quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Após jovem ir a 5 hospitais, Côrtes exonera diretor e chefe de plantão

Sindicância indica divergência de relatos entre os médicos, diz secretaria.


Jovem que caiu de laje percorreu cinco hospitais até ser atendido.

O diretor do Hospital Estadual Getúlio Vargas, Luiz Sérgio Verbecaro, e o chefe de equipe de plantão do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, Jocelyn Santos de Oliveira, foram exonerados na tarde desta quarta-feira (21), informou a Secretaria de Estado de Saúde.




A pedido do secretário Sérgio Côrtes, foi instalada sindicância para apurar o atendimento ao paciente Gabriel de Sales na segunda-feira (19) e as informações preliminares indicam divergências de relatos sobre a conduta das equipes das duas unidades estaduais, informou a secretaria.



Gabriel caiu da laje de casa em Xerém, na Baixada Fluminense, e percorreu cinco hospitais até ser atendido. Ele foi internado no CTI do Hospital Salgado Filho, no Méier, na Zona Norte do Rio e, segundo informou na tarde desta quarta a Secretaria municipal de Saúde, sofreu uma neurocirurgia, respira por aparelhos e está em coma induzido. Seu estado é grave.



A secretaria informou que a regulação do paciente não foi feita pelo SAMU Baixada, como determina o protocolo do Ministério da Saúde para os casos de urgência e emergência.



Sindicância apura o caso

Na terça-feira (20), o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, afirmou ser "inadmissível" o o que aconteceu com Gabriel.



Côrtes determinou a abertura de uma sindicância para apurar os atendimentos em todos os hospitais por onde Gabriel passou. "Na sindicância nós vamos solicitar todo o atendimento dele em cada um desses locais onde ele passou, desde o posto de saúde em Xerém, (na Baixada Fluminense), ao Hospital de Saracuruna (Adão Pereira Nunes), ao [Hospital estadual] Carlos Chagas e até mesmo ao [Hospital municipal] Salgado Filho. É uma situação inadmissível. O início da situação já é totalmente errado".



88 km em sete horas

Após sofrer o acidente, Gabriel percorreu 88 km em uma ambulância até conseguir atendimento no Hospital Salgado Filho. De acordo com a mãe de Gabriel, Maria dos Santos Bezerra, o filho chegou a ser atendido no posto de saúde de Xerém. "Ele teve um atendimento bom lá. O médico foi muito bom, mas mandaram ele para Saracuruna, porque disseram que lá não tinha aparelhagem", contou Maria.



De lá, Gabriel foi levado para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna. O destino seguinte foi o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, na Zona Norte da cidade. Após mais uma tentativa frustrada, encaminharam o jovem para o Hospital Souza Aguiar, no Centro. Sem alternativa, o destino foi o Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes, no subúrbio, onde, segundo a família, Gabriel chegou a fazer exames, mas não pôde ficar internado. Já era 23h quando Gabriel chegou ao Hospital Salgado Filho.



Sérgio Côrtes afirmou que o erro foi no primeiro atendimento, no posto de saúde em Xerém. "Na unidade de saúde em que ele está, [o procedimento é] entrar em contato com a central de regulação e solicitar uma vaga para evitar essa peregrinação, essa absurda peregrinação durante 90 quilômetros. Toda a rede de urgência e emergência estava avisada que naquele período de 19 h até as 2 da manhã o tomógrafo [do Hospital Saracuruna] estava em manutenção. Mas tinha ressonância magnética, poderia ter sido feita. Então o grande erro foi a não-solicitação da transferência. Isso fez com que ele peregrinasse, literalmente, por vários hospitais, até que finalmente foi atendido no Hospital estadual Carlos Chagas, onde foi acolhido, foi feita a tomografia, foi feito o diagnóstico do traumatismo craniano e então solicitada a vaga para o Hospital Salgado Filho, quando ele foi finalmente transferido", explicou.



Caxias rebate responsabilidade

A secretaria de Saúde de Duque de Caxias enviou uma nota sobre o atendimento de Gabriel no posto de saúde em Xerém:



"A Secretaria de Saúde de Duque de Caxias informa que fez seu papel ao prestar o primeiro atendimento a Gabriel Paulino. Seu estado foi estabilizado na Unidade Pré-Hospitalar de Xerém e encaminhado a unidade referência do município para politraumatizados: o Hospital Estadual Adão Pereira Nunes. Não cabia à UPH de Xerém acionar a Central de Regulação de Leitos do Estado. O paciente, após o atendimento preliminar que salvou sua vida, foi encaminhado para o hospital especializado mais próximo, o Adão Pereira Nunes, que pertence ao Estado do Rio de Janeiro e deveria ter acionado a central."



Secretaria de Saúde do Rio

A Secretaria municipal de Saúde do Rio disse que não consta no sistema de regulação municipal qualquer solicitação de internação para o paciente, que é de fora da cidade do Rio e não conseguiu atendimento.



Sobre a falta de atendimento no Hospital municipal Saouza Aguiar, a prefeitura disse que a unidade estava atendendo a três casos graves na neurocirurgia, por isso não havia vagas naquele momento.



O pai de Gabriel ficou revoltado com a falta de atendimento do filho: "Ver meu filho nessa situação, me dá vergonha de ser brasileiro", disse o aposentado Pedro Paulino de Sales. "É muito ruim ver meu filho dentro de uma ambulância, em coma, e andar esse tempo e não ser atendido. Quando é para futebol, Copa do Mundo, o governo libera dinheiro, mas cadê para saúde? Como vou para minha casa tranquilo, se estou vendo meu filho praticamente morto?", disse ele.

Veja a reportagem na íntegra,no link abaixo
http://glo.bo/qH5WkC

Família de jovem é obrigada a passar por seis hospitais de Caxias e do Rio para conseguir atendimento

Sete horas dentro de uma ambulância. Oitenta e oito quilômetros percorridos. Seis hospitais procurados e nenhum atendimento. Este foi o drama vivido pela família de Gabriel Paulino dos Santos de Sales, de 21 anos, que sofreu um acidente às 16h30m de segunda-feira, mas apenas por volta de meia-noite conseguiu pôr fim à peregrinação ao ser internado no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, no Rio.




— Ver meu filho nessa situação, me dá vergonha de ser brasileiro. Se fosse o filho de um deputado, já tinha saído boletim médico logo pela manhã, mas ele é filho de um operário. É muito ruim ver meu filho dentro de uma ambulância e não ser atendido. Como vou para minha casa tranquilo, se estou vendo meu filho praticamente morto? — desabafou o aposentado.



Quando tentava consertar a antena de internet — na casa onde mora em Xerém, Duque de Caxias — Gabriel se desequilibrou e caiu da laje (de uma altura de cinco metros), batendo a cabeça no chão. O jovem foi levado ao Posto de Saúde de Xerém.



— Ele teve um atendimento bom lá. O médico foi atencioso, mas mandaram ele para Saracuruna, porque disseram que lá (Posto de Saúde de Xerém) não tinha aparelhagem — contou a mãe do jovem, Maria dos Santos Bezerra.



Os momentos de angústia se agravaram a cada não recebido nos hospitais por onde passavam. E não foram poucos: Adão Pereira Nunes, em Saracuruna; Getúlio Vargas, na Penha; Souza Aguiar, no Centro; e Carlos Chagas, em Marechal Hermes. Nesse último, Gabriel chegou a ser recebido, mas, por falta de neurocirurgião, foi levado para o Salgado Filho.



Segundo a Secretaria municipal de Saúde, Gabriel sofreu traumatismo crânio encefálico e teve fraturas em várias partes do corpo. O jovem está em coma induzido.



— Em todos os hospitais diziam que não havia médicos, não tinham recursos. É um descaso — afirmou o irmão do jovem, Rafael Paulino dos Santos de Sales.

Família de jovem é obrigada a passar por seis hospitais de Caxias e do Rio para conseguir atendimento - Rio - Extra Online

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Planos de saúde pagam até quatro vezes menos por consultas - Economia - Extra Online

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domingo, 18 de setembro de 2011

Cursos de enfermagem de má qualidade ameaçam vida de pacientes

De 2009 para 2010, o número de denúncias contra profissionais de enfermagem praticamente dobrou.








Em uma situação alarmante, pacientes recebem medicações trocadas, crianças sofrem lesões graves, e mortes causadas por erros banais estão cada vez mais comuns.



No Rio de Janeiro, fiscais do Conselho Regional de Enfermagem (Coren) entram no Hospital Geral de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A superlotação é evidente. Regras básicas da enfermagem são quebradas a todo instante. Uma profissional faz um procedimento em uma paciente sem usar luvas. “Eu não lembrei, na verdade. Mas não é sempre”, defende-se ela. Perguntada sobre a existência de material suficiente para trabalhar, a funcionária garante que tem.


Veja a reportagem na íntegra no link abaixo:
http://www.orkut.com.br/Interstitial?u=http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1673311-15605,00.html&t=APwlvNuGvR0CJ5AxzwZWLZuIm2OtVodHMBVF6BHPOhTLLepkcou6qJpV89btnA5JBcIcq4CgFTjFWubyjMexdr4Egu0z4qwcLwAAAAAAAAAA








FRENTE PARLAMENTAR EM DEFESA DAS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA

CARTA ABERTA À POPULAÇÃO






24 de agosto de 2011





A sociedade brasileira vem manifestando, há décadas, indignação e inconformismo ante a ausência de políticas públicas e legislações específicas destinadas a conter a criminalidade, a promover a justiça e a paz, e a amparar e assegurar os direitos humanos das vítimas de violência.

Na busca de solução dessa questão crucial para a dignidade de nosso país, instalamos, no, dia de hoje, 24 de agosto, a Frente Parlamentar Mista em Defesa das Vítimas de Violência. O principal objetivo é mobilizar a sociedade civil, o poder público e os parlamentares para o apoio efetivo à luta em defesa dos direitos das vítimas de violência e à consequente conquista da justiça e paz almejadas por todos.





Nossa luta busca:





• Auxílio financeiro para as vítimas da violência – não raras são as famílias que passam a enfrentar dificuldades financeiras em função da instabilidade emocional provocada pela violência sofrida;

• Revisão do Código Penal, assegurando que as penas fixadas pelos tribunais do júri e juízes singulares sejam realmente cumpridas, garantindo que efetivamente se promova a justiça e se ponha fim à impunidade;

• Aprovar lei que regulamente o artigo 245 da Constituição Federal, definindo e assegurando os direitos das vítimas de violência

• Apresentar medidas concretas que contribuam para a retirada do Brasil do topo do ranking mundial de homicídios

• No âmbito das políticas públicas, estimular a criação de secretarias de atendimento multidisciplinar apoio às vítimas de violência – em nível nacional e estadual –, bem como de frentes parlamentares semelhantes, nas assembléias estaduais.





Exigimos que os direitos humanos das vítimas de violência sejam reconhecidos e colocados em prática e respeitados, como caminho para se resgatar e reconhecer o direito à vida em nosso país.





Os danos causados ao Brasil pelos altos índices da violência, agravados pela morosidade da Justiça e a falta de apoio do Estado e dos governos municipais, estaduais e federal aos familiares de vítimas de violência se estendem de forma inaceitável à dignidade do país, abalando e comprometendo o seu crescimento e a sua vocação de grande Nação.





Por isso, temos a certeza de contar com a sensibilidade e o apoio de toda a sociedade para fortalecer nossa luta.





FRENTE PARLAMENTAR EM DEFESA DAS VÍTIMAS DA VIOLÊNCIA





E Organizações Não Governamentais de todo Brasil





ASSINAM:





Keiko Ota - Deputada Federal – Presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa das Vítimas de Violência





• Movimento Paz e Justiça Ives Ota - Masataka Ota – SP;

• Movimento Gabriela Sou da Paz - Carlos Santiago e Sandra Domingues – RJ;

• Movimento Maria Cláudia Pela Paz - Marco Antonio Del'Isola e Cristina Del'Isola – DF;

• Movimento de Resistência ao Crime - Jorge Damus e Teresinha Damus – SP;

• Movimento das Vítimas da Violência pela Justiça e Paz - Fumyio Kurisaki – SP;

• Movimento Giorgio Renan por Justiça - Elizabeth Metynoski – PR;

• Movimento Cadê Patrícia - Adriano Franco e Felipe Franco – RJ;

• Movimento Mães na Dor - Hipernestre Carneiro – PB;

• Movimento Anjos de Realengo - Adriana Maria Machado – RJ;

• Movimento Basta com Erros Médicos - Sandro Machado de Lima – RJ;

• Movimento O Rio Pede Paz - Dr. Cacau de Brito – RJ;

• Movimento Hermes Tadeu por Justiça - Dalila Silva - SP;

• AFVV – Associação de Familiares Vitimas de Violência do Mato Grosso – Heitor Gerlado Reyes – MT;

• Movimento Bruna Pela Vida - Bárbara de Oliveira Carneiro – DF;

• ONG Brasil Sem Grades - Luiz Fernando Oderich - RS;

• ONG Rodas da Paz - Beth Davidson e Persio Davidson – DF;

• ONG Cure o Mundo - Natália Pereira – SP;

• CONVIVE - Francisco Régis Lopes – DF;

• Subsecretaria de Proteção às Vítimas de Violência: Valéria de Velasco - Francisco Lopes – DF;

• Fundação Bruno Escobar - João Márcio Escobar – MS;

• Associação de Familiares Vítimas da Chacina de Vigário Geral - Iracilda Toledo- RJ;

• AVIM - Ana Lúcia Barbosa - mãe de Allan Barbosa – PA;

• MOVIDA - Movimento Pela Vida - Iranilde Russo - PA;

• Um Grito contra a Impunidade - Maria Camargo-Piumhi - MG;

• Juiz Marcelo Alexandrino – RJ;

• Ari Friedenbach - pai da Liana Friedenbach –SP;

• Tânia Lopes - irmã do Tim Lopes – RJ;

• Paulo Roberto - pai do João Roberto Soares Amorim – RJ;

• Adriana e Antônio Barbosa - pais do Luis Paulo Barbosa –SP;

• Cassiano Pimentel - primo do Jornalista Walter Pimentel – SP;

• Marion e Carlos Terra - pais do Lucas Terra – BA;

• Célia e Elson Nascimento - pais do Elton de Oliveira Nascimento – PB;

• Eduardo e Cléia Regina Rodrigues - pais do Diego Machado Rodrigues – RS;

• Simone Monteiro - mãe da Jéssica Phillip Giusti – SP;

• Adriana Cristina Pimentel - mãe da Eloá Pimentel – SP;

• Patrícia Klemtz - mãe do Thiago Klemtz – PR;

• Franciana Rosal - mãe de Paulo Roberto – DF;

• Marizete Rangel - mãe de Fabrício Rangel – RJ;

• Iêda Vale - mãe do Rodrigo Vale Fonseca – DF;

• Silvana Leal - mãe do João Cláudio Cardoso Leal – DF;

• Alessandra Ramos Bandeira - irmã de Priscila Tavares Ramos – SP;

• Ana Paula Cavalcanti - mãe do Matheus - PB;

• Kátia Couto - mãe do Pedro Couto Rodrigues - SP;

• Franciana Rosal - mãe do Paulo Roberto Rosal Filho - DF;

• Suedy Soares - mãe da Rosemere e Alan Soares - MT;

• Eduardo e Regina Rodrigues – pais do Diego Rodrigues - RS;

• Alexandre Oliveira de Almeida e Gislaine Moraes Rodolfo. pais do Diogo Almeida - RS;

• Valquíria Marques - mãe do Wagner Marques dos Santos - SP

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Pacientes dormem em cadeiras no corredor de hospital em Sobral, CE

Programa sobre atendimento do SUS mostra ainda a falta de vagas na UTI da maternidade de Belém e pacientes que ficam sem atendimento em SP


imprimir A equipe do Profissão Repórter passou uma semana em hospitais que atendem pelo SUS e registrou situações precárias de funcionamento. Caco Barcellos visitou grandes hospitais na zona sul e zona leste de São Paulo. Constatou que muitos doentes voltam para casa sem atendimento e ouviu depoimentos de acompanhantes que dão os remédios e até banho nos parentes internados.


Veja a reportagem no link abaixo
http://glo.bo/pl26Yx

Perícias Judiciais em casos de Erro Médico (Parte 6)

Perícias Judiciais em casos de Erro Médico (Parte 5)

Organizações sociais gerem hospitais em SP há 13 anos; veja prós e contras

No Rio, mudança de gestão na saúde foi aprovada na Assembleia.


Em São Paulo, ideia de ofertar leitos a planos de saúde acabou na Justiça
O modelo de gestão da saúde por organizações sociais, aprovado na terça-feira (12) pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), existe em São Paulo desde 1998. O governo estadual considera que ele se mostrou eficiente nos últimos 13 anos porque une o atendimento público gratuito às ferramentas privadas de administração. Representantes de sindicatos do setor, no entanto, são contra o modelo, pois consideram que ele abre espaço para o mau uso do recurso público.




Atualmente, segundo dados da secretaria, 37 hospitais, 38 Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs), um centro de referência, duas farmácias e três laboratórios de análises clínicas são administrados por organizações sociais em São Paulo. O Instituto do Câncer e o hospital estadual em Araraquara são exemplos de gestões das OSs. O repasse anual para os hospitais e ambulatórios fica em torno de R$ 3 bilhões. No total, há 4.300 leitos disponíveis em todo o estado em unidades geridas pelo sistema.

As organizações sociais são entidades sem fins lucrativos que recebem o recurso público para cuidar da administração da unidade de saúde. A secretaria diz que, para serem selecionadas, elas precisam ter pelo menos cinco anos de experiência em serviços prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A escolha é feita por convocação pública e vencem as entidades que apresentarem o projeto considerado ideal.




O governo de São Paulo afirma que as entidades do terceiro setor que gerenciam os hospitais estaduais paulistas “são conhecidas da população e têm tradição na área da saúde” e cita a Unifesp e Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) como exemplos. Ainda segundo a secretaria, o contrato de gestão prevê metas que o hospital deve atingir, seja de quantidade (partos, consultas, exames e cirurgias), como de qualidade, entre elas índices de mortalidade materna e controle de infecção hospitalar.



Críticas

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (SindSaúde-SP), Benedito Augusto de Oliveira, não concorda com o formato. “Não tem funcionado, é estranho o Rio de Janeiro aprovar. É uma saída para quem quer tratar a saúde como um sistema privado. Nenhuma entidade séria no país apoiou as organizações sociais como modelo. Esse negócio é um câncer na sociedade”, diz.



Ele crítica, por exemplo, como é feita a compra de produtos hospitalares. “Ela [organização social] não cumpre o ritual de compras de insumos como é no serviço público. E, como é uma entidade privada, posso comprar do meu amigo, sem problemas”, exemplifica.



O presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) e da Federação Nacional dos Médicos, Cid Carvalhaes, diz que não há fiscalização de como os recursos são empregados. “Eu recebo R$ 50 mil para atender um setor X. Eu presto conta com todo o rigor possível. Mas isso quer dizer que eu utilizei de maneira adequada, que eu contratei os melhores profissionais? Não há a avaliação da aplicabilidade dos recursos”, defende.



Carvalhaes afirma que houve casos de “déficit orçamentário monstruoso”. “E o que a gente observa é que o atendimento é ruim. O conjunto das OSs tem ocasionado um atendimento insuficiente”, acredita. Ele lista outros problemas do modelo. “A falta de atendimento de urgência, a falta de critério definido de seleção de pessoal, as modificações em remuneração, a rotatividade dos recursos humanos. É um conjunto de coisas que a gente fica bastante assustado”, completa.



A Secretaria da Saúde informa que “o Estado tem a responsabilidade da manutenção financeira desses hospitais e controla onde e como é investido o dinheiro público”. Segundo a pasta, o governo paulista recebe todos os meses um relatório com a prestação de contas das organizações, com a discriminação dos gastos e do atendimento realizado. O documento é encaminhado ao Tribunal de Contas do Estado e a uma comissão composta por dois representantes do Conselho Estadual de Saúde, outros dois da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa e por técnicos indicados pela secretaria.



O governo pondera ainda que, em pesquisa de satisfação realizada no segundo semestre de 2010, com 204 mil usuários do SUS, “os dois hospitais com melhor avaliação foram justamente os gerenciados por OS: o Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo), na capital, e o Hospital Estadual de Américo Braziliense, na região de Araraquara”.



Oferta de leitos

Nos últimos meses, as Organizações Sociais (OSs) estiveram envolvidas em uma polêmica: a oferta de 25% dos leitos de hospitais públicos gerenciados pelas entidades para planos privados de saúde. A possibilidade de que estabelecimentos públicos de saúde ofertem até 25% de sua capacidade operacional para atender pacientes usuários do sistema privado foi instituída pela Lei Estadual nº 1.131/10, de 27 de dezembro de 2010, e regulamentada por decreto em 6 de julho.



A regulamentação autoriza a oferta de saúde a particulares no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo e no Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo. Para que pacientes de planos privados recebam atendimento, é necessário que a unidade de saúde gerida pelas OSs seja a única detentora de mais de 50% da oferta de serviços de saúde em determinada região e que preste serviços de saúde especializados e de alta complexidade.



Segundo a Secretaria da Saúde, a regulamentação da lei proíbe expressamente reserva de leitos e privilégios a pacientes de planos de saúde, mas permite que os hospitais recebam dos planos de saúde por atendimentos prestados a seus clientes. Este atendimento já acontece atualmente, sem possibilidade legal de cobrança no caso das OSs.



O Ministério Público de São Paulo ajuizou, em 9 de agosto, uma ação civil pública contra o Estado de São Paulo para impedir a oferta dos leitos. Uma liminar da Justiça de São Paulo suspendeu no dia 31 de agosto os efeitos do decreto. A secretaria está recorrendo da decisão.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Perícias Judiciais em casos de Erro Médico (Parte 4)

Perícias Judiciais em casos de Erro Médico (Parte 3)

Perícias Judiciais em casos de Erro Médico (Parte 2)

Perícias Judiciais em casos de Erro Médico (Parte 1)

Erro Médico - Responsabilidade Penal da Área da Saúde (Parte 3)

Erro Médico - Responsabilidade Penal na Área da Saúde (Parte 2)

Erro Médico - Responsabilidade Penal na Área da Saúde (Parte 1)

Absolvido cirugião acusado de matar paciente.Uma vergonha!!!






Edição de 14/09/2011

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O cirurgião plástico Alexandre Valente Calandrini de Azevedo foi absolvido no processo administrativo disciplinar instaurado pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) para apurar a responsabilidade pela morte de Roberta Pires Teixeira. O julgamento foi feito na segunda-feira à noite. A notícia foi recebida pela família e pelos amigos de Roberta com tristeza e revolta.

Roberta morreu em 2006, aos 25 anos, após uma cirurgia plástica reparadora.

"Nós [familiares e amigos] não estamos aceitando o resultado deste julgamento, pois sabemos de casos de médicos que possuem poucos processos no CRM e foram condenados. A situação é diferente do dr. Alexandre Calandrini de Azevedo, condenado em janeiro de 2011 pela morte da paciente Silvia Micelli. Acreditamos que o CRM está agindo de acordo com o prestígio e o poder aquisitivo do médico", disse, desolada, a mãe de Roberta, Inês Pires Teixeira.

Segundo Inês, que é presidente da Associação Paraense contra Erro Médico (Aspacem), o médico foi absolvido por 15 votos a seis.

"Ficamos a noite inteira em frente ao CRM esperando o resultado. Estávamos esperando justiça, mas ela não veio. Agora é esperar o processo que tramita na Justiça contra ele e contra outros médicos que foram denunciados pelo Ministério Público Estadual", afirmou.

A mãe de Roberta afirmou ainda que a família vai recorrer da decisão.

"É inadmissível que um médico cometa todas as barbaridades nos seus atos e condutas em relação a uma paciente e, em consequência desses atos, a paciente vem a falecer e depois o médico é absolvido por um órgão que foi criado para disciplinar a conduta médica e fiscalizar seus atos. O CRM serve para proteger a população desses irresponsáveis e inconsequentes profissionais. Mas, ao invés disso, protege esses profissionais de acordo com o grau de influência que eles exercem dentro do conselho", comentou Inês.

A reportagem tentou entrar em contato com o CRM, mas ninguém do conselho atendeu aos telefones até o final da noite de ontem.





terça-feira, 13 de setembro de 2011

Corpos de mãe e filha que morreram no parto são velados em Goiânia

10/09/2011 11h11 - Atualizado em 10/09/2011 13h30



Segundo a família, as mortes teriam sido causadas por negligência médica.

Enterro da mãe e do bebê será feito na cidade de Ubaí, em Minas Gerais
Os corpos de mãe e filha que morreram no parto, no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Goiânia foram velados na noite de sexta-feira (9), em Goiânia.




Flaviana Ferreira Prates Lima tinha 26 anos e estava com 41 semanas de gravidez. Segundo a família, as mortes teriam sido causadas por negligência médica, já que a jovem passou por três hospitais até ser atendida. O enterro da mãe e da filha será realizado na cidade de Ubaí, em Minas Gerais (MG).



A Santa Casa informou que só vai se pronunciar sobre o caso depois da divulgação do laudo do Instituto Médico Legal (IML).

Veja a reportagem na íntegra
http://www.orkut.com.br/Interstitial?u=http://glo.bo/qk0XV5&t=AJ5VEmGN_274pA27XI51OCc1ZPOsv5ULkhVF6BHPOhTLLepkcou6qJpV89btnA5JBcIcq4CgFTjFWubyjMexdr4Egu0z4qwcLwAAAAAAAAAA

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Ambulância atropela e mata uma mulher em frente de hospital

Caso ocorreu em Campo Grande, na zona oeste do Rio. Outras duas pessoas foram atingidas.A ambulância desgovernada atropelou três pessoas em frente ao Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã desta segunda-feira (12).

Marta Bento de Andrade, de 46 anos, morreu no local. As outras duas vítimas sofreram apenas ferimentos leves, foram medicadas e liberadas.

O veículo que atingiu as vítimas pertence a uma empresa terceirizada que presta serviços à Prefeitura. Segundo testemunhas, a ambulância apresentou problemas nos freios.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Paciente tem reação alérgica por causa de remédio receitado por enfermeira em Clínica da Família

Receita assinada por enfermeira no Rocha Maia Foto: Reprodução








Paciente tem reação alérgica por causa de remédio receitado por enfermeira em Clínica da Família


Thamyres Dias Tamanho do texto A A A Há exatos oito dias, uma mulher de 36 anos deu entrada na emergência do Hospital municipal Rocha Maia com reação alérgica. A dificuldade para respirar e o inchaço na boca foram causados — segundo o prontuário — pela ingestão do anti-inflamatório diclofenaco de potássio. O medicamento havia sido prescrito para a jovem na Clínica da Família Chapéu Mangueira/Babilônia, da prefeitura. Um detalhe, porém, chamou a atenção dos médicos do plantão: a receita era assinada por uma enfermeira.



De acordo com o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), a prescrição de remédios por profissionais que não sejam médicos é ilegal.



— Temos visto bastante esse tipo de problema e inclusive notificado as secretarias de saúde. Os enfermeiros podem apenas replicar receitas, não atender ou prescrever — argumentou a $do Cremerj, Marcia Rosa de Araújo. A entidade vai abrir uma sindicância para apurar o fato.



Segundo a Secretaria municipal de Saúde, porém, o caso está amparado por uma $érie de regras de atendimento garantidas por lei.



"A prescrição de medicamentos por enfermeiros está prevista em Lei Federal como atividade compartilhada com integrantes da equipe multiprofissional em saúde, mediante protocolos estabelecidos em programas de saúde pública", afirma a nota.



A secretaria informou, ainda, que a Clínica da Família Chapéu Mangueira / Babilônia está com quadro funcional completo e atende 100% dos moradores da região.



— Eu não aceito esses protocolos. Desde julho, uma decisão judicial derrubou a portaria que autorizava essa atuação dos enfermeiros. Vamos acionar a Polícia Federal para investigar o caso — contestou o presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, Jorge Darze.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

hospital de aplicar medicação errada

publicado em 05/09/2011 às 06h49: Texto: .Após morte de paciente, família acusa




Mulher teria recebido direto na veia medicação que deveria ser diluída
Uma mulher morreu depois de ficar dez dias internada para tratar de uma pneumonia do Hospital Portinari, na zona oeste de São Paulo. Segundo familiares, Michely Aparecida Silva Ramos, de 28 anos, teria recebido direto na veia uma medicação que deveria ser diluída em soro. Depois de uma parada respiratória, ela ficou na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) e morreu após voltar para o quarto, 24 horas depois.




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Revoltados com a morte, os familiares depredaram parte da recepção do hospital. Cadeiras, portas de vidro e mesas foram danificadas e o hospital registrou boletim de ocorrência contras os familiares da paciente.



O caso foi registrado no 33º Distrito Policial como morte suspeita e um inquérito será instaurado para apurar se houve falha no procedimento. O R7 entrou em contato com o Hospital, mas até a publicação da matéria, não havia recebido resposta.

Click no link abaixo e veja a reportagem

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Brasileiros sofrem com hospitais lotados

ISSO TUDO EM HOSPITAIS PARTICULARES

A deficiência no atendimento também atinge que tem convênio médico. O pagamento pode estar em dia, já o atendimento deixa muito a desejar. As filas são enormes a espera pode passar de uma hora. Quem vai aos hospitais públicos e particulares enfrenta o mesmo problema, salas de esperas lotadas. Os usuários dos planos particulares pagam para não precisar esperar, mas a realidade é outra em quase todo o país

Veja a reportagem clicando no link abaixo
http://noticias.r7.com/jornal-da-record/videos/edicao/?idmedia=4e5ebbf392bbf8c1752db59f

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Hospital de SP deixa de atender pacientes do SUS por causa de superlotação

O Hospital Santa Marcelina, um dos maiores da zona leste de São Paulo (SP), parou de fazer atendimentos de emergência a pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde).




O motivo é a superlotação. Um homem revelou que só conseguiu internar a filha pequena com a ajuda da polícia.





sábado, 13 de agosto de 2011

Ministério Público exige criação de novos leitos em hospitais no RJ




Ação exige a criação de 349 leitos para que norma que determina percentuais mínimos de leitos de CTI proporcionais à população de cada município seja obedecida

Sábado, 12 de Agosto de 2011, 11h07

SÃO PAULO - O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) propôs à Justiça, na última quarta-feira, 10, ação civil pública para exigir a imediata criação de 349 novos leitos de CTI em hospitais estaduais.



A ação foi proposta pela Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Saúde da Capital, que, desde novembro do ano passado, buscava uma solução extrajudicial através da assinatura de termo de ajustamento de conduta, ainda em análise pela Secretaria Estadual de Saúde. A ação teve por base investigações desenvolvidas nos últimos dois anos pela Promotoria de Saúde, nas quais foram reunidas provas que demonstram que, diariamente, seis pacientes perdem a vida à espera por um leito de CTI. A ação também levou em consideração estudo técnico apresentado pelo Tribunal de Contas do Estado e a Portaria nº 1.101/GM/2002 do Ministério da Saúde, que estabelece os percentuais mínimos de leitos de CTI proporcionais à população de cada município.



Além da tentativa de assinatura do termo, foram realizadas mais de 25 reuniões nos últimos 12 meses com Diretores de Hospitais, Coordenadores de Regulação, Subsecretários de Saúde, e uma audiência pública no último mês de junho para discutir a regulação de leitos. Essa regulação consiste na organização do acesso aos leitos de CTI a partir de protocolos objetivos, técnicos e hierarquizados de atendimento, para os casos de maior necessidade serem atendidos com maior celeridade, preservando a vida dos pacientes.



Em relação à Secretaria Municipal de Saúde, a ação exige a total inclusão dos leitos de CTI dos hospitais municipais na Central de Regulação e o pleno funcionamento dos Núcleos de Regulação nesses hospitais.



Em caso de continuidade no descumprimento das obrigações, o MP já requereu à Justiça a aplicação de multa aos Secretários de Saúde, o bloqueio judicial de verbas públicas destinadas a serviços não essenciais - tais como publicidade governamental - bem como possível responsabilização por improbidade administrativa por parte dos gestores.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Mulher morre após colocar implante de silicone em clínica clandestina no Ceará




Jaqueline Falcão (jaquefalcao@sp.oglobo.com.br) Tamanho do texto A A A SÃO PAULO - Uma técnica de enfermagem de 31 anos morreu, nesta quinta-feira, por complicações de um implante de silicone nas nádegas, no Ceará. A polícia apura se a cirurgia ocorreu em uma clínica clandestina. Odiléia de Sousa Viana saiu de casa na quarta-feira e disse à família que faria um tratamento contra as varizes. Ninguém sabia o endereço.



À noite, segundo o irmão da vítima, Jonantan de Sousa Viana, ele recebeu uma ligação de uma amiga, identificada como Neide, informando que Odiléia estava "muito mal" no hospital Instituto Dr. José Frota (IJF).



- Uma amiga da minha irmã recebeu uma ligação, que ainda não sabemos de quem, avisando que ela estava hospitalizada. Quando cheguei no hospital, ela havia dado entrada como desconhecida. Minha irmã estava na UTI. De madrugada, o hospital ligou e disseram que ela havia falecido depois de uma parada cardíaca - conta o irmão da vítima.



Odileia teria passado mal após a cirurgia. Segundo informações do hospital, a mulher deu entrada já em estado de coma e foi encaminhada ao setor de reanimação. Segundo laudo médico, houve aplicação indevida de silicone nas nádegas. A vítima apresentava um corte cirúrgico na região, que havia sido colado com cola tipo "super bonder", segundo funcionários do hospital, que preferem não se identificar.



A polícia registrou o caso como morte suspeita. O laudo do Instituto Médico Legal, que vai apontar a causa da morte, deve ficar pronto em 30 dias.



Odileia tinha duas filhas gêmeas, de 1 ano e 9 meses. Segundo o irmão, ela era uma pessoa de gostos simples, mas gostava de se sentir bem.



- Esperamos descobrir o que aconteceu com a minha irmã - diz ele

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Flagrantes revelam descaso com pacientes em hospital de Sorocaba (SP)

Doutores palhaços dão aulas em curso de extensão na faculdade de medicina

Profissionais de saúde de um hospital universitário, no Rio, voltaram à sala de aula para aprender como melhorar a convivência com os pacientes. Os professores são atores-palhaços, como conta a repórter Sandra Passarinho.




Não parece, mas a equipe do Jornal Nacional está em um hospital público. E as brincadeiras são levadas a sério. Os jogos são parte de um curso para estimular uma relação mais humana entre a equipe do hospital e os pacientes. Os alunos são profissionais de vários serviços de saúde, que treinam estudantes e residentes do hospital universitário da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).



“Você, como médico, está no topo. E. você, no topo, não enxerga nada. Ou então, você enxerga todo mundo muito abaixo de você”, diz a médica Regina de Moura.



Uma novidade: os palhaços agora dão aulas num curso de extensão da faculdade de medicina da universidade. O palhaço leva essa experiência de solidariedade no trato com as crianças, para os profissionais de saúde. Como usar a alegria para refletir sobre a rotina do trabalho, e ficar mais perto dos pacientes.



“Isso era um segredo para nós. Nós não sabíamos como fazer", declara a coordenadora do curso para profissionais de saúde, da Uerj, Denise Herdy. A coordenadora dos palhaços é filha de um médico aposentado, que foi palhaço também. "Vocês podem conduzí-la por lugares diferentes, delegar, depois dar uma corrida com a maca, deixa elas experimentarem varias sensações”, declara.



Ficar no lugar de um paciente faz parte do jogo. “Você está passivo, completamente entregue a quem está te conduzindo”, fala uma aluna na maca. Os doutores palhaços querem ajudar os outros doutores a entender o que o paciente passa, um sentimento que não se aprende na escola:



A aluna conta que ficou nervosa. “Muito. Um turbilhão de emoções, claro, escuro, muito barulho, pouco barulho. Conversas de pacientes esperando atendimento. Me senti no lugar deles, me coloquei no lugar deles”, explica a enfermeira Márcia Araújo.

Veja reportagem na íntegra no link abaixo:

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Sem médicos, Rocha Maia fecha as portas - Rio de Janeiro



Bruna Talarico (bruna.talarico@oglobo.com.br) Tamanho do texto A A A

RIO - O Hospital Municipal Rocha Maia, em Botafogo, foi mais uma vez o expoente da carência de médicos pela qual passa a rede municipal de saúde. Sem médicos, a unidade manteve os portões fechados durante o dia de domingo. Quem tentava atendimento era orientado pelos seguranças a procurar a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Botafogo, ou mesmo o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea. Por telefone, uma funcionária ressaltou que havia apenas um médico no plantão, mas que por falta de equipe, o profissional não estava prestando atendimento.



— O médico não pode trabalhar sozinho — justificou.



Presidente da Associação de Moradores da Lauro Müller e Adjacências (Alma), Abilio Tozini enfatizou que a não prestação de atendimento já não é fato isolado.



O médico não pode trabalhar sozinho— Por conta deste mesmo problema, organizamos manifestações em 2010. Tivemos a promessa do secretário de Saúde de que o hospital teria mais atenção, e recentemente o diretor do hospital disse que teríamos uma surpresa boa. Até agora, nada aconteceu. É um contra-senso, você vai ao Miguel Couto e encontra um ambiente superlotado, enquanto o Rocha Maia tem até uma setor de emergências novo e está de portas fechadas. Não dá pra entender — reclamou Tozini.



Secretaria diz que casos graves foram atendidos

A Secretaria municipal de Saúde informou que, ao contrário do que sustentaram funcionários e vigilantes, foram atendidos casos de maior urgência e que o plantão diurno de domingo teve funcionamento restrito em função da saída recente de profissionais.



Em nota enviada pela Secretaria municipal de Saúde, a unidade informou ainda que “situações de perfil ambulatorial foram encaminhadas para unidades próximas”, e o serviço seria normalizado ainda no domingo. Uma equipe do GLOBO esteve no local, e até as 19h o atendimento não havia sido normalizado.



— A contratação de novos profissionais para a unidade já foi iniciada pela Secretaria Municipal de Saúde. Além disso, a Prefeitura autorizou na última semana a realização de novo concurso público, que oferecerá mais de 2.500 vagas, sendo 1.700 médicos de diversas especialidades — dizia a nota.



O vereador Paulo Pinheiro (PPS), vice-presidente da Comissão de Saúde da Câmara, afirmou que está recolhendo assinaturas para a instauração de uma CPI sobre as políticas de recursos humanos na área de saúde pública. Segundo ele, a falta de médicos não é problema exclusivo do Hospital Rocha Maia, e atinge todas as unidades da rede municipal, como o Hospital Municipal Paulino Werneck, na Ilha do Governador — onde, na última semana, um médico que prestava sozinho atendimento se recusou a terminar o plantão.



— Venho denunciando isso há pelo menos seis meses. Existe uma carência brutal de clínicos e pediatras. Estamos solicitando ao secretário, em caráter de urgência, a convocação de um concurso público, mas aliada a implementação de um plano de cargos e salários — apontou Pinheiro.



Segundo ele, o baixo salário de um médico concursado (que não chega aos R$ 2 mil mensais) é um dos maiores fatores para a quebra na política de recursos humanos da rede pública. Já os médicos convocados pela Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec) nos últimos meses, sem relação estatutária, teriam salários que variam entre R$ 7,5 e R$ 15 mil mensais.



— A solução é a modificação na politica de recursos humanos. É preciso plano de cargos e salários, para que a remuneração acompanhe o crescimento profissional dos médicos. Isso hoje não existe hoje na Secretaria municipal de Saúde — denunciou Pinheiro. — Uma saída seria a contratação em caráter de emergência de um grupo de médicos, por tempo determinado, até que os novos concursados assumam seus cargos de fato. O novo concurso acabou de ser autorizado, mas até que estes profissionais sejam absorvidos, vão se passar pelo menos uns 8 meses.



Cremerj: falta de médicos atinge toda a rede municipal

Diretor secretário-geral e coordenador da Comissão de Saúde Pública do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), Pablo Queimadelos faz coro com o vereador Paulo Pinheiro.



— Esta é uma realidade em todos os hospitais da rede pública. Nós já alertamos a Secretaria sobre a necessidade de se organizar um grande concurso público, mas com salários convidativos. A população só está sendo privada de um atendimento melhor porque faltam médicos na rede municipal de saúde, mas não faltam médicos no Rio de Janeiro — enfatizou.



Queimadelos ainda afirmou que, se provado que médicos faltaram ilegalmente ao plantão, eles estarão sujeitos à sindicância do conselho. Por outro lado, se ficar evidente que a causa da falta de atendimento no Rocha Maia se deve à ausência de profissionais na rede municipal, o próprio secretário Hans Dohmann, que também é médico, estará sujeito às sanções previstas no código processual do Cremerj, que vão desde uma advertência até a cassação.




domingo, 31 de julho de 2011

Eles já operaram 6 mil corações de bebês



O casal Gláucio e Beatriz Furlanetto são pioneiros em tratar de crianças cardíacas e com só algumas horas de vida

Fernanda Aranda, iG São Paulo
31/07/2011 06:46

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Parceria: Gláucio e Beatriz Furlanetto são casados há 37 anos e passam horas operando juntos

As formigas e os insetos instigavam o menino Gláucio. Tão pequenos e tão complexos, como será que funcionam? A dúvida fazia o garoto paulistano abrir os pequenos animais e investigar, em um brincar de ser cirurgião, o funcionamento daqueles seres quase microscópicos.Gláucio Furlanetto cresceu, virou médico na vida real e a complexidade das pequenas proporções continuou como combustível de sua curiosidade. Ainda estudante de medicina, ele e a então namorada Beatriz ficaram perplexos ao saber que a cirurgia cardíaca não tinha especialização efetiva em recém-nascidos que chegam ao mundo com batimentos fora de ritmo.De forma pioneira, o casal começou a estudar as fórmulas mais seguras de operar pequenos corações. A parceria de Gláucio e Beatriz completa 37 anos em 2011 e tem o sucesso medido em números. Eles colecionam seis mil cirurgias cardiológicas infantis, a maior parte feita no Hospital Beneficência Portuguesa, mas também realizadas em Estados e até Países (Peru e Colômbia principalmente) em que os bisturis não arriscam operar pacientes tão novinhos.Ficaram experts neste tipo de procedimento e hoje já são acionados antes mesmo das crianças nascerem. Quando o ultrassom identifica alguma anomalia no coração dos fetos, eles já se preparam para atuar horas depois do trabalho dos obstetras.






Gláucio e Beatriz concluíram o curso de medicina em 1978 na Universidade Santo Amaro, em São Paulo, casaram no ano seguinte e já em 1985 começaram a operar juntos os corações infantis na Beneficência Portuguesa. Também sempre um ao lado do outro fizeram especializações em cardiologia e em 1994 fundaram o Instituto Furlanetto que, entre outros objetivos – como capacitar médicos e produzir pesquisas na área da cardiologia infantil – também realiza um trabalho social.






“Fazemos festas e confraternizações para reunir os familiares dos nossos pacientes”, explica Beatriz.



“O grande objetivo das nossas operações é dar uma vida normal à criança ou o mais próximo possível da normalidade. E, muitas vezes, para compreender como os filhos podem brincar ou até como os pais devem falar da cirurgia com as crianças eles precisam deste contato com quem passou por experiência semelhante a deles.”



Os pacientes que se encontram na festa do Instituto Furlanetto começam a ser atendidos às 5h30 e o último atendimento do casal é às 21h30. A rotina longa sempre é enfrentada em dupla. Gláucio e Beatriz só tiram férias para participar de convenções e congressos de cardiologia e os finais de semana dos dois também incluem trabalho.



Eles, que de tão apaixonados pela profissão não sentem um pingo de ciúmes da carreira um do outro, arrumaram um jeito para diminuir as possibilidades de conflito que poderiam atrapalhar a vida pessoal. “Eu e a Bia estamos sempre juntos, mas não concordamos em nada. Profissionalmente, estamos em constante embate”, reconhece Gláucio.



Por isso, os sete pacientes infantis operados semanalmente pelos dois, em cirurgias que têm duração média de oito horas (quando tudo ocorre bem), são alternados. “Um dia é o Gláucio que comanda a equipe cirúrgica, no outro sou eu. Para não dar briga, sempre contamos com a assistente que faz a agenda. Quem está no comando tem prioridade na hora de decidir”, explica a dinâmica, Beatriz.



Próximos passos



No esquema de alternar quem comanda os bisturis, o casal Furlanetto sabe que alguns pacientes salvos hoje pelas mãos de ambos não conseguiriam sobreviver há cinco ou três anos. “As técnicas, ainda bem, estão evoluindo diariamente”, comemora Gláucio.



“Uma das operações mais complexas, a transposição de grandes artérias, há dez anos, tinha mortalidade de 40%. Hoje o índice é de 5%. Estamos avançando apesar de ainda engatinhar.”



Para os próximos passos, eles não almejam equipamentos ultramodernos para operar. Querem apenas diminuir distâncias. “Não dá para a cirurgia cardíaca pediátrica continuar sendo privilégio de alguns”, avalia Gláucio Furlanetto.



Faça o teste e descubra se o seu coração está em risco



Para se ter uma ideia das diferenças regionais na especialidade, em Rondônia, no ano passado, 17 crianças com menos de 1 ano foram internadas por problemas cardíacos, segundo levantamento feito pela reportagem nas planilhas do Ministério da Saúde. Em São Paulo, em igual período, o número foi 48 vezes maior, 810 internações. O casal sabe que a diferença de algarismos não indica que a população paulista é mais vulnerável à cardiopatia e, sim, que elas têm mais acesso a tratamento.



“Por isso viajamos pelo Brasil para treinar os médicos. O sonho é que não falte estrutura e nem profissionais em todos os locais do País”, diz Gláucio. Os pequenos e complexos sempre fizeram a cabeça deste casal. Mas eles não sabem que a cardiologia infantil não pode mais caminhar com passos de formigas.



terça-feira, 26 de julho de 2011

Via crucis em postos de saúde - Belém do Pará





Edição de 26/07/2011 Tamanho do Texto





Pacientes percorrem unidades DE BELÉM E ANANINDEUA em busca de atendimento; falta de médicos causou revoltaFilas, reclamações e falta de atendimento marcaram a manhã de ontem nas Unidades Municipais de Saúde e Prontos-Socorros de Belém e Ananindeua. Nos bairros da Marambaia, em Belém, e Paar, em Ananindeua, apenas um médico tentava dar conta da demanda. Na Cidade Nova VI, o problema era a falta de traumatologista. "Tem uma fila enorme lá dentro e, pela terceira vez, a atendente veio dizer que o médico está chegando. Está chegando desde as 6 horas da manhã e, até agora, não apareceu", contou Alessandra Sena, que desde as 6 horas aguardava atendimento para a avó, Nazaré Silva, que caiu durante a madrugada e podia ter fraturado a clavícula.A direção da Unidade de Saúde da Cidade Nova VI não quis comentar o problema, mas, por volta das 10 horas, um funcionário do posto confirmou que vários pacientes aguardavam o médico que deveria ter chegado ao local às 8 horas. Com dificuldade para respirar, por causa de uma crise de asma, Eliana Cordeiro também buscou atendimento da Cidade Nova VI, mas a dona de casa foi aconselhada a buscar atendimento no Posto de Saúde do Paar, bairro aonde mora. "Eles não querem atender porque dizem que tem um posto de saúde onde eu moro, mas eu já vim de lá e também não tem médico", denunciou.A reportagem foi até a Unidade de Saúde do Paar e confirmou a denúncia. No posto, apenas um médico havia comparecido ao plantão, ontem de manhã, para atender consultas marcadas previamente. A urgência e emergência estava descoberta. Revoltada, Maria Izabel da Silva aguardava desde 6 horas atendimento para a filha, que passou mal durante a noite de domingo. "Nós corremos para cá ontem (domingo), mas informaram que não tinha médico. Disseram pra gente voltar de manhã. A menina passou a noite em casa, com dor, e quando chegamos, agora de manhã, ouvimos novamente que não tem médico para atender." A doméstica Maria Sueli Corrêa também foi surpreendida pela falta de médico na Unidade. "Mandaram a gente tentar ser atendido lá na Cidade Nova VI ou no Posto 4."Também no Paar, ninguém da direção do Posto de Saúde foi encontrado para comentar a falta de médicos na unidade. Nas segundas-feiras de julho o atendimento parece comprometido também em outros setores. Uma fila se formou apenas por pessoas que aguardavam encaminhamento para exames que não podem ser feitos na própria unidade. A aposentada Maria Pereira é uma das que dependem desse serviço. Há dois meses ela tenta marcar raios-x. "É a terceira vez que volto aqui para tentar marcar o exame". Segundo um funcionário que não quis se identificar, o aparelho que poderia fazer o exame de Maria quebrou há 4 anos e nunca foi consertado.Prefeitura - A Secretaria de Saúde de Ananindeua informou, em nota, que o traumatologista da Unidade da Cidade Nova VI chegou atrasado, mas o atendimento foi normalizado ainda pela manhã. Sobre a Unidade de Saúde do Paar, a secretaria diz que "os atendimentos ocorreram normalmente com três médicos na urgência/emergência, pediatria e clínica geral". "Infelizmente, falta médicos", admite diretorNa Unidade de Saúde da Marambaia - o Posto 4 - em Belém, quem procurou atendimento de urgência e emergência, ontem de manhã, foi informado que o plantonista do horário estava de férias e a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) ainda não havia mandado um substituto. Apenas quem já tinha consulta marcada conseguiu atendimento no local. O diretor da unidade, Mário Rego, admitiu que o número de médicos do município é insuficiente para cobrir a rede. "Infelizmente, faltam médicos. Durante o mês de julho a situação é ainda pior porque muitos profissionais tiram férias nesse período", comentou. A direção do Posto de Saúde aguardava que a Sesma mandasse um substituto para o horário, mas não soube informar quando isso seria feito. A Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) informou, em nota enviada à redação, que o médico do setor de urgência e emergência da UMS Marambaia "precisou se ausentar por motivos de doença e solicitou um afastamento de 15 dias para sanar o problema de saúde que vem enfrentando. A Sesma tenta substituir este profissional para não deixar a unidade descoberta, uma vez que julho é o mês atípico, onde a Secretaria encontra algumas dificuldades para manter os profissionais nas unidades, já que é o mês de férias escolares."Família denuncia negligência; Sesma rebateNos dois prontos-socorros de Belém, apesar das filas, o atendimento aconteceu normalmente durante a manhã de segunda. A denuncia mais grave partiu do autônomo Aldo Araújo. Segundo ele, a mãe, Maria Lúcia Mendonça Araújo, pode ter falecido por negligência no atendimento. A idosa, de 65 anos, foi levada ao Pronto-Socorro da Travessa 14 de Março na noite de domingo. Os sintomas eram dor no peito e falta de ar. "O médico passou uma medicação e meia hora depois liberou a minha mãe. Apesar de ela ainda se queixar de dores. Ele disse que os sintomas iam passar assim que o remédio fizesse efeito, mas não passou. Hoje (ontem) de manhã ela voltou a sentir dores ainda mais fortes, trouxemos ela pra cá novamente, mas ela não resistiu", relatou. A família questiona a liberação da idosa. "O que a gente não se conforma é que mandaram ela de volta para casa, mesmo com ela dizendo que não estava bem", disse, inconformada, a filha, Lúcia Araújo, enquanto aguardava a liberação do corpo.Outro lado - Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) informou que "a paciente Maria de Lúcia Mendonça Araújo deu entrada ontem (24) no HPSM Mário Pinotti (14 de Março) apresentando dores. A paciente foi atendida pelo médico clinico Dr. Carlos Madureira, que prescreveu uma medicação para dor e solicitou os exames de eletrocardiograma e ultrassom para a paciente, com o objetivo de descobrir o motivo de seu mal estar. Após a administração do medicamento, Maria de Lúcia teve uma melhora no seu quadro de dor. Devido a aparente melhora, os familiares resolveram levar a paciente para sua residência, sem realizar os exames solicitados pelo médico. Hoje (25), pela manhã, a paciente retornou ao hospital, às 10h25, mas infelizmente já chegou em óbito. O atestado de óbito consta como causa desconhecida, uma vez que a paciente não chegou a realizar os exames solicitados pelo médico que a atendeu.

domingo, 24 de julho de 2011

Ambulâncias paradas no Rio custam R$ 407 mil por mês



23 de julho de 2011 • 10h41 Comentários



Notícia



Reduzir Normal Aumentar Imprimir Clarissa Mello

Pâmela Oliveira

O governo do Estado do Rio de Janeiro recebe do Ministério da Saúde verba para custeio e manutenção de 74 ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) na capital, mas apenas 45 estão em funcionamento. Isso significa que o governo federal gasta R$ 407,5 mil por mês para manter 29 veículos estragados, que estão parados no pátio.



Segundo o Ministério da Saúde, desde a implantação do Samu no Rio, em 2006, é repassada verba referente a 74 ambulâncias na capital - 59 básicas e 15 de suporte avançado, com UTI. Por mês, o Estado recebe R$ 12,5 mil para cada viatura básica e R$ 27,5 mil para cada uma das mais sofisticadas.



Entretanto, segundo a Secretaria de Defesa Civil, das 75 ambulâncias que atendem os cariocas, só 45 delas fazem parte do Samu atualmente - 33 básicas e 12 avançadas. O ministério afirma não ter sido informado sobre a redução da frota de ambulâncias do Samu.



Em um ano, o rombo aos cofres do ministério com remessa de recursos para manutenção que não foi realizada - já que 29 vans ambulâncias estão estragadas - pode chegar a R$ 4, 9 milhões. "É absurdo. Se o Ministério da Saúde enviou um dinheiro que não foi usado, o Estado tem que devolver", afirmou o Defensor Público da União André Ordacgy.



O governo estadual pode ter que explicar ainda o que fez com parte da verba para a manutenção das ambulâncias do Samu referente aos 12 meses em que a frota não recebeu o serviço. Por determinação do Tribunal de Contas do Estado, o governo suspendeu o pagamento à empresa Toesa Service, que fazia consertos das viaturas, devido a irregularidades no contrato.



Estado requisita mais 24 veículos ao governo federal

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse na sexta-feira que a Secretaria Estadual de Defesa Civil pediu ao governo federal a reposição de 24 ambulâncias do Samu. A solicitação foi feita esta semana. "Os novos veículos chegarão em agosto", afirmou Padilha, sem saber que a pasta repassa verba para veículos que estão parados.



De acordo com o ministério, o valor referente a custeio e manutenção das ambulâncias pode ser usado também no pagamento de profissionais que atuam no atendimento às vítimas nos veículos. Além desse montante, o estado recebe R$ 600 mil por mês, para arcar com os custos das centrais que coordenam o Samu.



Responsável até junho pelo Samu, a Secretaria de Saúde admitiu que recebia R$ 1,75 milhão - R$ 1,15 milhão para custeio das ambulâncias e R$ 600 mil para a Central -, mas afirmou que "esse valor representa cerca de 50% do gasto total como serviço, sendo que o Estado cobre o restante".



Como o jornal O DIA publicou na edição de sexta-feira, o Estado também terá que explicar à Defensoria Pública da União por que vai descartar outras 40 ambulâncias que estão paradas no Quartel de Guadalupe. A corporação anunciou a compra de 50 novos veículos.



Tempo de espera recomendado pelo Ministério da Saúde é ficção

Segundo o Ministério da Saúde, o tempo recomendado para o atendimento de chamadas pelo Samu às vítimas é de 12 a 15 minutos. Mas a suposta "agilidade" não esteve presente quando a dona de casa Daniele Conceição Bispo, 23 anos, e o pedreiro Waldir Costa do Nascimento, 38 anos, precisaram de ajuda.



O caso de Daniele aconteceu na segunda-feira. Grávida de nove meses, ela deu à luz Rafael Guilherme no caminho para hospital, em um banco da estação de trem de Campo Grande. Funcionários da SuperVia chamaram o Samu logo que a mãe começou a passar mal. O atendimento, no entanto, nunca foi feito. Uma mulher que passava pelo local fez o parto. E Daniele foi para o Hospital Rocha Faria de ônibus, duas horas depois de ter chamado a ambulância.



O defensor público André Ordacgy vai cobrar do Estado a explicação de por que a União não foi avisada da interrupção do contrato de manutenção das ambulâncias, serviço pelo qual pagava. Ordacgy vai cobrar explicações da Secretaria Estadual de Saúde, da Secretaria Estadual de Defesa Civil e do Ministério da Saúde.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

.Famílias de vítimas acusam CRM de proteger médicos "ruins"

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Familiares fizeram protesto silencioso devido ao período eleitoralISA SOUSA

DA REDAÇÃO





As famílias vítimas de erro médico em Mato Grosso decidiram sair às ruas da cidade para protestar contra o que consideram descaso por parte do Conselho Regional de Medicina (CRM), diante dos muitos casos já registrados no Estado.



Na quarta-feira (4), por exemplo, foi realizada uma manifestação de repúdio à proteção que o Conselho Regional de Medicina (CRM) dispensaria aos seus membros, apontados responsáveis pela morte de dezenas de pessoas em Mato Grosso.



De bocas amordaçadas e visivelmente emocionados, pais, filhos e irmãos que perderam pessoas próximas por erros que, segundo eles, poderiam ter sido evitados, pediam nas faixas e cartazes "punição para os culpados e não às vítimas".



O protesto silencioso, segundo a vice-presidente da Associação Paraense Contra o Erro Médico (Aspacem), Ana Lúcia Barbosa, se deve ao fato do impedimento de manifestações em época de campanha eleitoral. "Precisamos nos manifestar, mesmo que seja de bocas fechadas", disse.



Ana Lúcia perdeu o filho de 17 anos. O garoto realizava cirurgia bariátrica para redução de estômago, devido à obesidade, e, pelo fato ter ter sido assistido por uma equipe médica incompleta, teve torção na alça intestinal.



A presença de representantes de outros Estados nesse tipo de manifestação tem sido recurso usado constantemente pelas associações de vítimas de erro médico, que buscam união para futura mobilização nacional. Em Cuiabá, além da presença de Ana Lúcia, a Associação de Familiares Vítimas de Violência de Mato Grosso (AFVV) apóia o movimento.



De acordo com Epaminondas Batista de Almeida, pai de Heide Aparecida de Almeida, que morreu em 2008, após cirurgia para correção do nariz, o protesto é um marco na luta de Mato Grosso. "Precisamos criar meios de coibir que esse tipo de erro aconteça. E, para tanto, precisamos, primeiramente, nos mobilizar entre os Estados, para depois levar as propostas à Brasília", informou.



Segundo a vice-presidente da Aspacem, as principais reivindicações que serão levadas à Brasília são a obrigatoriedade de caixas pretas dentro dos boxes cirúrgicos e delegacias especializadas em erros médicos.



Além de Cuiabá, sete capitais já se manifestaram, sendo a mato-grossense a única a ter o protesto silencioso. São Paulo e Rio de Janeiro devem ser as próximas cidades onde ocorrerão manifestações.



Bisturi fatal



Um dos casos mais polêmicos de erro médico envolve o médico cirurgião Samir Khedi. Ele foi condenado por homicídio culposo (sem intenção de matar), por ter cometido erro médico durante um procedimento cirúrgico que levou à morte de Rosimeire Aparecida Soares, no final de dezembro de 2007.



O laudo emitido pelo Instituto Médico-Legal, na época, comprovou que houve erro médico, uma vez que Rosimeire morreu de choque hipovolêmico (perda de sangue), provocado por lesão na veia cava inferior, em consequência de uma perfuração.



A gerente administrativa se submeteu a várias intervenções cirúrgicas realizadas por Khedi, entre elas: lipoaspiração do abdome e no culote, enxerto nas nádegas e na panturilha, correção de nariz e axila.



O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ/MT) concedeu liminar que fixou o pagamento de pensão de alimentos ao menor L.V.S.N.A, filho da gerente Rosimeire.



O Conselho Regional de Medicina (CRM) condenou Samir Khedi à censura em publicação oficial pela prática de imprudência, após ter sido acusado de erro médico.



O cirurgião foi condenado pela Justiça a um ano de detenção, com aumento de quatro meses por inobservância de regra técnica da profissão, totalizando um ano e quatro meses de detenção.



Por não ser reincidente, a detenção foi revertida em prestação de serviços à comunidade, no Hospital do Câncer, durante um ano, com oito horas semanais, inclusive, aos sábados. Além disso, o cirurgião foi multado em dez salários mínimos.



Outro lado



O presidente do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), Arlan de Azevedo Ferreira, agendou para a próxima segunda-feira (9), uma entrevista coletiva para apresentar o balanço das denúncias e processos sobre erro médico no período de janeiro a julho deste ano, além dos resultados de anos anteriores.

quinta-feira, 14 de julho de 2011


                                          






                         Frente Parlamentar em Defesa das Vítimas de Violência (Crimes Hediondos)


 
                                                                 24 de agosto às 09:00
                                             Auditório Nereu Ramos - Câmara dos Deputados



A Deputada Keiko Ota, eleita em São Paulo com uma quantidade expressiva de votos, de cidadãos que vêem nela a esperança de mudanças, convida as famílias, vítimas de violência, para participarem da Frente Parlamentar em Defesa das Vítimas de Violência (Crimes Hediondos) que acontecerá no dia 24 de agosto às 9:00h, no Auditório Nereu Ramos - Câmara dos Deputados.



A Deputada apresentará aos parlamentares uma proposta que vem de encontro ao que buscamos e precisa do apoio das famílias vítimas de violência para que seu grito por justiça seja o de todos nós.





Faremos uma grande mobilização no gramado, em frente ao Planalto, onde cada família poderá expor um pertence do ente vitimado, falar da sua dor e luta e o grupo apresentará aos parlamentares o Projeto de Lei proposto pela deputada Keiko Ota.





Entre os principais temas a serem discutidos na Frente Parlamentar destaco:





* Programa de acompanhamento psiquiátrico e psicológico as vítimas de violência e seus familiares;

* Contra a progressão penal;

* Contra a concessão do benefício de Saídas Temporárias aos detentos;

* Acompanhar o crescimento da prática de crimes hediondos no Brasil;

* Apresentar medidas que contribuam para a retirada do Brasil do topo do ranking mundial de homicídios





Contamos com a sua participação para que o grito de justiça não seja de uma pessoa só, para que juntos possamos buscar as mudanças que esperamos, um país mais justo, com leis mais justas.





Movimentos e Familiares de Vítimas que já confirmaram presença:





- Movimento Gabriela Sou da Paz - Carlos Santiago - RJ



- ONG Brasil Sem Grades - Luiz Fernando Oderich -RS

- MRC- Movimento de Resistência ao Crime - Jorge Damus - SP

- Comitê Nacional de Vítimas da Violência - Valéria de Velasco - DF

- MVJP - Movimento das Vítimas da Violência pela Justiça e Paz - Fumyio - SP

- Movimento Giorgio Renan por Justiça - Elizabeth Metynoski - PR

- Movimento Maria Claudia Pela Paz - Cristina Del' Isola - DF

- Movimento Cadê Patrícia - Adriano Franco - RJ

- Movida - Movimento Pela Vida - Iranilde - PA

- Movimento Mães na Dor - Hipernestre Carneiro - PB

- Movimento Anjos de Realengo - Adriana - RJ

- Movimento Basta com Erros Médicos - Sandro - RJ

- Movimento Justiça Brasil - Sandra Cassaro - ES



- Ari Friendemback - pai da Liana Friendemback -SP

- Tânia Lopes - irmã do Tim Lopes - RJ

- Christiane Yared - mãe do Gilmar Yared - PR

- Adriana Barbosa - mãe do Luis Paulo Barbosa -SP

- Sônia Ramos - mãe da Fernanda Venâncio Ramos - RJ

- Adriana Cristina Pimentel - mãe da Eloá Pimentel -SP

- Kátia Couto - mãe do Pedrinho - SP

- Juliana Fonteles - filha do Paulo Fonteles - PA

- Franciana Rosal - mãe de Paulo Roberto - DF

- Ana Lucia Henriques - mãe de Allan Barbosa - PA





Caso faça parte dessa luta e seja do seu interesse participar do evento, confirme a sua presença através do e-mail: srsdomingues@terra.com.br





Atenciosamente,






Sandra Domingues

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Médico teria ameaçado pai de paciente com arma em Belo Horizonte (MG)

A confusão aconteceu no setor de ortopedia de um hospital da zona leste de Belo Horizonte (MG). Uma adolescente estava com suspeita de fratura em um dos pés e buscou s atendimento médico acompanhada do pai. Ao ter o atendimento negado, o pai da jovem disse que chamaria a polícia e o médico reagiu armado dizendo que seria um policial militar.

http://noticias.r7.com/videos/medico-teria-ameacado-pai-de-paciente-com-arma-em-belo-horizonte-mg-/idmedia/4e1b277b3d14cf480cc7c1f7.html

domingo, 10 de julho de 2011

Mais uma morte em lipoaspiração

Parentes querem explicação sobre a real causa da morte da vítima



Do Hoje em Dia...

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...Os familiares da funcionária pública Kátia Maciel Dias de Oliveira, de 38 anos, informaram que irão acionar a Justiça na próxima semana para cobrar explicações sobre a morte da mulher. Kátia morreu na quinta-feira (7), após ser submetida a uma lipoaspiração em uma clínica estética no bairro Santo Antônio, região centro-sul de Belo Horizonte (MG). As informações são do Hoje em Dia.



Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o estabelecimento já responde a dois processos por erros médicos. O corpo de Kátia foi enterrado na tarde de sexta-feira (8), no Cemitério do Glória, em Contagem, na Região Metropolitana de BH.



Segundo o genro da vítima, Diego Costa Ferreira, ninguém da clínica ofereceu ajuda aos familiares ou esclareceu as reais causas da morte da vítima.



- Em uma emissora de TV, o advogado da clínica informou que ela havia morrido após sofrer uma parada cardíaca mas, em outra TV, ele falou que a causa da morte foi por embolia pulmonar. Queremos saber o que de fato aconteceu.



De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, o estabelecimento não tinha alvará sanitário para funcionar. A Polícia Civil informou que o inquérito foi instaurado e o laudo sobre a causa da morte deve sair em 30 dias.



Apesar de ter dois processos na Justiça, o dono da clínica e responsável pela cirurgia, nunca foi denunciado por negligência, segundo Conselho Regional de Medicina. O órgão informou, no entanto, que irá analisar as matérias que foram veiculadas na imprensa e, se for constatada alguma irregularidade, irá abrir uma sindicância.



Kátia Maciel Dias de Oliveira foi internada na clínica de estética na última quarta-feira (6). Segundo o genro dela, ela deu entrada na clínica para o procedimento de abdominoplastia às 5h45. No fim do dia, os parentes foram avisados que a mulher teria alta na manhã de quinta-feira (7). Quando o genro chegou ao local, porém, foi informado que ela estava morta.

sábado, 9 de julho de 2011

Mulher teve o braço queimado durante uma cirurgia

Uma mulher sofreu queimaduras no braço durante uma cirurgia de vesícula em um hospital particular na Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro. O Conselho Regional de Medicina vai abrir sindicância para apurar as circunstâncias do incidente.

Rozi Pereira acredita que foi vítima de erro médico e está abalada com a situação. Ela contou que não recebeu nenhuma explicação do ocorrido.

A direção do hospital confirmou que ela sofreu as queimaduras dentro da sala de cirurgia e disse que é rotina aquecer o soro fisiológico em forno micro-ondas. Mas no caso de Rozi, uma embalagem estourou por conta do calor excessivo e caiu no braço dela.

O diretor do hospital pediu desculpas e disse que acidentes podem ocorrer em qualquer operação.

O caso está sendo investigado pela polícia como lesão corporal culposa, quando não há intenção de matar.

O laudo que vai apontar as causas da queimadura ficará pronto em 15 dias.

Assista ao vídeo:

fonte

http://www.orkut.com.br/Interstitial?u=http://videos.r7.com/mulher-denuncia-que-sofreu-queimaduras-durante-cirurgia-em-hospital-no-rio/idmedia/4e1457b892bbdc3e3ab27ad2.html&t=ANZmp8frle46uqaEL1aeCpt4pdXW2ShOKxVF6BHPOhTLLepkcou6qJpV89btnA5JBcIcq4CgFTjFWubyjMexdr4Egu0z4qwcLwAAAAAAAAAA

Vítimas de erros médicos aumentam

http://videos.r7.com/vitimas-de-erros-medicos-aumentam-a-cada-dia-no-rio/idmedia/4e14579892bbdc3e3ab27ac0.html

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Mulher morre a espera de vaga em hospital do Rio de Janeiro

Ela só conseguiu atendimento depois de 15 dias com intervenção da Justiça


Familiares de Elba Luiza do Nascimento, de 27 anos, estão indignados com a morte da jovem. Em entrevista à Rede Record, eles contaram que Elba morreu depois de 15 dias internada em dois hospitais públicos do Rio de Janeiro. Eles acreditam que houve descaso no atendimento.




Elba era casada e morava com o marido em Bangu, na zona oeste carioca. Ela e o marido foram atropelados por um carro quando estavam na motocicleta do casal. Ela ficou gravemente ferida e foi levada para o Hospital Estadual Albert Schweitzer, em Realengo, também na zona oeste. Segundo os médicos, ela teve traumatismo craniano.



Os familiares disseram que Elba chegou a ser transferida para outro hospital, que também não tinha neurologista para atendê-la, e voltou. Eles afirmam que ela ficou abandonada no corredor da unidade até que eles conseguiram, com a ajuda da Justiça, a transferência para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro do Rio. Mesmo assim, ela morreu dois dias depois.



A direção do Hospital Souza Aguiar informou por meio de nota que Elba deu entrada na instituição em estado gravíssimo, com traumatismo craniano e infecção pulmonar. Foi internada no CTI (Centro de Tratamento Intensivo) mas não resistiu.



Através da assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde, o diretor do Albert Schweitzer, Dilson Pereira, disse que a paciente chegou com extensa lesão cerebral. Ele assegurou que foram feitos diversos exames e que o estado de saúde de Elba foi avaliado por um neurocirurgião