sábado, 22 de fevereiro de 2014

Médicos que trataram historiador no Hospital São Lucas foram denunciados por homicídio Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/medicos-que-trataram-historiador-no-hospital-sao-lucas-foram-denunciados-por-homicidio-11672862.html#ixzz2u3a9gl50

RIO — A 4ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da Capital denunciou à Justiça quatro médicos e uma técnica de enfermagem do Hospital São Lucas, em Copacabana, na Zona Sul, pela morte do historiador José Nazareth de Souza Fróes, de 85 anos. Ele foi internado no CTI do hospital no dia 28 de agosto de 2013. O historiador precisava fazer uso diário de oxigênio complementar (máscara de oxigênio). No entanto, no dia 1º de setembro, ele foi transferido para o quarto sem o uso da máscara, o que, em alguns minutos, o levou à morte.
De acordo com a denúncia, a sucessão de erros médicos inclui a não prescrição da necessidade de oxigênio, por parte do médico plantonista, durante a transferência; a não verificação do uso da máscara no trajeto; e a falta de comunicação imediata do fato a algum dos enfermeiros, ainda mais o paciente sendo idoso e estando desacompanhado.
O filho do historiador, o produtor cultural Marcelo Fróes, de 47 anos, contou estar tranquilo que a justiça será feita, mas cobrou a conclusão da sindicância aberta pelo Conselho Regional de Medicina (Cremerj):
— No dia 1º de setembro, quando cheguei com minha família para visitar meu pai na UTI do Hospital São Lucas (RJ) e na verdade já o encontramos sem vida, sozinho e sem máscara de oxigênio num quarto, tive a impressão de que algo de muito errado havia acontecido naquele estabelecimento particular. Três dias depois registrei ocorrência na 12ª DP (Copacabana).
A Polícia Civil abriu inquérito e, nas semanas seguintes, ouviu todos os médicos e enfermeiros que estavam no plantão naquela tarde de domingo. — Conseguimos o prontuário e as imagens das câmeras de segurança. Quando o delegado indiciou as pessoas, tive a confirmação que estava tudo errado. Agora, com a denúncia, veio a confirmação de que efetivamente houve um crime. O MP está pedindo à Justiça que condene os réus. Eu fiz o que tinha que fazer, agora está nas mãos da Justiça e estou tranquilo — disse Marcelo, acrescentando — Só há um porém, o Cremerj declarou à Rede Globo que tinha aberto uma sindicância. Eu pergunto: três meses depois, Cremerj, como está a sindicância?
O Conselho Regional de Medicina informou, por meio de nota, que “na época, foi aberta uma sindicância do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) para investigar o caso. Essa sindicância corre em sigilo”.
José Fróes era pesquisador e historiador, membro do Colégio Brasileiro de Genealogia. Estudioso da história da pela Zona Oeste do Rio, escreveu e publicou na última década livros sobre a história de Campo Grande, Realengo e Seropédica, e estava finalizando um quarto livro, desta vez dedicado à região de Guaratiba.

Fonte : Jornal Extra on-line


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