, esses resultados ruins são um reflexo do aumento no número de faculdades de medicina no Estado de São Paulo – ele considera 30 cursos um número “incontrolável”.



Nem todas as instituições conseguem manter um padrão de ensino, com professores capacitados e estrutura de laboratórios e hospitais que permitam que os alunos aprendam. Para ele, o exame revela que “nós temos estudantes que saem da faculdade com formação inadequada”.



– Hoje nós temos um número incontrolável de escolas, sem ambientes de ensino e hospitais universitários adequados, e professores que não têm formação para serem professores.



No geral, os alunos de universidades públicas tiveram resultados melhores que os estudantes das instituições privadas. 76% dos futuros médicos que estudam em escolas públicas foram aprovados, enquanto entre as particulares a taxa foi de 42,5%. Mas é preciso analisar esses dados com cuidado porque o comparecimento de alunos formados em escolas públicas foi menor e, de acordo com o conselho, “o resultado não é homogênio”.



– Há escolas privadas com bom desempenho e públicas com resultados menos satisfatórios.



O conselho defende que o exame seja obrigatório para quem se forma em medicina, assim como acontece com a prova da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), necessária para formandos em direito que queiram exercer a advocacia. Mas isso depende de uma mobilização nacional.



Em nota, o presidente do Cremesp, Renato Azevedo Junior, diz que o órgão está “convencido de que uma medida excepcional precisa ser tomada, em respeito à população que confia a saúde e a vida aos médicos”.


http://noticias.r7.com/saude/noticias/dois-em-cada-tres-formandos-de-medicina-nao-sabem-tratar-dor-de-garganta-20111110.html

Mulher morre depois de receber sangue errado em transfusão

20-01-2012 09:59 A dona de casa Suely Campioni dos Santos, 61 anos, teria morrido por causa de um erro no hospital. (Foto Reprodução) A família da dona de casa Suely Campioni dos Santos, 61 anos, afirma que ela morreu na última segunda-feira após receber um tipo de sangue incompatível em uma transfusão feita no Hospital do Servidor Público Estadual, na Vila Clementino (zona sul).






Segundo a família, a morte ocorreu menos de dois dias depois de Suely ir à unidade receber três bolsas de sangue prescritas para tratar uma anemia.





"No sábado, ela foi receber o sangue. Fez o exame para saber o tipo e, horas depois, chegaram as bolsas do tipo A. Quando vi, avisei a funcionária que o sangue dela era O, porque ela sempre recebia esse tipo. A funcionária, então, disse que ela recebia O porque é o tipo doador universal", diz a auxiliar de enfermagem Luciana Nazário, 39 anos, filha de Suely.





De fato, uma pessoa de tipo A pode receber tipo O, mas o contrário não é possível.





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Tags: Transfusão, sangue errado, morteE foi justamente o que aconteceu com Suely.





Segundo a filha da dona de casa, o sangue da mãe era, na verdade, do tipo O, e ela acabou recebendo o A, incompatível.





Resposta





A diretoria do Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual), responsável pelo Hospital do Servidor Público Estadual, informou ontem que, assim que soube da morte da dona de casa Suely Campioni dos Santos, 61 anos, ocorrida na madrugada da última segunda-feira, abriu uma sindicância para a "apuração rigorosa dos fatos".





O instituto afirmou ainda que os envolvidos no atendimento à paciente foram afastados.





Não disse, porém, quantos profissionais foram afetados pela decisão e quais funções eles desempenhavam no hospital.





O Iamspe declarou também que lamenta a morte da dona de casa.





segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Marcelo Caetano (Erro Médico)

Clique na imagem para ampliá-la. Data do Ocorrido: 23/06/2011




Localização: Rio de Janeiro (RJ)



Data de Nascimento: 21/00/1972 (39 anos)



Data de Falecimento: 09/07/2011



Sexo: Masculino Marcelo Caetano, de 38 anos, paciente de um hospital particular na zona norte do Rio de Janeiro, entrou na sala de cirurgia para fazer uma operação bariátrica (redução de estômago) no dia 23 de junho de 2011 e saiu com baço perfurado, hemorragia e infecção. O estado de saúde de Marcelo se agravou e ele acabou falecendo no dia 09 de julho de 2011.



Caetano era motorista de transporte alternativo e resolveu fazer a cirurgia depois que o excesso de peso começou a prejudicar a sua saúde.



Durante a cirurgia, o motorista teve o baço perfurado, porém a direção do hospital não avisou a família sobre o ocorrido. A esposa, Queila Marinho, só descobriu o ocorrido após entrar sem permissão no quarto do marido e vê-lo respirando com ajuda de aparelhos.



O hospital passou a exigir R$ 6 mil para fazer o novo procedimento em Caetano, mas a família não quis pagar e recorreu a Defensoria Pública para que a cirurgia fosse realizada de graça.



Um boletim de ocorrência também foi feito por omissão de socorro.



                                      "Basta com os erros médicos"



Está na câmara dos deputados o Projeto de Lei 6867/2010 que visa avaliação dos profissionais de saúde.

A ligação é gratuita 0800 619-619. Ligue e nos ajude nessa luta que é de todos nós.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Hospital abre sindicância para investigar paciente que foi internado com identificação, mas seria enterrado como indigente

A direção do Hospital estadual Rocha Faria vai abrir uma sindicância para apurar o que aconteceu com o paciente Carlos Henrique de Oliveira, de 36 anos, internado na unidade em 23 de dezembro. Conforme o EXTRA mostrou nesta terça-feira, o marinheiro chegou ao hospital com identificação completa, levado por bombeiros após sofrer um derrame na rua. Três dias depois, ele morreu como indigente na unidade.




Vinte e quatro horas antes da morte de Carlos, entretanto, parentes procuraram por ele no Rocha Faria e foram informados de que o paciente não estava lá. Ao reconhecer o corpo, no próprio hospital, em 3 de janeiro, a viúva viu que o marido era descrito apenas como “homem negro, aparentando 40 anos”.



Carlos Henrique de Oliveira, de 36 anos, deu entrada no hospital identificado. Após morrer, seria enterrado como indigente Foto: Reprodução / Bruno Gonzalez / 09.01.2012



— Isso não vai trazê-lo de volta, mas nos dá uma sensação de que a justiça vai ser feita — afirmou a irmã do rapaz, Ana Lúcia de Oliveira.



A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) já enviou ofício ao secretário estadual de Saúde, Sérgio Cortes, e à direção do Rocha Faria, para pedir explicações sobre o caso.







Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/hospital-abre-sindicancia-para-investigar-paciente-que-foi-internado-com-identificacao-mas-seria-enterrado-como-indigente-36