sexta-feira, 21 de junho de 2013

Idosa morre na Paraíba e família acusa hospital de erro médico


20/06/2013 15h05 - Atualizado em 20/06/2013 15h05 A aposentada Carmelita Barbosa dos Santos, de 60 anos, denunciou na manhã desta quinta-feira (20) que a irmã dela, a também aposentada Maria do Carmo Barbosa da Silva, de 71 anos, morreu em decorrência de uma medicação errada que teria tomado no Hospital Memorial São Francisco, localizado no bairro da Torre, em João Pessoa. De acordo com Carmelita, a irmã dela deu entrada no hospital para fazer um exame de cateter na tarde do sábado (15) e morreu na manhã desta quinta-feira (20). O G1 entrou em contato com a direção do Hospital Memorial São Francisco, que informou que não falaria sobre o caso, que já está sob a responsabilidade do setor jurídico e que vai processar a família para que ela prove na Justiça a acusação que faz contra o hospital e também órgãos de imprensa que veicularem a denúncia. saiba mais Número de sindicâncias médicas na Paraíba cresce em 2012, diz CRM Sindicância sobre uso de furadeiras no Trauma é concluída, diz CRM-PB Paciente diz ter sido mutilada por médico investigado por morte na PB A irmã da paciente contou que o médico afirmou que o procedimento seria rápido e que a irmã dela iria para casa ainda na noite do sábado. “O médico, com uma hora depois, disse que a veia da minha irmã estava obstruída e que ela precisava ficar internada, já que ela estava anestesiada e que precisava ficar na UTI para receber alta no domingo”, disse Carmenlita Barbosa. Segundo ela, o médico disse que o procedimento na irmã dela só seria feito com a compra de dois aparelhos, que custariam R$ 3,5 mil e R$ 11 mil cada um. No domingo à tarde, Carmelita disse que chegou a conversar com a irmã e que ela estava se sentindo bem, pedindo para ir para casa. “Nesse momento, eu olhei para os soros, eu acredito que foi Deus que guiou os meus olhos, e vi que estavam escritos dois nomes de pacientes nos soros. Então, eu cheguei para a chefe de enfermagem e contei o erro. A enfermeira trocou os rótulos com os nomes mas deixou a mesma medicação”, relatou. Aposentada acusa médico de erro médico na Paraíba (Foto: Walter Paparazzo/G1) Segundo a aposentada, na segunda-feira (17) ela se surpreendeu ao constatar que a irmã dela havia sido entubada. “Quando eu conversei com o médico, ele disse que estava tão surpreso quanto eu, já que não tinha sido avisado”, acrescentou. Carmelita Barbosa disse ainda que o Hospital Memorial São Francisco não comunicou à família que Maria do Carmo Barbosa havia tido piora médica e que, desde então, não teve mais contato com a equipe médica que atendeu a irmã dela."Não recebemos nenhuma explicação, todo mundo desapareceu", completou. A aposentada afirmou que duas pessoas que estavam no hospital disseram ser parentes dos pacientes que tinham os nomes nos soros administrados na irmã dela. “E o hospital ainda diz que não foi erro, que foi coincidência, que foi o acaso, que poderia ter acontecido em qualquer lugar?", questionou. Fonte:G1 lINK:http://glo.bo/19lfLFw

quinta-feira, 20 de junho de 2013

VETA DILMA!!!!


Ato médico é aprovado no Senado e Conselhos de Psicologia lançam campanha “Veta Dilma” Ato Médico foi aprovado na noite de nesta terça-feira, dia 18 de junho, no Senado. O PLS foi colocado na pauta pelo presidente da Casa, Renan Calheiros, e pelo senador Romero Jucá. Este projeto tramitou no Congresso durante dez anos, restando agora a sanção da presidente Dilma Russeff. Em 2002, o médico e ex-senador Geraldo Athoff propôs o primeiro projeto de lei do Ato Médico. (Projeto de Lei do Senado – PLS 25/2002), alegando a necessidade de regulamentar o exercício da medicina no país e de cerca de outras treze profissões de saúde que surgiram no Brasil. Já na primeira versão, o PLS 25/2002 contava com cinco artigos e motivou grande mobilização entre os profissionais de saúde e suas respectivas entidades de classes. O Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro e outros Conselhos de Psicologia, articulados a outras categorias de saúde, recolheram assinaturas e entregaram ao presidente do Congresso mais de um milhão de assinaturas contra o Ato Médico. O Conselho Federal de Psicologia (CFP) apresentou Moção de Repúdio ao PL. Essa luta contra o Ato Médico percorreu nestes dez anos. Com a provação do Ato Médico, ele favorece algumas atividades que segundo o PL passará a ser exclusivas das pessoas formadas em medicina a formulação de diagnósticos e prescrição terapêutica. Além disso, somente os médicos poderão executar procedimentos como intubação traqueral, sedação profunda e anestesia geral, indicação de internação e alta médica, atestação médica e de óbito – exceto em casos de localidade em que não haja médico –, além de indicação e realização de cirurgias. Em nota publicada pelo Conselho Federal de Psicologia, o Ato Médico, além de prejudicar a autonomia de cada profissão, impede a organização de especialidades multiprofissionais em saúde. Milhões de usuários sabem os benefícios do SUS e reconhecem o valor de todos os profissionais no cotidiano das unidades de saúde. Hoje, uma série de políticas públicas de saúde, como Saúde Mental, Atenção Básica e outras oferecidas à população, contam com profissionais de várias áreas trabalhando de forma integrada e articulada. As equipes multidisciplinares definem em conjunto o diagnóstico e o tratamento, somando suas diversas visões de saúde e de doença para chegar à melhor intervenção. Os usuários não podem ser penalizados desta forma, perdendo esta possibilidade. http://site.cfp.org.br/nota-publica-conselho-federal-de-psicologia-sobre-pl-do-ato-medico/ A defesa agora é que a presidenta Dilma Rousseff priorize o consenso das profissões da área da saúde, garantindo a regulamentação da medicina, a autonomia das demais profissões de saúde e, principalmente, a existência do SUS. O Ato Médico não pode ser sancionado pela presidente Dilma! Por isso, clique aqui e envie mensagem aos parlamentares e à presidente solicitando o veto presidencial! http://www2.pol.org.br/main/manifesto_veta_dilma.cfm Fonte:CRP/RJ

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Mãe de menino que teria morrido por negligência médica na Capital pede justiça | JORNAL DO MEIO DIA |  RIC Mais Santa Catarina

Mãe de menino que teria morrido por negligência médica na Capital pede justiça | JORNAL DO MEIO DIA |  RIC Mais Santa Catarina

Mãe de menino que teria morrido por negligência médica na Capital pede justiça | JORNAL DO MEIO DIA |  RIC Mais Santa Catarina

Mãe de menino que teria morrido por negligência médica na Capital pede justiça | JORNAL DO MEIO DIA |  RIC Mais Santa Catarina

Senado aprova projeto que define atividades exclusivas de médicos

O plenário do Senado aprovou na noite desta terça-feira o projeto de lei que institui o Ato Médico, que lista uma série de procedimentos que poderão ser realizados exclusivamente por médicos formados. A proposta, que regulamenta o exercício da medicina, é acompanhado com atenção por profissionais de saúde e tramitava há mais de dez anos no Congresso.
Pelo texto aprovado, serão privativos dos formados em medicina atividades como diagnóstico de doenças, prescrição de medicamentos, cirurgias, internações, altas hospitalares, entre outros.
Com a aprovação pelos senadores, o projeto será encaminhado para sanção da presidente Dilma Rousseff. Se sancionada pela presidente, que poderá fazer vetos, a lei entrará 60 dias após a publicação no "Diário Oficial da União".
Pelo texto , devem ser atividades exclusivas dos médicos qualquer tipo de procedimento invasivo, seja para fazer diagnóstico, terapia ou com fim estético, assim como a intubação traquial. Também fica privativa aos médicos a indicação de internação e nos serviços de atenção à saúde.
Já atividades como aplicação de injeções, coleta de sangue e curativos ficam autorizadas a outros profissionais de saúde, como enfermeiros, bem como atendimento em casos de pessoa sob risco de morte iminente.
Pelo projeto, avaliações de caráter psicológico e nutricional, por exemplo, poderão ser realizadas pelos respectivos profissinais dessas áreas.
O texto diz que serão "resguardadas as competências próprias das profissões de assistente social, biólogo, biomédico, enfermeiro, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, profissional de educação física, psicólogo, terapeuta ocupacional e técnico e tecnólogo de radiologia".
A nova lei também reserva aos médicos a direção e chefia de serviços médicos, exceto em funções administrativas. Pelo projeto, o ensino de disciplinas especificamente médicas em cursos de graduação ou pós-graduação é privativo de médicos, assim como a coordenação dos cursos de medicina.
Fonte G1

LINK:
http://glo.bo/19PfcGw

terça-feira, 18 de junho de 2013

Secretaria descarta erro médico no caso do bebê que caiu ao nascer


18/06/2013 08h45 - Atualizado em 18/06/2013 08h45 Para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, não houve erro médico no atendimento à mulher de 34 anos que deu à luz na recepção da Maternidade Nascer Cidadão, no último dia 11. A criança caiu no chão ao nascer. "Não foi constatada nenhuma irregularidade, imprudência, imperícia ou negligência por parte da equipe médica que atendeu a paciente", defende a secretaria. O resultado parcial da sindicância aponta que houve uma "falha administrativa" e, por isso, a diretoria da unidade de saúde foi trocada. De acordo com o documento, os funcionários do hospital deveriam ter acompanhado a mulher. Ela tinha de ter ficado em repouso na sala de observação. "Ela deveria ter sido examinada, como foi examinada, e ficado em repouso até a saída dela para outro hospital para ter o bebê. Isso não aconteceu e isso faz parte de um fluxo administrativo da unidade", declarou Sandro Rodrigues, diretor de Atenção à Saúde da SMS. saiba mais Mãe tem alta, mas bebê que caiu ao nascer segue internado em Goiânia Mulher dá à luz na recepção de maternidade e bebê cai; veja vídeo A secretaria informou ainda que, com a mudança na área administrativa, pretende dar uma "cara nova" para o hospital. "A gente tem que aproveitar esse fato como oportunidade. Trabalhar tanto na parte técnica quanto na administrativa para as duas trabalharem de forma conjunta para a gente melhorar os resultados da maternidade", afirmou o diretor Sandro Rodrigues. Vídeo Imagens gravadas por celular mostram o momento em que a mulher deu à luz, sem ajuda médica, na recepção da maternidade e o bebê caiu logo ao nascer. Sofia, como foi registrada, nasceu com 47 centímetros, pesando 2,270 quilos. Mãe e filha receberam alta no último dia 14. A mulher saiu da maternidade durante a manhã, sem a menina, que dependia do resultado de exames para ser liberada. Como os testes ficaram prontos, a recém-nascida saiu da unidade de saúde à tarde. Segundo a assessoria da SMS, ela não apresentou nenhum problema e foi liberada. Médico pega bebê que caiu no chão ao nascer (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera) Investigação Além da sindicância da Secretaria Municipal de Saúde, a conduta da equipe que estava de plantão no momento em que a mulher deu à luz é investigada por outros órgãos. O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) abriu uma sindicância, na quinta-feira (13), para apurar se houve falha médica no atendimento à paciente. No mesmo dia, o Conselho Regional de Enfermagem de Goiás informou que também estava apurando a atitude dos enfermeiros. A presidente da Sociedade Goiana de Ginecologia e Obstetrícia, Zelma Bernardes, acredita que não houve negligência, pois a gestante não teria passado informações corretas à médica. "Quantos partos, quantos abortamentos essa mulher tem, essas informação têm que ser dadas da forma correta para que o profissional possa lhe assistir da forma correta e melhor", declarou. Quanto ao fato da ginecologista ter atendido a mulher e a mandado de volta a recepção, Zelma Bernandes explica que é um procedimento comum. "Habitualmente, na maternidade, temos conduta de permitir que a paciente possa caminhar pelos corredores, que isso facilita a evolução do trabalho de parto", defendeu. Fonte G1 LINK:http://glo.bo/19ft7mL

Homem sofre parada cardíaca ao esperar por atendimento e morre


07/06/2013 07h59 - Atualizado em 07/06/2013 08h26 A Polícia Civil e o Ministério Público (MP) em Londrina, no norte do Paraná, investigam a morte de duas pessoas no Hospital São Rafael, em Rolândia, também na região norte. De acordo com as investigações, o hospital é suspeito de negligência nos atendimentos, já que ambas as vítimas morreram enquanto aguardavam na recepção. Imagens das câmeras de segurança mostram o momento em que os pacientes passam mal. O primeiro caso ocorreu na sexta-feira (31). Um idoso de 66 anos chega com a esposa para solicitar uma consulta e senta para aguardar. Instantes depois, ele sofre uma parada cardíaca e é levado rapidamente para o Pronto Socorro. Ele morreu minutos depois. A segunda vítima foi um bebê recém-nascido de 25 dias que sofreu insuficiência respiratória enquanto aguardava na recepção para ser consultado. Segundo familiares, a criança chegou ao local com dificuldades para respirar, depois de ter passado por uma unidade de saúde onde não encontrou médico. "Pedi para atender ela, que era urgente, e falaram que era por ordem de chegada. Fiquei meia hora com ela no colo. Saí para telefonar para o meu pai e, a hora que voltei, ela já estava lá dentro. Mas ela já entrou morta", contou Henrique dos Santos, Em ambos os vídeos não é possível perceber quanto tempo as vítimas esperaram para serem atendidas. A direção do hospital negou que houvesse falhas no atendimento. Fonte:G1

Plantonista de hospital suspeito de negligência presta depoimento no PR


O médico plantonista Jorge Nassif, que estava no Hospital São Rafael, em Rolândia, no Paraná, quando um bebê morreu após sofrer insuficiência respiratória enquanto aguardava na recepção para ser consultado, prestou depoimento para a Polícia Civil na tarde de segunda-feira (17). O caso ocorreu no dia 2 de junho e o recém-nascido tinha 25 dias. Segundo familiares, a criança chegou ao local com dificuldades para respirar, depois de ter passado por uma unidade de saúde onde não encontrou médico disponível. De acordo com as investigações, o hospital é suspeito de negligência nos atendimentos, já que outras duas vítimas também morreram enquanto aguardavam na recepção. Outros médicos e enfermeiros também serão ouvidos pela polícia. O caso do bebê e de um idoso de 66 anos foram registrados pelas câmeras de segurança. Porém, em ambos os vídeos não é possível perceber quanto tempo as vítimas esperaram para serem atendidas. "Ali atende gestante, pediatria, clínico geral e acidente. Então vai chegando tudo. Por mais rápido que as moças trabalhem fazendo a ficha de cada doente, acontece. Eu tenho 39 anos de formado e vou falar por qualquer colega que trabalha em pronto socorro que a barra é pesadíssima", relata o médico Nassif. A direção do hospital São Rafael nega que houvesse falhas no atendimento dos casos investigados e não quis comentar o assunto. Fonte G1 LINK:http://glo.bo/17iRe6M

domingo, 16 de junho de 2013

Enfermeiros que só aparecem na escala de serviço


5/06/2013 23:45:00 - Atualizada às 15/06/2013 23:59:41 Enfermeiros que só aparecem na escala de serviço Enfermeiros que só aparecem na escala de serviço JOÃO ANTONIO BARROS Rio - O funcionalismo público na área da Saúde no Rio de Janeiro emplaca mais uma especialidade. Depois dos médicos invisíveis, agora é a vez dos enfermeiros de papel no Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias. Pagos para trabalhar na Emergência da única opção do governo do estado para 2 milhões de pessoas na Baixada Fluminense, os 15 profissionais com cargo de chefia na Gerência de Enfermagem só aparecem mesmo nas escalas de serviço afixadas no quadro de aviso. Plantão que é bom, fica para bem longe: em hospitais particulares e federal, em clínicas especializadas e até mesmo prolongando o doce lazer. O esquema, preparado sob medida para atender à múltipla jornada, produz casos que desafiam a Física e colocam o mesmo servidor em pontos diferentes na mesma hora. Caso da enfermeira Xênia Rodrigues da Silva, 30 anos. Todos os dias, entre fevereiro e maio, ela apareceu na escala deixando o serviço no Adão Pereira Nunes na mesma hora de assumir o plantão no Hospital da Unimed ou vice-versa. Um pouco apertado, diriam os mais otimistas, se a unidade particular não ficasse em Campos, cidade do interior e a 300 quilômetros de Saracuruna. Xênia da Silva chega para trabalhar em Campos quando deveria estar em Saracuruna Foto: Paulo Araújo / Agência O Dia A enfermeira aparece na escala de oito plantões mensais de 12 horas (das 7h às 19h), dois por semana, no Hospital de Saracuruna, e recebeu normalmente seus salários relativos aos últimos quatro meses. Sem uma falta sequer. Porém, no mês de fevereiro, o ‘trabalho’ teve uma pausa para as férias extraoficiais com direito a aproveitar o paraíso ecológico de Maragogi, em Alagoas, a 2.200 quilômetros do plantão em Duque de Caxias. Detalhe: segundo a escala de enfermeiros, Xênia está de férias este mês, no Saracuruna. Ela postou imagens na sua página do Facebook sobre a viagem com direito a uma passada por Porto de Galinhas, em Pernambuco. Para O DIA , Xênia confirmou a excursão feita em fevereiro. Xênia posa para foto numa paradisíaca praia de Maceió, em fevereiro, quando curtia ‘férias extraoficiais’ Foto: Reprodução Internet A lista de escalas incompatíveis inclui a própria gerente do Setor de Enfermagem do hospital. Ex-sargento da PM, de onde pediu baixa no ano passado, Elaine Cristine da Conceição Vianna foi nomeada para o cargo de comissão em novembro de 2012, levada pelo então diretor João Paulo Salgado Júnior. Com exigência de dedicação exclusiva, assumiu a chefia e a obrigação de trabalhar de segunda à sexta-feira, das 7h às 18h. Só tem um problema: Elaine também aparece, nos mesmos dias, na escala do Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, onde tem a obrigação de trabalhar 40 horas semanais. Enfermeiro Bergite de Souza Filho Foto: Reprodução Vídeo Campeão de trabalho. Pelo menos na escala de plantão O enfermeiro Bergite de Souza e Silva Filho é o campeão de trabalho em Saracuruna. Pelo menos na escala. Lotado na Emergência, de terça a domingo, sempre das 7h às 19h. São 72 horas de ‘serviço’ semanal, e tal carga horária é fruto de jogada: proibido o duplo vínculo com o Estado, Souza manteve matrícula como estatutário e recebe outras duas, das cooperativas médicas. Mas achar Souza em Saracuruna é difícil, pois também é lotado no Hospital Infantil Ismélia da Silveira, em Caxias. O DIA esteve no hospital durante o plantão do enfermeiro, mas colegas informaram que ele ‘pagou’ para outro trabalhar no lugar dele. ‘Jeitinho’ faz com que mês chegue a ter até 32 dias O plantão no papel fez a enfermeira Thaísa Cecília Alves Garcia crescer o mês de maio para 32 dias: 16 de serviço no Adão Pereira Nunes e mais 16 no Hospital das Clínicas Mário Lioni, em Duque de Caxias. Sempre com a jornada de 12 horas de trabalho. O milagre do jeitinho na escala só não conseguiu esconder que, nos dias 1º, 9 e 15 de maio, Thaísa estava na mesma hora e nos dois hospitais, distantes 18 quilômetros um do outro. No Mário Lioni, que é particular, ela não faltou aos plantões. Outro enfermeiro que ‘estava’ em dois lugares é Robério Brant. Tenente do Corpo de Bombeiros, o oficial é um dos chefes da enfermagem da Unidade de Pronto Atendimento de Santa Cruz, onde as atendentes informam que ele está todos os dias da semana — “Chega entre 9h e 10h e só sai depois das 18h”. O aplicado funcionário também dá plantão no Hospital de Saracuruna — mas no mês passado só apareceu no dia 29 de maio. Chegou por volta das 13h, almoçou, assinou o ponto do mês e participou de uma comemoração de aniversário. Às 17h, saiu do hospital sem atender a nenhum paciente. No dia 29 de maio quem também apareceu foi Gisele de Souza e Silva e causou surpresa na enfermaria da emergência: os servidores não conheciam aquela moça que vestia branco. Farra garante gratificação extra no bolso A farra dos plantões garante gratificação extra no bolso. Segundo a Secretaria de Saúde, os 15 enfermeiros que atuam como chefes no Hospital de Saracuruna receberam sem qualquer desconto os últimos quatro salários (cada um, em média, R$ 1.380,00). Nenhuma falta foi assinalada no ponto dos servidores. Quase todos são contratados através de cooperativa médica. A escala de serviço de maio traz inclusive uma curiosidade: o número de chefia no setor de exames. Um total de 11 funcionários, sendo que dois trabalhando diariamente no período de 24 horas, além de outros cinco na assistência. A quantidade é considerada um exagero para os padrões do Adão Pereira Nunes. Dos 15 chefes da emergência, sete foram contratados no hospital após a chegada do ex-diretor João Paulo Salgado Júnior, afastado mês passado após denúncia do DIA. O DIA denunciou médicos em maio No dia 5 de maio, O DIA revelou que médicos com cargo de chefia no Hospital Adão Pereira Nunes faltavam ao plantão e alguns, no mesmo horário, davam expediente em seus consultórios ou clínicas particulares. O então diretor João Paulo Duarte Salgado Filho e os médicos citados na reportagem foram afastados e a unidade sofreu intervenção administrativa da Secretaria Estadual de Saúde. A matéria mostrou ainda que, nos meses dos ‘folgões’ dos médicos, foi registrado aumento no número de óbitos dos pacientes. A unidade atende casos de alta complexidade em Ortopedia e Neurocirurgia. Fonte : O dia