DESCRIÇÃO DOS PAIS
Segunda feira dia 02/01/17,
ao sermos comunicados pelo
hospital de que o Isaac
deveria comparecer para a
internação antes das 18:00
horas, que seria dado o início
aos preparos para a cirurgia.
Então, chegando à
recepção fomos
encaminhados para a sala de
pediatra, a partir dai ele
passou a ser assistido pelas
enfermeiras que estavam.
Acomodaram-no em um leito
e logo no início da noite por
volta das 19:00horas já foi
mandado colocar o acesso
venoso em sua mão. Depois
uma enfermeira indagou-me
se ele tinha alergia a
medicamento respondi, que
não, Perguntou como ele
estava, e eu (Mãe) respondi: ‘’
Meu filho estava resfriado e
com o nariz escorrendo’’, não
demorou e passou outra
enfermeira e perguntou se
ele estava com gripe, e também respondi: que continuava com resfriamento, e foi
embora dizendo que era bem provável que o médico não faça cirurgia. Passaram-se
as horas meu filho começou a ficar triste e pedia para sairmos dali, ele dizia ‘’ mãe
vamos embora’’, e eu dizia ‘’meu bebe o médico ainda vem aqui lhe ver e nos vamos
pra casa’’. É assim ficamos esperando o parecer do médico, entrou uma enfermeira
na sala e informou que ele iria ficar de dieta a partir das 22horas, e eu já estava
aflita mais não demonstrava para ele, pois ele já tinha medo dali e estava ligando
para o pai pedindo para ele vim busca -lo.
Terça-feira dia 03/01/17, pela manhã veio à enfermeira avaliar e viu que ele
estava com nariz entupido e me perguntou como ele estava. E eu respondi: que ele
de madrugada começou a tossir, ela foi e voltou com uma medicação para aplicar
no nariz, regulou o soro fisiológico e verificou a pressão que estava com (Dezoito
por Cinco), ela preocupada disse que isso não era normal que estaria muito
alterado para a idade dele e mesmo estava de repouso. Retirou e dizia que o médico
não faria a cirurgia. Horas depois ele foi chamado era por volta de 12:00horas e
outra enfermeira disse para que eu desse nele o último abraço, nunca pensei que
aquele seria verdadeiramente o último abraço dado pelo meu filho, meu bebê. em
menos de 5 minutos voltou a enfermeira correndo e disse seu filho tossiu e eu aflita
disse ele estava chorando diz pro médico que ele esta tossindo ela foi e não voltou.
Quando voltaram com ele da cirurgia já passavam das 14:00horas, fui chamada, e
colocaram-no em uma sala muito pequena que só cabiam duas marcas e ao lado
ainda tinha um bebedouro com uma lixeira em baixo. Então uma das enfermeiras
disse para que eu o acordasse, quando eu vi meu filho me doeu muito pois ele
estava todo inchado e a outra paciente que estava aguardando na outra maca
observou que ele estava descorado, pálido. Permaneci passando a mão no seu
rosto e o chamando, e ele demorava em acordar, ai eu chamei uma da enfermeira
que participou da cirurgia e que estava mais próxima da sala de reanimação e falei
que ele não acorda então ela veio e pegou em seu pé e sacudiu e apertou a sua
unha do pé e o chamou em voz alto; foi ai que ele se assustou e acordou, foi ai que
ela virou para mim e disse: ele tá bem. E pegaram outra maca pra transferir ele e
mandaram leva- lo para o leito que logo seria liberado no mesmo dia. No leito ele
continuava dormindo e não acordava, mandaram uma sopa para que eu desse a ele,
e com muita sonolência ele tomou um pouquinho e logo voltou a dormir. As
19:00horas o pai já estava na sala de pediatria e ele ainda não havia acordado,
retomei para casa e o pai ficou acompanhando. logo ele teve fortes tossi com muita
dor.
Por volta de 00:00horas do dia 04/01eu (pai) presenciei uma espécie de
ataque, pois ele gemia muito e se contorcia as mãos levando ao rosto, corri e
chamei a enfermeira e disse que ele não estava bem. E chamei novamente para
dizer que ele estava com dificuldade para respirar e que os ataques persistia pela
terceira vez, a enfermeira estando preocupada chamou outra enfermeira que disse
para mim, ‘’esses ataques seria normal e que seria devido á criança ter acordado no
meio da cirurgia e que foi preciso coloca -lo para dormir de novo’’. Perguntei por
que não deram a quantidade certa de anestesia? Respondendo ela, ‘’pai o senhor
tem que entender que quando o paciente acorda em procedimento cirúrgico nos
temos que colocar para dormir de novo, mas a criança vai ficar bem’’
Durante a madrugada teve outro ataque, mais uma vez gritei pela enfermeira,
que a mesma estando preocupada chamou um médico que vinha passando no
corredor e pediu para ele verificar o que a criança tinha, e esse médico olhou e
perguntou o que tinha acontecido com ele, e a enfermeira o informou que ele tinha
feito uma cirurgia e não estava bem, ele disse que o cirurgião estava no hospital ele
virou e foi chama -lo. Nisso meu filho permanecia com falta de ar e sufocado!
Quando o cirurgião chegou e viu o paciente que estava com problema
respiratório e com muita tosse mandou colocar oxigênio. E como não tinha cilindro
na sala eu (pai) tive que carregar um cilindro grande de outro local e também foi
solicitado um raio-X do meu filho, novamente eu e a mãe que tivemos que leva -lo
na maca para a sala de raio-X, e quando chegamos na sala não tinha filme para
revelar o raio-X. enquanto aguardamos o resultado voltamos com o nosso filho pra
coloca -lo no oxigênio pois ele o tempo todo gemia, nessa hora já estávamos
desesperado. Pedi para mãe ficar com ele enquanto, eu ia ver o que o médico iria
resolver, chegando com o doutor perguntei o que estava acontecendo, e o médico
nervoso com a situação olhou para mim e perguntou: Pai por que o senhor não me
avisou que a criança estava gripada? que a cirurgia não tinha acontecido!
Fiquei chocado com essa pergunta! Mas, eu me controlei e respondi: minha
esposa avisou para enfermeira que ele estava resfriado. Retornando para o leito
perguntei a minha esposa, na frente do médico. Você avisou que nosso filho estava
resfriado? E ela respondeu dizendo que, sim, avisei para as enfermeiras que estava
nos atendendo. Então o médico ficou calado.
Nosso desespero e tristeza aumentava cada vez vendo o sofrimento do nosso
filho que não nos reconhecia quando ele acordava era com muito gemido e assim
foi até o amanhecer do dia, passavam das 07:00horas quando vieram colocar uma
sonda, e nessa hora meu filho ainda estava sobre efeito de anestesia logo acordou
gritando de dor foi tão forte que mediatamente abracei, e disse a essa enfermeira,
vocês estão matando meu filho, continuei abraçando pedindo pra ele ficar calmo
que daria tudo certo, e ele voltou a dormir Foi como um desmaio. Para piorar meu
sofrimento foi saber aquela sonda era de adulto pois a enfermeira disse que não
tinha para criança. Logo após o médico nos chamou para informar que ele estava
procurando transferi-lo para Manaus. Por volta das 11:00 Horas na ambulância, o
enfermeiro percebeu que o cilindro de oxigênio da ambulância não estava
funcionando e ele foi buscar outro pra substituir, e mais uma vez eu estava
preocupado com meu filho que estava sem oxigênio para respirar e fui ajuda -lo a
trocar pois estava difícil de remover e o enfermeiro não conseguia fazer a retirada
sozinho.
Então nosso filho veio a falecer no dia 07 de Janeiro de 2017 como causa da
morte: Choque Septico; Sespse; Pneumonia; Hernia Epigástrica.
Tudo o que nós queríamos era somente a saúde de nosso filho, e que o
médico avaliasse antes da cirurgia.
AGORA TEMOS QUE CONVIVER COM ESSA DOR, QUE É A DOR DA SAÚDADE E
SABER QUE NOSSO FILHO FOI TIRADO DE NÓS POR NEGLIGÊNCIA MEDICA.
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