quarta-feira, 7 de março de 2012

Comprar atestado médico é cada vez mais fácil no Brasil

Desempregada passa cinco horas em busca de atendimento médico

RIO - A desempregada Andréa Sá, de 33 anos, moradora de Mesquita, veio buscar atendimento no Rio na manhã de segunda-feira. No seu périplo, passou pela emergência de dois hospitais municipais, mas voltou para casa sem ser examinada por um médico. Com o tornozelo e o pé esquerdos muito inchados, Andréa primeiro foi ao Hospital Salgado Filho, no Méier, onde logo no setor de triagem foi aconselhada a procurar um posto de saúde de seu município. Desesperada de dor, resolveu tentar a sorte no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, onde às 11h encontrou 25 pessoas na porta da emergência.


- No Salgado Filho, disseram que não tinha clínico geral para me avaliar e me aconselharam a procurar um ambulatório. Como estou com muita dor, peguei um ônibus com dificuldade e vim tentar ser atendida no Souza Aguiar, mas aqui me deram um papel me encaminhando para algum posto de saúde de Mesquita. Não me deram nem um remédio. Não vi nenhum médico - reclamou Andréa, que saiu de casa às 8h, de ônibus, e peregrinou por mais de cinco horas.
Segundo parentes e acompanhantes de pacientes, quem precisava de atendimento de oftalmologista na manhã da última segunda-feira era informado pela equipe de triagem do Souza Aguiar que a espera iria até pelo menos as 16h, quando um outro especialista entraria no plantão.
- Disseram que o que estava no plantão estava em cirurgia. Minha filha estava com muita dor de cabeça e amanheceu com o olho muito vermelho e inchado. Vim correndo porque na minha família várias pessoas têm glaucoma. Aqui tiraram a pressão dela e viram que estava 14 por 10. Disseram que o caso dela não era grave e que iria ter que esperar - contou a dona de casa Elsa Gomes Feitosa, de 52 anos, moradora de Realengo, que chegou com a filha, Adriana Gomes Feitosa, de 33 anos, às 10h e acabou sendo atendida às14h30m.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/desempregada-passa-cinco-horas-em-busca-de-atendimento-medico-4235383#ixzz1oRwIjoGz
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Pacientes denunciam falta de médicos e equipamentos em hospitais do Rio

 
g1.globo.com
Segundo parentes, atendimento é feito em corredores e em macas no chão. Secretaria diz que há concurso em adamento para contratar profissionais.


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A vítima foi um menino de 9 anos, morador de Guaratiba, Zona Oeste do Rio. Só este ano, o Rio de Janeiro já registrou 9600 casos da doença. De acordo com a família, no dia da internação no Rocha Faria, não foram feitos exames de sangue na criança.

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Obs:Certamente nesse caso o menino foi neglige
nciado!!!E esse comentarista da globo que é médico,não aponta esse fato!!!!

sexta-feira, 2 de março de 2012

Escândalo anunciado na saúde pública

Escândalo anunciado na saúde pública

É preciso ser muito hipócrita para se espantar com os números ruins sobre o atendimento no SUS. Os recursos para a Saúde pública não deixaram de cair nos últimos anos. A queda maior foi no governo FHC, mas ocorreram reduções, em ritmo menor, no governo Lula.
O resutaldo está aí. Conforme o próprio SUS, apenas 1,9% da população tem acesso a um serviço de saúde que pode ser considerado bom. Isso acontece em 347 municípios, dos quais 345 se encontram nas regiões mais desenvolvidas do país, o Sul e o Sudeste. Em 20,7% das cidades o atendimento foi reprovado. E em 73,1% o atendimento é definido como razoável. Sei o que isso quer dizer, mas imagino como deve ser agradável enfrentar um atendimento razoável diante de um diagnóstico mais sério.
Quer dizer que o risco de morrer é igual ao de sobreviver? Meio a meio?
O uso dessa avaliação pode servir a duas finalidades. Uma delas é reforçar as medidas favoráveis à privatização dos serviços que, como se sabe, costumam apoiar-se numa visão exagerada e até destrutiva do funcionamento do serviço que se quer privatizar.
A comparação entre Estados Unidos e Europa mostra que a saúde pública é mais barata e mais eficiente do que a privada, mas o debate não é assim tão puro nem desinteressado. Estamos falando de ganhos gigantescos, num país de dimensões imensas, como o Brasil, onde a renda média já desperta cobiça de empresas de porte.
Outra possibilidade é demonstrar que a saúde pública precisa receber recursos que vem sendo negados ao longo da história. Quando havia a CPMF, boa parte do dinheiro arrecadado era usado para cobrir outros rombos do governo. Depois que ela foi suprimida, a situação tende, apenas, a agravar-se. Os recursos para proteger vidas humanas passaram a ser disputados na guerra comum de verbas do governo, um vale tudo onde vale tudo mesmo.
Intimidado pelas campanhas da truma do impostômetro, o Planalto recusou-se a comprar uma luta política para criar uma fonte estável e ampla de recursos. A divulgação de uma realidade sombria pode ser uma primeira etapa para mudar essa discussão.

Veja a reportagem  original no link abaixo.

Escândalo anunciado na saúde pública