quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Ortopedista é condenado por operar joelho errado de paciente em Guarujá

O médico responsável por operar a auxiliar de serviços gerais Tatiane Andrade da Silva, de 29 anos, foi condenado pela 1ª Vara Civil de Guarujá, no litoral de São Paulo. O ortopedista Celso Dias Fernandes realizou uma cirurgia no joelho esquerdo da jovem, mas deveria ter operado a perna direita, lesionada após cair de uma escada em 2011. A operação da jovem foi feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A lesão de Tatiane era acompanhada pelo médico desde março de 2010. Em março de 2011, ela deu entrada no Hospital Santo Amaro para colocar um pino no joelho direito. Ao sair do centro cirúrgico, porém, a jovem se deu conta que o médico havia operado seu joelho esquerdo, onde não havia problema algum.
Tatiane exibe marcas da cirurgia feita no joelho errado (Foto: Reprodução/Tv Tribuna)Tatiane exibe marcas da cirurgia feita no joelho
errado (Foto: Reprodução/Tv Tribuna)
Desde então, ninguém do hospital entrou em contato com Tatiane para dar uma explicação. Ela, então, resolveu abrir um processo na Justiça contra o médico. No início de janeiro, a 1ª Vara Civil de Guarujá julgou o caso. O laudo feito pelo Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo concluiu que houve negligência e imperícia do médico.
A defesa de Tatiane, porém, não ficou satisfeita com o julgamento. Segundo o advogado de Tatiane, Carlos Dalmar, a sentença não equiparou os prejuízos que Tatiane teve. "Houve a constatação de erro médico. Como não teve uma equiparação do prejuízo que ela teve, nós vamos apelar", disse.
Apesar do processo e do erro constatado no início de janeiro, o médico continua atuando no Hospital Santo Amaro. Na época, o Conselho Regional de Medicina entendeu que ele não poderia ser considerado culpado pelo que aconteceu e arquivou o caso por julgar que não houve erro médico.
Em nota, o Hospital Santo Amaro disse que não foi notificado e que o departamento jurídico só dará algum parecer após a notificação. A assessoria de imprensa do hospital ainda afirmou que não intervém na conduta dos médicos e que oferece todas as condições de trabalho aos profissionais.
Também em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo disse que o caso do médico foi arquivado porque não foram constatados indícios de infração ética. O CREMESP destacou que, independente do andamento de processo na Justiça comum, todo médico denunciado também está sujeito à apuração da denúncia nos Conselhos Regionais de Medicina, que são tribunais de ética e investigam a conduta no exercício da profissão.
Tatiane teve o joelho operado em 2011 (Foto: Reprodução/Tv Tribuna)Tatiane teve o joelho operado em 2011 (Foto: Reprodução/Tv Tribuna)









Fonte: G1
Link:http://glo.bo/2kbFtZ8

Médico acusado de mutilar pacientes no AM tem registro cassado pelo CFM

médico Carlos Cury Mansilla, que responde a mais de 15 processos na Justiça por complicações pós-cirúrgicas em pacientes, teve o registro médico cassado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Ele é acusado de causar lesões em, pelo menos, 30 mulheres em Manaus e em Rondônia.
Todos os 27 membros do Conselho votaram a favor da cassação. A decisão ocorreu na sexta-feira (27).
José Hiran Gallo, conselheiro do CFM, disse que o processo em que o médico foi cassado corresponde a dois procedimentos, um referente a uma cirurgia plástica do abdômen e uma bariátrica para correção de obesidade.

Gallo afirmou que Carlos Cury atuava como falso cirurgião plástico.
"Nessa paciente, ele retirou cerca de 6 kg de gordura e é óbvio que esta paciente veio a óbito. O mais grave da situação toda é que o doutor Carlos Cury se intitulava especialista e, na verdade, ele não é. Portanto, ele foi enquadrado como imperito. Ele não tinha a qualificação para fazer esse tipo de procedimento. Ele foi enquadrado como imprudente, negligente quando fez um procedimento sem menores condições ambientais. Portanto, ele foi cassado do exercício profissional da medicina", disse o conselheiro.
A defesa de Carlos Cury, o advogado Christhian Naranjo, informou ao G1 que ainda não foi comunicado oficialmente do caso.
Os processos contra o médico apuraram casos diferentes. Os mais comuns são de cirurgias plásticas como lipoescultura, mamoplastia, abdominoplastia e cirurgia no nariz. Segundo a denúncia do Ministério Público, são 16 vítimas lesionadas e uma vítima fatal. Ele foi indiciado em 2013, ano em que foi selecionado pelo programa Mais Médicos, do governo federal, para atuar em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal.
De acordo com o presidente em exercício do Conselho Regional de Medicina do Amazonas, Antônio Medeiros, 20 processos contra Cury tramitam no Conselho. Destes, dois foram julgados e resultaram na cassação do médico na esfera regional. Um segue em fase de revisão processual.

Na Justiça do Amazonas, ele responde a 27 processos. A maioria por lesão corporal e erro médico.
Cury trabalha há cerca de 20 anos no hospital regional de Guajará Mirim, em Rondônia. O secretário de Saúde da cidade informou, por telefone à Rede Amazônica, que ainda não tem conhecimento da decisão do Conselho Federal de Medicina.

O caso
Os casos começaram a ser denunciados em 2013. Uma das vítimas, uma empresária, iniciou uma campanha em uma rede social para tentar localizar outras vítimas do médico.
Na época, a polícia informou que o médico sempre alegou inocência e dizia ter realizado as cirurgias com sucesso. A versão é a mesma sustentada pela defesa desde o último depoimento, prestado em fevereiro daquele ano. Na ocasião, a defesa do médico disse que o corpo das vítimas reagiu de forma adversa às cirurgias, mas que não é culpa do médico.

Fonte G1
LINK: http://glo.bo/2kFrc6P