quinta-feira, 25 de agosto de 2011

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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Hospital de SP deixa de atender pacientes do SUS por causa de superlotação

O Hospital Santa Marcelina, um dos maiores da zona leste de São Paulo (SP), parou de fazer atendimentos de emergência a pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde).




O motivo é a superlotação. Um homem revelou que só conseguiu internar a filha pequena com a ajuda da polícia.





quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Lista de assinaturas do abaixo-assinado Opção do paciente do sigilo ou não do prontuário médico

Sandra Domingues: Praça da Sé será palco, na sexta-feira, de um Ato ...

Sandra Domingues: Praça da Sé será palco, na sexta-feira, de um Ato ...: "Praça da Sé será palco, na sexta-feira, de um Ato Público por mais Justiça e menos violência Apesar da particularidade de cada movimento..."

sábado, 13 de agosto de 2011

Ministério Público exige criação de novos leitos em hospitais no RJ




Ação exige a criação de 349 leitos para que norma que determina percentuais mínimos de leitos de CTI proporcionais à população de cada município seja obedecida

Sábado, 12 de Agosto de 2011, 11h07

SÃO PAULO - O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) propôs à Justiça, na última quarta-feira, 10, ação civil pública para exigir a imediata criação de 349 novos leitos de CTI em hospitais estaduais.



A ação foi proposta pela Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Saúde da Capital, que, desde novembro do ano passado, buscava uma solução extrajudicial através da assinatura de termo de ajustamento de conduta, ainda em análise pela Secretaria Estadual de Saúde. A ação teve por base investigações desenvolvidas nos últimos dois anos pela Promotoria de Saúde, nas quais foram reunidas provas que demonstram que, diariamente, seis pacientes perdem a vida à espera por um leito de CTI. A ação também levou em consideração estudo técnico apresentado pelo Tribunal de Contas do Estado e a Portaria nº 1.101/GM/2002 do Ministério da Saúde, que estabelece os percentuais mínimos de leitos de CTI proporcionais à população de cada município.



Além da tentativa de assinatura do termo, foram realizadas mais de 25 reuniões nos últimos 12 meses com Diretores de Hospitais, Coordenadores de Regulação, Subsecretários de Saúde, e uma audiência pública no último mês de junho para discutir a regulação de leitos. Essa regulação consiste na organização do acesso aos leitos de CTI a partir de protocolos objetivos, técnicos e hierarquizados de atendimento, para os casos de maior necessidade serem atendidos com maior celeridade, preservando a vida dos pacientes.



Em relação à Secretaria Municipal de Saúde, a ação exige a total inclusão dos leitos de CTI dos hospitais municipais na Central de Regulação e o pleno funcionamento dos Núcleos de Regulação nesses hospitais.



Em caso de continuidade no descumprimento das obrigações, o MP já requereu à Justiça a aplicação de multa aos Secretários de Saúde, o bloqueio judicial de verbas públicas destinadas a serviços não essenciais - tais como publicidade governamental - bem como possível responsabilização por improbidade administrativa por parte dos gestores.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Mulher morre após colocar implante de silicone em clínica clandestina no Ceará




Jaqueline Falcão (jaquefalcao@sp.oglobo.com.br) Tamanho do texto A A A SÃO PAULO - Uma técnica de enfermagem de 31 anos morreu, nesta quinta-feira, por complicações de um implante de silicone nas nádegas, no Ceará. A polícia apura se a cirurgia ocorreu em uma clínica clandestina. Odiléia de Sousa Viana saiu de casa na quarta-feira e disse à família que faria um tratamento contra as varizes. Ninguém sabia o endereço.



À noite, segundo o irmão da vítima, Jonantan de Sousa Viana, ele recebeu uma ligação de uma amiga, identificada como Neide, informando que Odiléia estava "muito mal" no hospital Instituto Dr. José Frota (IJF).



- Uma amiga da minha irmã recebeu uma ligação, que ainda não sabemos de quem, avisando que ela estava hospitalizada. Quando cheguei no hospital, ela havia dado entrada como desconhecida. Minha irmã estava na UTI. De madrugada, o hospital ligou e disseram que ela havia falecido depois de uma parada cardíaca - conta o irmão da vítima.



Odileia teria passado mal após a cirurgia. Segundo informações do hospital, a mulher deu entrada já em estado de coma e foi encaminhada ao setor de reanimação. Segundo laudo médico, houve aplicação indevida de silicone nas nádegas. A vítima apresentava um corte cirúrgico na região, que havia sido colado com cola tipo "super bonder", segundo funcionários do hospital, que preferem não se identificar.



A polícia registrou o caso como morte suspeita. O laudo do Instituto Médico Legal, que vai apontar a causa da morte, deve ficar pronto em 30 dias.



Odileia tinha duas filhas gêmeas, de 1 ano e 9 meses. Segundo o irmão, ela era uma pessoa de gostos simples, mas gostava de se sentir bem.



- Esperamos descobrir o que aconteceu com a minha irmã - diz ele

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Flagrantes revelam descaso com pacientes em hospital de Sorocaba (SP)

Doutores palhaços dão aulas em curso de extensão na faculdade de medicina

Profissionais de saúde de um hospital universitário, no Rio, voltaram à sala de aula para aprender como melhorar a convivência com os pacientes. Os professores são atores-palhaços, como conta a repórter Sandra Passarinho.




Não parece, mas a equipe do Jornal Nacional está em um hospital público. E as brincadeiras são levadas a sério. Os jogos são parte de um curso para estimular uma relação mais humana entre a equipe do hospital e os pacientes. Os alunos são profissionais de vários serviços de saúde, que treinam estudantes e residentes do hospital universitário da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).



“Você, como médico, está no topo. E. você, no topo, não enxerga nada. Ou então, você enxerga todo mundo muito abaixo de você”, diz a médica Regina de Moura.



Uma novidade: os palhaços agora dão aulas num curso de extensão da faculdade de medicina da universidade. O palhaço leva essa experiência de solidariedade no trato com as crianças, para os profissionais de saúde. Como usar a alegria para refletir sobre a rotina do trabalho, e ficar mais perto dos pacientes.



“Isso era um segredo para nós. Nós não sabíamos como fazer", declara a coordenadora do curso para profissionais de saúde, da Uerj, Denise Herdy. A coordenadora dos palhaços é filha de um médico aposentado, que foi palhaço também. "Vocês podem conduzí-la por lugares diferentes, delegar, depois dar uma corrida com a maca, deixa elas experimentarem varias sensações”, declara.



Ficar no lugar de um paciente faz parte do jogo. “Você está passivo, completamente entregue a quem está te conduzindo”, fala uma aluna na maca. Os doutores palhaços querem ajudar os outros doutores a entender o que o paciente passa, um sentimento que não se aprende na escola:



A aluna conta que ficou nervosa. “Muito. Um turbilhão de emoções, claro, escuro, muito barulho, pouco barulho. Conversas de pacientes esperando atendimento. Me senti no lugar deles, me coloquei no lugar deles”, explica a enfermeira Márcia Araújo.

Veja reportagem na íntegra no link abaixo:

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Sem médicos, Rocha Maia fecha as portas - Rio de Janeiro



Bruna Talarico (bruna.talarico@oglobo.com.br) Tamanho do texto A A A

RIO - O Hospital Municipal Rocha Maia, em Botafogo, foi mais uma vez o expoente da carência de médicos pela qual passa a rede municipal de saúde. Sem médicos, a unidade manteve os portões fechados durante o dia de domingo. Quem tentava atendimento era orientado pelos seguranças a procurar a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Botafogo, ou mesmo o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea. Por telefone, uma funcionária ressaltou que havia apenas um médico no plantão, mas que por falta de equipe, o profissional não estava prestando atendimento.



— O médico não pode trabalhar sozinho — justificou.



Presidente da Associação de Moradores da Lauro Müller e Adjacências (Alma), Abilio Tozini enfatizou que a não prestação de atendimento já não é fato isolado.



O médico não pode trabalhar sozinho— Por conta deste mesmo problema, organizamos manifestações em 2010. Tivemos a promessa do secretário de Saúde de que o hospital teria mais atenção, e recentemente o diretor do hospital disse que teríamos uma surpresa boa. Até agora, nada aconteceu. É um contra-senso, você vai ao Miguel Couto e encontra um ambiente superlotado, enquanto o Rocha Maia tem até uma setor de emergências novo e está de portas fechadas. Não dá pra entender — reclamou Tozini.



Secretaria diz que casos graves foram atendidos

A Secretaria municipal de Saúde informou que, ao contrário do que sustentaram funcionários e vigilantes, foram atendidos casos de maior urgência e que o plantão diurno de domingo teve funcionamento restrito em função da saída recente de profissionais.



Em nota enviada pela Secretaria municipal de Saúde, a unidade informou ainda que “situações de perfil ambulatorial foram encaminhadas para unidades próximas”, e o serviço seria normalizado ainda no domingo. Uma equipe do GLOBO esteve no local, e até as 19h o atendimento não havia sido normalizado.



— A contratação de novos profissionais para a unidade já foi iniciada pela Secretaria Municipal de Saúde. Além disso, a Prefeitura autorizou na última semana a realização de novo concurso público, que oferecerá mais de 2.500 vagas, sendo 1.700 médicos de diversas especialidades — dizia a nota.



O vereador Paulo Pinheiro (PPS), vice-presidente da Comissão de Saúde da Câmara, afirmou que está recolhendo assinaturas para a instauração de uma CPI sobre as políticas de recursos humanos na área de saúde pública. Segundo ele, a falta de médicos não é problema exclusivo do Hospital Rocha Maia, e atinge todas as unidades da rede municipal, como o Hospital Municipal Paulino Werneck, na Ilha do Governador — onde, na última semana, um médico que prestava sozinho atendimento se recusou a terminar o plantão.



— Venho denunciando isso há pelo menos seis meses. Existe uma carência brutal de clínicos e pediatras. Estamos solicitando ao secretário, em caráter de urgência, a convocação de um concurso público, mas aliada a implementação de um plano de cargos e salários — apontou Pinheiro.



Segundo ele, o baixo salário de um médico concursado (que não chega aos R$ 2 mil mensais) é um dos maiores fatores para a quebra na política de recursos humanos da rede pública. Já os médicos convocados pela Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec) nos últimos meses, sem relação estatutária, teriam salários que variam entre R$ 7,5 e R$ 15 mil mensais.



— A solução é a modificação na politica de recursos humanos. É preciso plano de cargos e salários, para que a remuneração acompanhe o crescimento profissional dos médicos. Isso hoje não existe hoje na Secretaria municipal de Saúde — denunciou Pinheiro. — Uma saída seria a contratação em caráter de emergência de um grupo de médicos, por tempo determinado, até que os novos concursados assumam seus cargos de fato. O novo concurso acabou de ser autorizado, mas até que estes profissionais sejam absorvidos, vão se passar pelo menos uns 8 meses.



Cremerj: falta de médicos atinge toda a rede municipal

Diretor secretário-geral e coordenador da Comissão de Saúde Pública do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), Pablo Queimadelos faz coro com o vereador Paulo Pinheiro.



— Esta é uma realidade em todos os hospitais da rede pública. Nós já alertamos a Secretaria sobre a necessidade de se organizar um grande concurso público, mas com salários convidativos. A população só está sendo privada de um atendimento melhor porque faltam médicos na rede municipal de saúde, mas não faltam médicos no Rio de Janeiro — enfatizou.



Queimadelos ainda afirmou que, se provado que médicos faltaram ilegalmente ao plantão, eles estarão sujeitos à sindicância do conselho. Por outro lado, se ficar evidente que a causa da falta de atendimento no Rocha Maia se deve à ausência de profissionais na rede municipal, o próprio secretário Hans Dohmann, que também é médico, estará sujeito às sanções previstas no código processual do Cremerj, que vão desde uma advertência até a cassação.




domingo, 31 de julho de 2011

Eles já operaram 6 mil corações de bebês



O casal Gláucio e Beatriz Furlanetto são pioneiros em tratar de crianças cardíacas e com só algumas horas de vida

Fernanda Aranda, iG São Paulo
31/07/2011 06:46

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Parceria: Gláucio e Beatriz Furlanetto são casados há 37 anos e passam horas operando juntos

As formigas e os insetos instigavam o menino Gláucio. Tão pequenos e tão complexos, como será que funcionam? A dúvida fazia o garoto paulistano abrir os pequenos animais e investigar, em um brincar de ser cirurgião, o funcionamento daqueles seres quase microscópicos.Gláucio Furlanetto cresceu, virou médico na vida real e a complexidade das pequenas proporções continuou como combustível de sua curiosidade. Ainda estudante de medicina, ele e a então namorada Beatriz ficaram perplexos ao saber que a cirurgia cardíaca não tinha especialização efetiva em recém-nascidos que chegam ao mundo com batimentos fora de ritmo.De forma pioneira, o casal começou a estudar as fórmulas mais seguras de operar pequenos corações. A parceria de Gláucio e Beatriz completa 37 anos em 2011 e tem o sucesso medido em números. Eles colecionam seis mil cirurgias cardiológicas infantis, a maior parte feita no Hospital Beneficência Portuguesa, mas também realizadas em Estados e até Países (Peru e Colômbia principalmente) em que os bisturis não arriscam operar pacientes tão novinhos.Ficaram experts neste tipo de procedimento e hoje já são acionados antes mesmo das crianças nascerem. Quando o ultrassom identifica alguma anomalia no coração dos fetos, eles já se preparam para atuar horas depois do trabalho dos obstetras.






Gláucio e Beatriz concluíram o curso de medicina em 1978 na Universidade Santo Amaro, em São Paulo, casaram no ano seguinte e já em 1985 começaram a operar juntos os corações infantis na Beneficência Portuguesa. Também sempre um ao lado do outro fizeram especializações em cardiologia e em 1994 fundaram o Instituto Furlanetto que, entre outros objetivos – como capacitar médicos e produzir pesquisas na área da cardiologia infantil – também realiza um trabalho social.






“Fazemos festas e confraternizações para reunir os familiares dos nossos pacientes”, explica Beatriz.



“O grande objetivo das nossas operações é dar uma vida normal à criança ou o mais próximo possível da normalidade. E, muitas vezes, para compreender como os filhos podem brincar ou até como os pais devem falar da cirurgia com as crianças eles precisam deste contato com quem passou por experiência semelhante a deles.”



Os pacientes que se encontram na festa do Instituto Furlanetto começam a ser atendidos às 5h30 e o último atendimento do casal é às 21h30. A rotina longa sempre é enfrentada em dupla. Gláucio e Beatriz só tiram férias para participar de convenções e congressos de cardiologia e os finais de semana dos dois também incluem trabalho.



Eles, que de tão apaixonados pela profissão não sentem um pingo de ciúmes da carreira um do outro, arrumaram um jeito para diminuir as possibilidades de conflito que poderiam atrapalhar a vida pessoal. “Eu e a Bia estamos sempre juntos, mas não concordamos em nada. Profissionalmente, estamos em constante embate”, reconhece Gláucio.



Por isso, os sete pacientes infantis operados semanalmente pelos dois, em cirurgias que têm duração média de oito horas (quando tudo ocorre bem), são alternados. “Um dia é o Gláucio que comanda a equipe cirúrgica, no outro sou eu. Para não dar briga, sempre contamos com a assistente que faz a agenda. Quem está no comando tem prioridade na hora de decidir”, explica a dinâmica, Beatriz.



Próximos passos



No esquema de alternar quem comanda os bisturis, o casal Furlanetto sabe que alguns pacientes salvos hoje pelas mãos de ambos não conseguiriam sobreviver há cinco ou três anos. “As técnicas, ainda bem, estão evoluindo diariamente”, comemora Gláucio.



“Uma das operações mais complexas, a transposição de grandes artérias, há dez anos, tinha mortalidade de 40%. Hoje o índice é de 5%. Estamos avançando apesar de ainda engatinhar.”



Para os próximos passos, eles não almejam equipamentos ultramodernos para operar. Querem apenas diminuir distâncias. “Não dá para a cirurgia cardíaca pediátrica continuar sendo privilégio de alguns”, avalia Gláucio Furlanetto.



Faça o teste e descubra se o seu coração está em risco



Para se ter uma ideia das diferenças regionais na especialidade, em Rondônia, no ano passado, 17 crianças com menos de 1 ano foram internadas por problemas cardíacos, segundo levantamento feito pela reportagem nas planilhas do Ministério da Saúde. Em São Paulo, em igual período, o número foi 48 vezes maior, 810 internações. O casal sabe que a diferença de algarismos não indica que a população paulista é mais vulnerável à cardiopatia e, sim, que elas têm mais acesso a tratamento.



“Por isso viajamos pelo Brasil para treinar os médicos. O sonho é que não falte estrutura e nem profissionais em todos os locais do País”, diz Gláucio. Os pequenos e complexos sempre fizeram a cabeça deste casal. Mas eles não sabem que a cardiologia infantil não pode mais caminhar com passos de formigas.