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segunda-feira, 11 de junho de 2018
Pai acusa erro médico após morte de bebê na barriga da mãe e descoberta de sexo trocado em Guará, SP
Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da morte de um bebê, ainda na barriga da mãe, em Guará (SP). Segundo o pai da criança, o médico responsável pelo acompanhamento do pré-natal na rede municipal de saúde foi negligente.
Ele afirma que uma semana antes da constatação da morte, a mãe procurou atendimento, relatando perda de líquido amniótico, e foi orientada a fazer repouso. Um ultrassom particular, no entanto, apontou o nível crítico do fluido, o que pode ter afetado a gestação.
O casal ainda foi surpreendido após a cirurgia para retirada do feto, quando descobriu que a menina esperada era, na verdade, um menino.
“A gente não se conforma, custa a dormir. Minha esposa fica chorando por causa desse erro médico que teve. Ela fica se sentindo culpada, mas ela não é culpada, porque toda semana ela ia no retorno que tinha no postinho”, diz o pai Elielton Lima Joana da Silva.
Procurada, a Secretaria Municipal de Saúde informou que o Comitê de Mortalidade Materna e Infantil de Guará apura o caso.
Em nota, a Santa Casa informou que o caso é investigado pela Diretoria Clínica e que aguarda os laudos do Serviço de Verificação de Óbito (SVO). Segundo a instituição, o médico plantonista seguiu todos os procedimentos clínicos recomendados.
Vanessa e Elielton no chá de bebê em Guará, SP (Foto: Arquivo pessoal/Divulgação) Vanessa e Elielton no chá de bebê em Guará, SP (Foto: Arquivo pessoal/Divulgação)
Vanessa e Elielton no chá de bebê em Guará, SP (Foto: Arquivo pessoal/Divulgação)
Dores e morte da criança
Segundo o pai, os problemas na gestação da mulher, Vanessa Fernandes da Silva Lourenço, começaram quando ela passou a apresentar perda de líquido nas primeiras semanas. Elielton afirma que o médico do posto de saúde, responsável pelo pré-natal, orientou repouso à paciente por se tratar de um quadro normal.
No dia 2 de maio, já na 37ª semana de gestação, Vanessa sentiu fortes dores e foi levada pelo marido à Santa Casa de Guará, onde passou por exames.
“O médico colocou o aparelho para escutar o coraçãozinho do bebê. Ele falou que escutou e minha esposa falou que não escutou, porque dá para escutar o coraçãozinho normal.”
Vanessa fez o pré-natal no posto de saúde da rede municipal em Guará, SP (Foto: Reprodução/EPTV) Vanessa fez o pré-natal no posto de saúde da rede municipal em Guará, SP (Foto: Reprodução/EPTV)
Vanessa fez o pré-natal no posto de saúde da rede municipal em Guará, SP (Foto: Reprodução/EPTV)
Vanessa foi liberada após ser medicada com soro e Buscopan para aliviar as dores na barriga e nas costas. No dia seguinte, a mulher voltou a passar mal e retornou à Santa Casa. Desta vez, foi atendida por outro médico, que a encaminhou a um hospital em São Joaquim da Barra (SP) para fazer um ultrassom, uma vez que o equipamento em Guará não era seguro.
O pai desembolsou R$ 180 pelo exame e o casal descobriu que a criança estava morta. “O médico falou que ela tinha perdido o bebê por falta de líquido. Não tinha mais líquido na barriga dela.”
Erro no sexo
Além da tristeza pela perda da criança, o casal ainda descobriu após a cesárea que o bebê era um menino, e não uma menina como foi apontado em todo pré-natal.
“As coisas estavam todas preparadas, o berço, as paredes pintadinhas. Tudo para esperar ela, as roupinhas, as fraldas. Mandamos fazer bolsa com o nome dela, kit do berço, urso para por na parede com o nome dela”, afirma.
Pai do bebê, Elielton Lima Joana da Silva acusa médicos de negligência em Guará, SP (Foto: Reprodução/EPTV) Pai do bebê, Elielton Lima Joana da Silva acusa médicos de negligência em Guará, SP (Foto: Reprodução/EPTV)
Pai do bebê, Elielton Lima Joana da Silva acusa médicos de negligência em Guará, SP (Foto: Reprodução/EPTV)
Indignação
Para Elielton, a sucessão de falhas no atendimento causou a morte do filho. O pai registrou um boletim de ocorrência e estuda processar os responsáveis no caso. O atestado de óbito aponta que a causa da morte não foi esclarecida. O corpo foi encaminhado para autópsia e o resultado do laudo deve ser conhecido em 30 dias.
“Eu estou muito indignado e revoltado. A Santa Casa daquele tamanho não tem uma estrutura de posto, não ter um ultrassom compatível, é uma pouca vergonha. O erro maior foi ela toda semana ir ao postinho e o médico falar que era normal a perda de líquido.”
Amiga de Vanessa, a assistente social Gabriele Ponciano diz que a sensação é de descaso, uma vez que as queixas da paciente foram ignoradas e o acompanhamento médico foi falho.
“A gente se sente impotente porque tentou fazer tudo dentro da via pública. Não temos condições de pagar um plano de saúde, a gente acredita no SUS. As características do bebê que o ultrassom conseguiu ver davam a entender que ela tinha uma gestação de 39 semanas, e não de 37 como vinha sendo dito aqui pelo pré-natal no município.”
Pai mostra enxoval preparado para receber bebê em Guará, SP (Foto: Reprodução/EPTV) Pai mostra enxoval preparado para receber bebê em Guará, SP (Foto: Reprodução/EPTV)
Pai mostra enxoval preparado para receber bebê em Guará, SP (Foto: Reprodução/EPTV)
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Fonte : G1
Família acredita que erro médico tenha causado morte de bebê no subúrbio de Salvador
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Um bebê de cinco meses morreu após ser atendido três vezes na Unidades de Pronto Atendimento (UPA) de Paripe, no subúrbio de Salvador. Os pais da criança acreditam que a morte do pequeno Ian Felipe pode ter sido causada por negligência médica. No dia 25 de maio, ele teve a primeira febre desde que nasceu. A mãe, Carolina Sales, 20, levou a Ian até a UPA de Paripe, mas ele não foi atendido porque não tinha pediatra na unidade. O pai da criança, Anderson Oliveira, 23, conta que ele voltou à UPA momentos depois, para ver se já tinha chegado algum profissional que pudesse atender o filho. “No sábado pela manhã ela foi na UPA com ele, chegou lá não teve o atendimento, a pediatra não estava atendendo. Quando foi umas 11h, eu retornei lá sozinho e fui ver se a pediatra já tava atendendo, aí falaram que tava. A gente desceu com ele na UPA daqui de Paripe. Ficamos lá até 16h, aí a médica que fez o atendimento passou os remédios para ele, não fez exame não fez nada”, conta Anderson. Pais de Ian acreditam que houve negligência no atendimento médico prestado à criança (Foto: Reprodução/ TV Bahia) Pais de Ian acreditam que houve negligência no atendimento médico prestado à criança (Foto: Reprodução/ TV Bahia) Pais de Ian acreditam que houve negligência no atendimento médico prestado à criança (Foto: Reprodução/ TV Bahia) Conforme Anderson, os profissionais da UPA não fizeram exames no bebê antes de receitar os remédios, e alegaram que os procedimentos só poderiam ser feitos se ele tivesse o sintoma da febre há pelo menos três dias. “Não fizeram porque tinha que ter três dias de febre. Ela receitou o medicamento e mandou pra casa. Comprei os remédios e viemos para casa com ele”, explicou o pai. Na receita, a médica indicou o uso de remédios para febre, soro fisiológico para o nariz, medicamento para gases e antialérgico, mas nada disso resolveu o problema de Ian. Os pais, então, procuraram novo atendimento na UPA e passaram para as mãos de outro médico. “Ele passou remédio novamente e disse que poderia ser dor de barriga”, relembra. Na receita, o médico indicou o uso de um antibiótico, mas o quadro de Ian piorou rapidamente. Na madrugada do dia 28, a criança foi levada novamente às pressas para a UPA. “Passamos direto [da recepção] e uma enfermeira notou que ele não estava bem. Estava com a boca roxa, pescoço inchado, barriga inchada. Aí entrou para a sala vermelha, para fazer o internamento dele. Quando eu entrei na sala ele já estava com sonda, com aparelho para respirar. As horas que eu estava com ele, nenhum exame foi feito, para saber o que ele tinha”, denuncia a Carolina. Ian tinha 5 meses e morreu após broncopneumonia (Foto: Reprodução/ TV Bahia) Ian tinha 5 meses e morreu após broncopneumonia (Foto: Reprodução/ TV Bahia) Ian tinha 5 meses e morreu após broncopneumonia (Foto: Reprodução/ TV Bahia) Lá, Ian não resistiu e faleceu ainda no dia 28. A família preferiu não fazer o exame de necropsia. O atestado de óbito foi feito com base em relatórios médicos, e revela que ele teve insuficiência respiratória grave, choque séptico e brônquio pneumonia. Além disso, o atestado diz que Ian tinha um problema cardíaco, mas a mãe do bebê afirma que os pediatras que o acompanhavam já tinham dito que não havia nada de grave com o coração da criança. A família fez uma denúncia na Secretaria Municipal de Saúde e espera que a morte do bebê seja esclarecida. "Eu acho que, de uma certa forma, meu filho foi negligenciado. E que, talvez, se tudo tivesse sido como era pra ter sido, hoje ele estaria com a gente. A gente não estaria passando por essa dor que estamos passando. É terrível, ninguém merece passar por isso. É tão preconcemente", desabafou Carolina. Inconformado, Anderson cobra respostas: “A impressão que ficava é que eles [médicos] estavam esperando ele morrer, acontecer o pior". O diretor médico da UPA de Paripe, Thiago Rios, disse que a morte de Ian não tem relação com os atendimentos na unidade e que foram feitos exames laboratoriais, de raio-x e físicos. "Na verdade, ele entrou com quadro de broncopneumonia por aspiração. A criança pode ter inalado alimento, muito provável que tenha sido leite, na via aérea, e isso cursou com a broncopneumonia. Uma bronco pneumonia que evoluiu para um quadro grave de choque séptico, que é uma infecção generalizada. Todo suporte foi dado à criança na nossa unidade", afirmou Thiago. Segundo ele, todos os atendimentos e prontuários referentes à passagem de Ian na unidade foram averiguados. "Vimos que as condutas realizadas pelos profissionais foram corretas diante do atendimento. Foi prestado todo o atendimento na unidade", pondera o diretor.
Um bebê de cinco meses morreu após ser atendido três vezes na Unidades de Pronto Atendimento (UPA) de Paripe, no subúrbio de Salvador. Os pais da criança acreditam que a morte do pequeno Ian Felipe pode ter sido causada por negligência médica. No dia 25 de maio, ele teve a primeira febre desde que nasceu. A mãe, Carolina Sales, 20, levou a Ian até a UPA de Paripe, mas ele não foi atendido porque não tinha pediatra na unidade. O pai da criança, Anderson Oliveira, 23, conta que ele voltou à UPA momentos depois, para ver se já tinha chegado algum profissional que pudesse atender o filho. “No sábado pela manhã ela foi na UPA com ele, chegou lá não teve o atendimento, a pediatra não estava atendendo. Quando foi umas 11h, eu retornei lá sozinho e fui ver se a pediatra já tava atendendo, aí falaram que tava. A gente desceu com ele na UPA daqui de Paripe. Ficamos lá até 16h, aí a médica que fez o atendimento passou os remédios para ele, não fez exame não fez nada”, conta Anderson. Pais de Ian acreditam que houve negligência no atendimento médico prestado à criança (Foto: Reprodução/ TV Bahia) Pais de Ian acreditam que houve negligência no atendimento médico prestado à criança (Foto: Reprodução/ TV Bahia) Pais de Ian acreditam que houve negligência no atendimento médico prestado à criança (Foto: Reprodução/ TV Bahia) Conforme Anderson, os profissionais da UPA não fizeram exames no bebê antes de receitar os remédios, e alegaram que os procedimentos só poderiam ser feitos se ele tivesse o sintoma da febre há pelo menos três dias. “Não fizeram porque tinha que ter três dias de febre. Ela receitou o medicamento e mandou pra casa. Comprei os remédios e viemos para casa com ele”, explicou o pai. Na receita, a médica indicou o uso de remédios para febre, soro fisiológico para o nariz, medicamento para gases e antialérgico, mas nada disso resolveu o problema de Ian. Os pais, então, procuraram novo atendimento na UPA e passaram para as mãos de outro médico. “Ele passou remédio novamente e disse que poderia ser dor de barriga”, relembra. Na receita, o médico indicou o uso de um antibiótico, mas o quadro de Ian piorou rapidamente. Na madrugada do dia 28, a criança foi levada novamente às pressas para a UPA. “Passamos direto [da recepção] e uma enfermeira notou que ele não estava bem. Estava com a boca roxa, pescoço inchado, barriga inchada. Aí entrou para a sala vermelha, para fazer o internamento dele. Quando eu entrei na sala ele já estava com sonda, com aparelho para respirar. As horas que eu estava com ele, nenhum exame foi feito, para saber o que ele tinha”, denuncia a Carolina. Ian tinha 5 meses e morreu após broncopneumonia (Foto: Reprodução/ TV Bahia) Ian tinha 5 meses e morreu após broncopneumonia (Foto: Reprodução/ TV Bahia) Ian tinha 5 meses e morreu após broncopneumonia (Foto: Reprodução/ TV Bahia) Lá, Ian não resistiu e faleceu ainda no dia 28. A família preferiu não fazer o exame de necropsia. O atestado de óbito foi feito com base em relatórios médicos, e revela que ele teve insuficiência respiratória grave, choque séptico e brônquio pneumonia. Além disso, o atestado diz que Ian tinha um problema cardíaco, mas a mãe do bebê afirma que os pediatras que o acompanhavam já tinham dito que não havia nada de grave com o coração da criança. A família fez uma denúncia na Secretaria Municipal de Saúde e espera que a morte do bebê seja esclarecida. "Eu acho que, de uma certa forma, meu filho foi negligenciado. E que, talvez, se tudo tivesse sido como era pra ter sido, hoje ele estaria com a gente. A gente não estaria passando por essa dor que estamos passando. É terrível, ninguém merece passar por isso. É tão preconcemente", desabafou Carolina. Inconformado, Anderson cobra respostas: “A impressão que ficava é que eles [médicos] estavam esperando ele morrer, acontecer o pior". O diretor médico da UPA de Paripe, Thiago Rios, disse que a morte de Ian não tem relação com os atendimentos na unidade e que foram feitos exames laboratoriais, de raio-x e físicos. "Na verdade, ele entrou com quadro de broncopneumonia por aspiração. A criança pode ter inalado alimento, muito provável que tenha sido leite, na via aérea, e isso cursou com a broncopneumonia. Uma bronco pneumonia que evoluiu para um quadro grave de choque séptico, que é uma infecção generalizada. Todo suporte foi dado à criança na nossa unidade", afirmou Thiago. Segundo ele, todos os atendimentos e prontuários referentes à passagem de Ian na unidade foram averiguados. "Vimos que as condutas realizadas pelos profissionais foram corretas diante do atendimento. Foi prestado todo o atendimento na unidade", pondera o diretor.
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