sexta-feira, 13 de maio de 2011

RELATÓRIO ACUSA UMA MORTE MATERNA A CADA DOIS DIAS NO ESTADO




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O Estado do Rio de Janeiro registrou 148 mortes maternas em 2009. A informação, contida no relatório anual do Comitê Estadual de Prevenção e Controle da Mortalidade Materna, representa, aproximadamente, uma morte a cada dois dias. Os dados foram apresentados durante o encerramento da campanha “Pré-natal e parto seguro: direitos seus”, da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), nesta sexta-feira (28/05), no Plenário Barbosa Lima Sobrinho. Para a presidente da comissão, deputada Inês Pandeló (PT), a campanha mostrou que ainda há muito trabalho para ser feito sobre o assunto. “Levantar o tema para debate e conscientizar as pessoas através desta campanha foi muito importante, mas o trabalho não pode parar aqui. Vamos continuar tocando no assunto, pois há muitos pontos para serem debatidos e melhorados. Ainda é necessária, por exemplo, a humanização na hora do pré-natal, assim como aumentar sua qualidade. Verificamos que muitos acompanhamentos são feitos sem que sejam pedidos os exames adequados”, frisou a parlamentar.






De acordo com a deputada, 90% destas mortes poderiam ser evitadas. Segundo ela, analisar a causa dos óbitos para traçar estratégias para impedi-las é uma das formas de modificar o atual quadro no estado. A construção de novas unidades de saúde, de acordo com Pandeló, é um bom começo. “Está começando a construção de uma maternidade de baixo risco em Mesquita e há projetos para São Gonçalo e Duque de Caxias. Eu acho que isto já ajuda um pouco, mas ainda é preciso avançar muito mais”, frisou ela, acrescentando que o ideal seria a realização do pré-natal na unidade onde a mulher vai dar à luz. “Este foi um ponto sempre questionado, porque elas fazem uma verdadeira peregrinação para encontrar um hospital na hora do nascimento de seus filhos. Acaba que aquelas mulheres que teriam um parto de baixo risco passam a ter um de alto risco”, explicou a parlamentar.



O relatório apresentado sugeriu, ainda, a criação de Comitês de Estudo do Óbito Materno nos municípios com mais de 80 mil habitantes, justamente com a finalidade de investigar a causa de todas as ocorrências. “No entanto, apenas 13 cidades possuem esses comitês funcionando de forma efetiva. Existem 17 que não atuam e há um ainda em formação”, explicou. “A investigação de cada morte materna possibilita ações e medidas preventivas que evitarão eventos similares no futuro. A necessidade de se obter indicadores de qualidade é uma exigência ética porque impede mortes pré-maturas”, pontuou. Os índices da mortalidade materna, segundo a representante do Comitê Estadual de Combate à Mortalidade Materna, Thereza Cravo, apresentam um bom reflexo da desigualdade social. “Na mortalidade materna, o que vemos são índices muito discrepantes. Nos países desenvolvidos chegam a três mulheres por cem mil nascidos vivos e, em alguns países pobres, chegam a mais de mil mulheres pelo mesmo número de bebês nascidos vivos”, frisou.

(texto de Marcela Maciel)

Cirurgiões plásticos devem informar riscos das cirurgias em documento, recomenda CFM




Carolina Brígido Tamanho do texto A A A BRASÍLIA - O Conselho Federal de Medicina (CFM) recomenda que cirurgiões plásticos registrem em documento que informaram ao paciente dos riscos do procedimento e, depois da cirurgia, de todos os cuidados necessários para a recuperação. A medida divulgada nesta quinta-feira foi tomada para tentar aplacar a enxurrada de reclamações recebidas de pacientes dessa especialidade. As principais queixas referem-se à falta de informação sobre detalhes da cirurgia e suas conseqüências – como o tempo de recuperação e as cicatrizes resultantes do procedimento.



O preenchimento do formulário não é obrigatório, mas protege o médico de reclamações futuras. Com a medida, o conselho também pretende dar ao paciente maior segurança de que o profissional se responsabiliza por seus atos. O conselho quer tornar a conduta obrigatória no futuro e estendê-la a outras especialidades.



- Esse documento é uma prestação de contas, uma preocupação com a execução de um ato médico tão importante - afirmou o coordenador da Câmara Técnica de Cirurgia Plástica do CFM, o cirurgião plástico Antônio Pinheiro, completando: - O paciente tem que saber de tudo.



Desde desta quinta-feira, os formulários estão disponíveis no portal do CFM e dos Conselhos Regionais de Medicina na internet. O documento é dividido em quatro etapas, com espaços para a assinatura do médico e do paciente. Cada um terá direito a ficar com uma via. Na primeira etapa, devem ser informados, por exemplo, se o paciente fuma, se tem alergias e se tem histórico de tratamento psiquiátrico. Dependendo da análise do médico, esses fatores podem impedir a cirurgia.



Se o procedimento for recomendado, o médico precisa explicar os riscos, as técnicas que serão usadas, as cicatrizes decorrentes da operação e os cuidados a serem tomados após a operação. O médico também deverá dizer se o hospital ou clínica onde a cirurgia será realizada está em boas condições.



Na segunda parte do questionário, o médico deve registrar as recomendações dadas ao paciente antes da cirurgia – como jejum e suspensão de algum medicamento de uso continuado. Ele também precisa anotar lesões pré-existentes, para não ser responsabilizado por elas no futuro. A terceira parte do documento deve ser preenchida após a operação. O médico terá de detalhar o tempo levado na sala de cirurgia e tudo o que ocorreu lá, especialmente os problemas que levarem a eventuais mudanças de plano.



A quarta parte refere-se ao pós-operatório. O médico terá de deixar seus telefones de contato para o paciente. Segundo o presidente do CFM, o cardiologista Roberto D’Ávila, muitos pacientes reclamam que, depois da cirurgia, não conseguem falar com o médico. O profissional também precisa registrar as recomendações dadas ao paciente e os medicamentos prescritos.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Governo pune médicos que atendem por plano de saúde; entidades reagem

Edição do dia 11/05/2011






11/05/2011 09h04 - Atualizado em 11/05/2011 09h04

Governo pune médicos que atendem por plano de saúde; entidades reagem

O governo acusa as entidades que representam os médicos de pressionar os planos de saúde e proibiu práticas que considera abusivas.

imprimir Deu o que falar a decisão do Ministério da Justiça de punir os médicos credenciados a planos de saúde que fizeram uma paralisação. Nessa briga, ficou claro que o paciente não pode ser prejudicado.



Os médicos reagiram à decisão do Ministério da Justiça, que pediu punição para o Conselho Federal de Medicina, a Associação Médica Brasileira e a Federação Nacional dos Médicos. O governo acusa as entidades de estimular o uso de uma tabela única de preços e de apoiar boicotes. Os médicos querem aumento do valor das consultas pagas pelos convênios. Os planos de saúde alegam que já deram reajustes acima da inflação. O consumidor continua sendo mal atendido.



A supervisora operacional Verônica Marinho paga plano de saúde. Grávida de sete meses, ela ainda não conseguiu encontrar um médico que faça o parto pelo convênio.



“Hoje, por exemplo, liguei no medico e não atende mais o convênio. Outro eu ligo, e eles têm vaga para junho ou julho. Ou seja, minha criança nasce em julho, eu ainda tenho de aguardar ate lá. Mas se for particular eles têm vaga para amanhã”, comentou.



Por que os médicos têm tantas restrições aos planos de saúde? A resposta está no valor pago pelas operadoras. A maior parte repassa entre R$ 25 e R$ 40 por uma consulta. “Os honorários que nos pagam, esses sim são imorais. Se concordamos que há imoralidade, é nela que temos que agir”, declarou José Amaral, presidente da Associação Médica Brasileira.



A federação das operadoras, em uma audiência na Câmara dos Deputados, afirmou que nos últimos oito anos o reajuste médio das consultas variou entre 80% e 116%. “[Para dar mais], tem de haver rearranjo. Se você fizer isso, de onde você tira? Vai colocar no consumidor?”, indagou José Ceckin, diretor da Fenasaúde.



O governo acusa as entidades que representam os médicos de pressionar os planos de saúde e proibiu práticas que considera abusivas. A justificativa é proteger o consumidor e a livre concorrência.



Os médicos que atendem por plano de saúde estão proibidos de adotar uma tabela única de preços pelos serviços prestados e de fazer boicote, como descredenciamento coletivo. Eles não podem mais cobrar taxas extras.



“Não é possível que o consumidor pague um plano de saúde e que, quando ele vai ao médico, o médico diga: ‘Olha, o plano está me pagando muito pouco. Então, eu vou cobrar além do que o plano vai me pagar. Eu vou cobrar uma taxa extra de você’”, afirmou Vinicius Carvalho, o secretário de Direito Econômico do Ministério da Justiça.

Edição do dia 11/05/2011




11/05/2011 09h04 - Atualizado em 11/05/2011 09h04

Governo pune médicos que atendem por plano de saúde; entidades reagem

O governo acusa as entidades que representam os médicos de pressionar os planos de saúde e proibiu práticas que considera abusivas.

imprimir Deu o que falar a decisão do Ministério da Justiça de punir os médicos credenciados a planos de saúde que fizeram uma paralisação. Nessa briga, ficou claro que o paciente não pode ser prejudicado.



Os médicos reagiram à decisão do Ministério da Justiça, que pediu punição para o Conselho Federal de Medicina, a Associação Médica Brasileira e a Federação Nacional dos Médicos. O governo acusa as entidades de estimular o uso de uma tabela única de preços e de apoiar boicotes. Os médicos querem aumento do valor das consultas pagas pelos convênios. Os planos de saúde alegam que já deram reajustes acima da inflação. O consumidor continua sendo mal atendido.



A supervisora operacional Verônica Marinho paga plano de saúde. Grávida de sete meses, ela ainda não conseguiu encontrar um médico que faça o parto pelo convênio.



“Hoje, por exemplo, liguei no medico e não atende mais o convênio. Outro eu ligo, e eles têm vaga para junho ou julho. Ou seja, minha criança nasce em julho, eu ainda tenho de aguardar ate lá. Mas se for particular eles têm vaga para amanhã”, comentou.



Por que os médicos têm tantas restrições aos planos de saúde? A resposta está no valor pago pelas operadoras. A maior parte repassa entre R$ 25 e R$ 40 por uma consulta. “Os honorários que nos pagam, esses sim são imorais. Se concordamos que há imoralidade, é nela que temos que agir”, declarou José Amaral, presidente da Associação Médica Brasileira.



A federação das operadoras, em uma audiência na Câmara dos Deputados, afirmou que nos últimos oito anos o reajuste médio das consultas variou entre 80% e 116%. “[Para dar mais], tem de haver rearranjo. Se você fizer isso, de onde você tira? Vai colocar no consumidor?”, indagou José Ceckin, diretor da Fenasaúde.



O governo acusa as entidades que representam os médicos de pressionar os planos de saúde e proibiu práticas que considera abusivas. A justificativa é proteger o consumidor e a livre concorrência.



Os médicos que atendem por plano de saúde estão proibidos de adotar uma tabela única de preços pelos serviços prestados e de fazer boicote, como descredenciamento coletivo. Eles não podem mais cobrar taxas extras.



“Não é possível que o consumidor pague um plano de saúde e que, quando ele vai ao médico, o médico diga: ‘Olha, o plano está me pagando muito pouco. Então, eu vou cobrar além do que o plano vai me pagar. Eu vou cobrar uma taxa extra de você’”, afirmou Vinicius Carvalho, o secretário de Direito Econômico do Ministério da Justiça.



A categoria protestou contra as medidas. “É autoritário. É um atentado à democracia. Vamos responder”, declarou Aloísio Tibiriçá Miranda, vice-presidente do Conselho Federal de Medicina.



Se desobedecerem as medidas, a Associação Médica Brasileira, a Federação Nacional dos Médicos e o Conselho Federal de Medicina podem ser multados.



A categoria protestou contra as medidas. “É autoritário. É um atentado à democracia. Vamos responder”, declarou Aloísio Tibiriçá Miranda, vice-presidente do Conselho Federal de Medicina.



Se desobedecerem as medidas, a Associação Médica Brasileira, a Federação Nacional dos Médicos e o Conselho Federal de Medicina podem ser multados.


O governo acusa as entidades que representam os médicos de pressionar os planos de saúde e proibiu práticas que considera abusivas.

imprimir Deu o que falar a decisão do Ministério da Justiça de punir os médicos credenciados a planos de saúde que fizeram uma paralisação. Nessa briga, ficou claro que o paciente não pode ser prejudicado.



Os médicos reagiram à decisão do Ministério da Justiça, que pediu punição para o Conselho Federal de Medicina, a Associação Médica Brasileira e a Federação Nacional dos Médicos. O governo acusa as entidades de estimular o uso de uma tabela única de preços e de apoiar boicotes. Os médicos querem aumento do valor das consultas pagas pelos convênios. Os planos de saúde alegam que já deram reajustes acima da inflação. O consumidor continua sendo mal atendido.



A supervisora operacional Verônica Marinho paga plano de saúde. Grávida de sete meses, ela ainda não conseguiu encontrar um médico que faça o parto pelo convênio.



“Hoje, por exemplo, liguei no medico e não atende mais o convênio. Outro eu ligo, e eles têm vaga para junho ou julho. Ou seja, minha criança nasce em julho, eu ainda tenho de aguardar ate lá. Mas se for particular eles têm vaga para amanhã”, comentou.



Por que os médicos têm tantas restrições aos planos de saúde? A resposta está no valor pago pelas operadoras. A maior parte repassa entre R$ 25 e R$ 40 por uma consulta. “Os honorários que nos pagam, esses sim são imorais. Se concordamos que há imoralidade, é nela que temos que agir”, declarou José Amaral, presidente da Associação Médica Brasileira.



A federação das operadoras, em uma audiência na Câmara dos Deputados, afirmou que nos últimos oito anos o reajuste médio das consultas variou entre 80% e 116%. “[Para dar mais], tem de haver rearranjo. Se você fizer isso, de onde você tira? Vai colocar no consumidor?”, indagou José Ceckin, diretor da Fenasaúde.



O governo acusa as entidades que representam os médicos de pressionar os planos de saúde e proibiu práticas que considera abusivas. A justificativa é proteger o consumidor e a livre concorrência.



Os médicos que atendem por plano de saúde estão proibidos de adotar uma tabela única de preços pelos serviços prestados e de fazer boicote, como descredenciamento coletivo. Eles não podem mais cobrar taxas extras.



“Não é possível que o consumidor pague um plano de saúde e que, quando ele vai ao médico, o médico diga: ‘Olha, o plano está me pagando muito pouco. Então, eu vou cobrar além do que o plano vai me pagar. Eu vou cobrar uma taxa extra de você’”, afirmou Vinicius Carvalho, o secretário de Direito Econômico do Ministério da Justiça.



A categoria protestou contra as medidas. “É autoritário. É um atentado à democracia. Vamos responder”, declarou Aloísio Tibiriçá Miranda, vice-presidente do Conselho Federal de Medicina.



Se desobedecerem as medidas, a Associação Médica Brasileira, a Federação Nacional dos Médicos e o Conselho Federal de Medicina podem ser multados.

Veja o vídeo no link abaixo
http://glo.bo/ju9kFT