domingo, 9 de dezembro de 2012

Direito e Cidadania: Hospitais são acusados de substituir médicos por e...

Direito e Cidadania: Hospitais são acusados de substituir médicos por e...: Autor(es): SAULO ARAÚJO Correio Braziliense - 27/11/2012   ...

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Exame da Cremesp 2012 reprova mais da metade dos recém-formados em Medicina

Exame da Cremesp 2012 reprova mais da metade dos recém-formados em Medicina

Resultados divulgados nesta quinta-feira, 6, mostram que 54,5% dos estudantes avaliados não acertaram mais de 60% das questões. Avaliação foi boicotada por egressos da Unicamp

André Carvalho- iG São Paulo |
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) divulgou nesta quinta-feira, 6, os resultados do exame destinado a estudantes recém-formados em cursos de medicina no Estado de São Paulo. Realizada desde 2005, a prova era opcional até o ano passado e, pela primeira vez, foi realizada de forma obrigatória.
Dos 2.943 estudantes recém-formados inscritos, 71 não compareceram (2,4 %), 347 se formaram em outro Estado (11,7%) e outros 114 (3,8 %) boicotaram a prova, assinalando em todas as questões a letra “b” ou apresentando respostas inconsistentes. Foram considerados válidos, então, 2.411 exames (81,9 % do total). Apesar do caráter obrigatório da prova, o não comparecimento – e o boicote -, não impedem os estudantes de obterem o registro profissional.
O resultado do exame mostra que mais da metade dos estudantes avaliados, ou 54,5%, foram reprovados, ou seja, não acertaram mais do que 60% das questões. A prova continha 120 questões das seguintes áreas de conhecimento: Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Pediatria, Ginecologia, Obstetrícia, Saúde Mental, Epidemiologia, Ciências Básicas e Bioética.
Para Renato Azevedo Jr., presidente do Cremesp, o resultado do exame é preocupante. “Quem não acertou 60% da prova tem graves problemas na formação e terão problemas no atendimento médico”. Bráulio Luna Filho, coordenador do exame, avalia como “lamentável” os resultados.
Áreas consideradas cruciais para a prática da medicina tiveram média geral de acerto abaixo dos 60%, como Clínica Médica (53,1%) e Saúde Pública (46,1%). Outras áreas de conhecimento avaliadas tiveram as seguintes médias de acerto: Saúde Mental (41%), Pediatria (55,5%), Ginecologia (55,4%), Ciências Básicas (61%), Obstetricía (63,1%), Clínica Cirúrgica (66,7%) e Bioética (66,9%). Os estudantes de faculdades públicas tiveram um índice de acerto de 63,74% de acertos, ao passo que os alunos de instituições de ensino privadas alcançaram um índice de 54,38%.
Em 2010:Prova prática para formados em medicina reprova 68% Em 2011:46% dos formandos não passam em teste do Conselho em SP
Os alunos receberão, confidencialmente, os resultados de seus exames e as universidades, os dados gerais de seus estudantes avaliados, sendo preservada a identidade dos alunos. Não haverá um ranqueamento das instituições que participaram da prova. “Vamos às escolas, conversar, para podermos avaliar como melhorar os cursos. Também iremos enviar um relatório ao Ministério da Educação”, afirma Rento Azevedo. Para ele, é função do MEC, acompanhar e avaliar os estudantes, durante a graduação.
Os alunos que faltaram à prova poderão se justificar e realizar o exame no próximo ano. De acordo com Reinaldo Ayer, coordenador do exame, até a presente data, apenas 2 candidatos dos 71 ausentes ainda não apresentaram uma desculpa formal para o não comparecimento. Segundo ele, caso um aluno não se justifique e não compareça ao exame no ano seguinte, há a possibilidade dele não obter o registro. Já os recém-formados que boicotaram o exame obterão o registro, mas apenas no dia 31 de janeiro, após terem analisados cada caso de forma particular.
O presidente do Cremesp afirma que “um médico recém-formado que tem como a primeira atitude boicotar um exame já começa errando”, completando que o baixo índice de estudantes que boicotaram a prova mostra que tal atitude foi um “fracasso”. Ele afirma, ainda, que não existe uma lei no Brasil que permita que uma avalição barre o registro de novos médicos, tal qual acontece com o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) - há um Projeto de Lei do Senado, (PLS) 217/2004, de autoria do senador Tião Viana (PT-AC), que propõe a instituição do Exame Nacional de Proficiência em Medicina como requisito para o exercício da profissão.
Bráulio Luna é mais enfático nas críticas. “Quem boicota a prova faz parte de uma elite que se recusa a ser avaliada”, afirma. “São pessoas egoístas, que não querem colaborar para a melhoria do ensino de medicina no país”.
O outro lado
Presentes na sede do Cremesp para uma audiência com o presidente Renato Azevedo, estudantes da Unicamp reafirmaram a posição de boicotar o exame.
Elaine Vieira, recém-formada pela Unicamp, boicotou a prova, assinalando a letra “B” em todas as questões, mas respondeu, para sua própria avaliação, as questões, acertando 74% delas. Ela afirma que a “avaliação foi mal elaborada” e não testou a instituição e as competências do médico, “balizando o indivíduo”.
Boicote:Estudantes da Unicamp protestam contra Cremesp
Vieira afirma que “é papel do MEC, e não do Cremesp, avaliar os estudantes que se formam em Medicina”, ressaltando que o ideal seria um teste que avaliasse o aluno ao longo do curso, e não apenas ao término dele.
O estudante do 3º ano da mesma universidade, André Palma, concorda com Vieira. “Queremos uma prova semelhante ao teste progresso, que avalie também o corpo docente e a infra-estrutura da universidade”.
Para ele, o atraso na liberação do registro médico é uma clara punição aos estudantes que boicotaram a prova. Ele afirma que a reunião realizada nesta quinta, após a divulgação dos resultados da avaliação, tem por objetivo “agilizar a liberação da papelada”.

fonte:IG SP

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Veja drama de quem depende de hospitais públicos no Rio para vencer câncer


sábado, 1 de dezembro de 2012

Ministro anuncia contratação de hospitais particulares para atender pacientes de emergências públicas do Rio

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assina hoje uma portaria que garante verba ao estado e ao município do Rio para contratação de 160 leitos de enfermaria e 65 de UTI em hospitais privados e filantrópicos. Essas vagas serão ocupadas por pacientes atendidos em emergências. O objetivo é acelerar a transferência após a estabilização do doente, liberando os leitos de emergência. A medida faz parte do programa S.O.S. Emergência que, há um ano, vem implementando ações nos hospitais municipal Miguel Couto, na Gávea, e no estadual Albert Schweitzer, em Realengo.
No hospital da Gávea, o número de pacientes que procuram diariamente a emergência caiu de 1.100, em 2009, para 400, em março deste ano. A abertura de UPAs e Clínicas da Família na região ajudaram a reduzir a demanda, segundo o diretor do Miguel Couto, Luiz Alexandre Essinger. E, há quatro meses, desde a inauguração da Coordenação de Emergência Regional (CER), vizinha ao hospital, todos os casos clínicos são atendidos na nova unidade.
- Nossa emergência recebe hoje apenas doentes cirúrgicos, vítimas de traumas. A média caiu para 250 ao dia - diz Essinger.
Um dos principais problemas apontados pelo Cremerj e pelo Sindicato dos Médicos nas emergências do Rio, no entanto, não foi atacado pelo programa de ajuda federal. De acordo com o diretor do Miguel Couto, a verba disponibilizada pelo S.O.S. Emergência não pode ser destinada à contratação de médicos e pessoal de enfermagem para a unidade.
- Foram instaladas câmeras digitais de segurança que permitem ao Ministério da Saúde um monitoramento 24 horas, adquirimos equipamentos e camas elétricas, estamos implementando um sistema de informática que mede o tempo de espera para atendimento, para exames e para alta e vamos começar agora a mudar a gerência de estoque de farmácia. Fizemos um levantamento do que era necessário e a verba é depositada no Fundo Municipal de Saúde. A Secretaria municipal de Saúde faz as licitações e compra os equipamentos. Mas a verba não pode ser usada para contratar médicos - explica Essinger.
Padilha, no entanto, afirma que essa decisão é tomada pelo gestor local, no caso, a prefeitura.
- O S.O.S. Emergência é uma mudança na cultura e no consenso de como se organiza um serviço de urgência e emergência. O gestor identifica onde estão os principais problemas que atrapalham o fluxo na emergência, e pode, se julgar necessário, contratar para suprir a mão de obra nesse gargalo. É o que chamamos de equipe horizontal. Chefiada por um médico, essa equipe acompanha os pacientes que estão em observação, acelerando o fluxo de atendimento e a alta médica. O gestor tem essa autonomia. Se achar necessário, pode promover concurso público. Fica a critério dele - enfatiza o ministro.
De acordo com o ministério, o Miguel Couto já conta com 48 leitos de retaguarda - sendo 15 de UTI - para dar suporte à emergência. Ao todo, a unidade possui 436 leitos, sendo 53 de urgência. Os recursos destinados pelo governo federal ao S.O.S. Emergências somam R$ 3,6 milhões anuais para custear a ampliação e qualificação da assistência da emergência, e mais R$ 200 mil para apoio à informatização. Além disso, o Miguel Couto receberá mais R$ 4 milhões para aquisição de equipamentos. Ao todo, o hospital recebeu R$ 7,8 milhões de recursos para garantir a assistência e ampliação dos serviços.
Demissões na CER do Miguel Couto
Inaugurada em julho com a presença da presidente Dilma Rousseff e do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a CER do Miguel Couto foi planejada com a estimativa de realizar 600 atendimentos por dia. A nova unidade vem recebendo, no entanto, uma média de 150 pessoas diariamente, segundo o diretor da emergência, Josué Kardec. O resultado foi a demissão, este mês, de 40% dos pediatras, 17% dos clínicos, 50% dos fisioterapeutas e todos os fonoaudiólogos.
- Fizemos uma readequação, de acordo com a demanda da unidade. Diminuímos o número de pediatras no plantão de cinco para três, além de dois que ficam na rotina. Eram seis clínicos por plantão. Agora, são cinco - diz Kardec.
Na UTI da unidade, que conta com 35 leitos, são quatro plantonistas, além de um intensivista na rotina e outro na coordenação.
Os profissionais que trabalham na CER são contratados pela organização social Sociedade Espanhola.
O programa
O S.O.S Emergências é um programa estratégico do governo federal lançado em 2011 para qualificar o atendimento nas principais emergências no país. Além do Miguel Couto e do Albert Schweitzer (RJ), mais dez hospitais de grande porte, localizados em nove capitais, fazem parte do programa: Belém (PA), Recife (PE), Fortaleza (CE), Salvador (BA), Brasília (DF), São Paulo (SP), Belo Horizonte (BH), Goiânia (GO) e Porto Alegre (RS). Todos os hospitais selecionados são referências regionais, possuem pronto-socorro e realizam grande número de internações e atendimentos ambulatoriais. A meta é que até 2014 o S.O.S Emergências atinja os 40 maiores prontos-socorros brasileiros, em 26 estados e no Distrito Federal.


Fonte:

Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/ministro-anuncia-contratacao-de-hospitais-particulares-para-atender-pacientes-de-emergencias-publicas-do-rio-6879232.html#ixzz2DsS5VgkY