sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Paciente tem reação alérgica por causa de remédio receitado por enfermeira em Clínica da Família

Receita assinada por enfermeira no Rocha Maia Foto: Reprodução








Paciente tem reação alérgica por causa de remédio receitado por enfermeira em Clínica da Família


Thamyres Dias Tamanho do texto A A A Há exatos oito dias, uma mulher de 36 anos deu entrada na emergência do Hospital municipal Rocha Maia com reação alérgica. A dificuldade para respirar e o inchaço na boca foram causados — segundo o prontuário — pela ingestão do anti-inflamatório diclofenaco de potássio. O medicamento havia sido prescrito para a jovem na Clínica da Família Chapéu Mangueira/Babilônia, da prefeitura. Um detalhe, porém, chamou a atenção dos médicos do plantão: a receita era assinada por uma enfermeira.



De acordo com o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), a prescrição de remédios por profissionais que não sejam médicos é ilegal.



— Temos visto bastante esse tipo de problema e inclusive notificado as secretarias de saúde. Os enfermeiros podem apenas replicar receitas, não atender ou prescrever — argumentou a $do Cremerj, Marcia Rosa de Araújo. A entidade vai abrir uma sindicância para apurar o fato.



Segundo a Secretaria municipal de Saúde, porém, o caso está amparado por uma $érie de regras de atendimento garantidas por lei.



"A prescrição de medicamentos por enfermeiros está prevista em Lei Federal como atividade compartilhada com integrantes da equipe multiprofissional em saúde, mediante protocolos estabelecidos em programas de saúde pública", afirma a nota.



A secretaria informou, ainda, que a Clínica da Família Chapéu Mangueira / Babilônia está com quadro funcional completo e atende 100% dos moradores da região.



— Eu não aceito esses protocolos. Desde julho, uma decisão judicial derrubou a portaria que autorizava essa atuação dos enfermeiros. Vamos acionar a Polícia Federal para investigar o caso — contestou o presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, Jorge Darze.

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