segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Saiba o que acontece com a verba pública que deveria chegar aos postos e hospitais

http://g1.globo.com/fantastico/videos/t/edicoes/v/saiba-o-que-acontece-com-a-verba-publica-que-deveria-chegar-aos-postos-e-hospitais/3005846/

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Hospital do Andaraí: sem material, emergência recusa casos graves e cirurgias são suspensas

Uma emergência que não tem condições de operar sequer uma fratura exposta. Um jovem com tuberculose internado no corredor, ao lado de outros pacientes, todos em macas. Doentes graves que deveriam estar na UTI aguardam por vaga num canto da emergência. Médicos usam pijamas de pacientes para operar, por falta de roupa esterilizada. Elevador quebrado. Obras iniciadas e paradas. Entulhos por todos os lados. Esse é o quadro hoje no Hospital Federal do Andaraí. — O que já estava ruim conseguiu piorar de dois meses para cá. Não temos condições de trabalhar. O pouco material que chega acaba rapidamente, devido à grande demanda na unidade. Não temos recebido pacientes que chegam trazidos pelos bombeiros. A não ser que ele esteja em risco de vida. Mandamos levar para outra unidade. Ficar ali será pior para o próprio paciente — relata um médico da unidade, que prefere não se identificar. Um cartaz avisa que a rouparia está fechada. O motivo: falta de pagamento Um cartaz avisa que a rouparia está fechada. O motivo: falta de pagamento Foto: Sindicato dos Médicos / Divulgação Há cerca de 60 dias, o hospital vem pegando lençóis e roupas limpas emprestados com outras unidades federais. Mas o que chega não é suficiente. Por falta de pagamento, a empresa Lido Serviços Gerais LTDA, que presta o serviço de lavanderia, suspendeu as atividades. Pacientes em macas pelos corredores da emergência. As macas vermelhas pertencem às ambulâncias do Samu, mas ficam presas no hospital por falta de leitos para receber os doentes Pacientes em macas pelos corredores da emergência. As macas vermelhas pertencem às ambulâncias do Samu, mas ficam presas no hospital por falta de leitos para receber os doentes Foto: Sindicato dos Médicos / Divulgação — Várias cirurgias são canceladas porque não há roupa para a equipe operar. Uma cirurgia de um paciente com câncer foi suspensa porque não havia equipo (borracha por onde passa o sangue na transfusão), que custa R$ 30 — relata o profissional. Um paciente com tuberculose fica no corredor do Andaraí Um paciente com tuberculose fica no corredor do Andaraí Foto: Sindicato dos Médicos / Divulgação A sala da emergência lotada, com camas e macas praticamente grudadas umas às outras A sala da emergência lotada, com camas e macas praticamente grudadas umas às outras Foto: Sindicato dos Médicos / Divulgação O Sindicato dos Médicos, que recebeu as denúncias, vai realizar um ato público no pátio do hospital no próximo dia 17. Para o defensor público da União Daniel Macedo, o problema no Andaraí não é falta de dinheiro: — Monitoro a unidade e vejo que o caos instalado ali e ocorre por má gestão. O Ministério da Saúde, responsável pela gestão do Hospital do Andaraí informou que os dois pacientes com suspeita de tuberculose, por medidas preventivas, estão em leitos de isolamento, apesar de a foto feita nesta terça-feira ter mostrado paciente internado no corredor. Em nota, o ministério afirmou ainda que "os pacientes graves e estabilizados recebem assistência médica do hospital. Os leitos de UTI da unidade são controlados pelo Sistema de Regulação (Sisreg). Continua a nota: "Informamos que foi cumprido todo o mapa cirúrgico de hoje (04/12) com suspensões de rotina, ocasionadas por pacientes que se encontravam desestabilizados, como quadro de hipertensão, entre outras intercorrências." A direção do hospital esclareceu que, "devido à conduta ética de não recusar o atendimento a pacientes que procuram a emergência, em situações de risco de morte, dor ou sofrimento intenso, muitas vezes ocorre a sobrecarga do setor, já que a demanda ultrapassa a capacidade instalada". Quanto à paralisação dos serviços prestados pela empresa Lido Serviços Gerais LTDA, o ministério afirmou que, em virtude de prejuízos causados pelo não cumprimento do serviço de lavanderia, outras unidades federais emprestaram ao Andaraí as vestimentas. A direção do informou que contratará, emergencialmente, outra prestadora de serviço e garantiu que os oito elevadores da unidade estão em funcionamento. A obra iniciada na ortopedia está abandonada A obra iniciada na ortopedia está abandonada Foto: Sindicato dos Médicos / Divulgação O pátio do Hospital do Andaraí com as obras abandonadas Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/hospital-do-andarai-sem-material-emergencia-recusa-casos-graves-cirurgias-sao-suspensas-10972356.html#ixzz2mbA15Jri

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Secretaria de Saúde manda gestor de três UPAs da Zona Oeste contratar mais médicos .

Secretaria estadual de Saúde afirmou ontem que notificou a Organização Social Instituto Data Rio, que assumiu a gestão das UPAs de Santa Cruz e Campo Grande I e II no último dia 19 de novembro, reduzindo o número de médicos nos plantões das unidades. Segundo a secretaria, a medida configura descumprimento de cláusula contratual e, por isso, solicitou a correção imediata do quadro de recursos humanos. Um dia após o EXTRA ter mostrado a diminuição de profissionais e o consequente aumento na espera, nada mudou nas três unidades. Ontem, sem atendimento nas duas UPAs de Campo Grande para a filha Beatriz, de 16 anos, com dores e febre, Eberton Luiz Moreira, de 37 anos, e Tatiana Alves, de 33, optaram por pagar R$ 60 numa consulta particular. — É um absurdo ter unidades públicas perto de casa e não poder contar com elas — reclamou Eberton, que foi orientado por funcionários da UPA da Estrada do Mendanha, onde não havia atendimento por falta de médicos, a procurar a da Cesário de Melo, onde havia três clínicos. — Lá, não deram previsão de atendimento e desisti de esperar — contou. No dia 11 de novembro, uma segunda-feira antes da OS assumir as unidades, havia cinco clínicos e três pediatras na primeira UPA procurada pelo casal, segundo escala divulgada pela Secretaria de Saúde. Ontem, era só um médico mas, segundo funcionários, ele atendia apenas “casos graves agendados”. Na outra unidade, naquela segunda de novembro, eram quatro clínicos e três pediatras escalados. Ontem, não tinha pediatra. Longa espera em santa cruz Em Santa Cruz, Márcia Regina Cabral, de 46 anos, acelerou o atendimento do marido Adenilson, de 49, literalmente no grito: — Chegamos às 10h e só fomos atendidos às 16h, depois de eu ir lá dentro reclamar com a administradora. Nessa unidade, eram oito clínicos e quatro pediatras, no dia 11 de novembro, contra os três clínicos de ontem. No site da secretaria, a escala previa ainda um pediatra para ontem, mas Lucas Santos, de 19 anos, e Ana Paula, de 30, voltaram para casa sem atendimento para o filho Pedro Henrique, de 1 ano. A resposta dos órgãos Secretaria estadual de Saúde “A Secretaria de Estado de Saúde informa que já fez uma notificação à Organização Social, informando que a mesma está descumprindo cláusula contratual e solicitando a correção imediata do quadro de recursos humanos para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Campo Grande I, Campo Grande II e Santa Cruz. Tambem há a determinação para que os coordenadores das unidades façam o atendimento dos pacientes, até a acomodação das equipes contratadas. A Secretaria de Estado de Saúde acrescenta que vem acompanhando a transição da administração dessas UPAs, para reduzir os transtornos à população.” Instituto Data Rio “O Instituto Data Rio, que assumiu há menos de um mês a gestão das unidades de pronto-atendimento Campo Grande 1, Campo Grande 2 e Santa Cruz, está trabalhando, em acordo com as diretrizes da Secretaria de Estado de Saúde, para melhorar os serviços prestados à população.” Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/secretaria-de-saude-manda-gestor-de-tres-upas-da-zona-oeste-contratar-mais-medicos-10950028.html#ixzz2mPKOekYk

domingo, 1 de dezembro de 2013

MP entra com ação para devolver Hospital Pedro II para as mãos da prefeitura do Rio

O Ministério Público Estadual entrou com ação civil pública para tirar o Hospital Pedro II, em Santa Cruz, das mãos da Organização Social de Saúde (OS) Biotech e devolvê-lo à Prefeitura do Rio. Segundo o MP, a OS foi credenciada através de fraudes. Na ação, de 29 de julho de 2012, a promotoria pede a imediata rescisão do contrato do município do Rio com a Biotech. Ainda não houve decisão judicial sobre o caso. Desde a reinauguração do Pedro II, em abril de 2012, a OS passou a ser responsável pelos serviços da unidade. Os promotores apontam “contundentes irregularidades” no processo de criação da Biotech, em seu credenciamento junto ao município para atuar como OS, na sua escolha para administrar o Pedro II e também nos serviços e contratos atuais. De acordo com a ação, no início de 2011, proposta por cinco promotores do Grupo de Atuação Integrada à Saúde, o presidente da Biotech, Valter Pelegrine Junior, comprou o CNPJ de outra empresa que existia desde 2006 - Associação Médico Gratuito - para atender ao tempo mínimo de dois anos de funcionamento exigido para uma empresa se credenciar como OS. A associação, no entanto, estava inativa. Ainda segundo o documento, os atestados que declararam a excelência das atividades da Biotech, outro quesito exigido pelo município, foram dados por empresas nas quais Pellegrine Junior ocupa cargos de diretoria. Pacientes aguardam atendimento na entrada da unidade Pacientes aguardam atendimento na entrada da unidade Foto: Paulo Nicolella / Extra “ (...) a Biotech foi criada tão somente com o escopo de abocanhar parte das polpudas verbas que o Município do Rio de Janeiro teima em devotar às Organizações Sociais”, afirmam os promotores na ação. Além disso, a ação aponta problemas no serviço prestado à população. Na tarde da última sexta-feira, à porta do Pedro II, a desempregada Michele Ferreira da Conceição, de 24 anos, esperava há quatro horas por atendimento com dores fortes na barriga. - Minhas filhas estão sozinhas em casa e eles não dão uma previsão de quando serei atendida. Inacreditável - reclamou Michele. Mesmo drama era enfrentado pela comerciante Alcineia da Conceição, 44 anos, que aguardava há duas horas. Alcineia da Conceição esperava sentindo dores Alcineia da Conceição esperava sentindo dores Foto: Paulo Nicolella / Extra Internada em cadeira por 2 dias Desde o início do ano, o EXTRA noticiou casos como o da idosa Severina Feliciano da Silva, de 66 anos, que aguardou por um leito numa cadeira da emergência do Pedro II durante dois dias, em junho deste ano. Ela enfrentou uma verdadeira via-crúcis até conseguir atendimento. Também em junho, três pacientes da unidade morreram por falta de oxigênio. Um mês depois, Jayr Pereira Gomes dos Santos, 85 anos, caiu da maca ao ser transferida de leito na emergência. Para o MP, a administração do hospital deve ficar a cargo do município, já que a terceirização dos serviços é inconstitucional. A prefeitura se defende e diz que a atuação das organizações foi aprovada na Câmara dos Vereadores e regulamentada por lei. Ainda segundo a ação do MP, o presidente da Biotech, Valter Pelegrine Junior, já foi condenado em São Paulo por improbidade administrativa e ainda responde a outro processo no estado pela prática de crime da Lei de Licitações. Confira abaixo a resposta completa da secretaria Municipal de Saúde do Rio: Os processos de qualificação das organizações sociais de saúde (OSS) e licitação para escolha das instituições que irão administrar as unidades da rede de atenção do município são feitos de forma transparente, seguindo a legislação em vigor. Todos os questionamentos feitos pelo Ministério Público em ação civil pública serão devidamente respondidos em juízo pela Secretaria Municipal de Saúde e pela direção da Biotech. A atuação das OSS na gestão de unidades de saúde no município do Rio de Janeiro foi aprovada pela Câmara dos Vereadores e regulamentada pela Lei Municipal nº 5.026, de maio de 2009. O trabalho com as OSS permitiu à Prefeitura ampliar a rede de urgência e emergência, com a abertura de 14 UPAs municipais, cinco coordenações de emergência regionais (CER), dois hospitais (Pedro II e Evandro Freire, na Ilha), além de duas maternidades; e aumentar em mais de 11 vezes a cobertura de Saúde da Família no município nos últimos cinco anos, passando de 3,5% para mais de 41% da população carioca atendidas, com a inauguração de 71 clínicas da família. O complexo hospitalar de Santa Cruz – que inclui o Hospital Municipal Pedro II e a CER Santa Cruz – foi inaugurado em junho de 2012 e vem prestando fundamental serviço à população de Santa Cruz e adjacências, incluindo municípios vizinhos cujos moradores buscam atendimento de emergência no local. Entre os indicadores que comprovam sua funcionalidade estão 233.541 atendimentos de emergência, 24.526 internações, 4.329 cirurgias e 6.421 partos realizados de junho de 2012 a outubro de 2013. As unidades contam com 2.015 profissionais contratados, sendo 450 médicos das mais diversas especialidades. Confira abaixo a resposta completa da Biotech: 1) Em relação à sua constituição e seu processo de qualificação, em consideração ao Poder Judiciário e tendo em vista que o Ministério Público já submeteu suas denúncias em juízo, todos os esclarecimentos serão prestados ao Poder Judiciário, de forma fundamentada e substancialmente comprovada. 2) À época da licitação participaram nove empresas distintas, o procedimento foi totalmente regular, sendo a sua proposta a vencedora. 3) A gestão do Pedro II pela Biotech sempre atendeu, de forma comprovada, aos padrões estipulados pelos órgãos públicos e, no Rio de Janeiro, o hospital é comparativamente um dos mais eficientes e econômicos do Município. 4) O Pedro II é um hospital de grande emergência que atende de Parati, Angra, Itaguaí, Mangaratiba, Nova Iguaçu, Seropédica etc. até toda a região de Santa Cruz, Guaratiba, Sepetiba, Campo Grande etc. A unidade é referência não apenas devido ao seu porte, mas inclusive pela localização geográfica e pelas especialidades médicas e infraestrutura moderna que oferece. Todos os pacientes são atendidos com dignidade. Não existe falta de médicos. Atualmente são 2.015 profissionais contratados, sendo 450 médicos, dentre as mais diversas especialidades, e 836 técnicos de enfermagem. A administração da unidade, bem como da Biotech, mantém-se inteiramente à disposição para quaisquer outros esclarecimentos que se façam necessários Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/mp-entra-com-acao-para-devolver-hospital-pedro-ii-para-as-maos-da-prefeitura-do-rio-10932725.html#ixzz2mIbN4txU Fonte :Jornal extra-on line

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Pai protesta por exumação de filho morto e alega erro médico no ES

Para tentar conseguir explicações sobre a morte do filho Gabriel, de apenas dois anos, o pai Aldo José Santana entrou com a uma ação judicial pedindo a exumação do corpo. Segundo a família, o bebê tinha uma doença rara e ficou internado no Hospital Infantil da capital por cerca de um mês, antes de morrer. O diagnóstico da morte é o que mais incomoda o pai: Aids. Ele acredita em erro médico, alegando que nem ele, a esposa ou os outros três filhos têm a doença. Nesta segunda-feira (25), ele tentou chamar a atenção de autoridades através de um protesto no Palácio Anchieta, em Vitória. Gabriel morava com os pais no Espírito Santo, mas todos se mudaram para São Paulo quando descobriram sobre a saúde frágil da criança. O menino foi diagnosticado com uma doença rara, sendo necessário um transplante de medula, segundo os médicos. Após um ano fora, a família retornou ao estado, mas o acompanhamento continuou. No início de 2012, o menino foi internado no Hospital Infantil de Vitória com quadro de pneumonia, mas 30 dias depois, em 14 de fevereiro, acabou morrendo. Mais de um ano depois, as dúvidas da família quanto ao atendimento da criança ainda persistem. Pai colou faixas nas escadarias do Palácio (Foto: Reprodução/ TV Gazeta) Pai colou faixas nas escadarias do Palácio (Foto: Reprodução/ TV Gazeta) Nas escadarias do Palácio Anchieta, o pai colou faixas com os dizeres "Meu filho foi torturado dentro do Hospital Infantil de Vitória antes de morrer" e "Gabriel só tinha dois anos, acabaram com os sonhos do meu filho. Quero respostas do Estado". Aldo acredita que ocorreu um erro médico. "Meu filho precisava de transplante de medula, tanto é que em todos os hospitais que ele passou, sempre ficava junto com as crianças que tinham câncer. Na época que ele ficou internado em Vitória, já estávamos com tudo pronto para ele ir para Curitiba, até leito em uma CTI já estava reservado, só esperávamos o encaminhamento. Teve um dia que pediram exames para mim e para minha esposa e falaram que a gente não tinha HIV, mas o Gabriel tinha. Não aceitamos isso", disse. Para investigar melhor o caso, o pai pediu a exumação do corpo do filho. "Isso foi uma fraude. O pior erro que eles cometeram foi ter colocado no diagnóstico do meu filho que ele morreu de Aids. Ninguém da minha família é portador. Em São Paulo, meu filho fez vários testes e todos acusaram negativo para HIV. Já pedi a exumação, mas a Justiça está enrolando, só me pede para aguardar, mas não quero mais continuar com essa angústia", falou. Outro lado A direção do Hospital Infantil informou que Gabriel fez várias transfusões de sangue, mas garantiu que ele não foi contaminado no hospital. “Todas as transfusões realizadas no Hospital obedecem os critérios da hemovigilância, todos os testes de segurança são feitos e existe hoje no prontuário deste paciente que não houve contaminação aqui no hospital. Quando o paciente tem uma doença grave, é investigado toda a origem de uma ou outra intercorrência. Então, nós temos que procurar, averiguar o que foi feito para ter chegado a esse diagnóstico”, disse o diretor do hospital, Nélio de Almeida. Endereço do link: http://glo.bo/1ekvaYJ Fonte G1 ES