quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Hospital Lourenço Jorge fica mais de 16 horas sem médicos de plantão na emergência - Rio - Extra Online

Hospital Lourenço Jorge fica mais de 16 horas sem médicos de plantão na emergência - Rio - Extra Online


A emergência do Hospital municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, ficou pelo menos 16 horas sem médicos de plantão, entre a noite de segunda-feira e o início da tarde desta terça.



A babá Marcia Braz da Silva, de 33 anos, chegou por volta das 20h de segunda-feira ao hospital com palpitação e formigamento no braço — sintomas que poderiam estar ligados a problemas cardíacos. Ao dar entrada na emergência da unidade, ela sequer foi atendida, pois um profissional do setor disse que não havia clínicos gerais. Apenas um pediatra estava de plantão, segundo o funcionário.



A babá retornou à unidade ao meio-dia desta terça-feira. Ela ficou novamente sem atendimento, e recebeu a mesma explicação.



— É um absurdo a prefeitura deixar o Lourenço Jorge chegar ao ponto que se encontra. É um hospital sucateado, onde faltam médicos a todo momento. Vim duas vezes aqui e tive que voltar sem ser atendida. Uma vergonha. Eu gostaria de saber qual a desculpa que o diretor vai dar dessa vez — desabafou a babá.



Falta de clínicos



O presidente do Sindicato dos Médicos, Jorge Darze, afirmou ontem que há várias equipes com apenas um clínico geral de plantão no Lourenço Jorge. Segundo ele, a norma estabelece que o correto é haver no mínimo seis clínicos de plantão na emergência de hospitais do porte do Lourenço Jorge, que atende cerca de 500 pacientes a cada 24 horas.



— Como a política de recursos humanos da prefeitura é um desastre, não se consegue lcolocar estatutários nos plantões. Essas vagas são cobertas com temporários, mas, só na semana passada, seis clínicos pediram demissão no Lourenço Jorge — disse Darze.



Procurada ontem à noite pelo EXTRA, a Secretaria municipal de Saúde informou, em nota, que o "Lourenço Jorge trabalha com política de portas abertas, priorizando os casos de maior gravidade. Não há falta de médicos no hospital".







Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/hospital-lourenco-jorge-fica-mais-de-16-horas-sem-medicos-de-plantao-na-emergencia-3103765.html#ixzz0WOaL3FcT

terça-feira, 8 de novembro de 2011

SP: Paciente fica sem atendimento em S.Carlos

Homem com ferimento no olho teve que ser transferido para Araraquara


A Comissão de Ética da Santa Casa de São Carlos vai abrir uma sindicância para apurar a conduta de um médico oftalmologista que não foi encontrado para atender um homem com um ferimento no olho, na manhã desta quinta-feira (3).

De acordo com a direção do hospital, o paciente chegou ao local por volta das 9h. O oftalmologista que deveria atendê-lo não foi localizado. O médico faz parte do grupo de 17 médicos plantonistas à distância, que não podem sair da cidade e devem atender aos chamados assim que necessário. "É uma vergonha, simplesmente um descaso total", disse a esposa do paciente, Giane Arruda.

De acordo com parentes, os médicos particulares estavam todos viajando, já que nesta quinta é ponto facultativo e na sexta aniversário do município. "Nós não conseguimos, nem pagando", disse a escriturária Vânia Saltarello.

Um médico cardiologista prestou atendimento emergencial e o paciente ficou internado por cerca de seis horas até ser levado de ambulância para o Hospital Beneficência Portuguesa, em Araraquara. Ele fez exames e passa bem.

O diretor clínico da Santa Casa, Afonso Tadeu de Souza Pannacci, informou que o oftalmologista vai ter que prestar esclarecimentos ao conselho de ética e o caso será encaminhado ao Conselho Regional de Medicina (CRM) na segunda-feira (7). O médico pode ser punido com advertência, suspensão ou até cassação do CRM.

No fim da tarde, o pai do médico informou que ele está doente e, por isso, não poderia fazer o atendimento. (EPTV

PR: Hospital do Câncer 'dribla' falta de remédios

O Hospital do Câncer de Londrina começou a passar por uma situação complicada no mês passado. Pelo menos quatro pacientes, que tratam leucemia no instituto, ficaram sem receber medicamentos do Ministério da Saúde. São pessoas que passaram a fazer um tratamento mais efetivo, com remédios mais fortes – Nilotinibe e Dasatinibe –, mas que também são bem mais caros.


O problema é que uma portaria do Governo Federal, publicada em março deste ano, limitou o oferecimento deste tratamento para apenas 20% do total de pacientes que tratam leucemia em hospitais beneficiados com recursos da União. "A ‘cota’ já estava preenchida desde o início deste ano, com o oferecimento do tratamento para cinco pacientes. Só que, no mês passado, pelo menos mais quatro precisaram da medicação mais efetiva", explicou o gerente administrativo do Hospital do Câncer de Londrina, Edmilson Garcia.

Cada um dos dois remédios tem preço que vai até R$ 12 mil. "Fizemos um acordo com o Ministério Público e nos comprometemos a bancar o tratamento para os quatro pacientes neste mês. Esperamos, agora, que o movimento nacional, formado contra esta limitação, dê resultado e derrube a portaria da União", destacou.

E é assim que o Hospital do Câncer de Londrina faz para ‘driblar’ a falta dos medicamentos. "Temos uma filosofia. O paciente que chega para se tratar aqui será tratado, independentemente dos recursos do SUS", ressaltou Garcia.

O gestor falou também sobre a ajuda do Ministério Público, através da figura do promotor Paulo Tavares, para outra questão, que também envolve a falta de recursos do Sistema Único de Saúde. Pelo menos 30 pacientes, segundo ele, dependem de um tratamento que chega a custar, no final do mês, cerca de R$ 12 mil. "Recebemos menos de R$ 2 mil do Governo Federal para custear o procedimento."

O restante, de acordo com Garcia, vem do Governo do Estado. "Conseguimos obter a verba, na Justiça, com o auxílio do promotor Paulo Tavares. Não são recursos em si, mas o fornecimento de medicamentos essenciais para a continuidade dos tratamentos", explicou.

O Hospital do Câncer de Londrina é responsável pelo atendimento de 5 mil pacientes. A instituição, apesar de receber verba pública, sobrevive, essencialmente, de doações. O telefone do hospital, para mais informações, é o (43) 3379-2600 (Bonde)

DF: O que sobra no SUS

É muito raro, mas acontece. No Distrito Federal, em 2001, um desembargador do Tribunal de Justiça do DF emitiu mandado de prisão contra o secretário de Saúde do governo de Joaquin Roriz, por desobediência à ordem judicial para que a secretaria fornecesse a um paciente determinado remédio.


Ante a ordem judicial de prisão, a Secretaria de Saúde afirmou que tinha o medicamento em estoque e o forneceu imediatamente, livrando com isso o titular da pasta de ser preso. Mas desde então o Sistema Único de Saúde no Distrito Federal (como na quase totalidade das outras unidades federadas) não cessou de piorar, exceto, talvez, quanto a um ou outro detalhe afogado pela deterioração geral.

Assim é que, para permanecermos no Distrito Federal, ontem, Dia de Finados, uma mulher morreu indevidamente no Hospital de Base de Brasília. Ela precisava desesperadamente de estar numa Unidade de Tratamento Intensivo, mas não havia vaga na UTI do Hospital de Base e o sistema de informática que deveria ter apontado onde havia uma UTI com vaga na rede pública havia “caído”.

Impressionante é que, sem ele – o sistema de informática que servia a alguma “central de regulação” – nada podia o SUS fazer por aquela cidadã que vinha ajudando a sustentá-lo com os tributos que pagava com tanto sacrifício, já que era pobre.

Nem mesmo, por exemplo, pôde o diretor-médico do Hospital de Base ligar para alguém com a necessária autoridade na Secretaria de Saúde (o secretário, digamos) e este mandar uma ambulância levar a mulher imediatamente para a UTI de uma casa de saúde particular, por conta do SUS, já que este estava incapaz de atuar para salvar aquela vida internamente, embora esteja o SUS “perto da perfeição”, segundo nos garantiu, perto do final de seu segundo mandato, o então presidente Lula, talvez por equívoco. Ou não.

Hoje não é mais Joaquim Roriz o governador do Distrito Federal, mas Agnelo Queiroz, do PT, que foi ministro do Esporte, onde precedeu ao ex-ministro Orlando Silva (tão baiano quanto Queiroz) quando integrava o PCdoB que Orlando Silva ainda integra. Mas o assunto aqui, hoje, não é esporte, é saúde e doença, vida e morte.

Bem, no dia 28 de outubro, o desembargador J.J. Costa de Carvalho, do Tribunal de Justiça do DF, expediu mandado de prisão contra o secretário de Saúde do governo Agnelo Queiroz, por desobediência a ordem judicial. Determinou que o secretário Rafael de Aguiar Barbosa fique preso até que a secretaria cumpra decisão liminar expedida em 9 de setembro, mandando o órgão fornecer dois medicamentos indispensáveis a um hemofílico, o que não foi feito, com agravamento de suas condições de saúde.

Ante a resistência, pirraça ou negligência do secretário que não obedeceu inicialmente à ordem judicial, o desembargador por duas vezes deu prazo de 24 horas para que a decisão liminar fosse atendida. E finalmente no dia 28 último determinou a prisão. O secretário entrou com um recurso, que foi para as mãos do desembargador de plantão no feriado do dia 2.

Ele disse que não se pronunciaria e ontem o recurso voltou para o desembargador-relator do processo, J.J. Costa de Carvalho, que até o início da noite não havia feito conhecer sua decisão.

Falta de fornecimento de medicamentos devidos tem sido uma constante no SUS (inclusive de medicamentos de baixíssimo custo) assim como a falta de vagas nas UTIs.

No SUS sobram somente filas, mortes evitáveis, desespero e lágrimas. (Ivan de Carvalho - Tribuna da Bahia)

Servidores do Hospital Federal Cardoso Fontes retomam greve - O Globo

Servidores do Hospital Federal Cardoso Fontes retomam greve - O Globo


RIO - Na manhã desta terça-feira, funcionários do Hospital Federal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio, entraram em greve novamente. A paralisação fechou pelo menos seis setores do centro médico, incluindo exames, consultas ambulatoriais e emergência pediátrica. Os funcionários reclamam da falta de profissionais no hospital e afirmam que o governo federal não convoca concursados que passaram por uma prova para preencher pelo menos 200 vagas no hospital.



Em 24 de outubro deste ano, o centro enfrentou uma outra greve pelo mesmo motivo. Depois da última paralisação, somente 16 vagas foram preenchidas.