sábado, 5 de maio de 2012

Familiares de menina que teve a perna amputada e morreu, há um ano, fazem protesto em frente a unidade hospitalar

Um ano após a morte de Kamyle Victória do Nascimento, que teve a perna amputada após sofrer uma queimadura durante uma cirurgia, no Instituto Fernandes Figueira, no Flamengo, familiares fizeram uma manifestação em frente a unidade hospitalar. Eles alegam que a criança foi vítima de erro médico e que durante todo esse tempo, nada foi feito para punir os responsáveis. Kamile nasceu com hidroanencefalia grave — ausência dos hemisférios cerebrais, que são substituídos por bolsas cheias de líquido — e precisou ser operada quando estava com 17 dias de vida. No procedimento na cabeça da menina, segundo a família, uma placa colocada para a utilização do bisturi elétrico teria queimado a perna direita do bebê.
- A gente não quer que o caso da Kamyle caia no esquecimento. Perder minha filha foi muito doloroso - diz Karen do Nascimento, de 21 anos, mãe da menina, que acompanhada de amigos e familiares, carregavam cartazes com fotos da bebê: - Tive minha filha nos meus braços apenas por dois meses.
A avó da criança, Penha do Nascimento, contou como está o andamento do processo contra hospital:
- Ele está no Ministério Público e estamos esperando parecer do promotor para saber sobre a indenização. Não vamos esmorecer. Estamos também marcando uma passeata para todo mundo continuar lembrando do absurdo que aconteceu com minha neta. Ela morreu devido a um erro médico.
Karen não se desfez de nada da filha. E sempre que lembra de Kamyle não consegue parar de chorar.
- É muito doloroso, a sensação é que o sofrimento não acaba nunca. Minha filha mais velha sonha com a irmã, chama por ela. Dias desses mesmo, estávamos saindo de casa, ela olhou para o céu e me disse: ‘Mãe, estou vendo minha irmã dançando lá no céu. Eça está de rouba branca, batendo asinhas’. Isso me cortou o coração - afirmou Karen.
















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sexta-feira, 4 de maio de 2012

Hospital admite erro médico durante cirurgia de adolescente em Belém

Um adolescente de 14 anos foi vítima de erro médico em um hospital de Belém (PA). Segundo a mãe do jovem, a dona de casa Iranilda Maria Santos Silva, o menino foi internado no dia 30 de abril para retirar um pino do punho. Porém, no momento da cirurgia, médicos começaram o procedimento no ombro do adolescente.
De acordo com dona Iranilda, os médicos informaram que o procedimento de retirada do pino levaria aproximadamente 15 minutos. Depois de duas horas esperando pela saída do filho, ela foi informada por uma enfermeira que o procedimento que estava sendo realizado no ombro do garoto era demorado. A dona de casa disse então, que o menino tinha sido internado para retirar um pino do pulso, e não do ombro.
Ainda segundo a dona de casa, a enfermeira entrou imediatamente na sala de cirurgia para avisar a equipe médica sobre o erro. Os médicos interromperam a cirurgia, e fizeram a operação correta. Ao encontrar com a mãe, o adolescente contou ter visto que o raio-x na sala de cirurgia não era o seu. O jovem tentou avisar para os médicos, mas segundo ele ninguém lhe deu atenção.
Um dos profissionais da equipe que operou o jovem conversou com a mãe do adolescente na última segunda-feira (30), mesmo dia em que foi feita a cirurgia, confirmando o equívoco inicial. Inconformada com a confusão, a dona de casa registrou um boletim de ocorrência pelo erro médico. O incidente está sendo investigado pela polícia.
Em nota, o Hospital Infantil Santa Terezinha informou que o fato "decorreu de uma situação em que os pacientes que seriam submetidos a um pequeno procedimento cirúrgico eram homônimos e no momento da chamada daquele que teria o procedimento no OMBRO, quem ingressou na sala de cirurgia foi o menor que iria ter um procedimento no PUNHO, e os médicos vendo a radiografia, fizeram uma pequena incisão no ombro, e como não havia nada a ser retirado, logo ficou constatado que se tratava de outro menor, sendo o mesmo imediatamente suturado e realizado o procedimento correto.Ressalta-se que nenhum prejuizo de natureza fisiológica ou estética foi causado no menor, ou lhe deixará sequelas posteriores". O hospital afirmou, ainda, que lamenta o ocorrido.
O Conselho Regional de Medicina do Pará também se manifestou, e disse que vai abrir uma sindicância para apurar o caso.

Veja a reportagem na íntegra no link abaixo:

http://glo.bo/JOmZnI

terça-feira, 1 de maio de 2012

Hospitais públicos de Natal têm corredores superlotados e muita sujeira

Descaso em hospitais faz duas vítimas fatais, no Rio de Janeiro

publicado em 30/4/2012 às 20:37


Desde sábado a família de um bebê de quatro meses tentava internação no Hospital Federal Fernandes Figueira, no Rio de Janeiro. A criança sofria de uma síndrome rara, que causa atraso no crescimento. Segundo o pai, Gilson, o hospital falou que não iria internar sua filha pois não havia emergência no caso, o que os obrigou a recorrer à justiça para conseguir a internação.
Mas no momento em que a equipe do SBT gravava a reportagem, a família recebeu a notícia de que o bebê havia morrido.
Outra vítima do caos na saúde pública foi Amanda, de 21 anos, que teria seu primeiro filho, que procurou duas vezes a Maternidade Municipal Leila Diniz, também no Rio de Janeiro, mas foi informada que não haviam vagas.
Amanda só conseguiu ser atendida na Maternidade Carmela Dutra, mas segundo a família o atendimento demorou muito. A mãe de Amanda, Rosimary Machado, também acusa o hospital de terem tomado medidas erradas na preparação do parto, pois pela estatura e peso da criança, ela acredita que uma cesárea teria que ser feita.
Mas o parto normal foi feito, e ocasionou uma hemorragia em Amanda, que também sofreu três paradas cardíacas e não aguentou. O bebê sobreviveu, mas está na UTI em observação.
Veja a reportagem na íntegra no link abaixo:



http://www.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fwww.sbt.com.br%2Fjornalismo%2Fnoticias%2F%3Fc%3D19172%26t%3DDescaso%2Bem%2Bhospitais%2Bfaz%2Bduas%2Bv%25EDtimas%2Bfatais%252C%2Bno%2BRio%2Bde%2BJaneiro&h=LAQGMQoDNAQFdTx7sOngYFT1tTVQcZnID8JY8DfnZ_FT7Xw

Salário de médico do estado não paga nem o show de secretário de saúde



O menu mais barato de um restaurante francês como o famoso L’Espadon, no Hotel Ritz, em Paris, não sai por menos de 240 euros (R$ 605) por pessoa. Para a lagosta ser regada a um bom vinho rosé, o preço sobe para R$ 920. Se cair de paraquedas nesse banquete de luxo, um médico do estado, que tem como teto salarial, após 20 anos de trabalho, R$ 1.874,50, vai ter que se contentar somente com a sobremesa do cardápio très chic: um prato de queijo, pela bagatela de R$ 65.
E, se depois do jantar, o doutor quiser dar uma esticadinha no show da banda U2 , na área vip do Stade de France, vai ficar na vontade. O valor de R$ 2.521,00 é estratosférico para o ginecologista José Romano, de 50 anos:
— Após duas décadas de serviço na rede estadual, o máximo que consegui ganhar é esse salário de R$ 1.874,50. O vencimento mesmo é R$ 203, somando insalubridade, gratificação e plano de capacitação, vai para R$ 1.874,50 — resume.
No último fim de semana, o ex-governador Garotinho, cujo governo também foi marcado por denúncias de corrupção na Saúde, postou $seu blog vídeos em que o dono da Delta Construções, Fernando Cavendish, o secretários Wilson Carlos (de Governo), Sérgio Côrtes (de Saúde) e Sérgio Cabral passeiam por cidades da Europa — Mônaco, Paris e Cannes — em viagens oficial e particular, aproveitando o melhor da alta gastronomia internacional, folheando caríssimas cartas de vinhos e assistindo a shows em áreas vip. Em um dos vídeos, os eufóricos Côrtes, Cavendish e Wilson usam guardanapos na cabeça.
— Não sei o que o Côrtes festeja. Eu, como médico da rede pública, não tenho o que festejar. O secretário, em vez de viajar para Paris, deveria estar nos hospitais, vendo o que acontece nas unidades pelas quais ele é responsável — completa José Romano.
Em nota, o governo afirmou que as imagens do show em Paris e do jantar em Mônaco foram feitas durante viagens particulares do governador e de seus secretários, pagas por eles próprios. E que, por se tratarem de atividades pessoais, não iria se manifestar.
Relembre o fatos:
Foram divulgadas imagens de Cabral, Cavendish e Côrtes curtindo show do U2, em julho de 2009.
Na última sexta-feira, foram publicadas fotos de uma viagem a Paris em setembro de 2009, numa missão oficial do governo.
Fernando Cavendish é dono da Delta Construções. Desde o início do mandato de Cabral, em 2007, a empresa já recebeu R$ 1,5 bilhão do estado e agora é alvo de investigação da Polícia Federal e da CPI do Cachoeira por suspeita de pagar propina a políticos.
Cavendish era casado com Jordana Kfuri, morta em junho de 2011, em um acidente de helicóptero que matou outras seis pessoas na Bahia. A assessoria do governo informou que os vídeos divulgados das viagens devem ter sido retirados do computador de Jordana.


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