segunda-feira, 15 de julho de 2013

Médico suspeito de mutilar pacientes volta a ser ouvido pela polícia, no AM

O clínico-geral Carlos Jorge Cury Mansilla, que responde a mais de 15 processos na justiça por complicações pós-cirúrgicas em pacientes, retornou, na sexta-feira (12), ao 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), localizado no Bairro Praça 14 de Janeiro, na Zona Sul de Manaus, para prestar depoimento à polícia. O médico é apontado como falso cirurgião plástico. Ele teria mutilado dezenas de pacientes, que denunciaram o caso à justiça. Segundo o delegado titular do 1º DIP, Mariolino Brito, as vítimas já foram ouvidas e os exames de corpo e delito já foram realizados. "Vamos ouvir o Carlos Cury e assim que todas as provas forem reunidas iremos mandar para justiça. São mais de 15 inquéritos referentes a cirurgias mal feitas", informou o delegado. Ainda segundo o delegado, existem evidências suficientes para que o médico seja indicado por lesão corporal gravíssima. Ele chegou a solicitar a prisão preventiva do médico. O pedido foi concedido pela Justiça, mas Carlos Cury conseguiu um documento de salvo-conduto, que impediu a detenção. "Ele deverá responder por lesão corporal grave, danos estéticos e materiais", concluiu Mariolino Brito. De acordo com uma das vítimas que compareceu à delegacia, a corretora de imóveis Dóris Areal, de 52 anos, o médico se passava por cirurgião plástico, mas não possuía qualificação para tanto. "Conheci a clínica do Carlos através de um amigo de longa data. Fui até lá, fiz os exames e marquei a cirurgia. Enquanto outros médicos fariam o procedimento em quatro etapas, ele prometeu concluir em apenas uma", afirmou a corretora. Sobre as cirurgias realizadas, Dóris contou que realizou uma nos olhos, seios, abdômen, além de uma lipoescultura. "Nada prestou e eu já tive que fazer mais de sete cirurgias reparadoras. Apenas com o Carlos, essas cirurgias saíram por R$ 17 mil e as de reparo custaram R$ 130 mil. Sem contar os meus tratamentos contra depressão e a urticária nervosa que desenvolvi após o incidentes", disse a vítima. Segundo delegado, vítimas já foram ouvidas e exames de corpo e delito já foram realizados (Foto: Tiago Melo/G1 AM) Segundo delegado, vítimas já foram ouvidas e exames de corpo e delito já foram realizados (Foto: Tiago Melo/G1 AM) Em um momento de depressão e desespero, Dóris Areal decidiu denunciar a clínica de Carlos pelas redes sociais. "Tirei uma foto da fachada, publiquei no Facebook e contei minha história. Foi quando conheci as outras mulheres que já foram vítimas dele e iniciamos a campanha contra esse monstro que se passa por médico", contou a corretora de imóveis. Com a campanha, Dóris pode conhecer a dona de casa Emília Alencar, de 42 anos, que também afirma ter sofrido nas mãos do médico. saiba mais No AM, médico é suspeito de mutilar pacientes durante cirurgias plásticas Após lipoaspiração, candidata a Miss Amazonas 2013 é internada em UTI Médico em Manaus alerta para os riscos das cirurgias plásticas Especialista aponta alta na procura de cirurgias íntimas em Manaus Segundo Emília Alencar, o médico mudou a vida dela de forma drástica. "Depois da cirurgia que fiz com ele em 2011, minha vida mudou para pior. Deu tudo errado. Fui lá fazer uma abdominoplastia e uma redução de seios e saí toda retalhada. Ele ainda teve a coragem de dizer que os problemas foram devido a minha idade", disse a dona de casa. Após a cirurgia de Emília, que custou mais de R$ 15 mil, a paciente passou a sofrer diariamente com problemas de infecção. "Nos locais das cirurgias se formou uma colônia de pus. Meu corpo expele constantemente essas secreções e tecido morto", contou. "Eu preciso fazer as cirurgias reparatórias, mas meu corpo ainda não está preparado. Além de que nenhum cirurgião quer consertar o erro médico dos outros", afirmou. A polícia informou que, em depoimento, o médico sempre alega inocência e diz ter realizado as cirurgias com sucesso. A versão é a mesma sustentada pela defesa desde o último depoimento, prestado em fevereiro. Na ocasião, o advogado do médico,Cristian Naranjo, alegou que o corpo das mulheres reagiu de forma adversa às cirurgias, mas que não é culpa do médico. "O simples fato de, de repente, uma cirurgia ficar com uma cicatriz que não ficou bem, não implica em dizer que a cirurgia não foi aplicada de forma correta. Cada corpo reage de uma forma diferente a uma cirurgia, e é isso que ele vai esclarecer", afirmou. Após ser ouvido, Cury foi liberado.

Denúncia: enfermeiros substituem médicos em hospitais municipais do RJ

Idosa internada com derrame cai da maca e fratura o rosto em hospital de Duque de Caxias Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/idosa-internada-com-derrame-cai-da-maca-fratura-rosto-em-hospital-de-duque-de-caxias-9033187.html#ixzz2Z8Kas7O0

Aos 81 anos, Cícera Severina da Conceição Julião teve um derrame e foi internada, na quinta-feira, no corredor da emergência do Hospital Municipal Moacyr Rodrigues do Carmo, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. No dia seguinte, Alexandre da Conceição Julião, de 28 anos, teve dificuldade para reconhecer a avó entre os pacientes. A idosa estava com o rosto machucado e inchado. Um exame, então, constatou uma fratura na face. - O olho estava roxo, havia sangue no nariz, na boca e no edredom que a cobria. A enfermeira disse que minha avó tinha se jogado da maca, mas ela caiu no chão por negligência. A maca não tinha proteção lateral, e eles não permitem que um familiar fique acompanhando o idoso - disse Alexandre. O neto de dona Cícera conta que, após registrar queixa no Ministério Público (MP), a idosa foi transferida para uma maca com proteção lateral. Pablo Vazquez, secretário geral do Cremerj, ressalta que uma queda pode ter consequências sérias, como um traumatismo craniano: - É um erro na segurança do hospital permitir macas sem proteção. Alexandre mostra o edredom que cobria sua avó sujo de sangue após a queda Alexandre mostra o edredom que cobria sua avó sujo de sangue após a queda Foto: AlexandroAuler / Extra/Agência O Globo O resultado da tomografia, feita após a queda, no entanto, só sai hoje. Com o aparelho do hospital quebrado, a paciente teve que ser levada a uma clínica conveniada. A diretora clínica do hospital, Marta Gisela, explica que a paciente estava em uma maca destinada apenas ao transporte, pois não havia outra disponível e, por isso, a queda aconteceu. A médica nega que o hospital tenha sido notificado pelo MP, e critica a explicação dada por uma enfermeira de que a idosa teria se jogado: - Ninguém tem o direito de passar essa responsabilidade para o paciente. Sobre a proibição de acompanhantes, um direito dos idosos, a diretora alega que não há espaço para acomodá-los na emergência. Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/idosa-internada-com-derrame-cai-da-maca-fratura-rosto-em-hospital-de-duque-de-caxias-9033187.html#ixzz2Z8Khb7dL

Grávida de 9 meses, jovem percorre quatro hospitais e bebê morre Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/gravida-de-9-meses-jovem-percorre-quatro-hospitais-bebe-morre-9033069.html#ixzz2Z8FhluZv

15/07/13 07:00 Ao fim do nono mês de sua tão desejada gestação, Ysabela dos Santos Moraes, de 16 anos, perdeu sua primeira filha após percorrer quatro hospitais. Com sangramento e a bolsa rompida, ela pediu socorro nos hospitais Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari; Moacyr do Carmo, em Duque de Caxias; da Mulher, em São Cristóvão; e Estadual Adão Pereira Nunes, em Saracuruna. Em todas as unidades, diz o pai do bebê, Fabrício Xavier de Oliveira, de 19 anos, ela foi atendida como se tivesse infecção urinária. No sábado, Ysabela voltou ao Hospital de Saracuruna, onde deu entrada na emergência da maternidade. Apesar da pouca dilatação e do sangramento, os médicos insistiram em fazer parto normal, já a paciente é jovem: - Do jeito que fomos tratados, eu já imaginava que isso fosse acontecer - disse Fabrício, que pretende processar o hospital e o obstetra que fez o parto. O enterro da pequena Mirela - nome do bebê - está marcado para as 15h desta segunda-feira, no Cemitério do Caju, na Zona Portuária do Rio. O Moacyr do Carmo e a Secretaria municipal de Saúde do Rio - responsável pelo Instituto da Mulher Fernando Magalhães e Hospital Municipal Ronaldo Gazolla - informaram que apuram o caso. A direção do Pereira Nunes diz que a paciente deu entrada na unidade com diagnóstico de feto morto, o que foi confirmado pelo ultrassom feito no momento da internação. Segundo o hospital, Ysabela segue internada e com quadro estável. Veja a nota na íntegra: ‘A direção do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes informa que a paciente Ysabela dos Santos Moraes, de 16 anos, deu entrada na unidade no dia 13/07, às 17h45, com diagnóstico de feto morto, confirmado pelo exame de ultrassom realizado no momento da internação da paciente. A mesma encontra-se no hospital, e seu estado de saúde é considerado estável.’ ‘O que fizeram foi o retrato do descaso’ Fabrício Xavier, 19 anos - vendedor e pai do bebê “O que fizeram com a gente foi o retrato do descaso. Não tenho como descrever a dor que sinto neste momento. Fomos tratados como se não existisse uma outra vida pedindo socorro. Se minha filha morreu, foi porque existem médicos incapazes de salvar vidas. Médicos que juram amor à profissão, mas, na hora de exercê-la, esquecem tudo. Amei a Mirela desde o momento que soube que Ysabela estava grávida.” Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/gravida-de-9-meses-jovem-percorre-quatro-hospitais-bebe-morre-9033069.html#ixzz2Z8FpNmeq

sábado, 13 de julho de 2013

UTIs pediátrica e neonatal perdem médicos na estadual de saúde em São Paulo

Por Wanderley Preite Sobrinho - iG São Paulo | 13/07/2013 06:00 Baixos salários e falta de estrutura afastam profissionais, que preferem migrar para o setor privado Divulgação Hospital Geral da Vila Nova Cachoeirinha: 14 médicos pediram demissão e UTI pediátrica foi fechada Insatisfeitos com a falta de estrutura e com o salário que recebem, médicos que trabalham em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) neonatal e pediátrica da rede estadual de saúde estão pedindo demissão em São Paulo em troca de melhores condições na rede particular. O alerta para o problema foi feito no ano passado pelo Ministério Público de São Paulo, mas até agora o problema não foi resolvido. Depois de receber denúncias do êxodo de médicos pediatras, o MP convocou diretores de unidades com UTI para crianças e recém-nascidos. O resultado foi a abertura de um inquérito civil motivado por um abaixo-assinado de profissionais do Pronto Socorro Infantil do Hospital Geral da Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte da capital. Por lá, o auge da crise ocorreu em dezembro de 2011, depois que 14 médicos foram exonerados e a UTI pediátrica, fechada. O setor foi reformado este ano, mas, ainda sem médicos, permanece sem receber pacientes. Sob condição de anonimato, uma das demissionárias contou ao iG as razões para deixar o hospital depois de quatro anos de trabalho. Leia também: Funcionários do Pinel pedem saída de usuários de crack Pacientes aguardam até 8h atendimento no Hospital do Servido r Ela diz que o salário baixo não foi a principal razão para seu pedido de demissão, mas a falta de equipe e material para trabalhar. Além de poucos médicos, não havia fisioterapeutas e enfermeiros. A médica diz que cuidava de tudo sozinha ou contava com o socorro de auxiliares de enfermagem, “despreparados para a função”. A pediatra se recorda da ausência de assistente social, o que provocava atrasos de até seis horas para a transferência de uma criança do Pronto Socorro para a UTI. Embora as instalações fossem novas, faltava de cateter infantil a pilhas que ela mesma comprava para abastecer o laringoscópio, um instrumento para exame da laringe. O problema é parecido em outros hospitais estaduais, como o da Vila Penteado, na Freguesia do Ó, onde chegou a faltar nove médicos na UTI neonatal em 2012, segundo o relato de um pediatra anexado à ação civil pública. A unidade pediátrica do Hospital Geral de Taipas, na zona oeste, permanecesse fechada desde dezembro de 2011. O complexo chegou a abrir duas vagas emergenciais que não foram preenchidas por falta de interesse nos salários oferecidos. O iG conversou com um funcionário que participa da seleção e contratação desses médicos na rede estadual. Ele afirma que a "má remuneração" é a principal justificativa para os pedidos de demissão e cita a maternidade Leonor Mendes de Barros, no Belenzinho, zona leste, como um dos locais onde o problema ocorre. De janeiro a junho desde ano, 15 profissionais pediram exoneração por discordarem do plano de carreira proposto pelo governo do Estado em fevereiro. Até então, os médicos neonatologistas recebiam R$ 2 mil no dia 25 de cada mês a titulo de produtividade. Com a mudança, esse valor foi incorporado ao salário pago no quinto dia útil do mês. A mudança só teria beneficiado quem não recebia por produtividade, diz o funcionário. Mais: Alergia à proteína do leite quase mata criança em hospital O salário médio de um profissional dessa área é R$ 4 mil por 20 horas semanais, metade do que oferece a rede particular, segundo médicos da Associação Brasileira de Pediatria. “O problema também foi identificado nos hospitais municipais, mas na época a prefeitura tomou providências, ao contrário do governo do Estado, que não respondeu ao nosso ofício”, afirma o promotor Luiz Roberto Faggioni, responsável pela ação. No final do ano passado, a juíza da Vara da Infância e Juventude Dora Aparecida Martins de Morais concedeu liminar exigindo do governo estadual a contratação de profissionais para essas UTIs, mas a juíza Cláudia Tobosa Pessoa derrubou a decisão. “O MP recorreu e aguarda julgamento”, diz Faggioni. Diante do silêncio do governo, o deputado estadual Gerson Bittencort (PT) pediu uma audiência pública com o secretário de Saúde, Giovanni Guido Cerri, hospitais interessados e Conselho Regional de Medicina, mas a convocação ainda não aconteceu. O que diz o governo Questionada pela reportagem, a Secretaria Estadual da Saúde enviou nota ao iG . O governo não respondeu sobre a reabertura das UTIs fechadas por falta de médicos. Leia a nota: "A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo esclarece que a escassez de profissionais médicos na rede pública de saúde é uma realidade que afeta hospitais em todo o Brasil, em razão do aquecimento do mercado privado nos últimos anos e da defasagem na tabela do SUS (Sistema Único de Saúde), definida pelo Ministério da Saúde. A tabela do governo federal paga R$ 478 para uma diária de UTI que custa aproximadamente R$ 1.000. Para atrair mais médicos aos hospitais da rede pública estadual, o governo do Estado promoveu aumento de até 71% nos valores dos plantões pagos aos profissionais, e aprovou neste ano um plano de carreira, antiga reivindicação da categoria, com salários mensais de até R$ 15 mil para os médicos. Atualmente o Estado de São Paulo conta com 1.050 leitos de UTI neonatal, de um total de 4,8 mil UTI gerais. Somente em 2011, 102 novos leitos de UTI neonatal foram habilitados no Estado. A qualidade da assistência neonatal e pediátrica oferecida nos hospitais do SUS paulista vem garantindo a redução dos índices de mortalidade infantil no Estado de São Paulo. Em 2011, dados da Secretaria em parceria com a Fundação Seade apontaram que o Estado atingiu a menor mortalidade infantil de sua história, e que aproximadamente 250 cidades paulistas obtiveram índices abaixo de um dígito, comparável a países desenvolvidos da Europa." 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Fonte: IG