terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Falhas em hospitais matam mais que o câncer, a violência e o trânsito

Um estudo feito pela Universidade Federal de Minas Gerais mostrou números assustadores e preocupantes: a cada cinco minutos, três pacientes morrem por alguma falha nos hospitais do Brasil. É a segunda causa de morte, só perde para doenças do coração.
A corretora de seguros Sônia Menezes pensa todos os dias em como a vida seria diferente se a filha dela não tivesse entrado em uma sala de cirurgia.
Na época, Camila tinha 19 anos. Ela se internou por causa de uma dor de ouvido e morreu logo após o procedimento. “Eles perfuraram uma artéria muito importante, deu hemorragia interna e eles não viram. Ela estava deitada, engoliu tudo e foi para o estômago. O sangue parou e ela morreu”, conta.
Foram 15 anos de briga na Justiça até que a negligência médica fosse confirmada. Camila entrou numa lista enorme de pessoas que morreram por falhas nos hospitais públicos ou privados do país. Os dados são assustadores e estão no Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar, divulgado nesta quarta (22).
No ano passado, mais de 300 mil pacientes morreram por causa de erro médico, negligência ou algum incidente em hospital. De acordo com o estudo, as falhas em hospitais mataram por dia mais do que câncer, violência e acidentes de trânsito.
“O tempo todo alguém tá no hospital e cai da cama, alguém tá no hospital e pega uma infecção hospitalar, alguém tá no hospital e não tomou as medicações preventivas adequadas e forma um trombo na perna”, diz Renato Couto, professor da UFMG e um dos responsáveis pelo anuário. 
As principais vítimas dessas falhas são crianças com até 28 dias de vida e adultos com mais de 60 anos. Esses incidentes são mais comuns em hospitais de pequeno porte e que ficam em cidades menores. Ainda de acordo com os pesquisadores, 90% dessas mortes poderiam ser evitadas.
“Isso não só é um grande alerta, como o que se espera é que a sociedade estando alerta, ela tome providências”, completa Renato.
O vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo culpa a falta de investimento. “Nós precisamos entender que sem dinheiro não existe saúde de qualidade. Por quê? Porque isso implica em tecnologia especialmente em formação, especialmente em treinamento, pessoas qualificadas prestando o melhor daquilo que são os recursos disponíveis”, explica Renato Françoso Filho, presidente do Conselho Regional de Medicina.
Em nota, o Ministério da Saúde diz que faz projetos de melhoria em mais de 60 hospitais públicos, que 5 mil profissionais de saúde já foram capacitados com especializações e cursos e que as ações de segurança do paciente foram incorporadas em vários programas do governo. A Associação Nacional de Hospitais Privados não respondeu ao Jornal Hoje.
Fonte G1

link para ver a reportagem:https://glo.bo/2B5z6NY

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

A responsabilidade civil por erro médico


Reportagem do Dia: erro médico e impunidade em hospital de Barueri (SP)

http://r7.com/O1Cp

Encontro Nacional de vítimas de erros médicos

ENCONTRO NACIONAL DE VÍTIMAS DE ERROS MÉDICOS CONVITE: Convidamos você, para participar do Encontro Nacional de Vítimas de Erros Médicos, a realizar-se nos dias 09 e 10/12/2017, em Maringá - Paraná, com objetivo de buscar informações e traçar diretrizes, visando aglutinar conhecimentos dos Códigos de Processos Éticos, Cíveis e Criminais. PROGRAMAÇÃO Dia: 09/12/2017 Auditório HÉLIO MOREIRA Prefeitura do Município de Maringá ➡ 7:30 às 8:30 - Credenciamento; ➡ 8:30 - Solenidade de Abertura; ➡ 9:00 – Apresentação - Coffe break; ➡ 9:30 – Palestra: Dra. JOCELENE BATISTA PEREIRA, Médica, Mestre e Gestora Hospitalar em São Paulo; ➡ Debate ◾11:00 – Manifestação Pública; ◾12:00 – Almoço; Plenário HORÁCIO RACANELO FILHO; Câmara Municipal de Maringá ➡ 14:00 – Palestra: Dr. ALBERTO JORGE SANTIAGO CABRAL, Assessor Especial da Presidência do COFEN – CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM; ➡ Debate ◾15:00 – Palestra: Dr. SANDRO LIMA - Psicólogo, Presidente do MOBEM/RJ; ➡ Debate ◾16:00 – Palestra: Dr. MAURICIO GIACOMELLI, Advogado Criminalista; ➡ Debate ◾17:00 – Palestra: ANA LUCIA HENRIQUES BARBOSA, Presidente MOBEM/PA; ➡ 18:00 – Encerramento; DIA: 10/12/2017 Plenário HORÁCIO RACANELO FILHO Câmara Municipal de Maringá ➡ 9:00 – PLENÁRIA ◾Apresentação: MARCOS PALERMO; ➡ 9:20 – PLENÁRIA Apresentação: NICOLAS BOUKOUVALAS; ➡ 9:40 – PLENÁRIA ◾Apresentação: JONAS LOURENÇO; ➡ 10:00 – coffe break; ➡ 10:30 – PLENÁRIA GERAL; ➡ 12:00 – Encerramento.

Tribunal Federal absolve hospital da acusação de erro médico em Porto Alegre

Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) absolveu o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) da acusação de erro médico em uma cirurgia de catarata realizada em uma paciente que perdeu a visão do olho operado. O entendimento da 3ª Turma foi que não havia relação entre o fato e os procedimentos médicos adotados. A paciente ajuizou uma ação pedindo o pagamento de indenização por danos morais, materiais e pensão vitalícia. Ela disse ter sido submetida à cirurgia de catarata no olho direito em 2013, e teve um deslocamento de retina, que acabou resultando na perda total de visão no olho direito. Em sua defesa, o HCPA apontou que a cirurgia da autora foi realizada em 2010, e não em 2013 como disse a autora. O hospital alegou também que ela recebeu os "melhores cuidados médicos", sendo portadora de doença que causa baixa acuidade visual, sem relação com as complicações da cirurgia de catarata. Um laudo pericial comprovou que as complicações na cirurgia – que foi realizada em março de 2010 – e durante o tratamento não são atribuíveis ao atendimento médico do hospital. Para o perito, a técnica adotada pela equipe que atendeu a paciente pareceu adequada, não existindo nexo de causalidade entre a a operação e a perda da visão. O pedido da autora já havia sido negado pela 4ª Vara Federal de Porto Alegre. Por isso, ela recorreu ao TRF-4 pedindo a reforma da sentença. Segundo a relatora no caso, juíza federal convocada Gabriela Pietsch Serafin, o hospital não pode responder se evidenciada a regularidade do atendimento médico. "Inexistindo nexo causal entre o atendimento médico-hospitalar e o dano alegado (perda da visão do olho direito), não há que se falar em danos morais a serem indenizados", diz trecho da sentença. PORTO ALEGRE. Fonte G1