segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Cirugião-dentista de Arapiraca é condenado por erro médico

Um cirurgião-dentista de Arapiraca foi condenado pela Justiça a pagar indenização de R$ 10 mil por danos morais à esposa e às seis filhas de José Izidoro, morto por conta de um erro médico em 2007. A decisão é do juiz Maurício César Brêda Filho, da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Alagoas.
A decisão foi divulgada pelo TJ nesta sexta-feira (19). A esposa da vítima também deverá receber pensão, no valor de meio salário mínimo, relativo aos meses de junho de 2007 a junho de 2010. A maneira como o pagamento deve ser feito será definida posteriormente pela 2ª Vara Cível e Residual de Arapiraca, que é responsável pela execução do processo.
Segundo os autos do processo, no dia 8 de abril de 2007, José Izidoro sofreu um corte grave no rosto após ser atingido por um prato jogado por um de seus filhos, durante desentendimento entre os dois.
Ele foi levado para a Unidade de Emergência do Agreste, onde foi atendido pelo cirurgião-dentista. O corte foi suturado e Izidoro recebeu alta. Alguns dias depois, ele deu nova entrada na unidade de saúde, com suspeita de tétano. Após ter sido encaminhado a outro hopital, a suspeita foi confirmada. O homem acabou falecendo por conta da doença.
As filhas de Izidoro acusaram o cirurgião-dentista de negligência e omissão. Ele, por sua vez, alegou não ter sido o responsável pelo incidente, e que seguiu todos os procedimentos no atendimento ao paciente.
“Ao que consta nos autos, especialmente pelo depoimento de testemunhas, pelo relatório médico, o apelado, apesar de ter suturado o ferimento da vítima, lhe medicado e lhe dado alta hospitalar, foi negligente quanto ao fato de não averiguar acerca da vacinação contra o tétano”, afirma o magistrado em sua decisão.
Fonte : G1

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Bebê morre após nebulização em UPA do AC e pais creem em negligência

O pequeno Pedro Lucas Muniz, de três meses, morreu após fazer nebulização na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no 2º Distrito deRio Branco.A família acusa a unidade de negligência.
A direção da UPA disse que vai abrir sindicância para apurar os fatos, mas acredita que não houve negligência por parte dos profissionais.
O pai da criança, José Verônico Marinho, de 32 anos, disse que o filho deu entrada na unidade no domingo (14) com febre e tosse, ficou em observação e morreu na manhã de segunda-feira (15).
"Chegamos na UPA,  deram dipirona e ele passou a noite bem. De manhã cedo, eu o segurei no colo, brinquei com ele e fui trabalhar. Depois me ligaram falando que meu filho tinha morrido", relembra o pai da criança.
Ainda segundo Marinho, por volta das 5h, o filho começou a passar mal e foi colocado na nebulização. Filho único do casal, Pedro Lucas ainda chegou a tomar uma medicação, que o pai não soube dizer o nome, foi colocado também no oxigênio e depois veio a óbito.
"Disseram que ele tinha vomitado e se engasgou e que isso provocou a morte. Tinham só as técnicas de enfermagem. Tomaram ele dos braços da mãe, levaram para outra sala e meia hora depois disseram ele estava morto", lamenta.
Marinho disse que registrou um Boletim de Ocorrências na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente (Depca) contra a unidade de saúde.
"Eles colocaram meu filho no oxigênio e nem oxigênio tinha. A máscara caiu no chão e vimos que não saía nada. Quero justiça, meu filho estava bem, achei até que ele teria alta. Ele nunca teve nenhum problema de saúde, tomava todas as vacinas, era saudável. Minha mulher teve uma gravidez saudável, um parto tranquilo. Foi erro médico", acusa.
Pai da criança, José Verônico, acredita que o filho morreu por erro médico (Foto: Aline Nascimento/G1)Pai da criança, José Verônico, acredita que o filho morreu por erro médico (Foto: Aline Nascimento/G1)
'Não havia médico de plantão', diz tia
Revoltada com a morte do sobrinho, a recepcionista Eliene Marinho, de 33 anos, afirma que não havia médico de plantão na unidade. "Não tinha nenhum pediatra de plantão e, se estava, não ficou dentro da unidade. Quando minha cunhada percebeu que meu sobrinho estava passando mal, chamou a enfermeira e ela disse que não tinha pediatra. Então, ela perguntou pela enfermeira e foi dito que ela já tinha encerrado o plantão", alega.
Eliene relembra que durante a nebulização a criança teria começado a ficar roxa e com falta de ar. "Ele ficou cheio de manchas roxas e com dificuldade para respirar. Achamos que colocaram berotec [medicamento usado para fazer nebulização] demais no soro e ele morreu", diz.
Parada cardiorrespiratória, aponta declaração de óbito
A declaração de óbito entregue à família do bebê aponta que ele morreu de parada cardiorrespiratória desconhecida. Revoltada, a família disse que pretende processar o hospital.
"Como meu filho morreu engasgado? O laudo diz outra coisa. Medicaram meu filho de forma errada", conta.
Ao G1, a diretora da UPA, Ana Carla Clementina, explicou que o hospital está levantando todas as informações para saber a causa da morte da criança. Ela diz ainda que não houve erro médico. "Estamos apurando os fatos, mas, até o momento, os relatos que recebemos, não houve negligência e provavelmente vamos conseguir relatos de todos os profissionais que estavam no plantão. Vamos encaminhar todos os relatórios à Secretaria de Saúde", esclarece.
A diretora explica também que havia médico pediatra de plantão. Sobre a causa da morte, Ana disse que ainda não tem um diagnóstico. "Vamos abrir sindicância. Havia pediatra de plantão, inclusive ele atendeu e prestou socorro, assim como outros profissionais", justifica.
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Declaração de óbito foi entregue à família na tarde de segunda (Foto: Aline Nascimento/G1)Declaração de óbito foi entregue à família na tarde de segunda (Foto: Aline Nascimento/G1)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Médico que fez procedimento em modelo morta é acusado de erro por outra paciente O médico Wagner Moraes é acusado de erro em outro procedimento O médico Wagner Moraes é acusado de erro em outro procedimento Foto: Fabio Guimaraes / Agência O Globo Marcos Nunes Tamanho do texto A A A O delegado Mário Lamblet, da 79ª DP (Jurujuba), que investiga a morte da modelo Raquel Santos, de 28 anos, afirmou nesta quinta-feira que uma comerciante o procurou para registrar outra queixa contra o médico Wagner de Moraes, que atendeu as duas pacientes. Raquel fez um procedimento estético com o médico na última segunda-feira e acabou morta horas depois no Hospital de Icaraí. Segundo Lamblet, a comerciante que registrou um Registro de Ocorrência contra Wagner de Moraes teria se submetido a uma operação no queixo. A mulher, que não teve o nome revelado, alega que o resultado foi uma “deformidade”. O procedimento foi feito em fevereiro do ano passado. Morte de modelo em Niterói Morte de modelo em Niterói Foto: Divulgação/Musa do Brasil — Ela diz que ficou deprimida por causa disso e só resolveu denunciar agora. A gente vai verificar se existe algum evento criminal nesse fato — afirmou o delegado, que abrirá um procedimento apuratório para essa investigação. Em depoimento, Wagner admitiu que não é integrante da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), informação que já havia sido divulgada pela instituição. O médico explicou ainda que o local onde atende não é uma clínica, mas sim um consultório. Ele ainda alegou que pode realizar pequenos procedimentos estéticos no local. O delegado afirmou que vai enviar ofícios aos órgãos competentes para averiguar a necessidade de o médico ser integrante da SBCP para atuar como cirurgião plástico. O objetivo do delegado com os depoimentos desta quinta-feira é definir qual foi o local onde a modelo morreu e quais seriam as causas da morte. Raquel começou a sentir falta de ar ainda na clínica de Wagner, após passar pelo procedimento estético. Nos primeiros momentos, de acordo com o viúvo de Raquel, o médico se ausentou e as enfermeiras teriam dito que estava tudo normal. Quando o estado de saúde da modelo se agravou, Wagner orientou que ela fosse levada a um hospital. Gilberto a levou em um carro, e o médico acompanhou em outro veículo. Na delegacia, Wagner apresentou um documento que, de acordo com ele, foi preenchido por Raquel ao dar entrada na clínica. O médico alega que a modelo não havia informado que era fumante, que usava anabolizantes e que havia feito outras cirurgias estéticas. — O médico nos trouxe um documento que segundo ele teria sido preenchido pela modelo, no qual ela informava que nunca tinha feito cirurgias plásticas, nem utilizava medicamentos ou estimulantes de uso veterinário — diz Mario Lamblet. Como o EXTRA mostrou, nesta quinta-feira, o médico e a clínica que leva seu nome colecionam processos judiciais. Em consulta ao site do Tribunal de Justiça do estado, é possível acessar ao menos 51 ações, cíveis e criminais, tendo um dos dois como réu. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), que já havia informado que Wagner não é membro da instituição, divulgou uma nota de pesar e esclarecimento à imprensa nesta quarta-feira. Em um trecho da nota, a sociedade pede que o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro e o Conselho Federal de Medicina investiguem o caso e ressalta que Wagner nunca foi titulado para atuar como cirurgião plástico. Leia mais: http://extra.globo.com/casos-de-policia/medico-que-fez-procedimento-em-modelo-morta-acusado-de-erro-por-outra-paciente-18474128.html#ixzz3xdOO4LFR
Fonte:Jornal extra

sábado, 18 de julho de 2015

Após erro médico, dona de casa perde o olho e processa Estado

http://g1.globo.com/busca/click?q=ERRO+M%C3%89DICO&p=0&r=1437262273424&u=http%3A%2F%2Fglobotv.globo.com%2Frede-amazonica-ac%2Fg1-ac%2Fv%2Fapos-erro-medico-dona-de-casa-perde-o-olho-e-processa-estado%2F4326796%2F&t=informacional&d=false&f=false&ss=48b35edd44f6ffcd&o=&cat=a

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Médicos acusados de suposto erro responderão por homicídio culposo

Dois médicos de Santa Rita do Passa Quatro(SP) vão responder na Justiça por homicídio culposo, sem intenção de matar, pela morte de Randal Claro Silva, de 35 anos, em novembro de 2011, na Santa Casa. A família do homem foi comunicada do indiciamento nesta quinta-feira (2).
Juan Carlos Rúbio e Onésimo Rozanti são acusados de um suposto erro médico. Rúbio informou que vai recorrer da decisão. Já Rozanti foi procurado pela reportagem do Jornal da EPTV, mas não foi encontrado para comentar o assunto.

Na época, o paciente deu entrada no pronto-socorro com fortes dores no peito, mas a família alega que os profissionais não checaram os exames dele, diagnosticaram problemas estomacais e liberaram o homem duas vezes. Alguns instantes depois, o Silva sofreu um infarto e morreu.
Na época, os familiares informaram que o paciente fez um eletrocardiograma no primeiro atendimento e recebeu uma aplicação de soro no segundo. O médico teria afirmado que se tratava de uma gastrite, mas o paciente não melhorou e voltou ao local no dia 9 de novembro, mas não resistiu.
Na época, o diretor administrativo da Santa Casa de Santa Rita do Passa Quatro comunicou que a conduta dos médicos nos atendimentos seria apurada de acordo com as normas do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp).
Fonte : G1

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Polícia e Cremesp apuram suspeita de erro médico em morte de bebê

A Polícia Civil e o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) investigam as circunstâncias do parto com um bebê morto na Santa Casa de Franca (SP). A mãe acusa o hospital de ter demorado em diagnosticar descolamento de placenta, mesmo depois de apresentar sangramento em diferentes atendimentos.
Em nota, o hospital informou que chegou a atender a paciente com o sangramento, mas que seus exames estavam normais até antes da cirurgia e que o descolamento foi imprevisível.
A coladora de peças Bruna Iara da Silva, de 19 anos, relata que procurou a Santa Casa pela primeira vez em 21 de maio. Assim ela diz ter feito nos dias 27, 28 e 29 de maio - na última vez ficou internada -, contando que teve como resposta que estava tudo bem com seu bebê.
Mas, ainda no dia 29, depois de ser submetida a exames que mais uma vez não apontaram problemas, ela afirma que foi levada às pressas para a sala de parto da unidade hospitalar para a realização de uma cesariana às pressas.
Mãe reclama de atendimento em Santa Casa de Franca após perder o bebê (Foto: Márcio Meireles/ EPTV)Mãe reclama de atendimento em Santa Casa de Franca após perder o bebê (Foto: Márcio Meireles/ EPTV)
Naquele momento, a mãe diz que sentiu que filha estava morta, principalmente por não notar movimentos dela em sua barriga e pela alegação dos médicos de que havia ocorrido um descolamento de placenta - esta foi apontada mais tarde como causa da morte na certidão de óbito.
"Saíram todos para levá-la para o berçário, depois o médico veio, enfermeira, pedindo desculpa, que infelizmente tentaram de todas as formas reanimar meu bebê, mas que ela não sobreviveu", lamenta Bruna.
Investigações
O caso foi registrado no 1º Distrito Policial de Franca, que instaurou inquérito nesta terça-feira (2) para apurar como foi realizado o atendimento e se houve erro médico. O delegado Luís Carlos da Silva afirma que ouvirá familiares da paciente e profissionais envolvidos no atendimento, além de pedir um exame de corpo de delito na mãe da criança.
"Se houve erro médico e foi determinante para a morte da criança, ele [médico] responderá por homicídio culposo, por imprudência, imprudência ou por imperícia", afirma.
A morte no parto também gerou uma sindicância no Cremesp. O delegado regional do conselho em Franca, Ulisses Martins Minicucci, diz que em primeiro lugar vai solicitar o prontuário e ouvir os médicos que atenderam a paciente na Santa Casa. "Por enquanto temos duas versões, a família e da Santa Casa. Agora vamos ouvir a versão dos médicos", afirma.
Para o pespontador Franklin Edson Souza e Silva, pai do bebê que morreu antes de nascer, a Santa Casa deve ser responsabilizada na Justiça. "Foi muito médico que atendeu. Não tem como afirmar de qual médico foi o erro. Creio que a Santa Casa é responsável por todos que estão ali", afirma.
Bruna Iara da Silva diz ter procurado a Santa Casa de Franca com sangramento (Foto: Márcio Meireles/ EPTV)Bruna Iara da Silva diz ter procurado a Santa Casa com sangramento (Foto: Márcio Meireles/ EPTV)
Santa Casa
A Santa informou, em nota, que Bruna procurou atendimento com queixa de sangramento e que permaneceu internada por 24 horas para acompanhamento do feto. Nesse período, segundo o hospital, foram realizados exames de cardiotocografia e ultrassonografia, "os quais apresentaram resultados normais."
Também informou que, com o fim do sangramento, a jovem foi liberada com orientações de retornar em caso de nova intercorrência e que, na madrugada do dia 29, ela voltou por causa de um novo sangramento, "recebendo todos os cuidados médicos e de enfermagem."
"Até as 6h45 o quadro da paciente mantinha-se estável; em virtude de um repentino sangramento, a mesma foi encaminhada para o Centro Obstétrico, sendo iniciada uma cesárea de urgência, porém, devido a um imprevisível descolamento de placenta, o bebê não resistiu", comunicou.
Fonte G1
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segunda-feira, 16 de março de 2015

Casal queimado que peregrinou 24h por atendimento começa fisioterapia

Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera
Duas semanas depois de ter os corpos queimados após uma explosão provocada por vazamento de gás, na casa em que mora, em Aragarças, no oeste goiano, o casal Roberto Nominato e Elusiane Nominato começaram a fisioterapia nesta sexta-feira (13). Eles estão internados no Hospital Geral de Goiânia (HGG), mas até conseguir se tratarem, eles enfrentaram uma peregrinação, percorrendo mais de mil km em 24 horas.
Roberto teve 50% do corpo queimado. Como teve queimaduras mais superficiais, se recupera mais rápido e deve deixar o hospital na próxima semana. Ele se emociona ao falar do que passou. "Chegou um momento da viagem em que me perguntaram o que eu gostaria. Eu tinha até desistido, passei mal demais", afirma, com a voz embargada.
Já Elusiane, apesar de uma área menor atingida - 36% - teve lesões profundas e deve passar por um transplante de pele do próprio corpo. Porém, ela não perde a confiança. "Já está bem melhor. Rapidinho nós vamos chegar lá", anseia.
O drama dos dois começou no último dia 26 de fevereiro. Após o acidente, eles foram encaminhados para a capital em duas ambulâncias, mas tiveram que retornar a cidade de origem por não conseguirem atendimento na rede pública. O problema ocorreu devido a um erro na ficha de encaminhamento, a qual tratava de um paciente com fratura.
Nas viagens de ida e volta para Aragarças, o casal teve que percorrer cerca de 800 km. Quando chegaram, eles tiveram que rodar mais 185 km até Iporá, na região central de Goiás, onde foram transferidos de helicóptero para Goiânia, desta vez para serem internados. 
Casal queimado que peregrinou 24h por atendimento começa fisioterapia em goIânia, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Roberto faz fisioterapia após sofrer queimaduras: luta por atendimento (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Tratamento
A fisioterapia é realizada para evitar que as queimaduras não comprometam as articulações. Eles deixaram a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) há uma semana e estão juntos em um quarto de enfermaria.
Segundo o médico Sérgio Augusto da Conceição, chefe de cirurgia plástica do HGG, ambos respondem bem ao tratamento. "Posso dizer que nesse momento eles estão estáveis clinicamente e em uma fase de tratamento da parte cutânea", explica.
Passado o pior, o casal não vê a hora de voltar à rotina. "É só alegria. Semana que vem eu estou em casa, graças a Deus", salienta Roberto.
Casal queimado Aragarças GOiânia, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Juntos, os dois passaram mais de 24 horas até serem internados (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
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sexta-feira, 13 de março de 2015

Maternidade é condenada a pagar R$ 50 mil a paciente por erro no ES

Uma maternidade em Vitória foi condenada a pagar R$ 50 mil, mais correção monetária e juros por danos morais e estéticos por suposto erro médico em procedimento cirúrgico de curetagem, após a vítima perder a criança que gestava, em 2012. Devido a várias intervenções médicas, a mulher perdeu 1,35 cm do intestino. A decisão é do juiz da 7ª Vara Cível de Vitória, Comarca da Capital, Marcos Assef do Vale Depes.
De acordo com os autos, em 25 de janeiro de 2012, a mulher grávida sentiu dores abdominais e se dirigiu ao hospital. Contudo, em primeiro atendimento foi medicada e orientada a voltar para casa. Apenas três dias depois, a autora do processo voltou a sentir dores e com sangramento. Com a realização de exames de ultrassonografia ficou constatada a morte do feto.
Segundo a Justiça, esse fato levou a necessidade de uma cirurgia para a retirada da criança. Baseado em exames, ficou constatado que o útero estava firme e por consequência, pronto para curetagem. O problema, segundo o processo, foi que durante a intervenção cirúrgica o útero foi perfurado de forma que o intestino foi atingido e lesionado.
A série de intervenções que foram necessárias para reverter o problema levou nove horas e o resultado do procedimento fez com que a mulher perdesse 1,35 cm de seu intestino. Além disso, ela permaneceu na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) por 11 dias. O valor estipulado pelo juiz decorreu também do fato da vítima ficar com enorme cicatriz na barriga, oriunda da intervenção cirúrgica necessária à correção do erro médico.
LINK:http://glo.bo/1MvMeMZ
Fonte : G1

Jovem de 25 anos morre no Antena, família acusa erro médico e secretaria vai investigar morte

A morte de uma moradora do jardim de Record de apenas 25 anos ocorrida no Pronto Socorro do Antena, em Taboão da Serra, na última segunda-feira, 9, está causando amplo desconforto na rede municipal de saúde. A moça trabalhava como cuidadora de idosos, deu entrada no Pronto Socorro com febre alta e dor. Segundo a família ela teria sido atendida por um médico que a encaminhou para a um determatologista. A moça morreu após sofrer parada cardiorespiratória, além da febre alta ela se queixava de dores nas pernas e abdômen. A família acredita ter havido erro médico

 A tragédia surpreende pelo fato dela ser tão jovem e até aquele momento não ter apresentado problemas de saúde. A família está consternada e pede esclarecimentos. Quer saber os fatos que levaram a moça a entrar em óbito e criticam o mal atendimento no Antena.

“Uma pessoa tão jovem não pode morrer dessa forma. Queremos uma explicação, saber o que houve e tomar providências para que outras famílias não passem pela mesma dor”, contou um parente que pediu para não ser identificado.

Questionada pela reportagem do Jornal na Net a prefeitura de Taboão respondeu “que a Secretaria de Saúde já solicitou esclarecimentos a Sociedade Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), a cerca dos atendimentos e procedimentos prestados à paciente Rosemeire de Souza Manfrim”.

De acordo com a nota o Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) apontou em laudo a  causa da morte como “edema agudo de pulmão”, mas destacou  porém  que o laudo ainda não é definitivo. “O SVO colheu exames adicionais para mais detalhamento quanto à causa da morte. Os resultados sairão entre 15 e 20 dias”, afirma a nota.
  • Fonte: Jornal na net

segunda-feira, 9 de março de 2015

Na crise da Saúde, Justiça manda entregar até fraldas descartáveis

Em dois anos, 20 mil pessoas buscaram o Judiciário para garantir internações, transferências e remédios

FRANCISCO EDSON ALVES
Rio - A crise nos hospitais do Rio, principalmente os de referência, como O DIA mostrou ontem, está obrigando parentes de pacientes a recorrer à Justiça para obter socorro imediato. Estima-se que pelo menos 20 mil pessoas apelaram ao Ministério Público e às defensorias nos últimos dois anos para conseguir internações, medicamentos, consultas, exames e até fraldas.
Marília (E) e Michele Calixto alegam ter aguardado 28 horas para retirar o corpo da mãe no Souza Aguiar
Foto:  André Luiz Mello / Agência O Dia
“Infelizmente, tornou-se comum a concessão de liminares deferidas em casos extremos. Quando o cidadão chega a esse ponto, é porque não tem mais a quem pedir ajuda”, diz Samantha Monteiro, coordenadora do Núcleo da Fazenda Pública da Defensoria do Estado, que, em 2012, com a Procuradoria-Geral do Estado, criou a Câmara de Resolução de Litígios de Saúde.
Levantamento do órgão mostra que, entre 2013 e 2014, a Justiça determinou que 216 internações compulsórias e outras 200 transferências fossem feitas. Já o número de hemodiálises por ordem judicial chegou a 42 casos, além de 60 ressonâncias magnéticas, 90 consultas e a concessão de fraldas descartáveis a 100 pessoas. No período, a Justiça mandou ceder mais de 600 caixas de remédios, como os de pressão e insulina.
De acordo com Samantha, boa parte dos casos que não chegaram a se transformar em ações judiciais foi resolvida lá. “Muita gente acaba procurando as defensorias por desconhecimento de seus direitos. Uma vez esclarecidos, os problemas acabam sendo resolvidos, sem se transformarem em ações judiciais”, ressalta.
AGONIA APÓS MORTE
Outros casos desafiam o senso comum. Parentes de Erinete Bernardo Calixto Castro, de 53 anos, que morreu no CTI do Souza Aguiar, no Centro, vão processar o município pela demora na liberação do corpo da mulher. Na certidão de óbito consta que Erinete morreu às 7h42 de quinta-feira, mas, de acordo a família, o cadáver só foi liberado 28 horas depois.
“Não tivemos tempo suficiente sequer de velar minha mãe”, lamentou Michele Fernandes Calixto Castro Santos, 34, que registrou o caso na 5ª DP (Mem de Sá). Na quinta-feira, conforme a outra filha de Erinete, Marília Calixto Costa, 32, ela, Michele, e a tia dela, Eliete Calixto, 56, passaram o dia todo em frente ao hospital em busca de informações sobre a morte de Erinete, sem sucesso. Ainda de acordo com Michele, a mãe, que foi internada no Souza Aguiar na quinta-feira anterior, teria contraído até piolho no hospital.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que todos os pacientes e leitos do CTI são limpos diariamente e que “a filha da paciente”, avisada prontamente do óbito só retornou ao hospital para retirar o corpo por volta de 12h de sexta-feira. “É mentira”, rebateu Michele.
Filas até em unidades privilegiadas
De acordo com o Cremerj, o Sindicato dos Médicos, e a Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores, mesmo nos hospitais de referência que recebem mais recursos, como o Instituto de Traumatologia (Into), o Instituto Nacional do Câncer (Inca) e o Estadual do Cérebro — que atende apenas um terço do volume do Hospital do Andaraí, mas recebe mais recursos — os pacientes continuam sofrendo em filas.
“Muitos morrem antes na espera”, lamenta o vereador Paulo Pinheiro (Psol), da Comissão de Saúde, ressaltando que 13 mil pessoas aguardam cirurgia no Into e outras 14 mil esperam por operações nos hospitais federais de Bonsucesso, Andaraí, Lagoa e Ipanema.

Fonte : Jornal O DIA