sábado, 11 de setembro de 2010

mas casos - Belford Roxo

Enviado por Matheus Vieira - 10.09.2010| 06h30m.Não é de hoje
Mulher lamenta bebê perdido por mau atendimento em Belford Roxo

Martineli da Silva Santana, de 36 anos, está prestes a viver mais uma vez o sonho de mãe: em um mês vai dar à luz o pequeno Leonardo. Mas há dois anos, o final não foi tão feliz assim. A dona de casa também estava grávida, de oito meses, de Dyimily. Depois de idas e vindas ao Centro Social Laurindo José Ferreira, em Paracambi — ligado ao Hospital de Clínicas de Belford Roxo —, o bebê dela nasceu morto, no dia 17 de agosto de 2008.

A dona de casa chegou a forjar residência na casa do irmão em Paracambi para conseguir o atendimento no centro social. Desta maneira, poderia realizar o parto no hospital de Belford Roxo e fazer laqueadura. Na oitava consulta pré-natal, em 8 de agosto, com Deoldato José Ferreira, dono do hospital de Belford Roxo, ela já se queixava de dores e de sangramento. Deodalto e o irmão dele, Flávio Campos Ferreira — que é, inclusive, candidato a deputado estadual pelo PR, e, na época, candidato a prefeito de Paracambi — autorizaram a realização da cesariana.

Nos dias 8 e 9 de agosto, Martineli foi a Belford Roxo, se queixando, cada vez mais, de dores e sangramento. Ela foi encaminhada aos cuidados de uma médica chamada Dulcinete — supostamente irmã de Deodalto e Flávio — mas foi atendida por um médico que assinou em cima do carimbo de Deodalto. Martineli não guardou o nome deste médico.

— Eu estava com muita dor e perdendo água e sangue. Ele disse que isso era normal e mandou que eu voltasse quando o doutor Deodalto estivesse lá. No dia 13 eu voltei lá, mas o doutor Deodalto me mandou voltar para casa, e marcou minha cesariana com laqueadura para o dia 20.

Não foi possível, no entanto, esperar até esta data. No dia 16, Martineli sentiu que a criança não se mexia mais, e no dia 17, correu para a Maternidade Praça Quinze, onde foi encaminhada para a Maternidade Pró-Matre. A médica tentou reanimar a menina a todo custo, mas não adiantou: Dyimily nasceu sem vida.

— Senti uma raiva muito grande. Se o doutor Deodalto estivesse ali, eu o matava — desabafa.
Na época, a dona de casa chegou a ir na 54 DP (Paracambi), mas não deu continuidade à denúncia. Hoje, depois de ver casos parecidos com o dela, Martineli pretende voltar à delegacia.

— O filho que estou esperando hoje está bem. Com a carteira do SUS, paguei 25 reais por mês para fazer ultrassom todo mês em clínica particular, pois não confio mais em qualquer um. Mas ele não vai substituir a filha que planejei tanto e perdi.

Um comentário:

maria lucia disse...

tive minha filha nesse hospital estou com muitas dores na barriga q fazor nesse caso escutei esse caso na tv mais tava em sao paulo

e-mail raimundolucia@hotmail.com