Enviado por Marcelo Dias - 4.11.2010
7h15m.Hospital Rocha Faria: a doença na maca ao lado
A interdição do Hospital Pedro II, em Santa Cruz, fez o caos se internar na emergência do Hospital Rocha Faria, em Campo Grande. Durante uma vistoria realizada na última segunda-feira, o Sindicato dos Enfermeiros e o Conselho Regional de Enfermagem descobriram pacientes com doenças contagiosas como tuberculose e catapora ao lado de outros soropositivos e com câncer em estágio terminal em alas superlotadas.
Segundo a vice-presidente do conselho, Rejane de Almeida, eleita deputada estadual pelo PC do B, foram flagradas dez macas praticamente coladas umas às outras. Na $masculina da sala verde, para pacientes em situação menos grave, havia 60 doentes num espaço onde deveriam estar apenas 14. No setor feminino, quadro parecido, com 48 pacientes em vez de 14.
— Essas pessoas se recuperam de um problema e correm o risco de serem contagiadas por outra doença. Encontramos dez macas coladas nas outras. E só havia cinco técnicos de enfermagem e cinco enfermeiros para essas 108 pessoas — diz Rejane.
Denúncia para o MP
Segundo ela, há enfermeiros afastados por terem contraído tuberculose. O caso será levado hoje ao Ministério Público. A denúncia também inclui a sala vermelha, para $em estado gravíssimo. Onde deveriam caber três, havia 11. De acordo com ela, a superlotação tem prejudicado a revisão médica dos doentes, obrigando os enfermeiros a repetir as prescrições de medicamentos.
Por nota, o diretor do hospital, José Macedo, rebateu as acusações e reconhece a sobrecarga provocada pelo fechamento do Pedro II. Ele respondeu que os pacientes com doenças infecto-contagiosas são atendidos ali e transferidos para o Hospital Ary Parreiras. Segundo ele, um paciente com a doença foi removido ontem à tarde. Macedo também afirmou que não foi notificado sobre o afastamento de profissionais com tuberculose.
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