sábado, 6 de outubro de 2012

Erro médico pode ter causado morte de paciente no Hospital Evangélico

Funcionários da enfermagem do Hospital Evangélico fazem uma denúncia grave. Equipamentos que mantinham a vida de um paciente há mais de quatro anos no hospital foram desligados por um funcionário sem preparo para a função. Um laudo médico também reforça a informação. Segundo a escrita do médico responsável, o paciente foi encontrado em óbito e sem a ventilação necessária para que ele sobrevivesse. Além disso, o médico escreve que faz o laudo à mão porque o que estava no sistema sumiu. Uma funcionária relata como tudo aconteceu. A voz foi alterada para preservar a identidade dela.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Adolescente de 14 anos morre vítima de dengue hemorrágica, no ES

Do G1 ES 5 comentários Um menino de 14 anos morreu vítima de dengue hemorrágica na manhã desta terça-feira (2), em Vila Velha, na Grande Vitória. Segundo familiares, essa foi a quinta vez que Thiago Adame havia contraído a doença e a demora no diagnóstico, neste último caso, contribuiu para agravar o quadro de saúde. Inicialmente, o garoto foi medicado como se estivesse com uma virose. No Vila Velha Hospital, onde o adolescente faleceu, a assessoria informou que a unidade seguiu todos os protocolos de atendimento e afirmou que não houve negligência ou qualquer erro do hospital, já que o rapaz não apresentava sintomas de dengue nos primeiros dias. No velório, parentes estavam inconformados com a morte do garoto, que sonhava em ser jogador de futebol. "Estamos com um vazio. Não tem explicação um rapaz de 14 anos, com tudo pela frente, morrer dessa maneira", explicou a tia, Waleska Bressani Adame. saiba mais Em 9 meses, Mato Grosso registra mais de 37 mil casos de dengue Quase 500 casos de dengue são registrados em uma semana, no ES Paraíba tem 5.080 casos confirmados de dengue, diz Secretaria de Saúde De acordo com a família, Thiago começou a passar mal na última segunda-feira, dia 24 de setembro. No outro dia, ele foi levado para um hospital particular de Vila Velha, mas não permaneceu internado e o diagnóstico foi de virose. Nos três dias seguintes, o menino voltou ao hospital, sempre passando muito mal, mas só na sexta-feira, dia 28 de setembro, ele foi internado a pedido dos pais. Apesar do acompanhamento médico, a tia explicou que o quadro se agravou e ele precisou ir para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). "Eu acho que falta preparação médica, porque há um ano e meio eu também perdi uma prima, de 27 anos, vítima de dengue hemorrágica. Desde então via um total despreparo", disse. O adolescente foi enterrado na tarde desta terça-feira, no Cemitério Parque da Paz, em Ponta da Fruta, Vila Velha. Já o Vila Velha Hospital explicou que não houve negligência médica e que o rapaz deu entrada na unidade no dia 22 sem sintomas de dengue, mas com infecção nos lábios. Ele retornou, no dia 24, com sinusite. Novamente deu entrada no dia 27, com faringite e, no dia 28, diante da gravidade, ele foi internado. O assessor do hospital ainda falou que a decisão de internar foi da equipe médica e não um pedido da família. Para ler mais notícias do G1 Espírito Santo, clique em g1.globo.com/es. Siga também o G1 ES no Twitter e por RSS. Menino faleceu na manhã desta terça-feira (2), vítima de dengue hemorrágica, no Espírito Santo (Foto: Reprodução/TV Gazeta)

Menina que não come pela boca é operada às pressas mais uma vez

Uma semana após ser operada às pressas, a menina Caliane Boni Roque da Silva, de São Carlos (SP), passou por mais uma cirurgia de emergência neste fim de semana no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde ela está internada desde o dia 14 do mês passado. Caliane passa bem, mas continua na UTI, sedada e respirando com a ajuda de aparelhos. A garota luta para reverter um problema no aparelho digestivo que há dez anos a impede de se alimentar pela boca. Segundo a mãe, Gislaine Clara Boni, de 30 anos, a filha teve um forte sangramento no sábado (29), por volta das 20h, e precisou ser levada mais uma vez para sala de cirurgia. Após três horas e meia, os médicos conseguiram sanar o problema com o uso de uma medicação. “Graças a Deus com duas aplicações deu tudo certo. Mas ainda ontem [domingo] ela sangrava um pouco. Foi uma correria e um susto muito grande. O caso dela é bem complicado, por isso acontecem essas intercorrências”, disse Boni ao G1. Segundo os médicos explicaram à mãe, o organismo de Caliane enfrenta dificuldade para cicatrização devido às várias cirurgias pelas quais já foi submetida ao longo da vida. No último sábado (22), ela já havia sido operada às pressas para refazer o duodeno - que liga o estômago ao intestino delgado. Desde então a menina é mantida sedada. Caso Caliane está internada no hospital desde o dia 14 de setembro. No dia 17, ela passou por uma longa cirurgia que durou oito horas. A equipe médica tentou realizar dois procedimentos que ajudariam menina a se alimentar pela boca pela primeira vez, mas o principal deles não deu certo. Desde o nascimento, a garota recebe alimento líquido, que é injetado por duas bombas infusoras. O nutriente especial tem um custo mensal de R$ 5 mil, que é coberto pelo plano de saúde da família. A mãe de Caliane diz que a filha foi vítima de um erro médico quando tinha três dias de vida. Diagnosticada com hérnia de hiato, a bebê passou por um procedimento cirúrgico que deu errado. Desde então ela convive com as sequelas. Segundo Boni, o médico que operou a filha, o especialista em cirurgia pediátrica João Gilberto Maksoud, descarta um novo procedimento devido às condições de saúde da menina. A equipe médica planeja um estudo com alguma possibilidade de tratamento para que a Caliane possa ter uma vida normal. “Eu não teria todo esse suporte em outro local. A equipe liderada pelo doutor Maksoud é excelente e tem feito de tudo para que a minha filha consiga sair dessa. Ela está sendo muito forte e tem lutado pela vida”, diz a mãe. Gislaine foi às ruas pedir ajuda ajuda no trânsito para conseguir operar a filha (Foto: Fabio Rodrigues/G1) Campanha A história da menina de São Carlos ficou conhecida após os pais dela iniciarem uma campanha para arrecadar recursos para a operação, com custo estimado em R$ 120 mil. A princípio, o plano de saúde se recusou a pagar o valor. Desesperada com a situação, a família utilizou as redes sociais para conseguir ajuda. O apelo atingiu um grande número de pessoas que se sensibilizaram com o caso. Em um mês, foram arrecadados cerca de R$ 50 mil. Com faixas, panfletos e camisetas, um grupo formado familiares e amigos foram às ruas da cidade e também do município vizinho Ibaté (SP) realizar pedágios para levantar recursos. Eles também promoveram um jantar beneficente e contaram com a ajuda de empresários. Com a repercussão do caso, as pessoas passaram a acreditar que não se trata de um golpe, contou o pai da menina, Emerson Filipin, de 35 anos. Por fim, um dia antes da internação da garota, na quinta-feira (13), uma liminar concedida pela 2ª Vara Cível de São Carlos obrigou a Fundação Cesp a arcar com o custo de uma cirurgia. A mãe de Caliane conta que o dinheiro arrecadado continua na conta da menina e, caso não precise ser usado, na hipótese de a decisão judicial ser definitiva, doará tudo para outra criança que precise de ajuda e que não tenha condições. “Faremos isso em comum acordo com os empresários que nos ajudaram e de uma forma transparente para toda a população”, afirma Boni. Para ler mais notícias do G1 São Carlos e Araraquara, clique em g1.globo.com/sao-carlos-regiao. Siga também o G1 São Carlos e Araraquara no Twitter e por RSS.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Família acusa hospital particular de Niterói por morte de jovem de 14 anos

Na terça-feira passada (18), a estudante Anna Carolina Veiga Martins chegou ao Hospital Icaraí, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, acompanhada do pai e da mãe, para fazer uma cirurgia de retirada de um cisto no ovário. Anna, de 14 anos, estava saudável e “cheia de vida”, como conta a mãe dela, a promotora de vendas Patrícia Aparecida Veiga dos Santos Martins, de 33 anos. A jovem, no entanto, morreu na manhã de quarta-feira (19). Anna era a filha única de Patrícia e do taxista Antônio Carlos Martins, de 41 anos. Desesperada, a mãe de Anna publicou um protesto no Facebook: “Minha filha chegou ao Hospital Icaraí viva, bem e cheia de saúde. Saiu de lá morta, direto para o IML [Instituto Médico Legal], por negligência médica. Sei que não terei meu bem mais precioso de volta, mas clamo por justiça!” Até esta segunda-feira (24), segundo a família, o hospital ainda não havia fornecido o laudo da causa da morte de Anna Carolina. No fim da tarde, o pai da estudante foi até a delegacia para registrar um boletim de ocorrência. “Minha filha entrou na sala de cirurgia feliz e alegre, me dando tchau”, contou Patrícia no Facebook. “Entrou para fazer uma cirurgia simples, e saiu cuspindo sangue”, complementou a mãe da menina, em entrevista ao G1. 'Sei que não terei meu bem mais precioso de volta, mas clamo por justiça', disse mãe (Foto: Arquivo pessoal) O pai de Anna conta que, logo após a cirurgia, a jovem foi transferida para um quarto. “Ela disse que queria voltar para casa. Estava tudo bem: ela estava sorrindo e chegamos a tirar fotos”, conta Antônio. “O que eu quero é justiça. Só quero resolver isso. Passei o dia todo tentando conseguir um documento no hospital e nem isso consegui”, esbravejou o pai. De acordo com Patrícia, no atestado de óbito fornecido pelo Hospital Icaraí, está escrito: “Causa da Morte: aguardando informações hospitalares e exames laboratoriais.” O G1 entrou em contato com o Hospital Icaraí na tarde desta segunda-feira. Uma atendente do setor de Internação Eletiva, que se identificou apenas como Lilian, perguntou: “É sobre a morte da loirinha?” Em seguida, disse que a responsável pelo setor não poderia atender, pois estava em uma reunião. Mãe conta que nenhuma enfermeira chamou médicos Patrícia conta que, logo antes da cirurgia, já ficou um pouco incomodada ao ser informada de que a anestesia administrada à filha seria geral, em vez de peridural ou raquidiana. “Era uma cirurgia feita por vídeo. Mas ela chegou a ser entubada”, contou a mãe. “A Anna saiu da sala de cirurgia por volta de umas 19h. Estava dizendo que a garganta estava doendo muito”, recorda a mãe. “As 20h30, o médico que a examinou perguntou: ‘Anna, você está bem?’ Ela respondeu: ‘Estou, mas a garganta dói.’ Em seguida o médico disse: ‘Amanhã de manhã venho aqui para dar alta a ela’”, complementou. Mas, segundo a mãe, a filha continuou reclamando de dores da garganta. “Quando a enfermeira entrou no quarto, umas 21h, a Anna falou assim: ‘Se for para dormir, não me dá medicamento, porque eu quero ficar acordada.’ Parecia que ela já previa algo”, conta Patrícia. Segundo a mãe, a enfermeira explicou que iria apenas aplicar dipirona, para aliviar as dores. “Então, fiquei despreocupada porque a Anna tomava Novalgina (que contém a substância dipirona). Quando a enfermeira injetou a dipirona, a Anna apagou. Ela desmaiou”, lembra. Daí em diante, a mãe conta que a filha foi piorando, com a respiração cada vez mais ofegante e soltando uma espuma branca pela boca. “Teve uma hora que peguei a mão da enfermeira e botei no peito da Anna, perto do coração. Perguntei: ‘Isso é normal?’ Era um barulho estranho, como se fosse uma torneira. A enfermeira me disse: ‘Deve ser a secreção. Isso é normal, por causa da anestesia,’”, conta Patrícia, ressaltando que em nenhum momento as enfermeiras cogitaram chamar um médico. “Às 2h, a enfermeira deu outro medicamento, aplicado no soro, que eu não sei qual era”, acrescenta a mãe. Mas a menina só piorava. “Quando deu 5h, pedi: ‘Chama o médico pelo amor de Deus!’”, lembra a mãe. Só neste momento ela foi atendida pela enfermeira. “Quando chegou, a própria médica falou: ‘Isso não é normal! Por que não me chamaram antes?’”, recorda Patrícia. A mãe conta que chegaram a tentar reanimar a filha dela, que foi levada para uma unidade de tratamento intensivo (UTI), onde teve a segunda e fatal parada cardiorrespiratória. “Um médico que chegou depois, chorou. Depois, ele voltou para me perguntar o que aconteceu a noite toda”, conta Patrícia. "Tiraram cerca de 500 mililitros de sangue do pulmão dela. Eu só estudei até o segundo grau e nunca passei por isso. Eu não entendo. Não sei o que aconteceu”, finalizou a mãe. Fonte: G1

Família acusa hospital do Rio de negligência