segunda-feira, 29 de julho de 2013

MP investiga quatro mortes em UPAs da Região Metropolitana de BH

O Ministério Público investiga quatro mortes em Unidades de Pronto Atendimento na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O prazo máximo de internação nas UPAs é de 24 horas, mas os repórteres do Bom Dia Brasil encontraram pacientes que estão internados há mais de dez dias. Macas espalhadas pelos corredores, e até as cadeiras servem de leitos improvisados. Salas superlotadas em uma Unidade de Pronto-Atendimento de Belo Horizonte. Os pacientes só podem ficar em UPAs por, no máximo, 24 horas, segundo o Ministério da Saúde. Depois desse prazo, quem precisa de internação tem que ser encaminhado a um hospital. Mas, na prática não é assim. “Meu marido está internado fez 11 dias ontem”, conta a doméstica Irene Raposo. “Meu marido está aqui há quatro dias aguardando”, diz uma mulher. De acordo com o Ministério Público, o problema não está restrito a esta Unidade de Pronto-Atendimento. Os promotores dizem que são, pelo menos, três denúncias diárias de pacientes internados em outras UPAs de Belo Horizonte e também da Região Metropolitana, muitos em estado grave, que não conseguem vagas em leitos de hospitais. “Foram quatro falecimentos em menos de um mês, e isso foram os casos que chegaram até a gente. Com certeza, acredite que teriam mais casos que a gente não teve conhecimento”, diz o promotor de Justiça de Defesa da Saúde de BH Nélio Costa Dutra Júnior Na UPA de Vespasiano, na Região Metropolitana, pacientes em CTIs improvisados. “Não pode ficar esperando muito. Esperar morrer primeiro para transferir?”, reclama a doméstica Vanda Luísa Lopes. Cerca de 12 pessoas esperam transferência, segundo a diretora da unidade. Ela diz que já tentou vaga em 20 hospitais, sete deles particulares. “Eles alegam que não tem vaga, que está superlotado. Às vezes o paciente morre”, conta Daniele Peixoto. A espera do avô de Gabriela Soares Mateus foi longa demais. O aposentado, de 77 anos, morreu depois de doze dias internado na UPA. “A gente foi vendo o meu avô morrendo aos poucos. É muito ruim”, lamenta a corretora. “A gente vê que pode salvar a vida dessa pessoa se houver a continuidade do tratamento em um leito de CTI, que muitas vezes não sai. Aqui, o que a gente pode fazer é limitado”, lamenta o médico Orlando Marcelo de Abreu. A prefeitura de Belo Horizonte responde pela central de leitos de toda a Região Metropolitana. “A norma do ministério é um parâmetro indicativo. Não é uma proibição. Ela depende da condição clínica do cidadão e do funcionamento da rede”, afirma o secretário municipal de Saúde, Marcelo Teixeira. Ainda segundo o secretário de Saúde, seria necessário abrir pelo menos três mil novos leitos na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Fonte: G1 Link:http://glo.bo/13gqRL1

Macas do SAMU são usadas como leitos em hospitais de São Paulo

A falta de estrutura na rede pública de saúde acaba agravando problemas também do lado de fora dos hospitais. Na maior cidade do país, ambulâncias do Samu que chegam com pacientes ficam retidas porque as macas são usadas como leitos. Sem elas, as ambulâncias do Samu não podem sair para fazer novos atendimentos. Uma maca presa no hospital é um paciente que deixa de ser atendido. O Samu - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, tem de 142 equipes na capital paulista. Quase todas enfrentam o mesmo problema. Quando a ambulância do Samu deixa um paciente no hospital, junto com ele vai uma maca. Segundo a prefeitura, o hospital deveria receber o paciente e devolver a maca o mais rápido possível para que a equipe possa fazer outros atendimentos. Mas de acordo com funcionários do Samu isso não vem ocorrendo, e a equipe tem que ficar esperando a devolução da maca. “Você chega com o paciente e eles já alegam que não tem maca pra colocar o paciente, então a nossa maca tem que ficar presa no hospital até o médico resolver dar alta, liberar o paciente, subir o paciente para um quarto, alguma coisa assim”, diz um funcionário do Samu. Enquanto a maca não é devolvida, a ambulância fica parada no estacionamento. É o que acontece no Hospital Municipal do Campo Limpo, na Zona Sul de São Paulo. Com uma câmera escondida o produtor do Bom Dia Brasil fez imagens de cinco ambulâncias no estacionamento do hospital, todas aguardando as macas, de acordo com os funcionários do Samu. “Está cheio de paciente. Quando a maca fica presa que não tem leito para colocar os pacientes, eles ficam internados na maca do Samu”, conta um atendente. No hospital do Campo Limpo, uma ambulância do Samu ficou quatro horas no estacionamento. O motorista confirmou: “A maca fica retida no hospital com paciente”. Uma mulher acompanhava a tia na chegada ao hospital do Campo Limpo. Ela confirma que a paciente foi atendida na maca e que ainda permanecia na mesma maca depois de dar entrada no hospital. “Realmente, ela ficou na maca que foi. Ela continua na maca. Porque está super lotado, eu acho que não tem leito”, diz a mulher. Um funcionário do Samu diz que há macas que ficam no hospital um dia inteiro. “Eu cheguei faz umas duas horas, tem gente que está aqui desde manhã. Às vezes a maca fica 24 horas”, diz. Imagens feitas na Santa Casa de São Paulo mostram que as equipes do Samu foram embora e depois uma ambulância passou para buscar as macas. Produtor: Nossa, moça. Quanta maca. Isso é resgate de maca? Atendente do Samu: É só resgate de maca. Produtor: Por que? Fica tudo preso aí? Atendente do Samu: É. Produtor: Tem que vir buscar? Atendente do Samu: Tem que vir buscar e botar para rodar, senão fica parada. O coordenador municipal das atenções às urgências e emergências admite que quando as macas são retidas pelos hospitais muitas vezes é por falta de leitos, e que essa não é a única explicação. “Tem dois aspectos: existe o aguardar na maca enquanto se conclui uma investigação em relação ao seu diagnóstico e tratamento de urgência, que é isso que leva muitas vezes ao sobreaviso da equipe, e existe ficar na maca em relação a um sintoma de uma carência assistencial que a gente ainda diagnostica na rede, que é carência em relação aos leitos de internação para urgência e emergência”, afirma Marcelo Takano. Por meio de nota, a Santa Casa informou que é comum que pacientes trazidos pelo Samu recebam o primeiro atendimento na maca até a liberação de um leito. A Secretaria Municipal de Saúde, que responde pelo Hospital do Campo Limpo, disse que orienta constantemente seus serviços para que não haja retenção de macas do Samu além do tempo mínimo necessário para avaliar o paciente. Um funcionário do Samu diz que a situação já provocou acidentes dentro dos hospitais. “Ela não é uma maca para leito, é para transporte. Tanto é que pacientes já caíram dessa maca. Já caíram no chão, já se machucaram, foram com um tipo de problema para o hospital e acabaram passando por trauma por terem caído da maca”, conta. Em nota, o Ministério da Saúde diz que tem parceria com estados e municípios e que financiou a abertura de mais de mil novos leitos em São Paulo nos últimos anos. Fonte: G1 Link:http://glo.bo/16tGdue

domingo, 28 de julho de 2013

Falso Médico trabalhava no PAM em CARANGOLA.MG

sábado, 27 de julho de 2013

Morte de criança: Técnica de enfermagem e médico podem ser indiciados

A família de Ana Beatriz Lima, 7 anos, aguarda há quase um ano meio a conclusão do inquérito policial que pode indicar se ela morreu por negligência de uma técnica de enfermagem do Hospital Regional de Eunápolis. Ana Beatriz deu entrada no hospital com uma crise de bronquite asmática e morreu repentinamente na manhã do dia 13 de fevereiro após tomar uma injeção de ampicilina. A mãe da criança, a vendedora Lígia Souza, acusa a técnica de enfermagem Renata Chaves - que aplicou o medicamento, de ter cometido um erro grotesco. Lígia declarou que se ausentou por alguns minutos da enfermaria para ir buscar água para a filha. Segundo ela, foi neste momento que a técnica de enfermagem aplicou a injeção. Quando retornou, Lígia disse que notou que a filha já estava roxa, lhe pedindo ajuda, com falta de ar e com dores no peito. A morte foi imediata. Foto: Arquivo Ana Beatriz tinha 7 anos 'Nesse momento a técnica de enfermagem saiu correndo da sala, trocou de roupa e se escondeu no interior do hospital', denunciou Lígia. Ainda de acordo com a mãe, o médico Darlan Andrade, que estava de plantão e tinha prescrevido o medicamento, chegou para prestar socorro a Ana Beatriz 10 minutos depois. Lígia denunciou a técnica de enfermagem e o Hospital Regional para o Ministério Público. Renata Chaves também foi denunciada ao Conselho Regional de Enfermagem (COREN).
Erro na diluição do medicamento O promotor de justiça de Eunápolis, Dinalmari Mendonça, investigou o caso. Um inquérito também foi aberto na Polícia Civil e está sendo presidido pelo delegado Eridelson Bastos. O delegado informou que as apurações do Ministério Público foram juntadas ao seu inquérito, que está em fase final de conclusão. A técnica de enfermagem, a mãe de Ana Beatriz e outras testemunhas já foram ouvidas. Ainda vão prestar depoimento o médico Darlan Andrade e mais duas pessoas que estavam na enfermaria e teriam presenciado a morte da garota. Foto: RADAR 64 Lígia - mãe da criança, acusa enfermeira de erro Segundo o delegado, perícia do núcleo do Ministério Público em Salvador que apura erros médicos concluiu que a técnica de enfermagem falhou ao diluir a medicação. Eridelson Bastos declarou que o caso está sendo tratado como homicídio culposo - quando não há intenção de matar. Ele investiga se houve imperícia, negligência ou imprudência por parte da técnica de enfermagem.
Além de Renata, o médico também pode ser indiciado por negligência, já que chegou à enfermaria 10 minutos após a morte da menina. No depoimento, a técnica de enfermagem declarou que o seu procedimento foi correto, com base no que aprendeu na escola. A direção do hospital só vai se pronunciar sobre o caso depois que o inquérito for concluído. A reportagem não conseguiu falar com o médico Darlan Andrade. O COREN também investiga a acusação contra Renata. PUBLICIDADE

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