sábado, 16 de março de 2013

Médico que faltou a plantão é indiciado de novo

Vera Araújo - O Globo
 
RIO — O neurocirurgião Adão Orlando Crespo Gonçalves, que faltou ao plantão do último Natal no Hospital Salgado Filho, no Méier, deixando Adrielly dos Santos Vieira, de 10 anos, vítima de bala perdida, esperando oito horas por uma cirurgia, vai responder agora por estelionato e falsidade ideológica. Ele é acusado de contratar médicos para dar plantão em seu lugar no Salgado Filho. Segundo a delegada da Delegacia Fazendária (Delfaz), Izabela Rodrigues Santoni, que indiciou o médico, as penas somadas podem chegar a dez anos de reclusão. Adão já tinha sido indiciado por omissão de socorro.
Adrielly morreu 11 dias depois de ser baleada. Além de Adão Gonçalves, também foram indiciados por crimes contra a administração pública o neurocirurgião que o substituía nos plantão anteriores, Francisco Doutel de Andrade, o diretor do Salgado Filho, Conrado Weber, e outros cinco médicos.
— O diretor do hospital tem livre acesso à escala de plantão. Em seu depoimento, ele alegou que não tinha conhecimento das ausências de Adão Gonçalves, não recebendo qualquer documentação referente às faltas. Mas ele se contradisse quando contou que determinou ao chefe da especialidade que fizesse o lançamento das faltas eventuais. Isso significa dizer que ele tinha absoluta ciência das ausências. Logo, deveria ter tomado providências. Ele foi omisso — afirmou a delegada, que já investiga outros médicos da rede pública que também burlam as escalas de plantão, lesando a administração pública. Há casos, segundo Izabela, de profissionais não concursados assumirem os plantões.
Francisco Doutel foi indiciado por estelionato, enquanto o diretor do Salgado Filho e os outros cinco médicos, por condescendência criminosa, ou seja, por se omitirem ao não responsabilizar um subordinado.
— Houve crimes nos mais variados escalões hierárquicos, além daqueles mais evidentes dos médicos Adão e Doutel. O que se verificou foi a verdadeira terceirização ilegal de cargo público. Trata-se de uma substituição permanente, ao longo de três anos, na qual Adão conseguiu manter o cargo público, o título e até a futura aposentadoria. Os demais delitos foram evidenciados diante da absurda inércia daqueles que deveriam adotar providências para coibir tais práticas — disse a delegada.
Segundo o delegado Luiz Archimedes, titular da 23ª DP (Méier), o inquérito em que o médico Adão Gonçalves foi indiciado por omissão de socorro foi enviado ao Ministério Público estadual e retornou à delegacia esta semana. A promotoria exigiu que fosse apresentado um laudo do IML para definir se a demora no atendimento a Adrielly contribuiu para sua morte.

Fonte: G1

Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/medico-que-faltou-plantao-indiciado-de-novo-7858156.html#ixzz2Nj9dsdj2

CPI de Erros Médicos -Brasília

!!Vítimas e parentes de vítimas de erros médicos,estou disponibilizando os contatos do senador Magno Malta,que está presidindo a CPI dos erros médicos em Brasília,chegou a hora!!Temos que mandar o maior número possível de e-mails,co...ntando os seus casos!!!

Magno Malta (PR-ES)
Magno Malta é músico e pastor evangélico. Para falar com ele, você pode ligar para Brasília no (0xx61) 3303-4161 / 5867 ou mandar e-mail para o magnomalta@senador.gov.br
 

CPI do Erro Médico tem primeiros nomes escolhidos

Foram anunciados ontem os primeiros nomes da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre Violação ao Direito Humano à Saúde. Waldemir Moka (PMDB-MS), Sérgio Souza (PMDB-PR), Sérgio Petecão (PSD-AC), Vital do Rêgo (PMDB-PB), Jayme Campos (DEM-MT), Mário Couto (PSDB-PA), Magno Malta (PR-ES) e Eduardo Amorim (PSC-SE) vão apurar erros de dirigentes, médicos e demais profissionais de hospitais públicos e privados que resultaram em lesões físicas e causaram a morte de pacientes.
Composta por 11 titulares, a CPI precisa dos últimos 3 indicados para ser instalada. Criada em fevereiro por iniciativa de Magno Malta e mais de 30 apoiadores, a CPI do Erro Médico, como foi batizada, terá 120 dias para atuar e limite de despesa em R$ 150 mil.
A CPI foi motivada pelos frequentes casos de erros de dirigentes, médicos e ­profissionais de saúde que resultaram em morte dos pacientes. Entre eles, cinco em Brasília.
Um dos casos de grande repercussão foi a morte do então secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, de 56 anos, em janeiro de 2012. Duvanier teria sido levado a dois hospitais particulares de Brasília, mas, sem talão de cheques, teve o atendimento negado e morreu de infarto.
Além de apurar os casos citados no requerimento, a CPI pretende investigar a atuação dos conselhos profissionais, da polícia, do Ministério Público e do Poder Judiciário nos casos de erros médicos; o trabalho dos órgãos da Vigilância Sanitária na prevenção e repressão; as competências legais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS); e a necessidade de criação
de varas e juizados especiais com competência exclusiva para julgar erros e crimes ocorridos em hospitais.

Enfermeira confundiu nomes ao dar injeção antes de bebê morrer, diz mãe

mãe de Emily Vitória, de 9 meses, que morreu em um hospital de Anápolis, na tarde de terça-feira (12), acredita que a enfermeira que aplicou a injeção na menina a confundiu com outra criança, chamada Evelin. Ela afirma que a filha passou mal após receber a medicação, que teria sido receitada para a outra paciente. O bebê foi enterrado na manhã desta quarta-feira (13), em Goianápolis, onde morava.
Thays Oliveira conta que ao lado do quarto de Emily tinha outro bebê que se chamava Evelin. "A hora que a enfermeira entrou no quarto ela falou assim ‘Quem é Evelin?’. Eu disse que a Evelin estava no outro quarto. Ela passou direto com a bandeja de remédio. Depois ela voltou e disse ‘A Emily tem medicamento agora’. Daí eu falei que ela não tinha remédio, pois tomou os medicamentos na parte da manhã e o médico falou que era só à noite. Então, a enfermeira disse: ‘Está escrito no prontuário que ela tem que tomar esse remédio aqui para melhorar a tosse dela’", lembra Thays.
A mãe de Emily disse ainda que, antes da profissional dar o medicamento, chegou a suspeitar que a enfermeira pudesse estar enganada ao aplicar na filha um remédio de cor amarela em vez de branca, como era de rotina.
"Acho que foi medicamento errado, não tem lógica. A minha filhinha estava boa, brincando, rindo. Só foi aplicar o remédio na veia dela, ela roxeou a boca, virou os olhos. Ela caiu", lembra Thays.
Procurada pela reportagem, a direção do Hospital da Criança de Anápolis informou que só vai se pronunciar sobre o caso depois que sair o laudo do Instituto Médico Legal (IML). O documento deve ficar pronto em 30 dias.
Velório
Os pais de Emily estavam muito abalados durante o velório da menina nesta quarta-feira, em Goianápolis. Emily era filha única do casal, que lutava há dois anos para engravidar.
O pai, Thiago Oliveira, ficou o tempo todo ao lado do corpo do bebê, debruçado no caixão. Já a mãe acompanhou o velório sentada, pois não conseguia ficar em pé.
Na certidão de óbito de Emily consta que a morte ainda não foi esclarecida. A polícia investiga se houve erro médico. "É um caso muito complexo. Para definir a responsabilização criminal do médico, do hospital ou da enfermeira há que se esperar o laudo do IML", afirma o delegado Manoel Vanderic. O responsável por investigar o caso informou ainda que já foi instaurado inquérito policial na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente.
Bebê que morreu após injeção em Anápolis foi enterrado em Goianápolis, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Pai não saiu ao lado do corpo da filha durante o velório (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Emily Vitória foi internada na segunda-feira (11), com princípio de pneumonia. Um dia depois, quando já estava melhor, uma enfermeira do hospital aplicou uma injeção e, imediatamente, a bebê começou a passar mal, contou a mãe da menina.
Segundo Thays, a enfermeira teria dito que aplicaria um antibiótico na criança. No entanto, a mãe acredita que ela tenha aplicado o remédio errado.
Aos prantos, o pai da criança, Thiago Souza, relatou como Emily Vitória foi levada ao hospital: “Ela estava só com uma dorzinha no peito. Estava gripada, resfriada e minha esposa trouxe ela para cá”.
Sem UTI
Com o hospital não tem Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) teve de ser acionado. Pacientes contam que ligaram inúmeras vezes, mas o socorro não apareceu.
“Muitas pessoas ligaram e eles [Samu] não vieram. Foi negligência da enfermeira, mas foi negligência deles também, que tinham a aparelhagem e não deram o socorro”, diz a administradora Raiane Ferreira Rocha.
Quase uma hora depois da morte da menina, uma ambulância chegou ao hospital, mas para atender a mãe da criança, que havia desmaiado. A família pede justiça.
O diretor-geral do Samu, Sérgio Marques, disse que o serviço não fez o transporte da criança porque ela estava em parada cardíaca e a unidade não pode transportar pacientes em reanimação. Informou também que o Samu ofereceu um médico para ajudar na reanimação, mas a menina morreu antes do hospital responder sobre a proposta.
Bebê de 9 meses morre em hospital e família acusa erro médico, em Anápolis (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Pais choram na porta do hospital; Thays, de vermelho, desmaiou (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
 
Fonte : G1

domingo, 10 de março de 2013

CORREIO | O QUE A BAHIA QUER SABER: Médica do Samu é presa com dedos silicones; material era usado para bater ponto de colegas

CORREIO | O QUE A BAHIA QUER SABER: Médica do Samu é presa com dedos silicones; material era usado para bater ponto de colegas

Mãe e filho morrem no parto e família pede apuração de erro médico na BA

Uma jovem de 22 anos e o filho que ela teria morreram no momento do parto, na cidade de Itabela, região sul da Bahia. A fatalidade ocorreu na terça-feira (5) e, de acordo com a família, o mal atendimento médico é uma das causas. Apesar da gravidez de risco, Osana de Oliveira Lima tinha realizado os exames do pré-natal e não foi apontado problemas na gravidez.
Ela foi atendida no Hospital Frei Ricardo, em Itabela, após sentir fortes dores de cabeça e na coluna na segunda-feira (4). No entanto, por conta da gravidez de risco, a jovem foi transferida para o Hospital Regional de Eunápolis, cidade vizinha, para que fosse realizado um parto cesariano.
"Chegando lá a gente teve um péssimo atendimento, o recepcionista me chamou de mentirosa, disse que ela não estava sentindo dor, me tratou super mal. O doutor nem se quer olhar os exames dela olhou. Deu duas injeções e mandou ela para casa", disse Rosiléia Dias, cunhada da vítima.
Ainda de acordo com a família, na noite de terça-feira (5), as dores aumentaram e a jovem retornou ao hospital. Cerca de duas horas depois, ela morreu.
Segundo o laudo do hospital, as causas da morte da mãe foram insuficiência respiratória aguda, anemia e hemorragia pós-parto. Já o bebê foi detectado com insuficiência respiratória.
A família da jovem alega negligência do hospital e cobra "justiça". "Eu perdi uma pessoa que era a primeira pessoa da minha vida, depois de Deus, agora ficamos eu e minha filha, só", lamentou o marido de Osana, Valdemir Souza.
A direção do Hospital Regional de Eunápolis informou que só irá se pronunciar sobre o caso após apurar todas as informações sobre as causas da morte de mãe e filho.

Fonte G1

Médicos são condenados a pagar R$ 67.800 por erro em diagnóstico em SC

Dois médicos e um hospital de Imaruí, no Sul catarinense, foram condenados a pagar 100 salários mínimos ao filho de uma mulher que morreu de meningite, por demora no diagnóstico da doença. No total, eles terão que pagar R$ 67.800 por danos morais, contados a partir de 2004, quando a mãe do responsável pela ação morreu. Os réus também terão que pagar pensão alimentícia até que o filho da vítima complete 25 anos de idade, incluindo o 13º salário. De acordo com o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, ainda cabe recurso da decisão.
A sentença foi proferida por decisão unânime da 3ª Câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, no dia 25 de fevereiro e publicada em 4 de março de 2013. Os desembargadores confirmaram a decisão já determinada pela Comarca de Imaruí, que foi contestada por um dos acusados. De acordo com o relator, o desembargador Fernando Carioni, houve negligência no atendimento da paciente.
Cerca de cinco dias antes da morte, ela deu entrada em uma unidade hospitalar alegando sentir dores no braço e na coluna. Segundo a sentença, a mulher só foi internada após insistência da família. O médico plantonista passou o caso para outro profissional que diagnosticou problemas psiquiátricos, pois a paciente apresentou estado emocional alterado, conforme o relatório da sentença judicial. A vítima foi transferida para um hospital psiquiátrico de Criciúma e, depois, levada para outra unidade hospitalar da cidade, onde foi constatada meningite bacteriana.
Conforme descrito no processo, o médico que recorreu da decisão da Comarca de Imaruí afirmou que a mulher não tinha sinais clínicos de doença grave. Além disso, informou à ela e aos familiares que o hospital não possuía exames de laboratório e equipamentos para realizar os exames necessários durante finais de semana.Para o relator, houve negligência do profissional em apurar os sintomas.
Na sentença, o relator descreveu um trecho do prontuário médico. O documento indicava que a mulher apresentava gemência, dores e calor pelo corpo. Carioni alega que não foram realizados todos os exames necessários para verificar o real estado de saúde da paciente. Para ele, seria necessário realizar um atendimento mais apurado. “É indubitável que houve inércia da equipe médica para providenciar a transferência da doente para um local com mais recursos. Para agravar a situação, quando o apelante retornou ao hospital no dia seguinte, levou a cabo a transferência da paciente para um hospital psiquiátrico, sendo que ela nunca havia apresentado nenhuma manifestação de perturbação mental, de acordo com o relato das testemunhas”, concluiu o relator.
 
Fonte G1